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Faculdade de Engenharia Química

Operações Unitárias - EQ651


Prof. Dr. Raphael Soeiro Suppino
PED: Renan Alves Schimdt - PAD: Giulia Arena Richitta

Lista de Exercícios EQ651

1. Uma centrífuga tubular operando a 9.000 RPM produz 1,25 L/min de um clarificado.
Sabendo que as dimensões da centrífuga são R=3,0 cm, L = 30 cm e H = 1,0 cm
pede-se:
(a) Qual seria a capacidade de operação de uma centrífuga industrial (R = 5 cm,
L = 120 cm e H = 2,50 cm) operando a 7.500 rpm?
(b) Calcule o diâmetro de corte das duas centrífugas
−4
Dados: µ = 8, 9032. 10 𝑁𝑚/𝑠; ρ = 997 𝑘𝑔/𝑚³ ; ρ𝑆 = 3200 𝑘𝑔/𝑚³

(a) Para tal é necessário calcular a relação:


∑1 ∑2

𝑄1
= 𝑄2
sendo
2 2
2π𝑅 𝐿ω
∑𝑖 = 𝑔

logo, tem-se

9000
ω1 = 2π𝑓 = 2π 60
= 942, 48 𝑟𝑎𝑑/𝑠

2 2
2π(0,03) 0,3.942,38
∑1 = 9,81
= 153, 6

7500
ω1 = 2π𝑓 = 2π 60
= 785, 40 𝑟𝑎𝑑/𝑠

2 2
2π(0,05) 1,2.785,4
∑1 = 9,81
= 1185, 2

153,6 1185,2
1,25
= 𝑄2
⇒ 𝑄2 = 9, 65 𝐿/𝑚𝑖𝑛

(b) Para cálculo do diâmetro de corte, utiliza-se a expressão


9µ𝑄
𝐷= 2 2
2π𝑅 𝐿(ρ𝑠−ρ)ω
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Para o laboratório:
−4 1,25
9.8,9032.10 ( 60000 ) −7
𝐷= 2 2 ⇒ 𝐷 = 2, 24 . 10 𝑚
2π(0,03) 0,3(3200−997)942

Para a industrial:
−4 9,65
9.8,9032.10 ( 60000 ) −7
𝐷= 2 2 ⇒ 𝐷 = 2, 24 . 10 𝑚
2π(0,05) 1,2(3200−997)785

2. Uma centrífuga tubular de dimensões R = 30 cm; L = 40 cm e H = 10 cm processa


85 L/min. A rotação do aparelho é de 2100 rpm. Sabendo-se que a densidade
específica do sólido é de 3,2, calcule o diâmetro de corte. Use os dados para água a 25
ºC.

Dados para água a 25 ºC:


−4
µ = 8, 9032. 10 𝑁𝑚/𝑠; ρ = 997 𝑘𝑔/𝑚³
Calcula-se a velocidade angular:
2100
ω1 = 2π𝑓 = 2π 60
= 219, 91 𝑟𝑎𝑑/𝑠

Para o diâmetro:

9µ𝑄
𝐷= 2 2
2π𝑅 𝐿(ρ𝑠−ρ)ω

−4 85
9 . 8,9032.10 ( 60000 ) −7
𝐷= 2 2 ⇒ 𝐷 = 6, 86 . 10 𝑚
2π(0,3) 0,4(3200−997)219,91
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3. Um cubo de 0,08"de aresta cai, sob a ação do campo gravitacional em um líquido de
massa específica igual a 1,3 g/cm³ com velocidade terminal igual a 0,5 ft/s no regime
de Newton. Qual a velocidade terminal de um cubo de 0,16"de aresta do mesmo
material que o primeiro, em água a 20◦C e 1 atm?
−3
Dado para água a 20 ºC: ρ = 998,2 kg/m³; µ = 10

Para a partícula (1):


Em regime de Newton: CD = K2
Para o diâmetro e esfericidade da partícula
0,08’’ = 2.10-3 m
0,5 ft/s = 0,15 m/s
3 𝑉𝑝6 3 3
((𝐿) *5.10 )6
−3
−3
𝐷𝑝 = π
= π
⇒ 𝐷𝑝 = 2, 52. 10 𝑚
2
Á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 π𝐷𝑝
ϕ= Á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎
= 2 ⇒ ϕ = 0, 81
6𝐿

𝐾2 = 5, 31 − 4, 88ϕ = 1, 37

Em regime de Newton, pode-se calcular


4𝑑(ρ𝑠−ρ)𝑔 (1/2)
𝑉𝑡 = ( 3ρ 𝐶𝑑 )
2
𝑉𝑡 3ρ 𝐶𝑑
ρ𝑠 = 4𝑑𝑔
+ ρ
2
0,15 3.1300. 1,37
ρ𝑠 = −3 + 1300 = 2560 𝑘𝑔/𝑚³
4.2,52.10 9,81

Para segunda partícula, como não se sabe o regime na qual ela atua, utiliza-se
Coelho e Massarani. Assim, é necessário determinar o diâmetro da partícula
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0,16’’ = 4.10-3 m.

