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Curso de Engenharia Civil

Mec. Solos II

MUROS DE CONTENÇÃO

Trabalho Prático 01

Prof.: Me. Lucas Manoel da Silva


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Trabalho prático 01

Na construção de um edifício será necessário o corte de um talude e a


construção de um muro de contenção. O perfil do terreno no local e a posição do
muro são mostrados na Figura 1.

Figura 1. Perfil do terreno e posição do muro de contenção.

As características geotécnicas dos Solos 1 e 2 são mostradas na Tabela 1.

Tabela 1. Caracterização geotécnica dos solos


Amostra Solo 1 Solo 2
w (%) 29,0 35,0
γd (kN/m³) 12,7 10,4
γ (kN/m³) 16,3 14,1
γs (kN/m³) 26,5 27,7
e 1,11 1,67
LL (%) 77 85
IP (%) 38 35
Areia (%) 27 37
Silte (%) 12 3
Argila (%) 61 61

As envoltórias de resistência dos Solos 1 e 2 são mostradas nas Figuras


Figura 2 e Figura 3.
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Figura 2. Envoltória de ruptura do Solo 1 (intercepto coesivo efetivo: 15 kPa e ângulo de atrito
efetivo: 25º).

Figura 3. Envoltória de ruptura do Solo 2 (intercepto coesivo efetivo: 30 kPa e ângulo de atrito
efetivo: 15º).

A partir dos dados apresentados dimensionar um muro de contenção de


flexão considerando as seguintes verificações:

a) Verificação da segurança ao deslizamento;


b) Verificação da segurança ao tombamento;
c) Verificação da capacidade de carga do terreno.
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No cálculo dos esforços laterais considere os coeficientes de empuxo de


Rankine e desconsidere o empuxo passivo à frente do muro. Para o pré-
dimensionamento admita os parâmetros da Figura 4.

Figura 4. Parâmetros para pré-dimensionamento do muro de contenção de flexão.

No cálculo dos esforços na fundação utilizar o esquema da Figura 5 e as


Equações 1 a 3.

Figura 5. Forças atuantes e tensões na fundação do muro.


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Equação 1
Em que:

e = excentricidade da resultante de tensões de reação na base do muro;

B = largura da base do muro;

∑ = somatório de momentos resistentes;

∑ = somatório de momentos solicitantes;

∑ = somatório de forças verticais.

Equação 2

Equação 3
Em que:

= tensão de reação máxima na base do muro;

= tensão de reação mínima na base do muro.

No cálculo da capacidade de carga da fundação utilizar a Equação de


Meyerhof (Equações 4 a 13).

= . . . . + . . . . + . . . . . . Equação 4

Em que:

=capacidade de carga de ruptura da fundação;

c’ = intercepto coesivo do solo de fundação do muro;

 = peso específico do solo de fundação do muro;

= fatores de capacidade de carga;

=fatores de forma ( = 1);

=fatores de profundidade;

=fatores de inclinação da carga.


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Equação 5
Equação 6
Equação 7

Equação 8

Equação 9

Equação 10

Equação 11

Equação 12

= Equação 13

Em que:

D = profundidade face inferior da base da fundação do muro em relação à


superfície do terreno.

Os valores de estão mostrados na Tabela 2.


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Tabela 2. Fatores de capacidade de carga

Nas verificações adotar os Fatores de Segurança (FS) mostrados na Tabela


3.

Tabela 3. Fatores de segurança a ser utilizados nos cálculos

Verificação FS
Tombamento ≥ 2,0
Deslizamento ≥ 1,5
Capacidade de carga ≥ 3,0
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Observações:

Grupo com no máximo 5 alunos.

O trabalho deve ser entregue via impressa (folha A4 sem pauta) contendo:

a) Capa;
b) Introdução;
c) Memorial de cálculo detalhado;
d) Conclusões;
e) Figuras necessárias em escala adequada.

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