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RES UM O
Passados 30 anos de vigência do capítulo dedicado à disciplina da
administração pública na Constituição de 1988, o artigo passa em revista
ȱàǯȱȱȱȱàȱȱÇǰȱȱȱ¡ȱȱȱ
aplicação e alguns dos principais processos de disputa que o marcaram.
ȱ ȱ ¹¡ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ³¨ǰȱ ȱ ȱ ȱ ȱ
perspectiva realista e, ao mesmo tempo, critica o discurso retórico-
-normativista da Constituição, até aqui predominante na academia e nos
tribunais.
A B STRACT
Thirty years after the promulgation of the 1988 Constitution, the article
¡ȱ ȱ ¢ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ
the Public Administration. It investigates the chapter’s historic origin, the
¡ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ
concerning its application. At last, the article discusses the achievements
and failures in its enforcement, from a realistic perspective and, at the same
time, critical to the normative-rhetorical speech about the Constitution,
ȱȱȱȱȱȱ¢ȱȱȱȱǯ
K EYWORD S
ȱ ȱȯȱȱ ȱȯȱȱȱȯȱŗşŞŞȱ
Constitution
1
ȱ ȱ ȱ ȱ àȱ ȱ ǰȱ ęȬȱ ǰȱ ǯȱ Constituições
republicanasǯȱÇDZȱȱǰȱŗşşşDzȱǰȱÇȱǯȱO direito constitucional
e a efetividade de suas Normas. 9. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2009. p. 7-45; SARMENTO,
Daniel; PEREIRA NETO, Cláudio de Souza. Direito constitucional: teoria, história e métodos
ȱǯȱȱ
£DZȱàǰȱŘŖŗřǯȱǯȱşśȬŗśŚDzȱȱǰȱȱâǯȱA história das
Constituições brasileirasǯȱ¨ȱDZȱ¢ǰȱŘŖŗŘǯ
2
Teoria que também era um carro-chefe algo recente da teoria do direito constitucional na
Europa, notadamente na Alemanha, com farta literatura em que os estudiosos do direito
constitucional brasileiro foram se apoiar.
3
A categoria “revogação” é empregada aqui por ter sido acolhida reiteradas vezes pelo
Supremo (v.g., ADI 02 e ADI 07) e pela literatura. A rigor, a incompatibilidade de normas
pré-constitucionais com a nova Carta seria hipótese de inconstitucionalidade superveniente.
Como o critério hierárquico prevalece sobre o cronológico, tecnicamente, as normas não
seriam revogadas, mas invalidadas à luz da novel ordem constitucional.
4
ȱ ȱ¡¨ȱ¤ȱÇȱȱȱȱȱ
ǰȱȱǯȱFiltragem constitucional:
construindo uma nova dogmática jurídica. Porto Alegre: Sérgio Fabris, 1999.
5
ȱ ȱ³¨ȱȱȱos 9.868/1999 e 9.882/1999, dispondo sobre o julgamento das ações diretas
perante o STF, foi um marco nesse processo de aperfeiçoamento e incremento dos instrumentos
de jurisdição constitucional.
6
Os dados estatísticos disponíveis em rede partem de 1990.
7
Entre 2008 e 2017, foram ajuizadas 1.810 ADIs no STF, apontando um ligeiro declínio no
øȱȱ³äȱȱȱȱȱ·ȱǰȱȱȱȱȱ¦ȱȱ
com uma leitura mais amadurecida do legislador federal e estadual em relação à Constituição,
ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¨ȱ ȱ ¡Çȱ ȱ ³¨ȱ
ȱ ǻȬǰȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¦Ǽǯȱ Çȱ DZȱ
< ǯǯǯȦȦȦ¡ǯǵƽǭƽǁ. Acesso em: 29
mar. 2018.
8
De 2008 a 2017, o número de REs distribuídos cai drasticamente para 126.778, em virtude
ȱ ³¨ȱ ȱ ¡¹ȱ ȱ ¨ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ
pela Emenda Constitucional noȱŚśȦŘŖŖŚǯȱȱȱȱȱȱȱȱ¡ȱ
ȱȱȱȱȱȱȱŘŖŖŝǰȱàȱȱȱ³¨ȱȱȱȱo 11.418/2006.
Disponível em: < ǯǯǯȦȦȦ¡ǯǵƽǭƽǁ.
Acesso em: 29 mar. 2018.
9
ȱ ȱÇȱȱȱȱȱȱȱøȱȱȱ¡¤ȱ
ȱȱȱȱŗşşŖȬŘŖŖŖȱȱȱȱȱȱȱ¡¨ȱȱȱȱȱ
do funcionalismo e da previdência pública do que propriamente pela difusão do discurso
constitucional aos litígios comuns entre particulares (ver, a propósito, o item 3, infra).
ȱøȱ¨ȱȱȱ¡ȱȱ³ȱȱȱ³ȱȱȱȱ
constitucional ganhou no discurso jurídico do país no curso dos anos 2000.
