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Art.

8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, observados os


princípios e diretrizes estabelecidos nesta lei, fixarão suas respectivas Políticas
de Assistência Social.
Art. 10. A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal podem celebrar
convênios com entidades e organizações de assistência social, em conformidade
com os Planos aprovados pelos respectivos Conselhos.
Art. 11. As ações das três esferas de governo na área de assistência social
realizam-se de forma articulada, cabendo a coordenação e as normas gerais à
esfera federal e a coordenação e execução dos programas, em suas respectivas
esferas, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios.
Art. 12. Compete à União:
I. Responder pela concessão e manutenção dos benefícios de prestação
continuada [BPC] definidos no art. 203 da Constituição Federal;
II. Cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os
projetos de assistência social em âmbito nacional [Art. 12.A - Índice de
Gestão Descentralizada (IGD) do SUAS];
III. Atender, em conjunto com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, às
ações assistenciais de caráter de emergência;
IV. Realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e
assessorar Estados, Distrito Federal e Municípios para seu desenvolvimento.
Art. 13. Compete aos Estados:
I. destinar recursos financeiros aos Municípios, a título de participação no custeio do pagamento
dos benefícios eventuais de que trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos
Estaduais de Assistência Social;
II. cofinanciar, por meio de transferência automática, o aprimoramento da gestão, os serviços, os
programas e os projetos de assistência social em âmbito regional ou local;
III. atender, em conjunto com os Municípios, às ações assistenciais de caráter de emergência;
IV. estimular e apoiar técnica e financeiramente as associações e consórcios municipais na prestação
de serviços de assistência social [ESP];
V. prestar os serviços assistenciais cujos custos ou ausência de demanda municipal justifiquem uma
rede regional de serviços, desconcentrada, no âmbito do respectivo Estado [ESP];
VI. realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social e assessorar os Municípios
para seu desenvolvimento.
Benefícios Eventuais
Art. 22. Entendem-se por benefícios eventuais as provisões suplementares e
provisórias que integram organicamente as garantias do SUAS e são prestadas
aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações de
vulnerabilidade temporária e de calamidade pública.
§ 1o A concessão e o valor dos benefícios de que trata este artigo serão definidos pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios e previstos nas respectivas leis orçamentárias anuais,
com base em critérios e prazos definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social.
§ 2o O CNAS, ouvidas as respectivas representações de Estados e Municípios dele
participantes, poderá propor, na medida das disponibilidades orçamentárias das 3 (três)
esferas de governo, a instituição de benefícios subsidiários no valor de até 25% (vinte e
cinco por cento) do salário-mínimo para cada criança de até 6 (seis) anos de idade.
§ 3o Os benefícios eventuais subsidiários não poderão ser cumulados com aqueles
instituídos pelas Leis no 10.954 [DESASTRES], de 29 de setembro de 2004 e no 10.458, de 14 de
maio de 2002 [PROGRAMA BOLSA-RENDA – AGRICULTORES – ESTIAGEM].
Benefícios Eventuais
Os Benefícios Eventuais são previstos pela LOAS e oferecidos pelos municípios e Distrito Federal aos
cidadãos e às suas famílias que não têm condições de arcar por conta própria com o enfrentamento de
situações adversas ou que fragilize a manutenção do cidadão e sua família.
O benefício deve ser oferecido nas seguintes situações:
1. Natalidade: para atender as necessidades do bebê que vai nascer; apoiar a mãe nos casos em que
o bebê nasce morto ou morre logo após o nascimento; e apoiar a família em caso de morte da
mãe.
2. Funeral: para atender as necessidades urgentes da família após a morte de um de seus provedores
ou membros; atender as despesas de urna funerária, velório e sepultamento, desde que não haja
no município outro benefício que garanta o atendimento a estas despesas.
3. Vulnerabilidade Temporária: para o enfrentamento de situações de riscos, perdas e danos à
integridade da pessoa e/ou de sua família e outras situações sociais que comprometam a
sobrevivência.
4. Calamidade Pública: para garantir os meios necessários à sobrevivência da família e do indivíduo,
com o objetivo de assegurar a dignidade e a reconstrução da autonomia das pessoas e famílias
atingidas.
FONTE: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/beneficios-assistenciais/beneficios-eventuais
Art. 14. Compete ao Distrito Federal:
I. destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que
trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos de Assistência Social do
Distrito Federal;
II. efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;
III. executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com
organizações da sociedade civil;
IV. atender às ações assistenciais de caráter de emergência;
V. prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei.
VI. cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de
assistência social em âmbito local;
VII. realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito.
Serviços Socioassistenciais

