1) O documento discute peças comprimidas em engenharia estrutural, incluindo colunas e pilares sujeitos à compressão simples ou flexocompressão.
2) A flambagem por flexão é analisada, onde a carga crítica, imperfeições geométricas, não-linearidade do material e fluência afetam a resistência da coluna.
3) Há uma discussão sobre limites de esbeltez para colunas curtas, medianamente esbeltas e esbeltas.
1) O documento discute peças comprimidas em engenharia estrutural, incluindo colunas e pilares sujeitos à compressão simples ou flexocompressão.
2) A flambagem por flexão é analisada, onde a carga crítica, imperfeições geométricas, não-linearidade do material e fluência afetam a resistência da coluna.
3) Há uma discussão sobre limites de esbeltez para colunas curtas, medianamente esbeltas e esbeltas.
1) O documento discute peças comprimidas em engenharia estrutural, incluindo colunas e pilares sujeitos à compressão simples ou flexocompressão.
2) A flambagem por flexão é analisada, onde a carga crítica, imperfeições geométricas, não-linearidade do material e fluência afetam a resistência da coluna.
3) Há uma discussão sobre limites de esbeltez para colunas curtas, medianamente esbeltas e esbeltas.
Peças Comprimidas Peças comprimidas são encontradas em componentes de treliças, sistemas de contraventamentos, além de colunas ou pilares isolados ou pertencentes à pórticos. Estas peças podem ser sujeitas a compressão simples ou a flexocompressão por ação de carga aplicada com excentricidade ou de um momento fletor oriundo de cargas transversais, em combinação com a carga axial de compressão.
Curvaturas iniciais em peças esbeltas sob compressão axial ou
deslocamentos laterais produzidos por ação de um momento fletor aplicado tendem a ser ampliados pelo esforço de compressão em um processo denominado flambagem por flexão, o qual reduz a resistência da peça em relação ao casa de peça curta. Peças Comprimidas Seções transversais típicas em colunas de madeira Peças Comprimidas Flambagem por flexão
Ao ser comprimida axialmente, uma coluna esbelta apresenta
uma tendência ao deslocamento lateral. Este tipo de instabilidade, denominado flambagem por flexão, se caracteriza pela interação entre o esforço axial e a deformação lateral, de tal forma que a resistência final da coluna depende de não apenas da resistência do material, mas também de sua rigidez à flexão EI.
Abordando o caso ideal de uma coluna birrotulada (de
comprimento L) e perfeitamente retilínea, com carga centrada e de material elásticos, Leonhardt Euler demonstrou que para uma carga maior ou igual a:
não é mais possível o equilíbrio na condição retilínea. Aparecem
deslocamentos laterais e a coluna fica submetida à flexocompressão. A carga Ncr é denominada carga crítica de Euler. As linhas identificadas como coluna idealmente perfeita representam a resposta em deslocamento δt no meio do vão da coluna para carga N crescente. Peças Comprimidas Flambagem por flexão As colunas reais não correspondem às hipóteses associadas ao cálculo de Euler e portanto não se comportam como sua previsão.
Nos casos apresentados
na figura, o processo de flambagem se dá com a flexão da coluna desde o início do carregamento.
Observa-se, pelos diagramas de tensões na seção mais
solicitada associados a pontos ao longo da curva de resposta, que o efeito de flexão se amplia com o acréscimo de carga. Peças Comprimidas Flambagem por flexão
A força normal N em um coluna com imperfeição geométrica,
esta representada por δ0, produz uma excentricidade adicional δ, chegando a uma flecha total δt que para tensões em regime elástico é representada por:
Para uma coluna com excentricidade de carga ei a resposta em
termos de deslocamento para cada valor de carga N pode ser aproximada para a equação abaixo, sendo δ0 tomado igual à deflexão máxima produzida pelo momento inicial Mi = N.ei Peças Comprimidas Flambagem por flexão
Outro aspecto que influencia a resistência da coluna diz respeito
ao tipo de diagrama σ x ε do material. No caso da madeira, o comportamento em tração é praticamente linear (regime elástico) até a ruptura, mas em compressão o diagrama σ x ε é não linear. Então, a validade das equações mostradas anteriormente se limita ao valor da carga N, que produz tensão máxima na seção mais solicitada igual à tensão de proporcionalidade. A partir daí inicia-se a perda de rigidez da seção com sua plastificação progressiva. A resposta da coluna segue como coluna imperfeita material inelástico até atingir a resistência Nc com ruptura da seção mais solicitada. Peças Comprimidas Flambagem por flexão
No caso da madeira há de se considerar ainda o efeito de
fluência que se caracteriza pelo acréscimo de deformações ao longo do tempo para uma carga mantida constante. Para uma carga N < Nc a coluna imperfeita de material inelástico não atinge a ruptura instantaneamente. Entretanto, se a carga for mantida ao longo do tempo o efeito de fluência poderá levá-la ao colapso por acréscimo dos deslocamentos laterais δ.