3 𝑉𝑝6 3 −3 3 −3
(4.10 ) *5.10 )6 −3
𝐷𝑝 = π
= π
⇒ 𝐷𝑝 = 5, 0. 10 𝑚

e também a esfericidade
2
Á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 π𝐷𝑝
ϕ= Á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎
= 2 ⇒ ϕ = 0, 81
6𝐿

Também serão necessárias as relações K1 e K2:


𝐾1 = 0, 843𝑙𝑜𝑔(ϕ/0, 065) = 0, 92

𝐾2 = 5, 31 − 4, 88ϕ = 1, 37

Portanto, aplica-se o método de Coelho e Massarani, calculando a relação CdRe² e


depois extrai-se Reynolds
3
4𝐷𝑝ρ(ρ𝑠−ρ)𝑔 −3 3
4(5.10 ) 1300(2560−1300)9,81 6
𝐶𝑑𝑅𝑒² = 2 = −3 2
=. 2, 75. 10
3µ 3*(.10 )

−0,6 −1/1,2
𝐾1𝐶𝑑𝑅𝑒² −1,2

𝑅𝑒 = ⎢


( 24 ) + ( ) 𝐶𝑑𝑅𝑒²
𝐾2




= 1406, 06

−3
ρ𝑉𝐷 1406,06.1.10
𝑅𝑒 = µ
⇒𝑉 = −3 = 0, 21 𝑚/𝑠
1300*5,0*10

4. Uma partícula cilíndrica (D=1mm, H= 5mm, ρs=2,8) cai em água a 50oC e 1 atm, sob

ação do campo gravitacional. Calcule a velocidade terminal.

−4
Propriedades: ρs = 2800 kg/m³; ρ = 988 kg/m³ e µ = 5,74.10

Para essa questão, utiliza-se Coelho e Massarani, já que não sabemos o regime em
que esse corpo cai. Assim, é necessário determinar o diâmetro da partícula

3 𝑉𝑝6 3 −3 2 −3
(π(0,5.10 ) *5.10 )6 −3
𝐷𝑝 = π
= π
⇒ 𝐷𝑝 = 1, 96. 10 𝑚

e também a esfericidade
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2
Á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 π𝐷𝑝
ϕ= Á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎
= π𝐷
2 ⇒ ϕ = 0, 7
π𝐷𝐻+ 2

Também serão necessárias as relações K1 e K2:


𝐾1 = 0, 843𝑙𝑜𝑔(ϕ/0, 065) = 0, 87

𝐾2 = 5, 31 − 4, 88ϕ = 1, 9

Portanto, aplica-se o método de Coelho e Massarani, calculando a relação CdRe² e


depois extrai-se Reynolds
3
4𝐷𝑝ρ(ρ𝑠−ρ)𝑔 −3 3
4(1,96.10 ) 988(2800−988)9,81 5
𝐶𝑑𝑅𝑒² = 2 = −4 2
= 5, 33. 10
3µ 3*(5,74.10 )

−0,6 −1/1,2
𝐾1𝐶𝑑𝑅𝑒² −1,2

𝑅𝑒 = ⎢


( 24 ) + ( )
𝐶𝑑𝑅𝑒²
𝐾2




= 522, 24

−4
ρ𝑉𝐷 522,24. 5,74.10
𝑅𝑒 = µ
⇒𝑉 = −3 = 0, 16 𝑚/𝑠
988*1,96*10

5. Uma câmara de poeira de dimensões B = 1,5 m, H = 0,6 m, L = 3,5 m, fabricada com


chapas de aço, trata 8400 m³/h de um efluente gasoso industrial contendo partículas

com ρs = 2,65 em suspensão. A DT das partículas obedece ao modelo RRB*

D63,2=120 μm e n = 2,3. Em razão de graves problemas de corrosão das chapas na


região próxima a saída da câmara, sugere-se reduzir seu comprimento para 2,5m.
Supondo-se inalteradas as demais variáveis envolvidas, e supondo-se ainda que as
propriedades físicas do gás em questão sejam idênticas às do ar a 120 ºC e 1 atm,
calcule a diminuição percentual da eficiência global de coleta da câmara, caso a
modificação seja implementada.

