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Projeto Xaoz
Liber Beta
Autores:
Fernanda Lúcio Surati
Felipe Simoni
Gabriel de Figueiredo da Costa
Revisor:
Ghaio Nicodemos Barbosa
Bibliografia
ISBN: em tramitação
1
Grimório de Práticas
Quando nos juntamos para montar o Projeto Xaoz (do grego 𝜒𝛼𝜔𝜍,
Chaos), precisávamos de nir alguns parâmetros importantes, como
conteúdo, forma de apresentação, o que queríamos ser, o que não
queríamos ser, e onde queríamos chegar. Cada pessoa possuía um per l
mágico, estudava e praticava sistemas distintos, e tinha seu próprio estilo
de escrever e argumentar. Mas faltava um Norte, algo que desse um
direcionamento claro e que unisse os talentos de cada um e permitisse
que a tripulação conseguisse navegar em segurança pelo Caos.
Jogando moedas, chegamos ao hexagrama 26 - Ta Ch’u, o Poder de
Domar do Grande. Neste hexagrama, o céu está no interior da montanha.
O potencial existe, e por enquanto está adormecido. O poder criativo é
controlado pela rmeza. As linhas dois e seis apresentaram caráter móvel,
indicando dois caminhos possíveis para prosseguirmos. A linha dois
móvel indica uma situação em que a força paralisadora seria superior, e
nos manteríamos apenas conversando internamente, estudando e
2
compartilhando conhecimento entre nós, chegando ao hexagrama 22 -
Bi, a Graciosidade. Neste hexagrama, o fogo está sob a montanha, um
empreendimento mais contido e controlado, sucesso em assuntos
menores. Já a linha seis móvel indica uma situação onde teria passado a
época da contenção, e a força dentro da montanha poderia ser liberada,
chegando ao hexagrama 11 - T’ai, a Paz. O Céu está sobre a Terra, e tudo
está tranquilo. O conhecimento é compartilhado agora de forma global,
em maior escala.
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Sumário
1. As vertentes mágicas 8
2.Simbologia 29
Autoconhecimento 39
Mentalização 40
4
Oráculos 41
Gnose 42
Visualização 44
Evocação 46
Invocação 47
5. Gnose 49
Cromo-Gnose 49
7. Sigilos 68
Os 13 Sigilos 69
8. Servidores 81
5
Planejando Servidores 81
Octo 90
9. Oráculos 93
6
Meditação antes de Dormir 106
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1. As vertentes mágicas
Diversos paradigmas mágicos podem ser utilizados como parte da magia
do caos, e estes podem ser classi cados de acordo com suas características
gerais. Estas classi cações não são totalmente pragmáticas, ou
sistematizadas de maneira excludente ou limitadora, já que não atuam
como um marco ou fronteira entre os pontos de vista e dos signi cados
dados a cada termo por tradição. No Caoísmo, entende-se que os diversos
sistemas buscam expressar o mesmo mundo — o mundo das ideias, o
Caos — mas não o expressam de forma unívoca e completa devido às
limitações da linguagem e da subjetividade compartilhadas entre os
adeptos.
Sendo assim, na magia do caos é possível utilizar o que for mais
conveniente de cada paradigma em prol de um objetivo desejado, ou criar
um sistema próprio que pode ou não ser derivado daqueles pré-existentes.
Cabe ressaltar que as vertentes se encontram em um continuum entre as
polaridades, não sendo sempre de nidas de forma única ou absoluta, e
que algumas vertentes são tão abrangentes que diversas linhagens
coexistem dentro de si. Obviamente, não deve haver juízo de moral, em
termos de bem e mal, ou hierarquia de maior ou menor poder entre as
vertentes, independente de sua classi cação. Sabendo usar as energias que
forem adequadas, qualquer intento mágico pode ser realizado.
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analisar melhor estes termos e avaliar quais são os aspectos que unem as
vertentes incluídas em cada classi cação. Práticas mais próximas da
natureza foram entendidas como inferiores por alguns autores, mas de
forma geral o conceito de “Baixa Magia” utilizado demonstra tão somente
uma proximidade maior dos ingredientes naturais e da magia intuitiva,
visceral. Portanto, deixando de lado o tom pejorativo, esta classi cação
estaria relacionada a uma vertente mágica ter maior ou menor
proximidade com a natureza, e utilizar as camadas mais instintivas e
íntimas, ou as mais intelectualizadas e formalistas — no sentido
evolutivo — do cérebro, usando também elementos e ingredientes mais ou
menos complexos.
No eixo de Baixa a Alta complexidades, podem ser utilizados elementos
próximos da Natureza aliados a conjurações e textos oriundos da mente
consciente humana. As explicações podem variar desde a simples atração
de certos aspectos (magia simpática) até vibrações e frequências que
causam a sintonia da mente com o Cosmos (lei da atração).
Também se observa que enquanto a Alta Magia se preocupa com a forma,
obrigatória para o sucesso da prática mágica, a Baixa Magia se orienta para
o conteúdo, ou seja, a expressão da vontade mágica. Quanto mais
complexos os elementos e o cerimonial utilizados, mais direta será a
realização do rito em si, dado que, os elementos do rito já estão
costurados na forma de um roteiro para o magista seguir. Quando os
elementos são mais rústicos, retirados diretamente da natureza, e o
magista tem que montar seu próprio ritual pois nem todas as regras são
expressas, o que torna a intervenção do magista mais presente,
requerendo mais conexão com as energias universais, e de sua própria
mente. Sendo assim, um rito usando elementos simples pode demandar
de muito mais energia e foco para ser realizado.
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Alinhamento
O alinhamento dos objetivos de um ritual diz respeito a qual sua
nalidade, que geralmente é levada em conta de forma implícita durante a
formulação do rito (é o motivo que levou a planejar o ritual e também o
objetivo último após sua realização).
Se esses objetivos são de nidos de acordo com um plano já traçado, o
destino, uma força superior do Cosmos (de fora para dentro), diz-se que a
vertente é de Mão Direita. Nesse sentido, pede-se que venha “o que o
magista precisa”, “o que for para o bem maior”, ou pede-se auxílio de tais
“forças superiores”.
Referencial
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pessoas que tenham interesse). Neste caso, o referencial está atrelado a
questões internas ou externas ao círculo ou à sociedade detentora dos
conhecimentos-chave sobre aquela vertente.
Já no que toca ao referencial Endógeno e Exógeno que guiará a escolha
dos elementos utilizados em um rito, em algumas vertentes o
inconsciente é ativado pela mente consciente do magista (por vezes
através de leituras e estudos) e em outras o inconsciente é ativado por
elementos externos (como objetos, cheiros, sons, estímulos visuais e
movimentos corporais). Os mecanismos internos também podem ser
entendidos como conteúdos mentais, equilíbrio interno e aspectos
psicológicos, enquanto os mecanismos externos estão mais ligados a
entidades, energias, e ao mundo ao redor do magista.
Magia Elemental
1. Magia da Terra: lida com materialidade, saúde do corpo físico,
aspectos terrenos como bens materiais, dinheiro, materialização de
escritos ou confecção de objetos. A Terra corresponde à matéria, a
tudo que está em estado sólido, às sensações, às pedras e metais, ao
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plano Físico. Elementais da Terra são relacionados aos bens materiais
e à fertilidade vegetal. Podem ser incluídos aqui como manifestações
conscientes deste elemento os gnomos, duendes, faunos, anões,
dríades, ao Curupira.
5. Magia do Éter ou Espírito: tem relação com aspectos temporais,
eternos e espirituais, que são mediados pelo Plano Causal. Permite
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transcender e perceber movimentações que ocorrem nestes planos,
auxilia o contato com divindades. O Éter é o elemento eterno, que
permeia a tudo e funciona como a "grade" pela qual todos os outros
elementos se movem; seria o Campo Etérico, o Campo de Higgs que
provê massa aos elementos manifestados, ou ainda o Vácuo
Quântico de onde surgem e se colapsam Quarks e Antiquarks.
SECURA - qualidade do que é seco, árido, imóvel e xo, podendo ser
usada para magias de cortar in uências ou xar elementos em um local
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Magia Planetária
6. Mágicka Solar, a mágicka da consciência humana em sua fase mais
elevada e sublime (ex: conversação com o SAG);
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10. Mágicka Netuniana, uma forma de Mágicka altamente secreta que
envolve Controle dos Sonhos.
Quando o Sol se encontra em signos de fogo, alguns tipos de magia
podem ser aprimorados seguindo a Magia Natural:
O Sol em signos de Terra tende a trazer aspectos que podem ser
aproveitados para energizar rituais na esfera deste elemento:
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VIRGEM - posicionar os elementos da forma mais organizada possível,
manipular e encaixar energias, puri car e esvaziar a mente, ancorar ou
aterrar energias densas.
O posicionamento do Sol em frente aos signos de Ar ampli ca energias
relacionadas aos aspectos:
O Sol passando por signos de água pode trazer energia para rituais que
tratam de alguns assuntos especí cos ao elemento:
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PEIXES - sonhos, aprendizado de ciências, coletividade, manifestação do
que está no campo mental, levar palavras de conforto aos outros, prever o
futuro e perceber tendências.
Magia Cromática
As cores como representantes de energia são abordados em trabalhos de
telesmática (que tratam da confecção de estatuetas e ilustrações
ritualísticas), além das partes do Lemegeton que tratam da confecção de
pantáculos do traçado de círculos ritualísticos (como por exemplo o Ars
Goetia). Em uma abordagem mais recente, o autor Peter Carroll, em seu
livro Liber Kaos, classi ca a magia em relação a seu intento ou objetivo de
acordo com 7 cores e mais uma oitava, chamada Octarina. Ao serem
analisadas, vê-se que estas formas de magia possuem relação indireta com
os Chakras, e ao mesmo tempo consistem em uma classi cação aplicável
aos objetivos mais recorrentes no contexto atual.
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5. Magia Azul: relacionada à fortuna, a riquezas, e mais
especi camente ao controle de aspectos materiais ou mesmo ao
poder sobre pessoas.