ȱȱȱȱǰȱȱ£ȱ¡¨ȱȱȱǰȱȱȬ
deira ubiquidade constitucional.10 Não apenas as grandes questões, os rele-
ȱĚȱÇȱȱȱȱȱȱȱ
a partir da Constituição, mas também as pequenas controvérsias, cotidianas e
·ȱǰȱȱȱęȱȱȱǯȱȱȱ³¨ȱȱ
introjetando por todo o canto da vida nacional.11
ȱ àǰȱ ·ǰȱ ȱ ȱ ǯȱ ¨ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¡Ȭ
vismo do discurso constitucional acabasse por trazer à tona seus defeitos e
ǯȱ1ȱǰȱȱȱȱȱȱȱȱÇȱȱ
relação ao constitucionalismo praticado no país, que se ingressou na terceira
década de vigência da Constituição. Saiu a Constituição “cidadã”, entrou a
Constituição “chapa-branca”.12
ȱȱ¡ȱȯȱȱ¤ǰȱ¨ǰȱȱȱȱŗşŞŞȱȱȱȱ
décadas de vigência —, surgiram apontamentos sobre o risco do subjetivismo
ȱ ³¨ȱ ȱ ³¨ȱ ȱ ȱ ¡ȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ
notabiliza pela grande abertura de muitas de suas normas, especialmente as
de natureza principiológica.13ȱȱȱ·ȱęȱȱȱȱȱ
controle de constitucionalidade, que transforma cada um dos mais de 18 mil
juízes do país em um juiz constitucional em potencial.
Dessa forma, teria havido uma apropriação do discurso normativo da Constituição pelos
estamentos corporativos. A comprovação empírica desse argumento — ao menos no que
ȱȱȱ¡¤ȱȯȱȱȱ¡¹ȱȱȱ¡³¨ȱ¤ȱ
ÇęǯȱǰȱȱȱȱȱȱȱÇȱȱȱøȱȱ³¨ȱȱ
período não permite essa busca, de modo que a sugestão, embora plausível, carece de base de
comprovação.
10
ȱ ǰȱǯȱȱDZȱȱȱȱȱǯȱRevista de Direito do
Estado, n. 2, p. 83-118, abr./jun. 2006.
11
ȱ ¡ȱȱĚ¡ȱȱ¡¨ȱȱ¦ȱȱȱǰȱȱ¡ȱȱ
por ocasião do aniversário de 20 anos da Constituição, ver BAPTISTA, Patrícia. Retrospectiva
2008. Revista de Direito do Estado, v. 13, p. 36-37, 2009.
12
ȱ ȱ·ȱȱ¡¨ȱȱȱȱȱȱȱȱȱȱøȱȱȱ
de 1988, mais do que garantir direitos dos cidadãos, voltou-se para assegurar a manutenção
ȱ³äȱȱȱȱ³äȱøȱȱȱȱĚȱȱȱ³¨ǯȱ
O fenômeno constitucional e suas três forças. Revista de Direito do Estado, v. 3, n. 11, p. 209-216,
jul./set. 2008. Em sentido analogamente crítico, o apelido de Constituição panprincipiológica,
ȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ ȱ ¥ȱ £³¨ȱ ¡ǰȱ ·ȱ ȱ àȱ ȱ Çȱ
constitucionais. Verdade e consenso: Constituição, hermenêutica e teorias discursivas da
ȱ ¥ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ǯȱ ȱ ȱ DZȱ ȱ ǰȱ
2009.
ȱ
13
ǰȱ Çȱ ȱ ǯȱ ³¨ȱ ȱ ȱ ȱ ³¨ȱ ǯȱ DZȱ
MACEDO JR., Ronaldo Porto; BARBIERI, Catarina Helena (Org.). Direito e interpretação:
racionalidade e instituições. São Paulo: Saraiva, 2011.
14
ȱ
ǰȱȱǯȱǯȱRevista Direito GV, São Paulo, v. 8, p. 441-464, 2008.
Disponível em: < ǯǯȦȦȦŚŘȦŖśŚŘǯ>. Acesso em: 30 mar. 2018;
VERISSIMO, Marcos Paulo. A Constituição de 1988, vinte anos depois: Suprema Corte e
ativismo judicial “à brasileira”. Revista Direito GV, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 407-440, jul./dez.
2008.
15
ȱ ǰȱ ȱ ǰȱ
ǰȱ Dzȱ ,ǰȱ ·ȱ ǯȱ ȱ ȱ àȱ
constitucional brasileira: uma crítica pontual à doutrina da efetividade. Revista Direito e Práxis,
v. 8, p. 957-1007, 2017.
16
ȱ ȱ³¨ȱȱŗşŜŝǰȱȱ¡ǰȱàȱȱȱ³¨ȱȱȃ¤ȱøȄȱ
(arts. 95 a 106). Ver BAPTISTA, Patrícia. Transformações do direito administrativo. Rio de Janeiro:
Renovar, 2003. p. 70-73.
