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São Paulo
2017
VÍVIAN RODRIGUES ALVES
São Paulo
2017
DEDICATÓRIA
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 6
2. TRAJETÓRIA ...................................................................................................................... 9
2.1 PREPARANDO PARA A TRANSFORMAÇÃO ................................................... 10
2.2 TRANSFORMAÇÃO ................................................................................................ 13
2.3 DESDOBRAMENTOS DA TRANSFORMAÇÃO ................................................. 14
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 18
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 19
5. APÊNDICES ...................................................................................................................... 21
5.1 MEMORIAL DA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL ...................................................... 21
5.2 REGISTRO DE EXPECTATIVAS ELABORADO NO INÍCIO DO CURSO........... 22
5.3 REGISTRO DO PERFIL DO ESPECIALIZANDO NO MOMENTO DO
INGRESSO NOS CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO – PROADI-SUS - 2ª EDIÇÃO
2017 ........................................................................................................................................ 23
6. RESUMO ........................................................................................................................... 24
1. INTRODUÇÃO
Quando me formei (junho de 2012), tomei uma decisão pessoal que me levou
a morar numa cidade que não tinha o programa de residência que, na época, eu gostaria
de fazer (anestesiologia). No entanto, este contexto me levou a trabalhar na Estratégia
Saúde da Família (ESF), área pela qual sempre me interessei muito na formação, sendo
uma entre poucos alunos da turma que gostavam das matérias e rodízios de estágio
relacionados à saúde coletiva.
Assim que voltei da licença, seis meses depois (julho de 2016), fui convidada a
ser preceptora do rodízio de saúde coletiva do internato de medicina de uma Instituição
de Ensino Superior (IES) conveniada à Secretaria Municipal de Saúde do Jaboatão dos
Guararapes (SMS-JG). Aceitei imediatamente, pois sempre me agradou a ideia de
ensinar; tinha sido monitora de três matérias durante a faculdade e gostava muito desta
função. Ainda havia a oferta de uma gratificação, o que tornou o convite mais atrativo.
Alguns meses depois, recebi através de uma rede social virtual, a divulgação
de que estavam abertas inscrições para o Curso de Especialização em Preceptoria em
Residência Médica no SUS do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês
(IEP/HSL). Achei uma ótima oportunidade para melhorar minha atuação como
preceptora e me inscrevi. Posteriormente, soube que houve o acolhimento do curso,
mas eu não recebera comunicado algum. Entrei em contato com uma das responsáveis,
que se desculpou pela falha de comunicação e me deu as informações que eu precisava
para iniciar o curso.
Uma das expectativas que eu tinha era qualificar a minha atuação profissional,
na qual sentia muitas lacunas pela ausência de uma especialização na minha área, além
daquelas devidas a ter passado algum tempo sem exercê-la. Esperava ainda poder
aprender ferramentas para melhor condução dos internos que eu recebia, pois muitas
fragilidades vinham aparecendo desde que eu começara a exercer o papel de
preceptora. Acredito muito na Medicina de Família e Comunidade (MFC) e na
potencialidade que ela tem para melhorar a qualidade de vida da população, no entanto,
a especialidade ainda é muito subestimada e discriminada. Me motivou muito pensar
que, após o curso, eu estaria mais preparada para transmitir isso para estudantes de
graduação e residentes, e que eu poderia proporcionar uma melhor formação para eles
na minha área, fortalecendo a MFC e, consequentemente a atenção básica, podendo
melhorar sua resolutividade.
O TBL 2 foi especialmente significativo para mim, por motivos que detalharei a
seguir, e, juntamente com a OTPA 1, introduziu conceitos de Planejamento Estratégico
Situacional (PES), uma importante ferramenta para promover “a elaboração de
estratégias e ações contextualizadas e articuladas para o enfrentamento dos problemas
priorizados e o alcance dos resultados pactuados”, mais uma competência a ser
desenvolvida na área de gestão do perfil de competência do preceptor (LIMA et. al.,
2017, p.27-9).
Detalho muito este encontro porque ele foi muito rico em conhecimento e
experiências e teve uma grande repercussão para minha permanência no curso e
aceitação da função de preceptora da residência médica da SMS-JG. Cheguei a ele
desmotivada, porque no segundo contato com a coordenadora da residência, percebi
que não concordava com a forma como o programa vinha sendo conduzido e não
parecia haver muita abertura para sugestões e críticas. Somou-se a isto o fato de o meu
facilitador ser o secretário de saúde do município e eu acreditar que ele estava ciente
do formato que o programa de residência tinha naquele momento.
Ainda movida pela fala de Dra. Marilda, fiz algumas pesquisas e enviei para ele
uma nova proposta de modelo para o PRMFC-JG, considerando principalmente as
“Diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão”
(BRASIL, 2006), os requisitos mínimos dos Programas de Residência Médica,
constantes na Resolução nº 02/2006 da Comissão Nacional de Residência Médica
(CNRM), além de orientações da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e
Comunidade (SBMFC, 2004). A resposta ainda levaria algum tempo para chegar.
2.2 TRANSFORMAÇÃO
Ao chegar para integrar a equipe, havia apenas uma pessoa, com carga horária
de vinte horas semanais, responsável pela educação permanente em saúde (EPS), pela
residência multiprofissional e pela integração ensino serviço. Alguns dias antes, havia
sido publicada a Política Municipal de Educação Permanente em Saúde (PMEPS) no
Diário Oficial municipal, instituindo alguns espaços de fomento, entre eles o Núcleo de
Educação Permanente (NEP), contando com representação de todos os setores da
SMS-JG, cuja a primeira reunião ocorreu exatamente no dia da minha chegada.
BAUM, L. FRANK. O Mágico de Oz. São Paulo, Ática, 1996. (Coleção Eu Leio)
YOUNG, Don e FRANCIS, Dave. Improving Work Groups: A Practical Manual for
Team Building. Pfeiffer & Company, San Diego, CA, 1992.
5. APÊNDICES
Já como profissional, noto que muitos médicos que atuam na Estratégia Saúde
da Família resumem suas atividades em atendimento ambulatorial, deixando de lado as
atividades educativas, tanto nas Unidades (salas de espera, grupos, cursos de
gestantes), como nas escolas (Programa Saúde na Escola). Gosto muito de desenvolver
estas atividades, pois entendo como parte essencial da Estratégia, inclusive porque,
para realizá-las, é necessário traçar o perfil sociodemográfico e epidemiológico da
comunidade adscrita, ou seja, SER Médico da Família e Comunidade.
Apesar de não ter formação específica, tenho muita afinidade com a MFC e
gostaria de obter maior capacitação com ajuda deste curso.