Magia Solar
Um dos elementos naturais que podem ser utilizados na Magia é o Sol,
considerando seus movimentos pelos 12 signos e também a sua relação
com a Terra, gerando as Estações. Existem diversos festivais incluídos na
Roda do Ano, que dependem do referencial adotado para a fonte da
energia (a energia usada no rito pode provir de um local de poder no
Hemisfério Norte ou no Hemisfério Sul). De forma geral, os intentos
mais poderosos a serem realizados em cada estação são:
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paixões e vontades in amadas; hibernar, passar despercebido, contato
com o submundo.
Magia Lunar
Em algumas práticas, podem ser utilizados aspectos relacionados às fases
da Lua para potencializar diferentes objetivos mágicos. O Magus de
Barrett atribui ainda poderes especí cos a cada dia da lunação e aos anjos
que regem estes dias. Um adendo interessante é o de que o arcabouço de
Magia Natural tenderia a considerar que a própria Lua tem esses poderes,
enquanto na "Alta Magia" os anjos (energias sutis com aspecto
intelectual) seriam a fonte do poder de cada mansão lunar.
LUA NOVA - pode ser usada para ocultações e para momentos de
re exão ou mergulho no inconsciente, para rituais de cura e regeneração.
Impregnar ideias ou sementes de ideias no inconsciente, se recolher no
próprio inconsciente, obter conforto e descanso, se preparar para um
novo ciclo ou começar o planejamento de um projeto; inseminar,
repousar, re etir, plantar, ocultar instantaneamente.
1ª mansão lunar - provê jornadas prósperas, cria discórdia, ajuda com
objetivos da medicina, especialmente puri cações e laxantes.
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2ª mansão lunar - ajuda a encontrar tesouros e cativeiros de reféns, ajuda
em viagens e plantações, evita diarreias e vômitos.
5ª mansão lunar - ajuda a retornar em segurança de uma viagem,
in uencia professores e con rma aprendizados, fornece saúde e boa
aventurança aos merecedores.
6ª mansão lunar - ajuda na caça, no ataque a cidades, vingança sobre
pessoas poderosas, destrói colheitas e frutos, di culta o trabalho de
médicos.
Os poderes dos dias da Lua crescente (ou dos anjos que a regem), são:
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10ª mansão lunar - fortalece construções, promove amor e benevolência,
ajuda contra inimigos.
11ª mansão lunar - auxilia viagens, ganhos por meio de propagandas,
redenção de reféns.
12ª mansão lunar - fornece prosperidade a colheitas e plantações, ajuda na
melhora dos servos, reféns e companheiros, atrapalha marinheiros.
14ª mansão lunar - provê amor para os casados, cura os doentes, fornece
lucros para os marinheiros, atrapalha jornadas por terra.
Ainda segundo o texto, os poderes da Lua cheia (ou dos anjos que a
regem) são:
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18ª mansão lunar - causa discórdia, motins, conspiração contra príncipes
e poderosos, vingança de inimigos, liberta reféns e ajuda no aprendizado.
19ª mansão lunar - ajuda a atacar cidades, invadir e tomar vilas, expulsar
pessoas de seus lares, destruir marinheiros e reféns.
22ª mansão lunar - promove o voo de servos e de reféns em sua fuga,
ajuda a curar doenças.
23ª mansão lunar - causa divórcios, liberta reféns, promove a saúde para
os doentes.
24ª mansão lunar - ajuda na benevolência de pessoas casadas e na vitória
de soldados, atrapalha a execução de governos e previne o seu exercício.
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26ª mansão lunar - provê união e saúde aos reféns, destrói prisões e
construções.
27ª mansão lunar - melhora colheitas, lucros e ganhos, cura enfermidades,
enfraquece construções, prolonga sentenças de prisão, envia perigos aos
marinheiros, ajuda a causar confusão na vida das pessoas.
Cabe ressaltar que, caso um ritual seja direcionado para a corrente
energética da Lua, a fase lunar deve ser levada em conta. Mas, caso o rito
não seja direcionado a este satélite, considera-se que não haverá in uência
signi cativa da Lua (a magia agirá por meio de outros planetas ou outros
mecanismos).
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amadurecer projetos, fornecer energia ao que está fraco, recuperar,
regenerar, curar.
A Magia Natural pode ser correlacionada com o espaço geográ co por
meio dos pontos cardeais e de associações estabelecidas. Primeiramente,
deve-se escolher um ponto de referência para ser o centro (que pode ser o
local do ritual ou um local de nido pela vertente mágica a ser usada), e
em seguida devem ser observadas as energias que podem ser obtidas de
cada direção. Estas energias podem se basear na geogra a dos locais que
estão em cada direção em relação ao magista, ou em outros critérios
escolhidos - por exemplo, usando como referencial um centro de poder
em outro local ou país.
Caso a pessoa esteja considerando que drena energia da natureza à sua
volta para realizar seus ritos, pode muito bem considerar os aspectos
naturais à sua volta. Por outro lado, caso a pessoa esteja considerando que
utiliza a energia dos centros de poder da vertente que trabalha (Egito,
Grã-Bretanha, Oriente Médio) pode preferir utilizar as correlações válidas
para aquele local. A questão de “qual local escolher” se torna paci cada
uma vez que se observa que a Magia não tem correlação tão xa com
localidade, atuando em outros planos não necessariamente materiais e
físicos (por exemplo: mentais, astrais e espirituais).
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Também podem ser de nidas associações para os pontos colaterais,
totalizando 8 pontos notáveis ao redor da Rosa dos Ventos.
Níveis Mágicos
Em alguns roteiros de treino e estudo mágico, são traçados níveis para que
o adepto possa realizar magia de forma gradual e segura, obtendo controle
sobre um nível para só então avançar ao próximo. Existem várias
linguagens possíveis para explicar essa progressão, como a pirâmide de
necessidades de Maslow ( siologia, segurança, social, estima, realização),
os níveis mágicos da Astrum Argentum (estudante, probacionista,
neó to, zelator, practicus, philosophus, dominus liminis, adeptus minor
externo, adeptus minor interno, adeptus major, adeptus exemptus,
magister templi, magus, ipsissimus), entre outras, mas aqui usaremos os
Chakras1.
1) Muladhara, a base. O primeiro passo para se usar magia é estar rme no
mundo físico. Se ancorar. Ter uma clara noção da realidade. Aqui
também se considera a ancoragem em termos de sobrevivência, saúde
física e nanceira, incluindo rituais simples para atrair dinheiro ou cura.
1
Conforme de nido por Leadbeater em seu livro Os Chakras, “são pontos de conexão ou
enlace pelos quais ui a energia de um a outro veículo ou corpo do homem”
(LEADBEATER, C.W., Os Chakras - Os Centros Magnéticos Vitais do Ser Humano. São
Paulo: Pensamento, 2006).
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interferência de medos ou inseguranças, sejam eles conscientes ou
inconscientes. Aqui se encaixam rituais de proteção e conjuração de
escudos.
4) Anahata, o amor. No próximo nível, o coração tem que estar aberto
para receber os resultados e para conseguir seguir, no ritual, o que
realmente se está sentindo. Consideram-se os sentimentos verdadeiros, do
self, e não os do ego. Além de rituais de atração de pessoas, pode-se
estabelecer uma conexão com a sociedade, aprimorar amizades, perdoar e
ser perdoado.
5) Visuddha, a comunicação. Em quinto lugar, escolhe-se de forma muito
detalhada a linguagem pela qual o pedido será expresso da forma mais
clara possível. Aqui, o magista conseguirá ser ouvido, alcançará multidões
com suas ideias, e saberá se expressar claramente. A voz interior é expressa
da melhor forma possível para o mundo exterior. Esta comunicação clara
auxilia muito nos níveis anteriores, mas é de primordial importância nos
próximos.
7) Sahasrara, a coroa. Por último, e somente tendo dominado os níveis
anteriores, pode-se sair do corpo físico, fazer projeção astral e contactar
entidades por invocação ou evocação, não só vendo, mas interagindo com
elas. Para tal, é necessário vê-las, saber se comunicar com elas, entender o
que sente, ter segurança, controlar os próprios desejos e ter noção da
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realidade. Em não se tendo um desses aspectos, dominados nos níveis
anteriores, corre-se riscos de efeitos adversos.
Sendo assim, de forma resumida, caso uma pessoa não esteja ancorada, ela
deve primeiro se ancorar. Se houver ilusões, estas devem ser quebradas.
Ao perder o controle de um dos níveis, deve-se voltar desde o primeiro
nível fazendo uma checagem completa, para que as coisas não saiam de
controle em um ritual que demande das energias oriundas de níveis
elevados.
28
2.Simbologia
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gravados em nosso cérebro ancestral, fazendo parte do inconsciente
coletivo.
Estas analogias são muito úteis quando se deseja aproveitar o mesmo
caráter de várias energias similares, e os elementos de um sistema podem
potencializar as práticas de outro caso sejam usados em conjunto. Porém,
deve-se ter muito cuidado para não encarar estas analogias como verdades
absolutas; dependendo da interpretação, as correspondências podem
inclusive variar bastante.
Um exemplo clássico desta variação de analogias é a atribuição de letras
hebraicas às Arcanas Maiores do Tarot de Marselha. Lévi, Papus e Zain
atribuem a letra Aleph ao Mago, enquanto Mathers, Waite e Crowley
atribuem a letra Aleph ao Louco. As atribuições restantes são feitas em
ordem numérica crescente, portanto as cartas possuem sempre uma
defasagem de uma letra quando comparam-se os baralhos das duas
escolas. O mesmo ocorre com a atribuição de planetas e personalidades
mitológicas gregas à estrutura do Tarot de Marselha, ou com os Tarots de
vários tipos que usam a estrutura de Marselha mas não seus símbolos e
elementos.