ę¡ȱȱȱàȱȱȱøǰȱ¤ȱȱȱȱ³¨ȱ
e, até aqui, sem perspectiva de se ver realmente observado).
Para esse diagnóstico — dos sucessos e fracassos de normas constitucio-
nais —, o discurso normativista, predominante no direito brasileiro, pouco
ȱ ȱ ǯȱ Çȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ àȱ ȱ ¡ȱ
ȱǰȱȬǰȱȱ¹ǰȱȱ¡ȱȱȱȱàȱ
de alguns dos problemas do capítulo sob a ótica mencionada anteriormente.
17
ȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ ¨ȱ àȱ ȱ ȱ ȱ ¡ȱ ȱ ȱ Ȭ
genético, chegando a reclamar a função de paradigma da produção legislativa formal.
ǰȱ ȱ ǯȱ £³äȱ ȱ DZȱ ȱ ¡ȱ ȱ ȱ
ȱ ³äǯȱ DZȱ !ǰȱ ¡ȱ ȱ Dzȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ
Azevedo (Coord.). Direito administrativo e seus novos paradigmas. Belo Horizonte: Fórum,
2008. p. 622. Sobre o assunto, ver também: MENDONÇA, José Vicente Santos de. Direito
administrativo e inovação: limites e possibilidades. A&C — Revista de Direito Administrativo &
Constitucional, v. 17, p. 169-189, 2017.
18
ȱ ȱȱ¤ȱȱȱâǰȱȬDZȱ ǰȱǯDzȱǰȱǯȱǯDzȱǰȱ
ǯȱǯȱǰȱÇȱȱȃȱȄȱȱǯȱPolítica & Sociedade, v. 16,
ǯȱ řŝǰȱ ǯȱ ŘŞŜȬřŗŚǰȱ ŘŖŗŝǯȱ Çȱ DZȱ ǀĴDZȦȦǯǯȦ¡ǯȦȦȦ
ȦŘŗŝśȬŝşŞŚǯŘŖŗŝŗŜřŝŘŞŜȦřśşŝŞǁǯȱȱDZȱŝȱǯȱŘŖŗŞǯ
19
ȱ ȱȱȱȱȱȱȱȱȱȱȱ¡ȱȱǰȱ
o discurso do legalismo sempre foi falho ou insincero.
20
Todas as Constituições brasileiras contiveram artigos dedicados aos funcionários públicos:
Constituição de 1824, art. 179, XIV e XXIX; Constituição de 1891, arts. 73 a 75; Constituição
de 1937, arts. 156 a 159 (seção inumerada); Constituição de 1946 (Título VIII), arts. 184 a 194;
Constituição de 1967 (Capítulo VII, Seção VII), arts. 95 a 106.
21
Os estatutos do funcionalismo costumavam prever a possibilidade de aplicação de sanções
disciplinares sem a instauração de processo administrativo. As penas administrativas eram
impostas unilateralmente pelo superior hierárquico ou autoridade competente, com base em
“fatos” notórios ou do conhecimento pessoal de tais agentes.
22
ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ³¨ȱ ȱ ȱ ·ȱ ȱ ³¨ȱ ȱ ȱ ȱ
no 8.112/1990.
23
Em conferência proferida na Escola Superior de Guerra, no dia 1o de julho de 1975, Hely
ǰȱȱȱ¦ȱȱȱȱȱȱ·DZȱȃȱȱȱÇȱ
é o mecanismo de frenagem de que dispõe a Administração Pública, para conter os abusos
ȱȱǯȱǽdzǾȱȱȱȱȱàȱȱȱȬ
ça nacional pode e deve ser contida pelo poder de polícia administrativa, embasado no
ȱȱ ȱȱǰȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȁ·ȱ ȱ ¡¨ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ
ǰȱȱȱäȱȱȱ³¨ǰȱȱ³ȱȱǰȱȱȱ¡ǰȱ
os objetivos nacionais’”. O poder de polícia, o desenvolvimento e a segurança nacional. Revista
de Direito Administrativoǰȱ ȱ ȱ ǰȱ ǯȱ ŗŘśǰȱ ǯȱ ŗȬŗŚǰȱ £ǯȱ ŗşŝŜǯȱ Çȱ DZȱ ǀĴDZȦȦ
ǯǯȦȦ¡ǯȦȦȦ ȦŚŗŞŘŜȦŚŖśŗşǁǯȱȱDZȱŝȱǯȱŘŖŗŞǯȱ
Outro nome do período foi o de Marcelo Caetano, jurista português e sucessor político de
£ǰȱȱȱ¡ȱȱȱàȱȱ³¨ȱȱǰȱȱŗşŝŚǯ
24
Disponível em: < ǯǯǯȦȦȦȦǯ>.
Acesso em: 2 fev. 2018.
