Você está na página 1de 4

Resistência Interna de um Voltímetro

Gabriel Henrique de Paula Ferreira1, Guilherme Francisco Antunes Silva1, Robert Gustavo Silva Pereira1
1
Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Minas Gerais, MG, Brasil

Turma: PS6 | Prof.: Pedro Tavares | Data do experimento: 26/01/2021

O objetivo deste experimento é calcular experimentalmente a resistência interna de um voltímetro


digital através de um circuito RC, para que seja feita uma análise da viabilidade do uso de uma
equação.

I. INTRODUÇÃO em que V 0 é a tensão inicial no capacitor τ c é igual ao


produto dos valores da resistência e da capacitância
Quando o capacitor C é conectado a uma fonte de τ c =RC .
tensão contínua ou bateria ε , a carga será transferida de II. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL
uma das placas para a outra, e a tensão na placa
aumentará com o tempo, podendo até ser a mesma da Inicialmente, iremos montar um circuito conforme a
fonte. Em contrapartida, se o capacitor carregado Figura 1 e, em seguida, conectando a chave S no ponto
inicialmente for conectado ao resistor R, a carga 1, iremos carregar o capacitor com uma tensão
acumulada nele fluirá através do resistor e a tensão em compatível com o voltímetro e o capacitor.
sua placa diminuirá com o tempo. Ambas as situações Feito isso, iremos desligar a fonte mudando a chave
estão ilustradas na Figura 1 junto a esboços de curvas S para o ponto 2. Com isso, o resistor irá descarregar a
de gráficos. fonte ao longo do tempo, no qual podemos obter pares
de valores de V e t conforme a Tabela 1 abaixo em que
C possui valor conhecido.

t(s) Δt(s) V(V) ΔV(V)


0,0 0,1 11,0 0,5
17,0 0,1 10,0 0,5
27,0 0,1 9,0 0,5
30,0 0,1 8,0 0,5
47,0 0,1 7,0 0,5
68,0 0,1 6,0 0,5
75,0 0,1 5,0 0,5
91,0 0,1 4,0 0,5
108,0 0,1 3,0 0,5
C=( 0,0022 ±0,0001 ) F
Tabela 1: Dados obtidos a partir do circuito.

Figura 1: Montagem do circuito e suas curvas.


A partir da Tabela 1, e utilizando o software
SciDAVis, fazemos uma regressão exponencial e
A partir de uma análise dos circuitos montados
esboçamos o Gráfico 1 de “V” em função de “t”. O
acima, podemos descrever uma equação que mostra
resultado pode ser conferido anexo ao final do relatório
como a carga no capacitor varia com o tempo a medida
(Anexo 1).
em que é descarregada. A equação será tal que:
Após isso, fazemos uma regressão linear da
−t equação (1) e utilizando o software SciDAVis,
V ( t ) =V 0 . e τ (1) podemos esboçar o Gráfico 2 de “V” em função de “t”.
O resultado pode ser conferido anexo ao final do
relatório (Anexo 3).
Página |2

O resultado de sua equação é dado por:

y= (± ) x + ( ± )(6)
III. RESULTADOS E ANÁLISES
Como τ =RC , temos que A=−1/ RC , então a
Seja a equação exponencial conhecida. Ela será resistência do circuito será calculada por:
dada por:
−1
−x R= (7)
y= A . e B (2) AC

Para o Gráfico 1, foi utilizado uma regressão R=( 38± 3 ) k Ω


exponencial. Podemos fazer correspondências entre a em que o cálculo de sua incerteza está anexo ao final
equação exponencial (2) e a equação de do relatório (Anexo 4).
descarregamento do capacitor (1). Em que:

IV. CONCLUSÕES
y =V

{ x=t
A=V 0
B=τ
Conforme foi proposto nesse experimento,
conseguimos obter a resistência do voltímetro digital
através de um circuito e dos dados obtidos
experimentalmente.
Como τ =RC , então a resistência do circuito será Podemos concluir que, como a tensão tem um
calculada por: decaimento exponencial ao longo do tempo, uma
regressão linear não é uma boa aproximação para fazer
τ os cálculos necessários e obter o valor da resistência. A
R= (3)
C Figura 2 esboça o problema.

R=( 120± 5 ) k Ω
em que o cálculo de sua incerteza está anexo ao final
do relatório (Anexo 2).

Seja a equação da reta conhecida. Ela será dada por:

y= Ax+ B (5)

Para o Gráfico 2, foi utilizado uma regressão linear.


Podemos fazer correspondências entre a equação da
reta (5) e a equação de descarregamento do capacitor
(1). Em que: Figura 2: Esboço de uma regressão linear em uma curva
exponencial.
y=ln ⁡(V )

{ x=t
A=
−1
τ
B=ln ( V 0 )
Página |3

ANEXOS

Anexo 1: Gráfico 1.

Seja a função R dada por:

τ
R=
C

Sua incerteza (∆ R ) será calculada como:

∂R 2 ∂R 2
∆ R=
√( ∂τ )
. ( ∆ τ )2 + ( )
∂C
. ( ∆ C )2

1 2 −τ 2
∆ R=
√( C ) ( )
. ( ∆ τ )2 + 2 . ( ∆ C )2
C

2
1 −264,516 2
∆ R=
√( 0,0022 ) . ( 0,004 )2+
(
0,0022
2 )
. ( 0,0001 )2

∆ R=5465 ,207 …

Anexo 2: Cálculo da incerteza de R.


Página |4

Anexo 3: Gráfico 2.

Seja a função R dada por:

−1
R=
AC

Sua incerteza (∆ R ) será calculada como:

∂R 2 ∂R 2
∆ R=
√( ∂A )
. ( ∆ A ) 2+
∂C ( )
. ( ∆ C )2

2
1 1 2
∆ R=
√( A2 C ) ( )
. ( ∆ A )2 +
AC 2
. ( ∆ C )2

2 2
1 1
∆ R=
√( 2
(0,0119) ( 0,0022)
.
)( 0,0007 ) 2
+
(
(0,0119)(0,0022)2 )
. ( 0,0001 )
2

∆ R=2839 ,543 …

Anexo 4: Cálculo da incerteza de R.

Você também pode gostar