Cada sistema deve ser estudado por si só, como um conjunto coerente e
completo, para que só então as analogias possam ser encontradas ou
analisadas. Assim, não haverá o risco de associarem-se os elementos de um
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sistema a aspectos não análogos dos elementos de outro, evitando-se
também o mau entendimento de cada um dos sistemas. Por m, é
inequívoco que o uso conjunto dos sistemas pode prover grandes ganhos
na prática mágica, desde que feito da forma correta. Leituras divinatórias
em Tarot, Runas e iChing podem prover visões da mesma questão por
diferentes ângulos, melhorando a percepção da atitude a ser tomada
desde que sempre considerem-se os aportes culturais que produziram
estes oráculos.
A Psiquê Humana
Em uma de suas conferências, Jung cita com alguns exemplos que o
trabalho de Adler pode ser aplicado a pessoas que buscam sua
subsistência, e seu lugar no mundo, na forma de poder; o de Freud, após a
pessoa ter adquirido sua subsistência, foca no alcance dos desejos
individuais; e o dele mesmo, Jung, tem como foco a busca da
transcendência e do entendimento do universo e do inconsciente,
quando a pessoa já alcançou sua subsistência e seus desejos.
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afetada por questões indesejáveis que se encontrem ali, e que portanto
devem ser resolvidas.
Sendo assim, o estudo da psicanálise pode ser uma ferramenta importante
para o aprimoramento de práticas mágicas, aumentando a efetividade de
rituais e permitindo uma melhor análise de símbolos e seus signi cados.
Magia Simpática
Talvez a forma mais intuitiva de magia, a magia simpática consiste em
realizar ações ou rituais buscando atrair efeitos análogos ou simpáticos
entre os objetos que estão sendo manipulados ritualisticamente e as
questões que se busca in uenciar. Essas ações ou rituais podem ser tão
simples quanto apenas mentalizar o efeito desejado acontecendo, ou
complexas a ponto de incluir cânticos, paramentos e jejum por dias a o.
Os homens que viviam em cavernas tinham a prática, por exemplo, de
desenhar os animais que queriam caçar com o intuito de atrair a caça mais
facilmente. Na Grécia, eram realizados vários rituais relacionados à
fertilidade, que podiam ajudar, analogamente, à fecundidade da terra para
ns de agricultura. A magia egípcia também utilizava largamente este tipo
de magia, criando estátuas e talismãs para atrair ou repelir energias como
se fossem antenas, e realizando rituais no plano físico para gerar
acontecimentos nos planos etérico e espiritual. O próprio
posicionamento das pirâmides buscava re etir o que se passava no
Cosmos, e também servir como referência para análises e medições.
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sincronicidades. Independente da denominação, a magia simpática se
trata de atrair eventos com base na emanação de energias análogas.
Amuletos e Talismãs
A teoria que embasa esta diferença é a de que os materiais em si
possuiriam energias próprias, porém em alguns casos as energias são
muito amplas, e precisam ser direcionadas, ou são muito fracas, e
precisam ser fortalecidas. Sendo assim, geralmente amuletos estão ligados
a objetivos mais gerais (sorte, amor) enquanto talismãs podem ser
confeccionados para a nalidade especí ca desejada (sorte em um sorteio
de loteria ou atrair o amor de uma pessoa especí ca).
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3. Grimórios Mágicos
Os Grimórios Mágicos são uma forma de registrar sicamente e tentar
trazer para a mente consciente as informações que foram obtidas em
gnose, captadas pela intuição ou recebidas diretamente via inconsciente.
A própria ação de tentar descrever em palavras o que foi vivido em uma
experiência mental e espiritual pode fazer com que percebamos elementos
que antes não tínhamos nos dados conta, e muitas vezes permite
encontrar as melhores palavras para dar sentido à experiência.
Além disso, no grimório (que também pode ser entendido como um
diário mágico) ca registrado o progresso do treino mágico individual, e
as informações podem se complementar entre horizontes de tempo
aparentemente distintos. Uma peça do quebra-cabeça pode ter sido
captada com um ano de diferença de outra peça, e somente por meio do
grimório será possível montar o conjunto completo.
Com o uso de grimórios, as experiências se tornam replicáveis, e o magista
passa a ter um cardápio de rituais desenvolvidos por ele ou adaptados de
outros grimórios que melhor se adequam a seu arcabouço mental. Muitas
vezes, porém, o que serve para uma pessoa pode não servir para outras,
então a leitura de um grimório de terceiros nunca pode ser feita de forma
fria e exata, requerendo interpretações e reinterpretações constantes.
Sendo assim, indicamos que as práticas deste livro sejam testadas,
adaptadas quando necessário, e que cada magista mantenha um grimório
com suas anotações, para melhor aproveitamento das informações
contidas aqui.
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Este é apenas um exemplo o mais completo possível, e pode ser aplicado
para pessoas que utilizem as classi cações mágicas planetárias, a fase
lunar, o mapa astral e a teoria octarina como paradigmas.
Materiais - Papel
- Caneta azul
- Óleo de girassol com canela
Entidade(s) Nenhuma
35
tenho um emprego em um escritório.
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4. Estudo e Prática da Magia
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até mesmo planejar as práticas seguintes, é importante para que
cada pessoa construa e aprimore seu entendimento do mundo.
3. Utilizar - o uso da informação inicia pela “teoria da prática”,
que consiste em conseguir descrever teoricamente tudo o que
está acontecendo em uma prática entendendo causas,
consequências, motivações e mecanismos possíveis; constroem-se
hipóteses para explicar resultados, e de nem-se testes para
con rmar as hipóteses, preferencialmente com resultados que
possam ser medidos ou registrados.
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As ferramentas escolhidas para cada etapa do treino podem ser várias, mas
o importante é que o magista escolha ou desenvolva um método para
cada etapa desta jornada.
Autoconhecimento
Exemplo prático: use um método de análise de personalidade (por
exemplo mapa astral, MBTI, DISC), estude cada critério e veja se
concorda ou não com os prognósticos. Relembre situações da vida em
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que agiu ou não como é esperado pelo resultado do método. Anote no
grimório os resultados do método e a sua interpretação dos resultados.
Mentalização
Exemplo prático: escolha um objeto e olhe para ele, até que a mente
foque somente no objeto por alguns minutos, sem pensamentos
adicionais (um cronômetro ou alarme pode ser utilizado). Depois, apenas
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mentalize o objeto, sem tê-lo à sua frente, até que consiga passar alguns
minutos ininterruptos focando apenas nele. Comece com 1 minuto,
aumente para 2 minutos, e assim sucessivamente até chegar em 5
minutos. Anote no grimório os resultados e as di culdades enfrentadas.
Oráculos
A utilidade dos oráculos se dá quando for necessário analisar a situação
para saber quais rituais usar, quais elementos utilizar em um ritual, ou
veri car se um intento está ou não funcionando, quando não se tiver
acesso ainda aos efeitos no mundo físico. Também permitem veri car se
há entidades ao redor do magista ou tentando entrar em contato, por isso
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são importantes de serem compreendidos antes de qualquer atividade
que possa envolver entidades.
Gnose
O método de gnose pode variar desde a meditação calma até a exaustão
ofegante. Podem ser usadas técnicas inibitórias dos sentidos, ou
excitatórias. Gnose por penitência ou por prazer. O que importa é o
alcance deste estado pelo método que melhor atender ao paradigma do
magista.
A gnose é um instrumento interessante para que as informações cheguem
de forma mais direta e clara. Em gnose, é menos frequente confundir
elementos da memória ou da imaginação com a intuição e a recepção de
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sinais. Este estado também facilita projeções astrais e a realização de
rituais.
Exemplo prático: tente entrar em gnose usando qualquer método (no
capítulo 5 são fornecidos alguns métodos) e se mantenha por alguns
minutos em um estado onde perceberá que está recebendo informações e
insights que não provêem da sua própria consciência. O tempo inicial
pode ser 1 minuto, aumentando para 2, 3, até 5 minutos ininterruptos.
Anote no grimório os resultados e as di culdades enfrentadas, desde
coceiras e inquietações até sussurros que forem ouvidos.
Magia Simpática
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Exemplo prático: em um domingo, ative um sigilo, escreva intenções em
um papel ou recite palavras para atrair algum aspecto (riqueza, amor,
intelecto). Durante a semana, anote no grimório as situações que
ocorrerem e tiverem relação direta ou indireta com a intenção que foi
escolhida. O pedido pode se tornar mais especí co com o avançar dos
estudos e práticas.
Visualização
Uma prática de visualização pode consistir em ativar um cristal e tentar
enxergar as energias em torno do mesmo, ver as entidades que estão à
volta do magista ou ouvir pensamentos. Outra aplicação seria ver o que
está ocorrendo em uma coordenada geográ ca (como realizado pela CIA
no Projeto Stargate), ou visualizar um crime apenas passando pelo local
onde ocorreu. Tentar visualizar cartas de Tarot voltadas para baixo pode
ser um treino útil para esta capacidade. A gnose pode ajudar a alcançar
um estado onde há menos interferência de outras partes da mente
(pensamento, sentimento), para que a visualização seja mais clara.
Muitas vezes, a visualização não ocorre pelos sentidos “físicos”, mas sim
pelos sentidos “espirituais”, em uma espécie de tela mental ou terceira
visão. Este conceito é complexo mas pode ser compreendido com o
decorrer das práticas de mentalização e visualização. O “lugar” onde as
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informações são imaginadas também passa a ser, com o tempo, onde as
informações são exibidas após serem captadas diretamente do “Todo”.
Projeção Astral
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Além de ser um plano que contém uma versão que sintetiza as ideias e
emoções emanadas de locais físicos existentes em nosso mundo material,
o plano astral contém planícies não físicas, e permite a construção de
templos e lugares de poder sem correlação com um espaço no plano
material. Este plano também permite a visualização de energias de forma
direta, para veri car se magias de ligação realmente criaram links entre
pessoas e objetos, se feixes de energia lançados pelas mãos realmente estão
sendo efetivos, e se escudos energéticos estão ou não ativos.
As técnicas de projeção astral são várias, mas geralmente consistem em
entrar em gnose, mentalizar a si mesmo levantando e andando, e manter a
forte intenção até que as imagens comecem a se formar automaticamente
na tela mental.