ǯȱȯȱȱ³¨ȱęȱ·ȱȱȱȱȱȱȱ
da administração direta ou indireta.
Art. — A razoabilidade é requisito de legitimidade dos atos praticados
ȱ¡Çȱȱ³¨ȱǯ
Art. — O administrado tem direito a publicidade e transparência dos
atos da administração que estão sujeitos aos deveres de neutralidade,
imparcialidade, lealdade e boa-fé.
Art. — A outorga de concessões, autorizações, permissões, licenças ou
privilégios econômicos de qualquer natureza a entidade privada, por
parte do Poder Público, será sempre instruída por processo público,
com a audiência de todas as partes direta ou indiretamente interessadas.
25
A Constituição Portuguesa de 1974 dedica o seu Título IX, que compreende os artigos 226 a
272, ao regramento constitucional da administração pública.
26
A Constituição Espanhola de 1978 dedica o seu Título IV, que compreende os artigos 97 a 107,
ao regramento constitucional “del Gobierno y de la Administración”.
27
ȱ ǯȱǰȱǯȱǯȱȱȱǯȱǯȱǰȱǰȱÇȱȱȃȱȄȱȱ
Brasil, op. cit., p. 302.
28
ȱ ǰȱȱǯȱDireito administrativo para céticos. 2. ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
p. 104.
ȬȱȱÇDZȱȁȱ³¨ȱøȂǰȱȱȱȱDZ
Art. — A Administração Pública será organizada com obediência aos
princípios da legalidade e da moralidade e atuará em estrito respeito
aos direitos dos cidadãos.
ǯȱȯȱȱ³¨ȱęȱ·ȱȱȱȱȱȱȱ
da administração direta ou indireta.
Art. — A razoabilidade é requisito de legitimidade dos atos praticados
ȱ¡Çȱȱ³¨ȱǯ
Art. — O administrado tem direito à publicidade e à transparência dos
atos da administração que estão sujeitos aos deveres de neutralidade,
imparcialidade, lealdade e boa-fé.
Art. — Nenhum ato da Administração imporá limitações, restrições ou
ȱȱȱȱȱ¡ȱȱȱ¤ȱ
ȱȱȱęȱȱȱȱȱǯ
Art. — A outorga de concessões, autorizações, permissões, licenças ou
privilégios econômicos de qualquer natureza à entidade privada, por
parte do Poder Público, será sempre instruída por processo público,
com a audiência de todas as partes direta ou indiretamente interessadas.
29
Emendas oferecidas ao Substitutivo / III — Comissão da Organização dos Poderes e Sistema
de Governo. p. 179-180. Disponível em: < ǯǯǯȦȦŘŖȦ
DocumentosAvulsos/vol-102.pdf>.
30
ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ DZȱ ȃǰȱ ȱ ę¦ȱ ȱ Ȅǯȱ ȱ ¥ȱ
Emendas Apresentadas ao Substitutivo, p. 26. Comissão da Organização dos Poderes e Sistema
ȱ ǯȱDZȱȱȱǯȱDZȱȱÇȱȱȱ
Disponível em: < ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
103.pdf>.
31
Disponível em: < ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
219.pdf>.
32
Disponível em: < ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
226.pdf>.
33
Disponível em: < ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
235.pdf>.
34
Disponível em: < ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
242.pdf>.
35
ȱ
ǰȱ £ȱ ǯȱ 1988: segredos da Constituinte. Os vinte meses que agitaram e
mudaram o Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2017. p. 313-314.
36
Disponível em: ǀ ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
253.pdf>.
37
Disponível em: ǀ ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
298.pdf>.
38
Disponível em: ǀ ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
314.pdf>.
39
Disponível em: ǀ ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
316.pdf>.
40
O “Centrão” foi um agrupamento parlamentar suprapartidário e circunstancial, essencialmente
ǰȱȱ£ȱęȱę³äȱȱ¡ȱȱȱȱȱ¤ȱ
da Assembleia Nacional Constituinte. Sobre o tema, consulte-se: FREITAS, R.; MEDEIROS, D.;
ǰȱǯȱȱȱ¨DZȱȱȱȱȱȱȱȱ
ǻŗşŞŝȬŗşŞŞǼǯȱDZȱ
ǰȱȱȱ£ȱDzȱqǰȱÇDzȱ\ǰȱøȱȱ
(Org.). A Constituição de 1988: passado e futuro. São Paulo: Anpocsg, 2009. p. 101-135.
41
A proposta foi subscrita por 303 parlamentares e pode ser consultada em: ǀ Řǯǯǯ
ȦȬȦȦȏȦȬȦȬȬ
ȦȦŘśśȏȏǯǁ.