Para eficiência, é necessário obter a relação


2 𝑌𝑚𝑖𝑛
η= ( 𝐷63,2
𝐷𝑚𝑖𝑛 ) ∫ ⎡𝑙𝑛
0
⎣ ( )⎤⎦1
1−𝑌
2/𝑛
𝑑𝑌 + (1 − 𝑌𝑚𝑖𝑛)

Para tal, é necessário obter Ymin e Dmin, logo, calcula-se


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−5
18µ𝑄 18.2,26.10 2,33
𝐷𝑚𝑖𝑛 = 𝐵𝐿(ρ𝑠−ρ)𝑔
= 1,5.3,5(2650−0,8977)9,81
= 83, 4µ𝑚

𝐷𝑚𝑖𝑛 𝑛⎤ 83,4 2,3⎤


𝑌𝑚𝑖𝑛 = 1 − 𝑒𝑥𝑝⎡⎢−

( )⎦
𝐷63,2 ⎥= 1 − 𝑒𝑥𝑝⎡⎢−

( )
120 ⎥=

0, 35

0,35
120 2 2/2,3
η= ( )
83,4
0

1
( )
∫ ⎡𝑙𝑛 1−𝑌 ⎤

𝑑𝑌 + (1 − 0, 350) = 82, 4%

Para o segundo caso:


−5
18µ𝑄 18.2,26.10 2,33
𝐷𝑚𝑖𝑛 = 𝐵𝐿(ρ𝑠−ρ)𝑔
= 1,5.2,5(2650−0,8977)9,81
= 98, 7µ𝑚

𝐷𝑚𝑖𝑛 𝑛⎤ 83,4 2,3⎤


𝑌𝑚𝑖𝑛 = 1 − 𝑒𝑥𝑝⎡⎢−

( )⎦
𝐷63,2 ⎥= 1 − 𝑒𝑥𝑝⎡⎢−

( )
120 ⎥=

0, 47

0,638
120 2 2/2,3
η= ( )
98,7
0

1
( )
∫ ⎡𝑙𝑛 1−𝑌 ⎤

𝑑𝑌 + (1 − 0, 638) = 75, 8%

Diminuição:
82,4−75,8
82,4
= 8%.

6. A tabela abaixo contém alguns dados retirados de uma análise granulométrica de duas
amostras estudadas e, a partir deste, calcule o diâmetro de Sauter de cada conjunto.

Análise Granulométrica

Mesh (Tyler) Amostra A Amostra B

-20 + 28 8 45

-28 + 35 21 74

-35 + 48 53 93

-48 + 65 92 192

-65 + 100 215 29

-100 + 150 117 12

- 150 + ∞ 44 5
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Para o diâmetro de Sauter, utiliza-se a relação


1
𝐷 = 𝑛
𝑥𝑖
∑ 𝐷𝑖
𝑖=1

Para amostra A:

Para amostra B:

7. Um ciclone da família Lapple com diâmetro igual a 0,14 metros encontra-se


disponível para operar com uma corrente de entrada de 0,0031 m³/s. A corrente
contém particulado de massa específica igual a 2,50 g/cm³ e segue a distribuição de
tamanho (DTA) de acordo com o modelo RRB*.
𝑛

𝑌 = 1 − 𝑒𝑥𝑝⎢− 𝐷


𝑑
63,2
( )




O órgão ambiental que fiscaliza o projeto requer uma eficiência global de
coleta de pelo menos 90%. O engenheiro responsável pela operação não está seguro
se nesta condição de vazão e para esta distribuição de tamanho o equipamento poderá
ser usado. Tendo em vista o problema apresentado e dado 𝐷63,2 = 60μ𝑚, verifique se

o equipamento disponível pode ser utilizado quando o particulado ajusta


satisfatoriamente a DTA para n = 2.
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Para ciclones, utiliza-se também


2 𝑌𝑚𝑖𝑛
η= ( 𝐷63,2
𝐷𝑚𝑖𝑛 ) ∫ ⎡𝑙𝑛
0
⎣ ( )⎤⎦
1
1−𝑌
2/𝑛
𝑑𝑌 + (1 − 𝑌𝑚𝑖𝑛)

Para tal, é necessário obter Ymin e Dmin, logo, calcula-se


Ne = 5
Relações para família Lapple:
Bc = D/4 = 0,035
3 −5 3
18µ𝐵𝑐 18.1,84.10 (0,035)
𝐷𝑚𝑖𝑛 = π𝑁𝑒(ρ𝑠−ρ)𝑄
= π5(2500−1,18)0,0031
= 10, 8 µ𝑚

𝐷𝑚𝑖𝑛 𝑛⎤ 10,8 2
𝑌𝑚𝑖𝑛 = 1 − 𝑒𝑥𝑝⎡⎢−

( 𝐷63,2 )⎦
⎥= 1 − 𝑒𝑥𝑝⎡⎢−

( ) ⎤⎥⎦ = 0, 031
60

0,031
60 2 2/2
η= ( )
10,8
0

1
∫ ⎡𝑙𝑛 1−𝑌 ( )⎤⎦ 𝑑𝑌 + (1 − 0, 0, 031) = 98, 4%

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