Exemplo prático: entre em gnose e realize uma projeção astral (por
exemplo, usando as técnicas do capítulo 11). Ande pelo plano astral,
inicialmente no mesmo lugar ou cômodo em que está, e posteriormente
vá em outros locais que existem no mundo físico. Observe detalhes que
não teria como saber conscientemente e depois visite os mesmos locais, de
forma física, para conferir os detalhes. Anote detalhadamente os testes e
resultados, assim como as percepções durante a prática. Tenha em mente
que a projeção “para o plano físico” tende a apresentar uma
representação literal do que está contido neste plano, enquanto a
projeção “para o plano astral” pode apresentar as emoções ou o conteúdo
energético dos objetos em si.
Evocação
46
visualizadas em sua forma manifesta, porém é comum que no plano físico
sejam observados alguns sinais de sua presença.
Os métodos de evocação são muito variados, e dependem bastante das
entidades, requerendo maior ou menor proteção dado seu caráter mais
constante ou mais disruptivo.
Invocação
47
A escolha da entidade para incorporação de qualidades é de primordial
importância. Isto porque as qualidades desejadas podem ser obtidas da
forma estabelecida pela entidade, ou mesmo trazer junto consigo algumas
das outras qualidades daquela entidade. O amor de Hera (esposa el) é
diferente do amor de Afrodite (amante apaixonada) que por sua vez é
diferente do amor de Dionísio (amante hedonista), e os três conceitos são
válidos dependendo do que o magista tem como objetivo.
48
5. Gnose
Cromo-Gnose
Este método para entrar em gnose é bem versátil e simples, não
necessitando obrigatoriamente de elementos para indução sensorial -
embora possam ser utilizados incensos, velas ou sons como auxílio.
Baseia-se em visualizar as cores do arco-íris e dos chakras, até alcançar o
estado mental correspondente às ondas alfa, propício para realizar
práticas mágicas ou de projeção astral.
2) Sente-se em posição de Lótus (sentado com as pernas cruzadas)
ou deite em Shavasana (posição da pequena morte; deitado com
a barriga para cima, pernas e braços levemente espaçados),
voltado na direção do Sol ou na direção mais luminosa do
ambiente. As mãos podem car da forma preferida pelo magista -
em mudrá (formando algum símbolo de poder), ou descansadas
sobre os joelhos.
3) Feche os olhos, focando nas manchas e nos padrões que se
formam e se movem.
4) Tente procurar, nas manchas, a cor vermelha, enquanto contrai a
região do períneo ou no cóccix. Quando conseguir concentrar-se
em uma cor, reconhecendo-a nas manchas, passe para a próxima,
seguindo a seguinte ordem de cores e regiões a contrair:
49
a) Vermelho - Muladhara Chakra (períneo ou no cóccix)
b) Laranja - Svadhisthana Chakra (umbigo)
c) Amarelo - Manipura Chakra (estômago)
d) Verde - Anahata Chakra (coração)
e) Azul - Vishuddha Chakra (garganta)
f) Lilás - Ajña Chakra (entre os olhos)
g) Violeta - Sahasrara Chakra (topo da cabeça)
5) Caso não consiga passar de uma das cores, não há problema.
Concentre-se na última cor alcançada, respire fundo e termine a
prática (passo 7), tentando novamente em outra ocasião.
Quando alcançar a cor Violeta, concentre-se apenas nela, de
forma que veja todo o resto escuro, e somente ela pulsando em
círculos concêntricos. Neste momento, o cérebro estará em
estado Alfa, e o estado de Gnose é alcançado.
6) Realize a prática desejada, seja ela oracular, de visualização, de
transmutação, de re exão, de viagem astral, ativação de sigilos ou
servidores. Os olhos podem ser abertos neste momento, caso
necessário, fechando-se novamente ao nal.
7) Ao terminar, respire profundamente e visualize novamente as
cores, na ordem inversa (do Violeta ao Vermelho), o que pode ser
realizado de forma mais rápida do que foi feito no passo 4. Ao
chegar na cor Vermelha, comece a mexer lentamente os dedos, e
alongue-se lentamente, girando o pescoço, e ajustando a coluna.
50
Gnose por Ritmo e Frequência
Os rituais xamânicos geralmente utilizam batidas ritmadas e instrumentos
musicais para gerar um estado propício à comunhão com as energias
divinas de modo geral.
1. Encontre um áudio com frequência de batidas entre 200 e 250
bpm, ou 4 a 7 Hz. Esta faixa de frequência é a mais indicada para
induzir o estado de relaxamento propício à gnose (ondas
cerebrais alfa, de 8 a 12 Hz). A frequência de 4 Hz ou 240 bpm é
a mais indicada (4 batidas por segundo).
2
SHAPIRO et al (2017), “Brain changes during a shamanic trance: Altered modes of
consciousness, hemispheric laterality, and systemic psychobiology” - Cogent Psychology
4:1, DOI: 10.1080/23311908.2017.1313522; KONOPACKI e MADISON (2018),
“EEG Responses to Shamanic Drumming. Does the Suggestion of Trance State Moderate
the Strength of Frequency Components?” - Journal of Sleep and Sleep Disorder Research
1:2, ISSN: 2574-4518; entre outros estudos.
51
podem ser usados para meditar sobre animais de poder, música
hebraica tradicional ajuda a entrar em contato com anjos
cabalísticos, música do Oriente Médio pode ajudar no contato
com daemons e melodias egípcias podem auxiliar no contato
com deuses Keméticos.
52
confundir com o rapé comercial, preparado sem procedimentos
ritualísticos). Muito se fala a respeito de seu uso e propriedades físicas e
energéticas, e cada rapé tem propriedades especí cas de atuação,
respeitando a vibração dos elementos utilizados em seu feitio. Para
entender as aplicações especí cas de cada tipo de rapé é necessário saber a
sua composição, e então estudar sobre as propriedades das ervas que o
compõem. Seu uso é tradicionalmente cerimonial, carregando as
intenções de quem o aplica.
Cerimônia
O uso de qualquer planta de poder deve ser feito de maneira cautelosa, e
em caso de primeiras experiências ou di culdade em lidar com os efeitos
da medicina, é aconselhável a presença de outras pessoas. Alteradores de
consciência provocam estados de percepção que podem às vezes se
mostrar confusos, o que pode gerar desde consequências desagradáveis
momentâneas, até problemas mais complexos, dependendo da ritualística
envolvida naquela ocasião, portanto, a experimentação deve ser aliada ao
estudo e responsabilidade.
Sua aplicação é realizada através de dois tipos de instrumentos, o tepi,
para a aplicação em terceiros, e o kuripe, para a autoaplicação. Estes
instrumentos geralmente são feitos de bambu, e por meio deles a
medicina é soprada. O rapé indígena, ao contrário dos rapés de latinha
que se encontra comumente nos mercados, jamais é inalado, é sempre
soprado. Quando a medicina é soprada, o pó adentra as narinas sem
alojar-se no pulmão, sugando para fora as impurezas encontradas, que
serão retiradas do organismo através do escarro. Depois do sopro, é ainda
recomendado que a respiração seja feita pela boca por algum tempo.
Intenções e Usos
53
Desde o seu preparo até a sua aplicação, esse composto é carregado de
intenções, e é exatamente a intenção a grande chave de seu poder. Através
do sopro a medicina carrega tudo aquilo com que ela foi imantada para
dentro de quem a recebe, promovendo a cura de diversas mazelas e a
alteração do campo vibracional e corpos sutis. O tabaco é uma planta
associada ao elemento fogo e uma de suas propriedades é a limpeza
energética e física, ao contrário do que os povos brancos, com seu uso
deturpado, trouxeram para ela. Também por isso, não é aconselhada a sua
inalação.
Por ser um alterador de consciência, essa medicina é uma excelente
ferramenta para atingir estados meditativos e de gnose para práticas
mágicas, enquadrando-se no conceito de quimiognose. Clareia o uxo de
percepção, limpa e harmoniza o estado mental selecionando, através da
intenção contida no sopro, e favorece a vibração adequada do
funcionamento da psiquê para a obtenção dos resultados desejados
dentro da sua ritualística.
Ativação de Sigilos
Para além da quimiognose, é possível utilizar o rapé como veículo de
ativação dos sigilos mágicos. Ao colocá-lo na mão para ativação da
intenção, utilize a prática da visualização do sigilo construído, vendo-o
desenhado no pó em sua mão, ou até mesmo, de fato, utilizando algum
instrumento para desenhá-lo como se faria um desenho na areia. Mantre
o sigilo até sentir que imantou a substância com sua intenção, mantendo
sempre em sua tela mental a visualização. No momento do sopro a
medicina vai adentrar o seu corpo físico e corpos sutis, realizando as
alterações intencionadas previamente, e instalando o símbolo pretendido
em seu inconsciente. A energia emanada através da repetição mântrica e
da visualização já é o su ciente para ativá-lo, aliada à energia cinética
gerada pela movimentação do ar causada pelo sopro.
54
Cuidados
55
6. Rituais e Banimentos
56
no mundo interior do magista. Assim como o que está em cima está
embaixo, aquilo que está fora é como aquilo que está dentro, em uma
correspondência análoga.
O primeiro passo para criar sua magia, seus feitiços, levando em conta o
que foi dito acima, é escolher elementos e materiais que dentro da sua
própria representação simbólica expressam as energias que você deseja
trabalhar. Não existe certo ou errado, já que o que será executado parte de
você para você mesmo, pretendendo uma alteração na SUA realidade.
Algumas associações são comuns e amplamente utilizadas, como por
exemplo o uso de pimentas como plantas que simbolizam o calor,
ardência, fogo e paixão, bem como proteção, exatamente pela analogia
entre os efeitos e impressões físicas que a pimenta traz, expandindo-os
57
para uma esfera astral e mágica. Assim funciona com qualquer elemento a
ser utilizado dentro de uma ritualística.