42
ȱ ȱȱȱȱȱȱȱ£ȱę³äȱǰȱ¨ȱȱȱ
ȱęȱȱȱ³¨ȱȱȱǯ
ȗȱşķȱȱȱȱȱȱøǰȱȱâȱȱȱȱ·ȱ
ȱǰȱȱȱȱȱǰȱÇȱȱęǰȱȱ
ȱǰȱ¨ȱȱȱȱȱ³¨ȱȱę³ǰȱ
ainda que sob contrato, em organismos a ela subordinados, na
Administração Pública.
ȱęȱȱǰȱȱȱȱDZȱȃǽǾȬ
nos iníqua a proibição. Não vemos nenhuma imoralidade ou aproveitamento
ǽȱ ȱ Ǿȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ǰȱ Çȱ ȱ ęǰȱ
ȱȱȱ³äȱȱę³Ȅǯ43
ȱ¡ȱȱȱȱȱ¡ȱęǰȱȱȱȬ
vado muitos avanços, acabou alijado de algumas das suas propostas mais
modernas e incorporando dispositivos sobre funcionários públicos em
¡ǰȱȱȱȱȱÇȱ·ȱǯ
Assim, nasceu o estatuto constitucional da administração pública: uma
concepção não planejada, que poderia ter sido mais do que foi, mas que,
ainda assim, representou um marco para o processo de refundação do direito
administrativo brasileiro.
43
Disponível em: < ǯǯǯȦȦŘŖȦȦȬ
254.pdf>.
44
ȱ £ȱȱǰȱ1988: segredos da Constituinte, op. cit., p. 315.
45
ȱ
¤ȱ ȱ ¡ǯȱ ¤ȱ ȱ ȱ ǯȱ ŝoǰȱ ȱ ³¨ȱ ¡ȱ ȱ ǯȱ řŝǰȱ Ȭȱ
aos servidores públicos, estendendo a eles proteção conferida aos trabalhadores em geral,
ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¤ȱ ȱ ·ȱ ȱ ǯȱ 1ȱ ȱ àȱ ȱ
Constituição chapa-branca atuando.
46
Essa é, em essência, a tese defendida por Konrad Hesse, em oposição às ideias divulgadas
ȱȱȱȱȱȱ¡ȱàȱȱ³¨ǯȱEscritos de
derecho constitucional — selección. Madri: Centro de Estudios Constitucionales, 1983. p. 75.
47
MOREIRA, José Carlos Barbosa. O poder judiciário e a efetividade da nova Constituição. In:
Revista Forense, n. 304, p. 152, 1988.
48
ȱ ǰȱ·ȱȱǯȱAplicabilidade das normas constitucionais. 3. ed. São Paulo: Malheiros,
1999. p. 83-85.
49
CORREIA, José Manuel Sérvulo. Os grandes traços do direito administrativo no século
XXI. A&C — Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte, a. 16, n. 63,
p. 48, jan./mar. 2016. Disponível em: < ǯǯȦ¡ǯȦȦȦ
ȦŚŘȦśŗŝǁDzȱǰȱȱǯȱDireito administrativo para céticos. 2. ed. rev. e ampl.
São Paulo: Malheiros, 2014. p. 106.
50
ȱ ǰȱ Dzȱ
ǰȱ ȱ ǯȱ ȱ ȱ ǯȱ London School of
Economics Working Papers, n. 20, p. 22, 2016.
51
ȱ ȱǰȱȱǰȱȱǯȱȱȱȱȱÇȱȱDZȱ¹ȱȱ
reposicionamentos. Lua Nova. São Paulo, v. 97, p. 214-217, 2016. Veja-se, ainda, F. Engelmann,
ǯȱǯȱȱȱǯȱǯȱǰȱǰȱÇȱȱȃȱȄȱȱǰȱǯȱǯǰȱ
p. 287.
52
O artigo 43 parece destoar do conteúdo geral do capítulo ao tratar de medidas de
ȱȱȱȱȱȱȱ¨ǯ
53
ȱ ȱàȱȱȱ¡¨ȱ¨ȱȱǰȱ ǯȱȱ£³¨ȱȱȱ
administrativo no Brasil: um inventário de avanços e retrocessos. Revista Eletrônica sobre a
Reforma do Estado (Rere)ǰȱDZȱǯȱŗřǰȱǯȱřřǰȱǯȦǯȦȱŘŖŖŞǯȱÇȱDZȱǀ ǯ
direitodoestado.com>. Acesso em: 28 mar. 2018.
54
Daniel Sarmento, Cláudio de Souza Pereira Neto, Direito constitucional, op. cit., p. 43.