Art. 23. Entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas


que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as
necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes
estabelecidos nesta Lei.
§ 1o O regulamento instituirá os serviços socioassistenciais [Tipificação Nacional
de Serviços Socioassistenciais – Resolução nº 109/2009].
§ 2o Na organização dos serviços da assistência social serão criados programas de
amparo, entre outros:
I. às crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social;
II. às pessoas que vivem em situação de rua.
Art. 15. Compete aos Municípios:
I. destinar recursos financeiros para custeio do pagamento dos benefícios eventuais de que
trata o art. 22, mediante critérios estabelecidos pelos Conselhos Municipais de Assistência
Social;
II. efetuar o pagamento dos auxílios natalidade e funeral;
III. executar os projetos de enfrentamento da pobreza, incluindo a parceria com
organizações da sociedade civil;
IV. atender às ações assistenciais de caráter de emergência;
V. prestar os serviços assistenciais de que trata o art. 23 desta lei;
VI. cofinanciar o aprimoramento da gestão, os serviços, os programas e os projetos de
assistência social em âmbito local;
VII. realizar o monitoramento e a avaliação da política de assistência social em seu âmbito.
Art. 18. Compete ao Conselho Nacional de Assistência Social:
aprovar critérios de transferência de recursos para os
I aprovar a PNAS; IX
Estados, Municípios e Distrito Federal,
normatizar e regular as ações de natureza pública
II X acompanhar e avaliar a gestão dos recursos;
e privada na assistência social;
acompanhar e fiscalizar o processo de certificação estabelecer diretrizes, apreciar e aprovar os programas
III das entidades e organizações de assistência XI anuais e plurianuais do Fundo Nacional de Assistência
social; Social (FNAS);
apreciar relatório anual com a relação de
indicar o representante CNAS junto ao Conselho Nacional
IV entidades e organizações de assistência social XII
da Seguridade Social;
certificadas;
zelar pelo sistema descentralizado e participativo
V XIII elaborar e aprovar seu regimento interno;
de assistência social;
convocar ordinariamente a cada quatro anos a Divulgar no Diário Oficial da União, todas as suas decisões,
VI XIV
Conferência Nacional de Assistência Social; pareceres e as contas do FNAS
VII Vetado
apreciar e aprovar a proposta orçamentária da
VIII
Assistência Social a ser encaminhada pelo MDS;
Art. 19. Compete a Administração Pública Federal:
formular política para a qualificação sistemática e
I coordenar e articular a assistência social; IX continuada de recursos humanos no campo da assistência
social;
propor ao CNAS e PNAS normas gerais, critérios, desenvolver estudos e pesquisas para fundamentar as
II X
etc; análises de necessidades e proposições para a área
coordenar e atualizar o sistema de cadastro de entidades e
III prover recursos para o pagamento do BPC; XI
organizações de assistência social junto com E/DF/M;
elaborar e encaminhar a proposta orçamentária articular-se com os órgãos responsáveis pela políticas de
IV XII
da assistência social; saúde e previdência social e demais políticas;
V propor os critérios de transferência dos recursos ;
expedir os atos normativos necessários à gestão FNAS de
proceder à transferência dos recursos destinados XIII
VI acordo com as deliberações do CNAS;
à assistência social;
encaminhar à apreciação do CNAS relatórios de
VII
atividades e de realização financeira dos recursos;
elaborar e submeter ao CNAS os programas anuais e
prestar assessoramento técnico aos Estados, ao XIV
plurianuais de aplicação dos recursos do FNAS.
VIII Distrito Federal, aos Municípios e às entidades e
organizações de assistência social;
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
Art. 20. O BPC é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem
não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por
sua família.
§ 1o família [...] vivam sob o mesmo teto.
§ 3o [...] renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário-
mínimo – R$ 238,49.
§ 4o O benefício de que trata este artigo não pode ser acumulado pelo
beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social ou de outro
regime, salvo os da assistência médica e da pensão especial de natureza
indenizatória.
§ 5o Idoso ou PCD em condição de acolhimento em instituições de longa
permanência pode receber o BPC.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
§ 6º A concessão do benefício ficará sujeita à avaliação da deficiência e do
grau de impedimento de que trata o § 2o, composta por avaliação médica e
avaliação social realizadas por médicos peritos e por assistentes sociais do
Instituto Nacional de Seguro Social - INSS.
§ 8o A renda familiar mensal a que se refere o § 3o deverá ser declarada pelo
requerente ou seu representante legal e [§ 9o] os rendimentos decorrentes de
estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins
de cálculo da renda familiar per capita.
§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo aquele que produza efeitos
pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos.
Art. 21. O BPC deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliação da
continuidade das condições que lhe deram origem.
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA

• O BPC cessará quando [§ 1º] superadas as condições referidas no caput, ou


em caso de morte do beneficiário ou [§ 2º] quando se constatar
irregularidade na sua concessão ou utilização.
Art. 21-A. O BPC será suspenso pelo órgão concedente quando a pessoa com
deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual.
§ 2o A contratação de pessoa com deficiência como aprendiz não acarreta a
suspensão do benefício de prestação continuada, limitado a 2 (dois) anos o
recebimento concomitante da remuneração e do benefício.
FCC, 2018 – CLDF – Consultor Técnico-Legislativo. O Benefício de Prestação
Continuada − BPC, garante um salário mínimo mensal a pessoa idosa com 65
anos ou mais, e a pessoa com deficiência que comprovem não dispor de meios
para prover a manutenção de sua vida, e tampouco tê-la provida pela própria
família. A pessoa com deficiência pode atuar como aprendiz e não haverá
suspensão do benéfico desde que o recebimento concomitante não ultrapasse

A. um ano.
B. um ano e seis meses.
C. dois anos.
D. dois anos e seis meses.
E. três anos.
CESPE, 2016 - INSS - Técnico do Seguro Social. Julgue o item seguinte à
luz do Decreto n.º 6.214/2007, que regulamenta o BPC da assistência
social devido à pessoa com deficiência e ao idoso.

No caso de morte do beneficiário do BPC, seus familiares são obrigados


a informar tal fato ao INSS, situação em que o pagamento do benefício
cessará.

CERTO
CESPE - 2015 - MPOG - Assistente Social. A Lei Orgânica da Assistência Social
(LOAS) define benefícios assistenciais que podem ser garantidos à população de
acordo com critérios e avaliações. Com base nessa lei, julgue o item seguinte,
relativo a natureza, periodicidade e características desses benefícios.

O benefício de prestação continuada (BPC) garante um salário mínimo mensal à


pessoa com deficiência permanente ou ao idoso a partir dos sessenta anos de
idade que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem
de tê-la provida por sua família; esse benefício é revisto a cada quatro anos, para
que se possa reavaliar a continuidade das condições que lhe deram origem.