Os símbolos e objetos escolhidos para o rito irão performar o ato que você
deseja ver manifestado, podendo variar de um boneco e uma escada sendo
utilizados para simular o alcance de novos patamares e degraus em seu
desenvolvimento até a utilização de ingredientes relacionados à atração,
abertura de caminhos e riqueza feita durante a janela astrológica que você
ache propícia para a confecção de uma poção de prosperidade para
utilizar em sua loja. Aquilo que está em cima é como aquilo que está
embaixo e o que for utilizado por você será uma representação no
microcosmos do seu altar daquilo que você deseja alcançar com aquela
ritualística, solte sua criatividade.
Após os elementos e movimentos entre eles serem de nidos, é hora de
partir para o terceiro passo: a ação. A primeira coisa para se realizar
qualquer ato mágico é um bom banimento, uma limpeza do ambiente. O
banimento, levando em consideração, novamente, a Lei da
Correspondência, irá funcionar retirando do local tanto as energias
externas a você que não são compatíveis com seus objetivos quanto às
suas próprias energias internas, barreiras dogmáticas e padrões de
pensamento e vibração que não condizem com o ritual e com o que se
deseja alcançar.
58
Realizado o banimento, é hora então, de abrir o círculo mágico, e
novamente, isso é com vocês, cada pessoa vai escolher um jeito próprio de
delimitar a área que será utilizada, colocando-a e a si mesmo numa zona
entre os mundos e estados de consciência, um local onde a realidade não
irá lhe in uenciar, onde seu celular não vai tocar e puxar sua atenção para
questões que não têm nada a ver com o que está sendo feito; onde sua
mente se permitirá acessar camadas mais profundas de si mesma e o
estado de gnose. É o círculo mágico também que delimita o espaço de
proteção ativado pelo banimento, mantendo do lado de fora o que deve
car do lado de fora, e convidando para dentro dele aquilo que irá te
ajudar com seus propósitos.
Frequência
Algumas são utilizadas somente em situações especí cas como, por
exemplo, facas de sacrifício só seriam usadas em um contexto ritual ou
bolas de cristal que só seriam usadas em rituais de divinação, por exemplo.
59
Quanto maior a frequência em que se usa uma ferramenta, maior o elo
simpático entre ela e o magista, mas quanto mais especí co for o uso,
maior o elo simpático da ferramenta com seu conceito.
Abrangência conceitual
Consagração
A consagração é o ritual pelo qual um objeto se torna sagrado. Isso
signi ca atribuir a ele um papel, conceito, uso e elo simpático especí co,
descolado do cotidiano profano. A consagração de um objeto que tem
uso profano pode parecer inicialmente um paradoxo. Imagine tornar a
maçaneta da porta da sua casa um objeto sagrado. Apesar de investir
energia e atribuir elos simpáticos àquilo, as chances de que você e outras
pessoas usem esse objeto sem atribuir essas características dissolve essa
separação entre profano e sagrado. É por meio da consagração que uma
ferramenta muito abrangente conceitualmente e que se usa com muita
frequência pode ser transformada em uma ferramenta sagrada e
especí ca. Se pensarmos no exemplo que demos acima, uma moeda pode
ser consagrada a uma divindade da sorte, ou a uma divindade do
dinheiro. Assim, aquela moeda passa a ser utilizada somente para
operações naquele contexto e naquele conceito, dessa forma magistas
60
regulam as variáveis envolvidas na interação energética e conceitual
daquele objeto.
Natureza
A natureza de uma ferramenta mágica pode ser espiritual, astral, mental
ou material, e, apesar de não ser necessário, rituais de consagração ou
encantamento são formas de atrelar um objeto a essa natureza. Uma
ferramenta que seja atrelada em muitos desses reinos teria maior chance
de produzir efeitos, ao mesmo tempo que se tornaria mais singular.
Ainda no exemplo da moeda, supomos que a natureza dessa ferramenta
seria espiritual, por se tratar de uma divindade. Por meio dos rituais,
magistas tornam a moeda material um signi cante da ferramenta
espiritual. Assim também são os elos simpáticos, que conectam objetos e
conceitos separados. Outra abordagem poderia ser considerar a moeda
enquanto uma ferramenta de natureza material e, por meio de rituais,
conectá-la a um conceito de natureza astral, como sorte. Nesse sentido a
moeda passa a ter uma função especí ca de gerar sincronia com esse
conceito astral. Reparem que no primeiro caso, a destruição da moeda
pode ser facilmente remediada, substituindo-a por outra. No segundo
caso, a destruição da moeda material seria irreversível, sendo necessária a
criação de outra ferramenta para substituir esta.
Passividade ou Atividade
61
Ferramentas passivas seriam aquelas que, sem a necessidade da ação de
magistas, exerce sua função primária, como sinais de proteção em portas,
pulseiras e anéis que atraiam saúde ou mesmo ferramentas que indiquem
alguma mudança na energia do ambiente. Ferramentas ativas são aquelas
que auxiliam uma ação de magistas. Em outras palavras, magistas
precisam, ativamente, realizar um ato mágico, e a ferramenta permitirá
que esse ato aconteça mais facilmente (seja por ajudar na crença, na
con ança ou de fato modi car a realidade).
Escolhas e Customização
62
por Israel Regardie no livro “Golden Dawn” e seu conhecimento passou
a ser mais amplo.
O fundamento principal do RmP está no conceito de que existem o
nosso mundo e o mundo superior, separados por torres de guarda que
cariam nos quadrantes ou nos pontos cardeais. Os mundos se
correspondem (o que está embaixo é como o que está em cima), e do
centro da Terra até a Lua tudo seria composto por 4 elementos - terra,
água, fogo e ar -, enquanto da esfera Lunar para fora tudo seria composto
por Éter, polarizado mediante as vibrações dos planetas e de outras forças
espirituais.
Nestas 4 torres de guarda ou torres de vigia, habitariam 4 anjos
correspondentes aos 4 elementos, e estes anjos protegeriam o mundo, e
cada ser-humano, das forças externas (representadas por 4 demônios).
Sendo assim, chamando-se pelos 4 anjos dos quadrantes seria possível
equilibrar suas forças, re-estabelecendo melhor as proteções. Estes anjos
também poderiam conferir os poderes dos seus respectivos elementos e
poderiam banir aspectos nocivos dos elementos, um por um ou os quatro
de uma vez.
63
64
● Finalização conectando os elementos para completar o círculo
Sendo assim, a maioria das adaptações têm como foco a parte central do
rito, que seria a convocação ou banimento (sendo principalmente usado
para banimento), e estabelece 4 roupagens próprias para os elementos que
serão chamados. Podem ser utilizados deuses de uma ou mais culturas,
um panteão especí co que o magista tenha mais a nidade, personagens
da cultura pop (por exemplo: Tolkien, Lovecraft ou os universos Marvel
ou DC) ou mesmo glifos alquímicos mais gerais - terra, água, fogo e ar
propriamente ditos. Deve-se entender que a a nidade da mente do
magista com as roupagens usadas é o principal fator que in uencia a
e ciência do ritual.
Sendo assim, um ritual simpli cado, adaptado com base no RmP e
utilizando qualquer egrégora, poderia ser realizado como segue. Cabe
ressaltar que os elementos descritos nas direções cardeais têm o objetivo
de servirem como exemplos, mas esta de nição deve ser dada pelo
magista, podendo ser diferente da apresentada. O rito descrito também é
referente ao banimento, mas pode ser usado para convocação trocando o
enunciado “banindo” por “convocando”.
65
4. Ele se volta para o Sul e traça um pentagrama com o dedo
indicador, dizendo: “Estou banindo o elemento Terra, pelos
poderes de [TERRA ou SUL]”.
5. Ele se volta para o Oeste e traça um pentagrama com o dedo
indicador, dizendo: “Estou banindo o elemento Água, pelos
poderes de [ÁGUA ou OESTE]”.
6. Ele se volta para o Norte e traça um pentagrama com o dedo
indicador, dizendo: “Estou banindo o elemento Ar, pelos
poderes de [AR ou NORTE]”.
7. O magista pode escolher um elemento adicional que será
utilizado Acima e outro Abaixo de si, banindo energias Sutis e
energias Densas, e desenhando dois pentagramas adicionais.
8. O magista mentaliza fortemente e visualiza na tela mental os 4
(ou 6) pentagramas ardendo em torno de si, e os elementos, seres
ou entidades atuando junto de cada pentagrama para repelir ou
atrair a energia correspondente.
Sendo assim, seguem alguns exemplos de 4 elementos que podem ser
utilizados em diversas egrégoras para substituir as palavras entre colchetes.
Os exemplos dados vão desde egrégoras milenares de deuses antigos até
elementos da cultura Pop, sem de nir-se uma distinção ou hierarquia
entre elas - a e ciência do rito será de nida, em última instância, pela
a nidade do magista com a egrégora escolhida.
66
FOGO ou TERRA ou ÁGUA ou AR ou
EGRÉGORA
LESTE SUL OESTE NORTE
Egito Wadjet Tatenen Hapi Shu
Grécia Hefesto Hades Poseidon Zeus
Tupi-Guarani Anhangá Jakairá Yara Tupã
Anjos Uriel Raphael Gabriel Miguel
Demônios Oriens Amaymon Paymon Egyn
Lovecraft Shub-Niggurath Cthulhu Dagon Nyarlathotep
Dragões Tiamat Behemoth Leviathan Tifão
Primordiais Eros Gaia Pontos Urano
Familiares Bode Lebre Sapo Corvo
Ventos Euros Noto Zé ro Bóreas
Kung Fu Tigre Dragão Serpente Garça
Folclore Boitatá Curupira Ipupiara Saci
Star Wars C-3PO Yoda Leia Luke
Tolkien Tulkas Aulë Ulmo Manwë
Perpétuos Destino Morte Sandman Delírio
Marvel Homem de Ferro Hulk Viúva Negra Thor
Elementais Salamandras Gnomos Ondinas Silfos
Pokémon Charmander Bulbassauro Squirtle Pidgey
Notas: ¹ Agradecemos pelas sugestões e exemplos que foram colhidos livremente na comunidade
mágica por comunicação digital ou verbal, pertencendo ao paradigma pessoal de cada magista; ² Em
alguns casos foi utilizada como critério principal a atribuição dos elementos, e em outros a das direções
cardeais, mas em todos os casos cada um dos elementos deve ser estudado em detalhes antes do uso; ³
As associações dependem do critério de análise de cada magista e, mais até do que as associações em si,
é importante a de nição clara do critério que foi usado para tal.