55
ȱ ȱ ȱ ǰȱ ǰȱ ȱ Dzȱ ǰȱ
ȱ Ĵǯȱ ¹ȱ ęȱ ȱ
melhorar a jurisdição constitucional brasileira. In: VOJVODIC, Adriana et al. (Org.). Jurisdição
constitucional no Brasil. São Paulo: Malheiros, 2012. p. 19-52. Apud BRANDÃO, Rodrigo;
ǰȱȱǯȱȱȱȱȱȱȱȱȱ¦ȱǯȱRevista de Direito
da CidadeǰȱǯȱŗŖǰȱǯȱŗǰȱǯȱŗŝşǰȱŘŖŗŞǯȱÇȱDZȱǀ ǯȬǯǯȦ¡ǯȦȦ
Ȧ ȦŘşŝŝśǁǯȱȱDZȱřŖȱǯȱŘŖŗŞǯ
56
ȱ ǰȱ ¡Dzȱ ǰȱ ȱ ǰȱ A quem interessa o controle concentrado de
ǵ — o descompasso entre teoria e prática na defesa dos direitos fundamentais.
ȱ ȱ Çǰȱ ŘŖŗŚǯȱ ǯȱ ŝŝǯȱ Çȱ DZȱ ǀĴDZȦȦǯȦƽŘśŖşśŚŗǁ.
Acesso em: 7 fev. 2018.
57
ȱ ȱȱ³¨ȱȱǰȱȱȱȱ¡ǰȱȱȱȱȱȱ
ȱ ȱ ȱ ęǰȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ ·ȱ øȱ ȱ ȱ ȱ
pública.
58
ȱ ȱȱȱ¡¨ȱȱȱȱȱȱǰȱ·ȱÇȱȱȱøȱȱ³äȱ
diretas referentes a matérias administrativas seja ainda maior.
59
ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¡Çȱ ȱ ȱ ȱ DZȱ ǀĴDZȦȦ ǯ
ǯǯȦȦȦȦ¡ȦȦ Ȧ
ȏ ǯ>.
60
ȱ ȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ àȱ ·ȱ ·ȱ ȱ DZȱ !ǰȱ Dzȱ
ǰȱ Dzȱ
ǰȱ ǯȱ I Relatório Supremo em Números: O Múltiplo
Supremo. FGV DIREITO RIO: 2011, p. 21. Disponível em: <bibliotecadigital.fgv.br/dspace/
ȦȦŗŖŚřŞȦŗŖřŗŘȦƖŘŖàƖŘŖƖŘŖƖŘŖøƖŘŖȬƖŘŖ
ƖŘŖøƖŘŖǯǵƽśǭ ƽ¢ǁǯȱ
61
EC 88/2015; EC 77/2014; EC 47/2005; EC 41/2003; EC 34/2001; EC 19/1998; EC 18/1998; EC 03/1993.
62
ȱ ȱȱę¤ȱÇǰȱȱ¡ǰȱȱȱǰȱȱȱ³¨ȱȱȱǯķȱŗşȦşŞǰȱȱȱ
³äȱȱȱȱȱȱȱȱ¨ȱȱ³äȱȱę³ǰȱ
até aqui dependente de regulamentação infraconstitucional.
63
Nesse polo oposto, situa-se o inciso II, que determinou a universalização do concurso
público como instrumento de acesso aos postos de trabalho na Administração Pública, direta
e indireta. Embora a aplicação da regra seja frequentemente judicializada, a atuação dos
ȱȱȱ¹¡ȱȱȱǯȱ
64
ȱ
ǰȱDzȱǰȱÇȱȱǯȱȱȱȱȱȱȱȱȱ
Supremo. Lua Nova, v. 88, p. 141-184, 2013.
65
Embora os limites deste trabalho não permitam uma enunciação mais minuciosa, é possível
ǰȱ ȱ ǯȱ řŝǰȱ ȱ ¡ȱ ȱ ȱ ȱ ǻ³¨ȱ ȱ ³äȱ ȱ ³äȱ
de remuneração de servidores públicos) e XIV (vedação de percepção de acréscimos
remuneratórios em cascata pelos servidores públicos). Instaurou-se grande disputa em torno de
sua aplicação, do que resulta seu alto grau de inefetividade. Da mesma forma, controverteu-
se ao longo do tempo sobre a aplicação do inciso IX, sobre a possibilidade de contratação
ȱ ǰȱ ȱ £ȱ ǰȱ ȱ ȱ ȱ ¤ȱ ȱ ¡ǯȱ
A atuação do Ministério Público e dos Tribunais acabou conduzindo a um grau razoável de
sucesso dessa prescrição. Vejam-se, a propósito, as decisões do STF na ADI no 3.237, Tribunal
Pleno, rel. min. Joaquim Barbosa, DJe 19/8/2014; e na ADI no 3.721, Tribunal Pleno, rel. min.
ȱ ǰȱǯȱşȦŜȦŘŖŗŜǯ
66
Cf. STF, Tribunal Pleno, ADI no 14, rel. min. Célio Borja, DJ 1/12/1989.
limite constitucional e, dessa forma, poderiam ser pagas sem qualquer corte
ou redução.
