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Universidade Federal do Ceará

Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia Química

Andréa da Silva Pereira

TRANSFERÊNCIA DE CALOR E MASSA

Relatório Técnico-Célula de Arnold

Equipe:

Airton de Araújo Oliveira Júnior - 499489

Diego Marcos Dias de Araújo- 497021

Líder- Lucas De Lima Araújo - 493582

João Guilherme de Araújo Lobo - 499964

Lucas Hilário Rodrigues Costa - 485431

Julho/2022
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ÍNDICE

1. OBJETIVOS................................................................................................................3

2. TESTES PRELIMINARES........................................................................................4

3. EQUACIONAMENTO...............................................................................................5

4. PERFIL DE TEMPERATURA................................................................................14

5. CONCLUSÃO............................................................................................................23
3

OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo a utilização das correlações existentes da equação da
massa para calcular o coeficiente de difusão e o coeficiente de transferência de massa
do álcool, visando encontrar matematicamente o perfil de transferência de massa do
etanol com o ar em um determinado tempo visando fazer a comparação entres os
valores experimentais e os valores teóricos por meio de gráficos do perfil de
transferência de massa ao longo do tempo, utilizando os materiais previamente
estabelecidos pelo trabalho( álcool), além dos que o grupo decidiu utilizar(cooler,
seringa, etc )

Link planilhas de cálculos excel


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METODOLOGIA EXPERIMENTAL
2.1 Materiais utilizados:

- Seringa de plástico(10 ml);


- Álcool anidro;
- Cooler de computador;
- Bateria de 9 Volts;
- Mini placa solar de 4 Volts;
- Tripé.

EQUACIONAMENTO

Estimação da difusividade do etanol no ar, Dab e do coeficiente de transferência de


massa, k c,

A difusividade do etanol no ar a 300,9 K e 1 atm, é dada pela simplificação da equação


de Hirschfelder et al. Logo,

( )
D(ab|T , P 2) T2 3 /2
P1 Ω ( D|T )
2
= x x 1

D(ab|T 1 , P 1)
T1 P2 Ω ( D|T ) 2

Onde T 2=300,9 K e T 1 =298 K . Como P1=P2=1 atm , temos que

D (ab|300,9 ) Ω(D|298 )
( )
3/ 2
300,9
=
D( ab|298 ) 298 Ω( D|300,9)

Agora, temos que achar Ω ( D|298 ) e Ω ( D|300,9 ). Assim,

Para Ω( D|298 ),

Pela tabela K.2 do apêndice K do livro do Welty, vemos que

ε ab
κ
= (√ εκ )( εκ )=√ 230 x 97=149,37
a b

Logo,

κT 298
= =2,00
ε ab 149,37

Então, pela tabela K.1 notamos que


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Ω( D|298 )=1,075

Fazendo o mesmo procedimento para Ω ( D|300,9 ), temos que

κT 300,9
= =2,01
ε ab 149,37

Então, pela tabela K.1 e por meio de uma interpolação vemos que

κT
=2,00 → Ω D =1,075
ε ab

κT
=2,01 → ΩD =Ω( D|300,9 )
ε ab

κT
=2,10 → ΩD =1,057
ε ab

2,01−2,00
Ω( D|300,9 )= x ( 1,057−1,075 ) +1,075=1,073
2,10−2,00

Portanto,

D (ab|300,9 ) Ω( D|298 )
( )
3 /2
300,9
=D( ab|298 )
❑ 298 Ω( D|300,9)

E a difusividade do etanol a 298 K e 1 atm é dado por, pela tabela J.1 do apêndice J do
livro do Welty,

2
cm
D( ab|298 )=0,132
s

Por conseguinte,

D(ab|300,9 )
( )
3/2 2
300,9 1,075 cm
=0,132 =0,134
❑ 298 1,073 s

Vamos considerar a correlação de Bedingfield-Drew, pois adotamos a seringa como


uma aproximação de um cilindro, mas para confirmar o uso dessa correlação vamos
primeiramente calculamos o número de Reynolds, Re, considerando o diâmetro como
comprimento característico e, em seguida, calcular o número de Schmidt. Antes disso,
vamos calcular a velocidade do ar que passa normal ao topo da seringa. Logo, pelas
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informações técnicas do fabricante, vemos que o cooler tem uma velocidade angular
média de 1800 rpm. Assim, transformando para rad/s, temos

rotações 2 π rad 1min rad


ω=1800 x x =188 , 50
min 1 rotação 60 s s

Como V =ωR, e o raio do cooler é de 9 cm, daí

cm
V =188,50 x 9=1696,5
s

Agora, calculando o número de Reynolds, temos que

V ∞D
ℜ=
ν AR

Como a temperatura do local que foi feito o experimento foi de 27,9°C ou 300,9 K ,
então por meio da tabela de propriedades físicas de gases e líquidos do Welty, podemos
fazer a seguinte interpolação linear
−5 2
T =300 K → ν=1,5689 x 10 m /s

2
T =300,9 K → ν=ν 300,9 m /s

−5 2
T =320 K → ν=1,7577 x 10 m /s

Logo,
300,9−300 m2 c m2
ν300,9= x ( 1,7577 x 10−5−1,5689 x 10−5 ) +1,5689 x 10−5 =1,5774 x 10−5 =0,15774
320−300 s s

Como a medição do diâmetro da seringa resultou em um valor de D = 1,5 cm, temos


que o número de Reynolds vale

V ∞ D 1696,5 x 1,5
ℜD = = =16133
ν AR 0,15774

Agora, vamos calcular o número de Schmidt,

ν AR
Sc=
D( ab|300,9)

Logo, o número de Schmidt é dado por

ν AR 0,15774 c m2 / s
Sc= = =1,2
D( ab|300,9) c m2
0,134
s
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Assim, podemos usar a correlação de Bedingfield-Drew, pois os valores para ℜD e Sc


estão dentro das condições de uso da correlação em razão de
400< ℜ D <25000 e 0,6< Sc <2,6

Finalmente, podemos estimar o k c,dado por

k c Sc 0,56
=0,281 ℜ D−0,4
V∞

Assim,

k c 1,2 0,56 −0,4


=0,281 x 16133
1696,5

k c 1696,5 x 0,281 x 16137−0,4


=
❑ 1,2
0,56

kc
=8,93 cm/s

Vamos agora plotar a distância z❑ em função do tempo t, logo da equação de estimativa


do D ab , temos que

2 2
z❑ (t) −z ❑ (t o ) =− ( 2 Dab c M etanol ln ⁡( 1− y etanol )
ρ
1

) t

2
z❑ (t) =− ( 2 D ab c M etanol ln ( 1− y etanol )
ρ
1

) t + z ❑(t o)
2

Partindo do valor D ab teórico e substituindo os valores de concentração da mistura,


massa molar do etanol, fração molar e densidade do mesmo, vemos que

Dab 0,134
0,000040
c 5
MA 46,07
ya1 0,09184
p 0,789
zo^2 23,04

z ²❑(t )❑=(3,05 x 10−5 )t+23,04


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Cálculo do erro da difusividade do etanol no ar

Vamos calcular o desvio percentual da difusividade do etanol no ar experimental em


relação ao teórico, logo

E %=¿ 0,199−0,134∨ ¿ x 100 %=48 % ¿


0,134

CONCLUSÃO

Levando em consideração tudo que foi discutido neste relatório, conclui-se que, os
resultados obtidos teoricamente por nossa equipe conseguiu satisfazer os resultados
experimentais, mesmo que com algumas pequenas alterações de valores entre os
mesmos, que pode ser explicado por diversos motivos.

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