67
7. Sigilos
Os fundamentos do funcionamento de sigilos podem ser descritos de
várias formas. Uma delas é a consideração de que só se pode entender e
manipular energias sabendo-se seus nomes. Estes nomes podem ser
expressos por meio de palavras, porém seu uso muitas vezes é restrito
devido às limitações da linguagem existente. Neste sentido, os pedidos ou
as energias podem ser descritos de forma simbólica, e quando são mais
especí cos e/ou complexos podem ser representados como selos ou
sigilos.
A principal diferença entre selos e sigilos é que, em teoria, os selos são
utilizados para ancorar energias, e os sigilos para comunicar pedidos. Na
vertente de Magia Salomônica, chamada de Ars Notoria, os sigilos se
apresentam na forma de Notas, que encerram conhecimento sobre
diversas artes e ciências, auxiliando o magista em seu aprendizado. Um
dos principais autores conhecidos na prática da Sigilização é Austin
Osman Spare, que teria desenvolvido sua técnica ao fazer pedidos na
forma de desenhos para daemons e anjos, porém sem especi car quais
entidades deveriam realizar seus intentos.
68
especializada) e em circuitos (método desenvolvido pelo Projeto Xaoz),
bem como técnicas para aprimorar sua efetividade.
Os 13 Sigilos
Os treze sigilos englobam os aspectos elementais de nosso mundo, além
do caráter ativo ou passivo, concentrador ou dispersor, coagulador ou
dissolutor das energias. Estão posicionados em seis eixos em torno do
Caos, com suas características manifestas de forma mais branda ou mais
bruta.
69
Caos
Sua ativação e energização se dão por meio da meditação, imaginando a
formação de um vórtice lilás que gira cada vez mais rápido. A análise de
qualquer questão se torna mais clara, pois no Caos não há nada a perder,
e nenhum obstáculo. Tudo é possível, os potenciais estão latentes.
Luz
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repetição da saudação ao Sol. Seu efeito é tornar a pessoa leve, quebrar
bloqueios e aprisionamentos, bem como jogar luz sobre algo que esteja
nebuloso, dissipando as sombras da dúvida e da mentira.
Trevas
Sua ativação e energização se dão por meio da prática de
Chandra-Namascar, imaginando a formação de um orbe denso em torno
das mãos de águia, sobre a testa. O orbe cresce e absorve mais luz a cada
repetição da saudação à Lua. Seu efeito é tornar a pessoa densa, impedir a
fuga de ideias, consolidar projetos mentais na forma de produtos prontos,
bem como atenuar a luz externa para permitir a auto-análise e a
regeneração interna, se recolhendo e ancorando as ideias na forma de
matéria.
Terra
71
O quarto sigilo é relacionado à Terra. É o surgimento da matéria, a
energia densa que se torna tangível: “SENSAÇÃO”. É Geia ou Gaia, é a
Imperatriz.
Ar
Sua ativação e energização se dão por meio da mentalização do ar em
volta, e de um campo de vibrações emanando do próprio ser. O campo
ca mais forte com a energia acumulada. A energização é melhor realizada
em lugares abertos e arejados. Seu efeito é aprimorar a lógica e a razão,
podendo ajudar o pensamento a ser mais rápido e claro, bem como sua
expressão. O Ar permite perceber a energia do que há em volta, sendo
também instrumento para transmitir nossos pensamentos por meio da
fala.
72
Água
Sua ativação e energização se dão por meio da mentalização de água
corrente, com seu som característico. O uxo e o som da água aumentam
com a energia acumulada. A energização é melhor realizada próximo à
água corrente. Seu efeito é aprimorar a análise dos sentimentos e
emoções, assim como seu controle. A Água permite perceber o que se está
sentido, representando também a uidez de moldar um sentimento e
transformá-lo em outro. A raiva pode ser convertida em compaixão, e a
tristeza pode ser convertida em alegrias ao perceber-se que só sente tristeza
quem vive.
Fogo
O sétimo sigilo é relacionado ao Fogo. É o desejo de fazer algo novo, a
centelha de criatividade que emana do espírito: “INTUIÇÃO”. É Eros
ou Cupido, são os Enamorados.
73
Sua ativação e energização se dão por meio da mentalização de fogo
saindo do magista. O fogo ca mais azul conforme o sigilo absorve
energia. A energização é melhor realizada próximo a uma fogueira ou
lareira, vela ou incenso. Seu efeito é aprimorar a criatividade e o
surgimento de ideias, assim como o início de projetos. O Fogo permite
emanar a energia que até então estava contida na mente, e também
favorece que fagulhas de inspiração surjam a partir do inconsciente. Às
vezes, já sabemos das coisas em nosso inconsciente, só precisamos que elas
venham ao consciente para percebermos que sempre soubemos delas.
Ativo
Passivo
74
O nono sigilo é relacionado à passividade. É o re etir, o esperar, a
imobilidade sensata: “PASSIVIDADE”. Sua ativação e energização se dão
por meio da mentalização do sentimento de re exão e passividade
contemplativa. Seu efeito é o de re etir, contemplar, aceitar
acontecimentos e re etir a melhor forma de agir, e é melhor utilizado para
planejar qualquer ação.
Trovão
Vento
75
levando embora o que não for desejado. Ativado de forma similar ao Ar,
porém com mentalização de um furacão.
Montanha
Lago
76
Quando a intenção desejada para o sigilo possuir relação com um
elemento ou caráter principal, pode ser usado o sigilo isolado daquele
elemento. Os sigilos podem também ser combinados de diversas formas
para atender a objetivos mais especí cos.
Além dos objetivos ditos “elementares”, “puros” ou “simples”, pode ser
desejado por algum magista criar um sigilo para um objetivo pontual,
mais especí co ou mais complexo, que necessite de uma combinação
entre as energias. Neste sentido, os símbolos elementais podem ser
combinados para formar um sigilo composto.
77
Segue abaixo uma combinação possível de três sigilos.
Neste sigilo, foram utilizados os elementos Trevas e Fogo, assim como o
selo do Servidor Octo. Ele pode ser aplicado, por exemplo, quando for
desejado obter uma maior sensibilidade para sentir e se proteger das
energias que estão no campo eletromagnético em um determinado
ambiente (Octo), estimulando a intuição (Fogo) e focando em sentir e
manipular as energias negativas3, ou energias “de mão esquerda” (Trevas).
Sigilos em Circuito
Quando for desejado utilizar diversas energias durante um dia ou um
período maior de tempo, ou ainda durante o decorrer de um projeto, mas
não for desejado que elas atuem ao mesmo tempo, os sigilos podem ser
arranjados na forma de um circuito, que pode ser carregado de forma
3
Deve-se notar aqui que o termo “negativas” refere-se apenas ao caráter ou
polaridade das energias, e não inclui nenhum conceito moral de “bem” ou “mal”
no sentido do senso comum.
78
conjunta, mimetizando o comportamento de um circuito elétrico
alimentado por uma bateria ou fonte de energia.
Nos circuitos elétricos, embora saiba-se que a corrente real ocorre no
sentido inverso, é convencionado que a corrente elétrica parte do pólo
positivo da fonte de alimentação (barra maior) e percorre o circuito até
chegar no pólo negativo da mesma (barra menor). Podem ser usadas
também portas lógicas ou condicionais para dividir e combinar as
correntes, além de dispositivos em série ou em paralelo, e dispositivos de
chaveamento.
Toda esta teoria elétrica pode ser utilizada em analogia com a ativação de
sigilos, formando um circuito que irá mudar seu comportamento ao
longo do tempo, como no exemplo abaixo.
Neste exemplo, o circuito inicia na parte inferior, a bateria, que deve ser
carregada de intenção, mentalizando-se energia ou direcionando-se
campo magnético para a mesma.
79
Primeiramente, a corrente passa pelo elemento Trevas, adquirindo caráter
passivo ou negativo. Em seguida, segue pelo elemento Água, tratando de
sentimentos.
Após esta etapa, a corrente chegaria a uma chave, que pode ser ativada
para cima, caso seja necessário lidar com lógica e razão, ou para baixo, caso
seja necessário realizar a materialização de algum objetivo. Em seguida,
passa pelo elemento Fogo.
Este circuito pode ser utilizado, por exemplo, por uma pessoa que deseja
iniciar seu dia banindo as energias em seu entorno (caráter de dispersão),
que pela manhã precise lidar com um assunto sentimental (água), que
pela tarde, embora ainda não saiba o que irá fazer, poderá estudar (ar) ou
realizar exercício físico (terra), e que pela noite irá lidar com criatividade
(fogo) ao escrever um livro.
80
8. Servidores
Nesta seção, são abordados alguns procedimentos para criar e aprimorar a
criação de servidores astrais. Também são descritos os servidores públicos
desenvolvidos e utilizados pelos integrantes do Projeto Xaoz em suas
práticas.
Planejando Servidores
O Planejamento de servidores é um passo importante em sua criação, pois
pode aprimorar bastante sua e ciência. Este passo se aplica quando se cria
um servidor de forma consciente, mas existem técnicas que se utilizam de
canalizações com maior fator inconsciente. A seguir são descritos alguns
métodos com grande e ciência, de forma simpli cada.
81
por exemplo). É essencial que seu servidor seja único e seu
funcionamento claro.
82
morte de um servidor não é a morte de um ser vivo e deve ser
encarada com naturalidade pelo magista.
A canalização inconsciente pode ocorrer de diversas formas, e uma delas é
com base em sonhos que o magista já teve, e quando deseja ancorar as
energias percebidas no momento de sono e trazê-las ao mundo desperto.
