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Comunismo

Introdução

Comunismo (do latim communis)[1][2] é uma ideologia e
um movimento político, filosófico, social e econômico cujo objetivo
final é o estabelecimento de uma sociedade comunista, ou seja,
uma ordem socioeconômica estruturada sobre as ideias
de igualitarismo, propriedade comum dos meios de produção e na
ausência de classes sociais, do dinheiro e do Estado. Como tal, o
comunismo é uma forma específica de socialismo.

Neste sistema existem duas classes sociais principais, sendo que a


relação entre essas duas classes é de exploração e que esta situação
só pode ser resolvida em última instância por meio de uma revolução
social.[7]
O proletariado (a classe trabalhadora), que constitui a maioria da
população na sociedade e deve trabalhar para sobreviver; e
a burguesia (a classe capitalista), uma pequena minoria que obtém
lucro do emprego da classe trabalhadora por meio da propriedade
privada dos meios de produção. De acordo com esta análise,
a revolução colocaria a classe trabalhadora no poder e, por sua vez,
estabeleceria a propriedade social dos meios de produção, que é o
elemento primário na transformação da sociedade para
o comunismo.

Seu surgimento do Comunismo Primitivo


Surgindo pela primeira vez na Grécia Antiga. O movimento
dos mazaces do século V na Pérsia (atual Irã) foi descrito como
"comunista" por desafiar os enormes privilégios das classes nobres e
do clero; por criticar a instituição da propriedade privada; e por se
esforçar para criar uma sociedade igualitária. Dando início a várias
pequenas comunidades comunistas existiram, geralmente sob a
inspiração das Escrituras cristãs. Tanto que na Igreja medieval,
algumas comunidades monásticas e ordens
religiosas compartilhavam suas terras e outras propriedades. Mas
essa ideia encontrou bem cedo críticos severos, como
Aristóteles.

Esse pensamento teve continuidade no século XVIII Iluminismo, que


também criticavam a idéia de propriedades privadas, por
pensadores como Jean Meslier, Étienne-Gabriel Morelly, Abbé de
Mably e Jean-Jacques Rousseau na França. Durante a sublevação
da Revolução Francesa, o comunismo emergiu como uma doutrina
política sob os auspícios de Restif de la Bretonne, Sylvain
Maréchal e Gracchus Babeuf que podem, de acordo com James H.
Billington, ser considerados os progenitores do comunismo
moderno.

Comunismo moderno
Em sua forma moderna, o comunismo surgiu do movimento
socialista na Europa do século XIX. Com o avanço da Revolução
Industrial, os críticos socialistas culparam o capitalismo pela miséria
do proletariado - uma nova classe de operários urbanos que
trabalhavam em condições freqüentemente perigosas. Em primeiro
lugar entre esses críticos estavam Karl Marx e seu
associado Friedrich Engels. Em 1848, Marx e Engels ofereceram uma
nova definição de comunismo e popularizaram o termo em seu
famoso panfleto chamado Manifesto Comunista.

União soviética
A Revolução de Outubro de 1917 na Rússia estabeleceu as
condições para a ascensão ao poder estatal
dos bolcheviques de Vladimir Lenin, a primeira vez que um partido
declaradamente comunista alcançou essa posição. A revolução
transferiu o poder para o Congresso dos Sovietes de Toda a Rússia,
no qual os bolcheviques tinham a maioria.

Os mencheviques moderados (minoria) se opuseram ao plano dos


bolcheviques (maioria) de Lenin para a revolução socialista antes
que o capitalismo estivesse mais desenvolvido. A ascensão bem-
sucedida dos bolcheviques ao poder foi baseada em slogans como
"Paz, pão e terra", o que atendia ao enorme desejo do público de
um fim ao envolvimento russo na Primeira Guerra Mundial, a
demanda dos camponeses por uma reforma agrária e apoio popular
aos soviéticos.[40] A União Soviética foi criada em 1922.

Seu papel de liderança na Segunda Guerra Mundial tornou a União


Soviética uma superpotência industrializada, com forte influência
sobre a Europa Oriental e partes da Ásia. Os impérios coloniais
europeus e japonês foram destruídos e os partidos comunistas
desempenharam um papel de liderança em muitos movimentos de
independência. A Albânia também se tornou um Estado marxista-
leninista independente após a Segunda Guerra Mundial. O
comunismo foi visto como rival e ameaça ao capitalismo ocidental
durante a maior parte do século XX.

A União Soviética foi dissolvida em 26 de dezembro de 1991. Foi o


resultado da declaração número 142-Н do Soviete das Repúblicas
do Soviete Supremo da União Soviética.

