DIREITO CONSTITUCIONAL

AULA 5
PROFª FLAVIA BAHIA
Fenômenos de Direito Constitucional Intertemporal.
1. Revogação Global.
2. Desconstitucionalização.
Constituição de Portugal de 1976. Art. 290o – (Direito
anterior):
1. As leis constitucionais posteriores a 25 de abril de 1974
não ressalvadas neste capítulo são consideradas leis
ordinárias, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
3. VACATIO CONSTITUTIONIS
A vacatio constitutionis é o período de tempo entre a
publicação de uma nova Constituição e a sua entrada em
vigor. Não é, em regra, adotado no país, muito embora a
Constituição de 1967, promulgada no dia 24 de janeiro de
1967, o tenha estabelecido expressamente: “Art. 189. Esta
Constituição será promulgada, simultaneamente, pelas
Mesas das Casas do Congresso Nacional e entrará em vigor
no dia 15 de março de 1967”.
Durante a vacatio constitutionis toda norma que tenha sido
criada e que contrarie as normas constitucionais já
existentes será inválida, ainda que esteja de acordo com a
Constituição promulgada, mas não em vigor. De outro lado,
as leis que tenham sido promulgadas nesse período em
conformidade com as regras constitucionais vigentes valem
enquanto durar a vacatio, mas ficam revogadas com a
entrada em vigor do novo texto constitucional, caso não
estejam em conformidade material com a nova Constituição.
4. Recepção
“A recepção é um fenômeno de natureza material porque
não analisa o processo legislativo que fundamentou a
elaboração da norma, fixando-se na análise de seu
conteúdo, pois, se o olhar da Constituição sobre o
ordenamento anterior fosse muito rigoroso, pouquíssimas
seriam as normas efetivamente recepcionadas. Além do que,
a norma que vai reger o processo legislativo é a que existia
no momento de sua elaboração (tempus regit actum), e não
as normas de uma Constituição futura”.
5. Repristinação
De acordo com o art. 2o, § 3o, da Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro, uma lei validamente revogada
não volta a produzir efeitos jurídicos com a revogação da lei
que a revogou.