83
6) Crie um servidor descrevendo todos os aspectos que foram
percebidos. Considere a possibilidade de desenhar a aparência do
ser assim como apareceu em seus sonhos.
Outra forma de se canalizar servidores é basear-se em uma entidade
pré-existente e construir uma camada de customização que permitirá ao
magista ter maior controle das características de seu constructo.
2) Pesquise o máximo possível sobre aquela entidade. A maioria das
entidades tem aspectos vantajosos e desvantajosos, mas não se
deve considerar que são aspectos “bons” e “maus”, apenas
adequados ou não às funções que você de niu.
84
Canalizando Servidores Automaticamente
5) Crie um servidor trazendo para o papel todos os aspectos que
foram mentalizados, com sigilo, nome, e possíveis aparências que
tenham se mostrado na mentalização.
85
Aspectos Principais
86
6) Destruição. A atuação de um servidor pode ser vantajosa em um
momento, e desvantajosa em outros; um servidor que traz
ruptura e revolução deve ser desativado assim que a situação
chega no ponto desejado. Por isso é importante de nir regras
para destruição da cópia criada, ou reabsorção na psiquê.
Aspectos Adicionais
1) Signo ou Mapa Astral. Estes podem ser os do dia da criação do
servidor, de sua ativação (mudam a cada ativação), ou que
favoreçam sua atuação. Esperar para ativar em um dia especí co
da semana pode ser vantajoso, por usar as energias daquele dia.
2) Mantra. Este elemento ajuda na gnose, pois a repetição de sons
que vibram a caixa craniana já foi estudada cienti camente,
sendo comprovada sua e cácia. Além disso, melhora a ativação
por pessoas com tendência à concentração auditiva, e não visual.
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“Servidor, peço a ti, faça o que te digo / Me traga ________ / E
que seja feito sem prejuízo”.
Funcionamento de Servidores
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mente que, para isso, os eventos que seriam muito prováveis e
que são excludentes junto ao primeiro não acontecerão.
Aprimorando servidores
Por m, todas as etapas da criação podem ser observadas e de nidas em
detalhes da melhor forma possível, para que se tire o máximo da
experiência e se concentre toda a energia doada ao servidor em prol do
objetivo nal. Algumas dicas para aprimorar as etapas da criação são:
1) Regule o limite das funções. Um servidor que sirva para mais
situações é ativado mais vezes e potencializa sua atuação.
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possam destruir o sigilo sem querer (molhando na chuva,
perdendo ou sujando o papel, por exemplo).
Octo
Descrição
Octo é um servidor mineral, na forma de um octaedro lilás (cor do Ajña
Chakra, o Terceiro Olho). Possui a habilidade de proteger o magista no
mundo físico, no mundo astral e no mundo espiritual, servindo como
um escudo ou barreira de proteção cristalina conjurada ao seu redor.
Torna o magista invisível aos que queiram fazer mal, ou torna sua
aparência tão radiante que os inimigos não conseguem olhar diretamente.
Pode ser conjurado uma vez, pelo método completo, e energizado ou
fortalecido sempre que necessário, com um simples gesto de atalho
(manual, sonoro ou corporal) de nido pelo magista.
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Conjuração
Ativação
Mantra
O servidor Octo não possui um mantra especí co, porém um mantra
(como o Ohm, ou o próprio nome Octo) pode ser de nido como o
atalho de ativação, como descrito anteriormente. O mantra que foi
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utilizado durante as primeiras conjurações e a criação do servidor, e que
tem relação com suas características, foi o Gayatri Mantra.
Assentamento
Manutenção
A manutenção do servidor se dá por uma nova conjuração completa ou
simples meditação com mentalização do octaedro, quando o magista
perceber que sua energia está se esgotando, ou perceber que sua presença
está desvanecendo. Além disso, o gesto de ativação rápida pode ser
programado para energizar simultaneamente o servidor.
Duração
A duração do servidor é inde nida, enquanto o papel onde foi desenhado
seu sigilo esteja íntegro. Porém, sua força se esgota com o tempo e com o
uso, e ele deve ser energizado de tempos em tempos como explicado
anteriormente.
Destruição
O servidor é destruído caso o papel no qual foi desenhado seu sigilo seja
destruído.
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9. Oráculos
Sendo assim, em linhas gerais podemos mapear pelo menos quatro
utilizações contemporâneas dos Oráculos:
1. Previsão do Futuro
2. Entretenimento
3. Magia e Feitiços
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4. Autoconhecimento
A seguir serão apresentados um método para cada viés apresentado, que
não necessariamente consistem nos mesmos usos historicamente
atribuídos aos oráculos em geral, e podem ser realizados usando qualquer
tipo de oráculo (pingentes, pedras ou contas, radiestesia, cartas, dispersão
de elementos sobre um espaço, visualização direta, etc).
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O que importa nesta prática, mais do que a “adivinhação” em si, é a
capacidade de conseguir associar os acontecimentos daquele período ao
que foi analisado no oráculo, ou aos elementos que saíram na tiragem.
No caso das leituras diárias, pode ser analisado um acontecimento da
manhã, um da tarde e um da noite para corresponder à primeira, segunda
e terceira cartas. No caso das semanais, um acontecimento importante de
cada dia da semana deverá ser associado a cada carta. No caso das leituras
anuais, cada mês terá um acontecimento associado a uma carta, e isto
pode ser feito também por trimestres, semestres, ou com mais de uma
carta para cada período de tempo.
Com o passar do tempo, o praticante irá perceber as diferentes situações
que podem se encaixar em cada elemento do oráculo, mas também
perceberá se conseguiria ter inferido logo de início as linhas gerais de cada
acontecimento importante antes das situações acontecerem, aplicando
esta capacidade nas próximas leituras.
Este treino oracular é constituído na forma de um jogo que pode ser
praticado em um grupo mágico, requerendo a participação de pelo menos
duas pessoas (uma pessoa não participará da prática oracular, sendo a
guardiã do resultado) de forma presencial ou online.
Uma pessoa (que não irá participar da adivinhação) escolhe um crime que
já aconteceu (preferencialmente famoso, que teve grande repercussão),
envolvendo morte. Assim que escolher e ler com atenção as informações
do crime, informa aos participantes que já escolheu. É interessante que
esta pessoa registre o crime em algum lugar, para que não possa trocar
posteriormente.
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Neste momento, o crime começará a ser adivinhado. Todos os oraculistas
tiram seus métodos divinatórios para tentar descobrir informações sobre
4 tópicos:
● VÍTIMA (s)
● ASSASSINO (s)
● MÉTODO e
● MOTIVAÇÃO.
Existem ainda outros 4 tópicos que podem ser usados em treinos mais
avançados:
● LOCAL
● RESULTADO
● ÉPOCA
● RESOLUÇÃO
Os elementos de um oráculos encerram em si energias que podem
promover acontecimentos e sincronicidades na vida cotidiana. Não se
sabe ao certo se as sincronicidades acontecem devido à ação de rituais
mágicos, ou se sempre aconteceram mas os ritos podem fazer o magista
estar mais atento a elas, o que importa é que os elementos de um oráculo
costumam “andar juntos” com as situações que representam. Sendo
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assim, é possível estabelecer rituais usando os elementos de um oráculo,
ou fazer isso iniciando pela leitura e em seguida alterando-se o resultado
da mesma para incentivar uma situação desejada.
Tomando como exemplo uma leitura de três cartas de Tarot, podemos
de nir a primeira como indicativa das energias vigentes no passado, a
central como indicativa das energias atuantes no presente, e a terceira
como indicativa das energias que virão a agir no futuro.
O ideal em uma leitura comum é que as cartas sejam analisadas e o
consulente atue no presente visando usar a energia futura da forma mais
vantajosa possível. Porém, ele pode planejar um ritual colocando uma
nova carta sobre o presente, referente a uma energia que irá convocar para
o auxiliar, e uma nova carta sobre o futuro, referente ao objetivo que
deseja alcançar (ao invés de colocar uma carta sobre a outra, as cartas
podem ser substituídas uma pela outra). Sendo assim, pode-se dizer de
forma simbólica que o magista está criando uma “linha do tempo
alternativa” onde ele manipula seu destino conforme o desejado.
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O uso dos oráculos para autoconhecimento é um dos mais difundidos em
livros, em fóruns e em grupos de discussão. Esse autoconhecimento pode
ser auxiliado por um terceiro no caso de uma sessão de leitura com
interpretação - neste caso pode haver menos viés de leitura caso o terceiro
seja isento-, ou promovido pela própria pessoa - desde que entenda os
simbolismos de cada elemento oracular, para interpretar da forma mais
completa possível.
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● Casa 1: Eu, individualidade
● Casa 2: Valores, segurança material
● Casa 3: Aprendizado, comunicação
● Casa 4: Conforto, lar
● Casa 5: Diversão, criatividade
● Casa 6: Trabalho, saúde
● Casa 7: Relacionamentos, parcerias
● Casa 8: Necessidades, segredos
● Casa 9: Viagens, loso a
● Casa 10: Carreira, reputação
● Casa 11: Amizades, ideais
● Casa 12: Inconsciente, psiquê
● Centro, 13: Resumo da leitura (opcional)
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Sorteando 12 cartas do Tarot, podendo ser somente as arcanas maiores ou
incluindo as menores, ou ainda uma arcana maior e uma menor, entre
essas casas, é possível estabelecer um mapa para análise de si. É
interessante também analisar a relação entre as casas, como por exemplo a
Casa 6 e a Casa 10 mostrando se há compatibilidade ou não entre as
cartas que foram sorteadas no campo do trabalho e no da carreira, entre
outras combinações. No caso de se usarem arcanas menores, é
interessante também notar a predominância ou a falta de algum naipe
nesta tiragem.
O objetivo aqui não é observar somente qual carta foi sorteada em cada
casa, mas sim entender o que se apresenta (ou não se apresenta) daquela
carta em cada um dos 12 campos da vida, tendo em mente que a
interpretação do método - e o que você faz com base nesta informação - é
mais importante do que a de nição do mecanismo metafísico pelo qual a
atribuição das cartas se dá.