A partir daí — a despeito de esforços, ao menos propagandeados, do
¡ȱȱ67 —, sucederam-se interpretações e argumentos jurí-
dicos de toda sorte para bloquear a efetividade da norma (irredutibilidade de
vencimentos, verbas indenizatórias, subtetos e todo o tipo de especiosidade que
ȱȱ·ȱ·ȱȱ£Ǽǯȱȱȱȱȱȱę¡ȱȱȱȱ
de remuneração das carreiras públicas dos três Poderes, com a cumplicidade
(ainda que dissimulada) de todos os atores institucionais relevantes.
Na verdade, talvez nunca se consiga fazê-lo, porque faltam ao trato do
tema sinceridade normativa, realidade econômica e transparência. Prosseguir
ȱ¡ȱȱȱ¡ȱ¥ȱ£ȱȱȱàȬǰȱ
ȱȱȱȱȱȱǰȱ·ȱ¡ȱȱȱȱȬ
ȱ ȱ ȱ ³ǯȱ ȱ ȱ ¦ȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ ¨ȱ
haver mais o que se possa fazer na matéria. Não há mudança de redação ou
de interpretação capaz de alterar o cenário. Até porque, se o STF vier a fechar
ǻǼȱǻǼȱȱ¡ǻǼǰȱȱȱȱ¤ȱȱǯ
ȱ³ȱȱǰȱǰȱȱȱȱ¡Ȭ
rídicos como elementos de análise e decisão. Nesse sentido, em artigo recente-
mente publicado no jornal Folha de S.Paulo, o economista Bruno Carazza,
valendo-se de contribuições da economia comportamental, aponta que os
abusos remuneratórios no setor público brasileiro têm na sua gênese um
processo de inveja, ciúme e competição institucional.68ȱȱ¡¹ȱȱȱȱ
67
As redações posteriores do dispositivo, dadas pelas Emendas Constitucionais nos 19/1998
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do teto as chamadas verbas indenizatórias. Em sessão administrativa, realizada em 24/6/1998,
o STF entendeu que as disposições da EC no 19/1998 relativas ao teto não seriam autoaplicá-
veis, dependendo de lei de iniciativa conjunta dos três Poderes para produzir seus efeitos
ǻȱȱȱǰȱȱȱęȱÇȱȱę¡³¨ȱȱȱȱøȱȱȱ¹ȱ
Poderes). Com a edição da EC noȱŚŗȦŘŖŖřǰȱȱȱ¡ȱȱȱ
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acolheu o entendimento de que a garantia da irredutibilidade de vencimentos consistia em
ȱ ęȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ
assentado em patamares nominais superiores ao teto, antes da promulgação da EC no 41/2003,
não poderiam sofrer o corte correspondente. Em decisão recente, o STF entendeu que o limite
remuneratório não incide nos casos de acumulação lícita de empregos, aposentadorias ou
äȱ øȱ ǻȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¡¤ȱ os 602043 e 612975, DJe
8/9/2017). Sobre o ponto, veja-se também a análise de BRANDÃO, Rodrigo. ȱȱ
versus diálogos constitucionaisǯȱȱȱDZȱȱǰȱŘŖŗŘǯȱǯȱŘşŗȬŘşŘǯ
68
ȱ ǰȱ ǯȱ ȱ ¡ÇȬǰȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ǯȱ Folha de S.Paulo,
şȱǯȱŘŖŗŞǯȱÇȱDZȱǀĴDZȦȦǯǯǯǯȦŘŖŗŞȦŖŘȦŖşȦȬ¡Ȭ
ȬȬȬȬȬȬȦǵ¢ ǁǯȱȱDZȱŘŜȱǯȱŘŖŗŞǯ
69
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The Oxford handbook of empirical legal researchǯȱǯȱ¡DZȱ¡ȱ¢ȱǰȱŘŖŗřǯȱ
p. 380-384.
70
Embora não se deva menosprezar o lobby que, muito seguramente, as corporações dos médicos
ę£ȱȱȱȱȱstatus na matéria.
71
Processo semelhante, porém um pouco mais longo e demorado, se deu com as acumulações de
ȱȱ·ȱǯȱȱ³¨ȱ¡ȱȱǯȱŗŚŘǰȱȗřoǰȱȱ¡ȱȱŗşŞŞȱȱȱ
·ȱȱȱ³¨ȱȱȱøȱȱǻ³¨ȱǰȱ¤ǰȱ¡ȱ
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ȱŗşŞŞȱǻǯȱŗŝǰȱȗŗo, do ADCT). Após longo processo de disputa e centenas de acumulações
declaradas ilícitas, algumas idas e vindas da jurisprudência (do STJ), o Congresso promulgou
a Emenda Constitucional noȱŝŝǰȱȱŘŖŗŚǰȱ¡ȱȱ·ȱȱȱ³¨ȱȱȱ
acumulação prevista para os militares e retornando à situação anterior a 1988.
72
Não obstante, para uma importante perspectiva crítica sobre o papel dos princípios
constitucionais do direito administrativo, ver Carlos Ari Sundfeld, Direito administrativo para
céticos, op. cit., p. 179 e ss.