ERRADO
PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
1. 24-A – PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF), integra a
proteção social básica e consiste na oferta de ações e serviços
socioassistenciais de prestação continuada, nos CRAS, por meio do trabalho
social com famílias em situação de vulnerabilidade social, com o objetivo de
prevenir o rompimento dos vínculos familiares e a violência no âmbito de
suas relações, garantindo o direito à convivência familiar e comunitária.
2. 24-B. PROTEÇÃO E ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A FAMÍLIAS E
INDIVÍDUOS (PAEFI), integra a proteção social especial e consiste no apoio,
orientação e acompanhamento a famílias e indivíduos em situação de ameaça
ou violação de direitos, articulando os serviços socioassistenciais com as
diversas políticas públicas e com órgãos do sistema de garantia de direitos.
3. 24-C. PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL (PETI), de
caráter intersetorial, integrante da PNAS, que, no âmbito do SUAS,
compreende transferências de renda, trabalho social com famílias e oferta de
serviços socioeducativos para crianças e adolescentes que se encontrem em
situação de trabalho [INFERIOR A 16 ANOS DE IDADE – ADOLESCENTE APRENDIZ].
FGV, 2017 – MPE/BA – ANALISTA TÉCNICO. O serviço que integra a proteção
social especial e consiste no apoio, orientação e acompanhamento a famílias
e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos, articulando os
serviços socioassistenciais com as diversas políticas públicas e com órgãos do
sistema de garantia de direitos é o:

a) PAEFI;
b) SUAS;
c) PETI;
d) PAIF;
e) CADÚNICO.
FINANCIAMENTO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 30. É condição para os repasses, aos Municípios, aos Estados e ao Distrito
Federal, dos recursos de que trata esta lei, a efetiva instituição e funcionamento
de:
I. Conselho de Assistência Social, de composição paritária entre governo e
sociedade civil;
II. Fundo de Assistência Social, com orientação e controle dos respectivos
Conselhos de Assistência Social;
III. Plano de Assistência Social.
Das Disposições Gerais e Transitórias

Art. 31. Cabe ao Ministério Público zelar pelo efetivo respeito


aos direitos estabelecidos nesta lei.
Vamos de
exercícios?
CESPE, 2016 – TRT – ANALISTA JUDICIÁRIO. De acordo com a Lei Orgânica da
Assistência Social, assinale a opção correta.
a) Os princípios da assistência social incluem a ampla divulgação dos benefícios,
serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos
pelo poder público e dos critérios para sua concessão..
b) O benefício de prestação continuada pode ser transferido a dependentes de até
vinte e um anos de idade, em caso de morte do beneficiário.
c) O Conselho Nacional de Assistência Social deve ser presidido pelo titular do
órgão da administração pública federal coordenador da política de assistência
social, enquanto durar sua gestão nesse órgão.
d) A proteção social básica refere-se a um conjunto de ações direcionadas à
proteção de crianças e adolescentes que vivenciaram situações de violação de
direitos.
e) A pessoa com deficiência que recebe o benefício de prestação continuada não
pode ser contratada por empresas na condição de aprendiz.
CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Serviço Social. De
acordo com a Lei Orgânica da Assistência Social, assinale a opção correta.

A. Os princípios da assistência social incluem a ampla divulgação dos benefícios,


serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos
pelo poder público e dos critérios para sua concessão.
B. O benefício de prestação continuada pode ser transferido a dependentes de até
vinte e um anos de idade, em caso de morte do beneficiário.
C. O Conselho Nacional de Assistência Social deve ser presidido pelo titular do órgão
da administração pública federal coordenador da política de assistência social,
enquanto durar sua gestão nesse órgão.
D. A proteção social básica refere-se a um conjunto de ações direcionadas à proteção
de crianças e adolescentes que vivenciaram situações de violação de direitos.
E. A pessoa com deficiência que recebe o benefício de prestação continuada não pode
ser contratada por empresas na condição de aprendiz.
CESPE, 2016 - DPU - Assistente Social. No final de 1993, com a aprovação da Lei
Orgânica de Assistência Social (LOAS), efetivou-se a assistência social como dever do
Estado e direito do cidadão. Considerando a política de assistência social e os mínimos
sociais previstos na LOAS, julgue o item subsequente.

a) O benefício de prestação continuada constitui-se em benefício individual que exige


comprovação de não possuir meios de garantia do próprio sustento nem tê-lo
provido por sua família, e que dispensa a contribuição com a Previdência Social
para acessá-lo.
CERTO
b) A política de mínimos sociais foi implementada por meio de benefícios continuados
no valor de um salário mínimo para idosos com sessenta anos de idade ou mais e
portadores de deficiência com renda familiar de até metade do salário mínimo, per
capita.
ERRADO

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