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10. Sonhos
Caderno de sonhos
A manutenção de um caderno de sonhos é muito vantajosa para as
práticas oníricas. Isto porque diversos sonhos podem se apresentar como
peças de um mesmo quebra-cabeças, possivelmente com alguns sonhos
corriqueiros intercalados entre eles, e só juntando as peças será possível
depreender um signi cado. Geralmente, os sonhos que fazem parte de
um mesmo roteiro se apresentam com o mesmo cenário ou
compartilham elementos importantes entre si.
Sendo assim, tente anotar com o máximo de detalhes os sonhos, junto
com as datas em que foram sonhados. Destaque algumas palavras-chave
que pareçam importantes, ou que se repitam entre os sonhos, para
auxiliar na interpretação.
Interpretação de Sonhos
O advento da civilização e de modelos mecanicistas do universo relegaram
a mente e a informação ao segundo plano em detrimento da matéria e da
energia, até que os estudos de neurologia e os modelos quânticos do
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universo trouxeram novamente importância a informações e a conteúdos
mentais. Na psicanálise moderna, sobretudo com Jung, os sonhos
passaram novamente a ter lugar de importância para se entender a vida de
uma pessoa e lidar com suas emoções, reações e pensamentos. Neste
sentido, os sonhos puderam ser utilizados para vislumbrar, em estado
desperto, os conteúdos que se encontram no inconsciente de uma pessoa,
e que não poderiam se expressar sem serem traduzidos em símbolos (por
mais complexos que sejam).
Considera-se que uma pessoa já possui, de antemão, uma biblioteca de
símbolos oníricos que foram acumulados desde os primórdios da
civilização humana e especializados conforme sua própria cultura. Estes
símbolos fazem parte do inconsciente coletivo. Por outro lado, durante a
vida, cada pessoa associa conteúdos mentais a símbolos próprios, que são
especí cos para cada pessoa e para cada vivência. Estes símbolos fazem
parte do inconsciente individual.
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Além disso, alguns aspectos podem ser observados para auxiliar a
interpretação, pois é bem comum a recorrência de símbolos que denotam
certos tipos de elementos. Uma mulher carinhosa ou misteriosa, ou uma
cidade próxima à água, podem denotar a Ânima (porção re exiva ou
passiva da mente). Um homem arrogante ou decidido, ou uma cidade
muito urbanizada, podem denotar o Ânimus (porção impetuosa ou ativa
da mente). Peças de roupas, ou a falta delas, podem denotar aspectos do
Ego necessários para interagir com o mundo. Pessoas que conhecemos
geralmente denotam as partes de nossa psiquê associadas àquelas pessoas.
Finalmente, o cenário completo de um sonho - montanha ou planície,
com ou sem árvores, aspecto desolado ou verdejante - pode indicar a
emoção que é evocada por aquele conteúdo mental.
Sonhos Oraculares
Este método Onírico pode ser útil para melhor compreender os
elementos de um oráculo, ou compreender sistemas losó cos e seus
conceitos. Consiste em uma série de experimentos oníricos, dia após dia,
varrendo todos os aspectos de um conjunto simbólico.
1) Escolha um conjunto de elementos para ser usado. Pode ser um
baralho, um conjunto de runas, pedaços de papel ou cartões com
símbolos desenhados, entre outros. De preferência, deve ser
possível sorteá-los aleatoriamente, sem saber o resultado em um
primeiro momento.
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seja possível, mantenha apenas o elemento embaixo do
travesseiro.
O método também pode ser utilizado para direcionar sonhos. Neste caso,
basta meditar sobre um conceito que deseja que surja no sonho, criar um
sigilo com base neste conceito, e dormir com o sigilo (que pode ser
desenhado em um papel, peça de madeira, pedra, etc) na mão.
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11. Projeção Astral
O plano astral é um universo conceitual, composto por uma série de
dimensões e espaços por vezes desconexos. Um dos reinos referidos pelo
paradigma hermético e cabalista, normalmente é associado ao elemento
Água e ao mundo de Yetzirah. As paisagens, criaturas, construções e
experiências que transitam neste plano são conceituais, e a percepção
estética destas depende da interpretação, do tipo de mediunidade mais
desenvolvido e da capacidade de viagem astral de magistas.
Templos astrais são construções que se encontram no plano astral e
podem ser criadas por magistas para servirem as mais diversas funções.
Uma das funções mais comuns do templo astral é a organização dos
conceitos presentes na vida de um magista. Isso ocorre por que ao
determinar a distribuição dos conceitos na forma de uma construção (seja
ela uma sala de escritório da atualidade, um templo maia ou mesmo uma
bolha de luz dentro de uma caverna), magistas conseguem compreender
melhor quais são, quantas são e como interagem as energias relacionadas a
um aspecto ou conceitos que estejam investigando dentro de si.
Por exemplo, uma magista cria uma sala astral onde ela irá toda vez que
precisar se preparar para tomar decisões importantes em sua empresa.
Nesta sala a magista pode colocar planilhas e grá cos. Pode colocar mapas
e peças por cima. Dependendo do grau de desenvolvimento de vidência
do magista, perceberá quais as presenças estão ali, banir e destruir as
formas pensamento que não lhe são úteis e identi car os seus desa os
imediatos.
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No primeiro caso, o conceito da sala é o bom desempenho pro ssional.
No segundo, o conceito é o relaxamento. Os objetos e a arquitetura desses
espaços são signos que permitem que magistas xem os signi cados.
● Concentração
● Gnose
● Visualização
● Compreensão dos símbolos utilizados
As projeções astrais podem se mostrar uma forma controlada de se obter
o contato com entidades em busca de conselhos. Isto porque o encontro
ocorre apenas no plano etérico, sem esforço excessivo para que a entidade
se manifeste no plano físico, e também porque neste plano os símbolos e
a linguagem uem de uma maneira direta. A comunicação acontece
diretamente a nível mental, podendo ser prontamente traduzida e
anotada ou verbalizada (durante ou após a projeção). Existem diversos
arcabouços já existentes que podem ser utilizados para este encontro, e
cada magista pode criar uma correlação própria de entidades que se
mostraram neste arcabouço.
Nesta seção, são descritos métodos para projeção astral, métodos para
construção de templos astrais, e os resultados de projeções astrais
realizadas pelos integrantes do Projeto Xaoz.
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apresentam, conseguindo discernir dos 5 principais sentidos físicos
(visão, audição, olfato, tato, paladar).
1. Realize os banimentos e rituais normais de higiene astral antes do
sono.
2. Crie um ambiente para esta prática. Pode se valer de sons,
música, aromas, luzes, todos os sentidos que achar necessário.
Nada disso é relevante, mas pode ser útil.
3. Feche os olhos, respire fundo e se concentre na sua posição.
Encontre uma posição em que todos os seus músculos estejam
confortáveis. Se não conseguir imediatamente, respire fundo e
relaxe mais, até que consiga.
4. Visualize um triângulo dourado sob seus pés. Este triângulo vai
em direção à sua cabeça e por onde passa, centímetro a
centímetro, deixa uma luz que puri ca e relaxa seu corpo. Vá
mentalizando cada parte do seu corpo, em ordem, e relaxando
mais. Se permita essa limpeza;
7. Estenda suas mãos luminosas para fora de seu corpo material.
Suas pernas. Seu tronco e cabeça.
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continente e planeta. Seu tamanho e posição no espaço é apenas
uma ilusão.
10. Retorne ao seu corpo por meio de técnicas de deslocamento ou
sentindo o formigamento dos dedos de suas mãos. Mova-os e
você irá retornar ao seu corpo imediatamente.
12. É normal que se durma durante esta prática. Isso não impede o
desenvolvimento das habilidades e costuma resultar em sonhos
lúcidos. Embora este não seja o objetivo, é parte do processo de
desenvolvimento desta técnica.
O plano astral contém, além de uma cópia ideal carregada com os
pensamentos e sentimentos sobre cada localidade de nosso próprio
mundo, algumas planícies astrais, espaços rmes e compartilhados que
podem se formar sozinhos ou de forma proposital, sob forte intenção.
Outros locais no plano astral podem incluir cavernas, ilhas, continentes,
templos, terras lendárias, civilizações e entidades míticas, entre outros.
Sendo assim, além da projeção astral em si, a movimentação pelo plano
astral deve ser treinada. A seguir, é apresentado um método para projeção
e deslocamento no plano astral.
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2. Entre em gnose (por exemplo, usando um método do capítulo 5)
e projete-se astralmente, ou seja, simplesmente se mentalize
levantando e andando.
3. No início, mentalize todos os elementos do local à sua volta, e
veja as imagens se formando sozinhas com o passar do tempo e a
prática.
4. Crie um portal em um local próximo a você, no plano astral. O
portal pode ter relação com o destino; portais para cavernas
podem ser conjurados em rochas e portais para templos podem
ser conjurados em espelhos, por exemplo.
5. Atravesse o portal.
9. Posteriormente, se possível (e se for um local real), vá até aquele
local e veri que a existência dos elementos que viu. Assim você
poderá veri car se esteve no duplo etérico do local, ou em um
lugar astral de mesma aparência.
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quando for desejado que outros magistas possam frequentar o lugar. Para
criar um templo astral, siga os passos a seguir.
2. Vá para uma paisagem astral que lhe agrade, de preferência com
muito espaço livre.
Um excelente ponto para se começar a criação de um templo astral é
delimitar um espaço onde apenas a sua essência possa habitar. Este espaço
serve para que magistas possam se proteger e se isolar de in uências
externas, mesmo que positivas, e assim re etir em segurança.
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1. Siga todos os passos descritos no método de criação de templos
astrais apresentado anteriormente.
5. Se houver outras presenças ali dentro, peça que elas saiam, ou
exija que se retire. Este espaço é somente seu, e este é o conceito.
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2. Perceba a atual forma etérea.
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12. Referências
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