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Recurso largamente utilizado na música clássica desde a idade média até nossos dias, a
aproximação cromática tem sido empregada em vários estilos como blues, Bebop, rock, jazz,
fusion e demais, emprestando seus rudimentos para a criação de variações diversas trazendo,
assim, cores inéditas para suas composições e improvisações.
No jazz, grandes nomes como o George Benson têm chamado carinhosamente o recurso da
aproximação cromática de "seus vizinhos", por utilizar notas vizinhas ao redor de
determinadas notas alvos.
Aproximação Cromática consiste no uso de notas com a finalidade de ligar intervalos de uma
escala definida, ou seja, a ponte de ligação entre notas distribuídas por no mínimo um tom de
diferença.
Por exemplo:
(C D E ) = (C D "D#" E)
Vemos no exemplo acima, que a nota "D#" serviu como aproximação cromática para ligar o
"D" e "E", notas da Diatônica separadas por 1 tom de diferença.
Assim, se tomarmos como referência a Escala Diatônica (tema desta aula) e a enriquecermos
com aproximações cromáticas, acharemos a sonoridade peculiar de vários estilos, como o
Country ou o Bebop, por exemplo, que será muito abordado em nossos estudos.
Alguns exponenciais do estilo Bebop, como o Charlie Parker, e tantos outros, utilizaram uma
simples Diatônica e adicionaram intervalos em sua composição, ou seja, fizeram uso de
aproximação cromática para criar uma sonoridade e um estilo singular.
A regra do uso da aproximação deve ser precedida sempre de bom gosto, pois é ele quem
deve determinar a escolha de cada nota.
A liberdade deve sempre ser regrada pelo bom gosto, pois de nada servirá se usar notas
livremente, porém de gosto duvidoso.
O objetivo do uso de aproximações não é rechear o fraseado, enchendo-o de notas vãs, mas
utilizar sequências cromáticas dotadas de estética, de maneira tal, que o fraseado não seja
uma mera caricatura da escala Diatônica, mas "boa música", em seu melhor sentido.
Desta forma, o cromatismo se apresenta como uma maneira bem eficaz de dar uma "cara
nova" a escala Diatônica.
Escala Diatônica de C:
C D E F G A B
T 2M 3M 4J 5M 6M 7M
Db D# Gb Ab Bb
2m 2aum 5dim 6m 7m
a) 3 notas:
(C C# D) (D D# E) (F F# G)
(G G# A) (A Bb B)
b) 4 notas:
(D D# E F) (E F F# G)
(A A# B C) (B C C# D)
c) 5 Notas
(C C# D D# E)
(Eb E F F# G)
(G G# A A# B)
a) 3 notas:
(C B Bb) (B Bb A) (A Ab G)
(G Gb F) (F E Eb) (E Eb D)
(D Db C)
b) 4 notas:
(C B Bb A) (B Bb A Ab) (A Ab G Gb)
(Ab G Gb F) (G Gb F E) (F E Eb D)
c) 5 notas:
(B Bb A Ab G) (A Ab G Gb F)
(G Gb F E Eb) (E Eb D Db C)
3) Notas alternadas:
(C B Bb B) (A Ab Gb G)
(G Gb E F) (F E Eb E)
(D Db B C)
(G F F# E F Eb E)
(E D D# C# D Db C)
(B A A# G# A Ab G)
ESCALAS GERADAS
1)Escala Maior Bebop (Charlie Parker) utilizada no I grau no acorde do modo jônio I7M - C7M:
(T 2M 2aum 3M 4J 5J 5aum 6M 7M)
(C D D# E F G G# A B)
Obs.: Se adicionou 2 notas à Escala Diatônica Maior (2aum/5aum) para gerar um efeito Bebop.
(T 2M 3m 4J 4aum 5J 6m 7m 7M)
(A B C D D# E F G G#)
Obs.: Se adicionou 2 notas ao modo eólio da Escala Diatônica (4aum/7M) para gerar um efeito
Bebop.
Muito utilizado também é o II grau da escala maior Bebop, que irá substituir o tradicional
modo dórico para o acorde IIm- Dm7:
(T 2m 2M 3m 4J 4aum 5J 6M 7m)
(D Eb E F G G# A B C)
(T 2m 2M 3m 4J 4aum 5J 6m 7m)
(G Ab A B C D D# E F )