Anteriormente, de agosto a dezembro de 1991, todas as repúblicas


individuais, incluindo a própria Rússia, haviam se separado da
união. 
Vladimir Ilyich Ulianov, mais conhecido pelo
pseudônimo Lenin (portuguê s brasileiro) ou Lenine (portuguê s europeu)
[nt 1] (Simbirsk, 22 de abril de 1870 — Gorki, 21 de janeiro de 1924),
foi um revolucionário comunista, político e teórico político russo que
serviu como chefe de governo da Rússia Soviética de 1917 a 1924 e
da União Soviética de 1922 até sua morte. Sob sua administração,
a Rússia e em seguida a União Soviética tornaram-se um Estado
socialista unipartidário governado pelo Partido Comunista (PCUS). 

Anarquismo
O'que é anarquismo
Anarquismo é uma ideologia política que se opõe a todo tipo
de hierarquia e dominação, seja ela política, econômica, social ou
cultural, como o Estado, o capitalismo, as instituições religiosas,
o racismo e o patriarcado Através de uma análise crítica da
dominação, o anarquismo pretende superar a ordem social na qual
esta se faz presente através de um projeto construtivo baseado na
defesa da autogestão, tendo em vista a constituição de uma
sociedade libertária baseada na cooperação e na ajuda mútua entre
os indivíduos e onde estes possam associar-se

Os meios para se alcançar tais objetivos são motivos de debates e


divergências entre os anarquistas. Com base em discussões
estratégicas acerca da organização anarquista, das lutas de curto
prazo e da violência, estabelecem-se duas correntes do anarquismo:
o anarquismo insurrecionário e o anarquismo social ou de massas.
Anarquismo insurrecionário
anarquismo insurrecionário afirma que as lutas de curto prazo por
reformas e que os movimentos de massa organizados são
incompatíveis com o anarquismo, dando ênfase à propaganda pelo
ato como o principal meio para despertar uma revolta espontânea
revolucionária.

Anarquismo social

O anarquismo social ou de massas enfatiza a noção de que apenas


movimentos de massa podem ser capazes de provocar
a transformação social desejada pelos anarquistas, e que tais
movimentos, constituídos normalmente por meio de lutas por
reformas e questões imediatas, devem contar com a presença dos
anarquistas, que devem trabalhar no sentido de radicalizá-los e
transformá-los em agentes revolucionários

Origem do anarquismo
O surgimento do anarquismo relaciona-se a um contexto histórico
particular da segunda metade do século XIX, que implicou
mudanças sociais amplas e significativas Os historiadores Lucien van
der Walt e Steven Hirsch apontam que, durante o século XIX, o
capitalismo desenvolveu-se e globalizou-se, a partir da integração
das estruturas econômicas mundiais, dentro de marcos
estabelecidos pela Segunda Revolução Industrial ao mesmo tempo,
os Estados Modernos consolidaram-se e levaram a cabo
uma expansão imperial significativa ligada em grande parte ao
aumento da produção mundial e às
novas tecnologias desenvolvidas Tais processos são acompanhados
por um crescimento significativo da imigração de trabalhadores,
com aumentos sem precedentes na migração transoceânica e
intracontinental e ao mesmo tempo por um desenvolvimento
significativo das tecnologias em geral, em especial dos transportes e
das comunicações A promoção do racionalismo e a circulação
de valores modernos como a liberdade individual e a igualdade
perante a lei, que ganharam relevância com a Revolução Francesa e
contribuíram com o enfraquecimento da influência religiosa na
sociedade também são aspectos a serem levados em consideração
no contexto de surgimento do anarquismo Assim como a
reorganização das classes sociais e seu protagonismo em conflitos
nas cidades e nos campos, que, em geral, acabaram contribuindo
com o fortalecimento da noção de que a ação humana poderia
modificar o futuro. Em especial, os conflitos de classe fortaleceram a
noção de que os oprimidos, por meio de sua ação, poderiam
transformar a sociedade noção favorecida pelo próprio surgimento e
desenvolvimento das ideias socialistas durante o início do século
XIX Nesse contexto, surgem movimentos que, não se sentindo
contemplados pelas ideologias políticas em voga, desenvolvem, a
partir de uma inter-relação prática-teórica, os elementos
fundamentais do anarquismo Este surge no seio da Associação
Internacional dos Trabalhadores (AIT) no final da década de 1860
através da radicalização do mutualismo proudhonista. O
anarquismo, entre 1868 e 1894, já havia se desenvolvido
significativamente e também havia sido difundido globalmente, e
exerceu, até 1949, grande influência entre os movimentos operários
e revolucionários, embora tenha continuado a exercer influência
significativa em diversos movimentos sociais do período pós-
guerra até a contemporaneidade, entre fluxos e refluxos.
Princípio do anarquismo
A estratégia revolucionária do anarquismo é formulada a partir de
três elementos: a crítica do sistema de dominação, o objetivo de um
sistema de autogestão e o conjunto de meios a serem utilizados,
por meio de uma prática política coerente para promover a
transformação social desejada.

Características do anarquismo
1 Liberdade e autonomia dos indivíduos.
2 Propriedade coletiva.
3 Autogestão como forma de governo.
4 Autodisciplina e responsabilidade.
5 Educação libertária.
6 Harmonia e solidariedade.

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