73
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ȃǽ¥Ǿȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¥ȱ £ȱ ¡ȱ
entre a sociedade e o microcosmo jurídico, o qual, como todos sabemos, às vezes forja as
suas próprias realidades, fomenta as hipocrisias e, por que não dizê-lo, uma certa moralidade
ǰȱȱȱȱȱȱęȄǯȱÇȱDZȱǀĴDZȦȦǯ
stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=372910>.
74
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75
ȱ ȱ ǰȱ ęȬȱ ȱ ȱ ŗŝǯŜŘŝȱ ǰȱ ȱ ȱ ȱ ǰȱ ¨ȱ
Monocrática, julgamento em 8/5/2014, DJe de 15/5/2014; e Rcl 26.303, RJ, rel. min. Marco
Aurelio.
76
ȱ ȱ ǰȱ ȱ
ǰȱ ǯȱ ȱ ¢ȱ ȱ ȱ ǻȱ ŘŖŗŝǼǯȱ
Annual Review of Law and Social ScienceǰȱǯȱŗřǰȱǯȱŚşśǰȱŘŖŗŝǯȱÇȱDZȱǀĴDZȦȦǯȦ
ƽřŖśşŜśŜȱȱĴDZȦȦ¡ǯǯȦŗŖǯŗŗŚŜȦȬ ȬŗŗŖřŗŜȬŗŗřśŗŞ
ǁǯȱ
Acesso em: 10 mar. 2018.
77
Ibid.
78
NEVES, Marcelo. Constitucionalização simbólica e desconstitucionalização fática: mudança
simbólica da Constituição e permanência das estruturas reais de poder. Revista de Informação
Legislativa, v. 33, n. 132, p. 321-330, out./dez. 1996; Marco Goldoni e Michael A. Wilkinson, The
material Constitution, op. cit., p. 2.
79
Ibid.
80
Chris Thornhill, The sociology of constitutions, op. cit., p. 495.
81
ȱ ȱȱǰȱ ǰȱȱǯȱȱ ǯȱDZȱ
ǰȱ
ȱ
ǯDzȱ
ǰȱ ǯȱ Dzȱ ǰȱ ¢ȱ ǯȱ The Oxford handbook of law and politics.
ǯȱ¡DZȱ¡ȱ¢ȱǰȱŘŖŗřǯȱǯȱřśŜǯ
82
Marco Goldoni e Michael A. Wilkinson, The material Constitution, op. cit., p. 3-4.
83
ȱ ǰȱǯȱęȱ¢ȱǯȱDoxa: Cuadernos de Filosofía del Derecho, Alicante,
n. 4, p. 267-287, 1987.
84
Ibid.
85
Marco Goldoni e Michael A. Wilkinson, The material Constitution, op. cit., p. 9.
evolução nestes últimos 30 anos e das perspectivas para seu futuro pressupõe
que intérpretes e aplicadores se abram a leituras que o normativismo não
¹ǯȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ ȱ ȱ Çȱ
precisa incorporar, embora essa incorporação não seja isenta de riscos.86
O amadurecimento do constitucionalismo no Brasil e a sobrevivência do
projeto de 1988 dependem do desbravamento desses caminhos.
Referências
ǰȱ ȱ ǯȱ ȱ ȱ ȱ ȱ Çȱ ȱ DZȱ ¹ȱ ȱ
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Reforma do Estado (Rere), Salvador, n. 13, mar./abr./maio 2008. Disponível em:
ǀ ǯǯǁǯȱȱDZȱŘŞȱǯȱŘŖŗŞǯ
86
A abertura do discurso jurídico a contribuições provenientes de outras ciências sociais,
particularmente seu emprego como critério de decisão judicial, conquanto pareça inevitável
¥ȱ £ȱ ȱ ȱ ¦ǰȱ ȱ ¤ȱ ȱ ȱ ȱ ȱ ¤ǯȱ
Os processos jurídicos, por limitações temporais e cognitivas, nem sempre permitem incor-
porar adequadamente os elementos dessas outras ciências. Os limites do presente estudo,
·ǰȱ¨ȱȱȱ³ȱȱ¨ǯȱ¡ȱȱȱȱȱȱȱ
ǰȱ ·ǰȱ ȱ ȱ ǰȱ ȱ t
ǰȱ ǯȱ ǯDzȱ ǰȱ ȱǯȱ ǯȱ
ȱȱȱȱȱȱȱǰȱȱ¦ȱȱȱǯȱ
Direito, Estado e Sociedadeȱ ǻǼǰȱ ǯȱ řŞǰȱ ǯȱ ŜȬśŖǰȱ ŘŖŗŘDzȱ
ǰȱ ȱ ǯȱ ȱ
ǰȱȱ ǯȱVirginia Law Review, v. 60, n. 3, p. 483-492, mar. 1974.
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