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EMA094N - Profa. Adriana S. França – 2ª Avaliação – 2o Sem.

2009

Nome: GABARITO

1. (7 pontos) Barras de aço cilíndricas (k=48,8 W/mK; ρ=7832 kg/m3; cp=559 J/kgK) de 100mm de diâmetro são
tratadas termicamente colocando-as no interior de um forno de 5 m de comprimento em contato com gases a
1300oC (h=450 W/m2K). As barras entram a 50oC e atingem a temperatura de 600oC na linha de centro após
deixarem o forno. Calcule a velocidade na qual as barras devem passar pelo forno.

hr0 450 × 50 ×10 −3


Cálculo de Biot: Bi = = = 0,231 (1,0)
2k 2 × 48,8

Como Bi>0,1, o método da capacitância global não pode ser utilizado (0,5)

hr0
Bi = = 0,231× 2 = 0,461 ≈ 0,5
Avaliação dos coeficientes na Tabela: k (1,0)
ζ 1 = 0,9408 C1 = 1,1143

Considerando Fo>0,2, posso truncar a série no primeiro termo: (0,5)

T − T∞
Ti − T∞
( ) ( )
= C1 exp − ζ12 Fo J o ζ1r *

Na linha de centro, r* = 0 e Jo(0)=1 (a função de Bessel é igual a 1 no ponto zero).

600 − 1300
50 − 1300
(
= 1,1143 exp − 0,9408 2 Fo )
Fo = 0,777 〉 0,2 (o truncamento é válido) (3,0)

Fo r02
t= = 174s (0,5)
α
Velocidade da barra (distância percorrida por tempo) = 5/118= 0,03m/s (0,5)

2. (7 pontos) O coeficiente de transferência de calor para o ar escoando sobre uma esfera deve ser determinado
pela observação da história da temperatura com o tempo de uma esfera fabricada de cobre puro. A esfera, que
possui 12,7 mm de diâmetro, está a 66oC antes de ser inserida numa corrente de ar a 27oC. Um termopar na
superfície externa indica 55oC, 69 s após a esfera ser imersa na corrente de ar. Considere, e depois confirme
com base no valor do coeficiente convectivo, que a esfera se comporta como um objeto isotérmico no espaço.
Calcule o coeficiente de transferência de calor. As propriedades do cobre são:
ρ = 8933 kg / m ; c p = 389 J / kgK e k = 398 W / mK .
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Pela suposição de que a esfera se comporta como um objeto isotérmico no espaço, Bi<0,1, o método da capacitância
global pode ser utilizado (1,0)

T − T∞ = (Ti − T∞ ) exp(− at ) +
b
[1 − exp(− at )]
a
hA sup h3 3h
a= = = (1,5)
ρ∀c p ρro c p 8933 × 6,35 × 10 −3 × 389

q ′′A sup + E& g


b= q ′′ = 0 e E& g = 0 ⇒ b = 0 (1,5)
ρVc p
(não há geração de energia e não há calor entrando no sólido, a não ser em decorrência do ar)

T − T∞ 55 − 27
= exp(− at ) ⇒ = exp(− 69a ) ⇒ a = 0,0048 ⇒ h = 35,3 W / m 2 K (1,0)
Ti − T∞ 66 − 27
hr0 35,3 × 6,35 × 10 −3
Cálculo de Biot: Bi = = = 0,00019
3k 3 × 398

O valor obtido para o número de Biot confirma a suposição de que a esfera se comporta como um objeto isotérmico no
espaço (2,0)

3) (6 pontos) Experimentos demonstraram que, para uma corrente de ar a 35oC e 100 m/s, a taxa de transferência
de calor de uma lâmina de uma turbina de comprimento característico de 0,15m a uma temperatura de 300oC é
de 1500W. Qual deveria ser a taxa de transferência de calor para uma segunda lâmina de turbina de 0,3m,
operando a 350oC, em uma corrente de ar a 35oC e 50 m/s? A área superficial da lâmina pode ser considerada
diretamente proporcional ao seu comprimento característico.

Como a diferença de temperatura entre as duas superfícies é pequena, não há variação da temperatura do fluido, e o
fluido (ar) não apresenta variação significativa das propriedades térmicas com pequenas variações de T, pode-se
afirmar que :
Pr1 = Pr2 (1,0)

ρv1L1 ρ ρ ρv 2 L 2 ρ ρ
Re1 = = 100 × 0,15 = 15 Re 2 = = 50 × 0,30 = 15 ⇒ Re1 = Re 2 (2,0)
μ μ μ μ μ μ

Nu = f (Re, Pr ) ; Como Re1 = Re 2 e Pr1 = Pr2 Nu 1 = Nu 2 ⇒ h 1L1 = h 2 L 2 (1,0)

Como as áreas superficiais são diretamente proporcionais ao comprimento característico:


h 1 L1 = h 2 L 2 ⇒ h 1A1 = h 2 A 2

q1 = h 1A1 (Ts1 − T∞ ) ⇒ h 1A1 = q1 / (Ts1 − T∞ ) = h 2 A 2

q 2 = h 2 A 2 (Ts 2 − T∞ ) = h 1A1 (Ts 2 − T∞ ) = q1


(Ts 2 − T∞ ) = 1500 350 − 35 = 1783W (2,0)
(Ts1 − T∞ ) 300 − 35

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