Dividindo-se a carga crítica pela A da seção transversal da
coluna, obtém-se a tensão crítica: Peças Comprimidas Flambagem por flexão
A resistência de uma coluna pode ser representada como uma
função do seu índice de esbeltez. Para colunas muito curtas não ocorre o processo de flambagem e a tensão resistente nominal fc é igual à tensão resistente de compressão do material. Para colunas esbeltas, a resistência é dada pela equação abaixo, onde em Nc estão incluídos todos os efeitos redutores de carga última em relação à carga crítica Ncr. A figura a seguir mostra um gráfico fc x λ , cuja linha em traço cheio, denominada curva de flambagem representa a resistência de colunas reais. Peças Comprimidas Flambagem por flexão A linha tracejada representa o caso de colunas perfeitas (fcr) e a linha pontilhada refere-se a resistência à compressão fc do material em compressão.
Na curva de flambagem, vê-se três tipos de colunas:
• Colunas esbeltas (valor elevados de esbeltez) para as quais a flambagem ocorre em regime elástico e a resistência fc aproxima- se de fcr • Colunas de esbeltez intermediária, nas quais a influência das imperfeições geométricas e da não-linearidade física reduz a resistência. Peças Comprimidas Flambagem por flexão
No caso de colunas com outras condições de contorno que não
o caso fundamental de duas rótulas extremas, o gráfico visto anteriormente permanece válido com a introdução do comprimento de flambagem em substituição ao comprimento L da coluna. Observando o modo de flambagem de uma coluna com quaisquer condições de contorno, o comprimento de flambagem é definido como a distância entre dois pontos de inflexão. Nestes pontos, o momento fletor é nulo e o comprimento de flambagem fornece a equivalência ao caso fundamental. O comprimento de flambagem é dado em função do comprimento L: Peças Comprimidas Flambagem por flexão Peças Comprimidas Peças comprimidas de seção simples – compressão simples e flexocompressão
Em estruturas de madeira, devido à natureza deformável das
ligações, geralmente se despreza o efeito favorável de engastamento nas extremidades, tomando-se para comprimento de flambagem o próprio comprimento da coluna, exceção é feita aos casos de peça engastada e livre.
No caso de colunas de madeira com ligações intermediárias de
contraventamento, o comprimento de flambagem é tomado igual a distância L1 entre os pontos de ligação intermediária, desprezando-se o efeito favorável da continuidade da coluna. Peças Comprimidas Limites de esbeltez
Há interesse na fixação de limites superiores do índice de
esbeltez, para se evitar estruturas muitos flexíveis. A norma fixa um valor menor que 140. Do ponto de vista da resistência, o índice de esbeltez determina três tipos de coluna para os quais a NBR 7190 atribui os seguintes limites: Peças Comprimidas Peças Curtas
Para colunas curtas λ ≤ 40, não é preciso considerar a redução
da resistência à compressão devida ao processo de flambagem. A resistência da coluna curta é igual à resistência da seção mais solicitada, no caso de compressão simples:
A resistência das seções mais solicitadas de peças curtas
sujeitas à flexão composta reta é verificada no estado limite último com a seguinte expressão: Peças Comprimidas Peças Medianamente Esbeltas
Nas peças comprimidas medianamente esbeltas 40 < λ ≤ 80, a
resistência é afetada pela ocorrência de flambagem, incluindo os efeitos de imperfeições geométricas e da não-linearidade do material. Segundo a NBR 7190, o dimensionamento é feito para flexocompressão mesmo no caso de peça sujeita à compressão simples, como é usual em estruturas de concreto armado e protendido. Peças Comprimidas Peças Medianamente Esbeltas Peças Comprimidas Peças Esbeltas
Nas peças esbeltas 80 < λ ≤ 140, o dimensionamento é feito tal
como para peças medianamente esbeltas, porém com a inclusão do efeito de fluência na madeira nos deslocamentos laterais da coluna, o qual se traduz em acréscimo do momento de projeto Md. Acrescenta-se a excentricidade ec que representa o efeito de fluência na madeira. Peças Comprimidas Peças Esbeltas Peças Comprimidas Peças Esbeltas Peças Comprimidas Peças Esbeltas Peças Comprimidas Peças Esbeltas
Nas peças esbeltas 80 < λ ≤ 140, o dimensionamento é feito tal
como para peças medianamente esbeltas, porém com a inclusão do efeito de fluência na madeira nos deslocamentos laterais da coluna, o qual se traduz em acréscimo do momento de projeto Md. Acrescenta-se a excentricidade ec que representa o efeito de fluência na madeira. Peças Comprimidas Aplicação n° 1 Verificar se uma coluna de Ipê (15 x 15) com 2,0 metros de comprimento, é capaz de suportar uma carga de 184 kN de compressão. Dados: madeira serrada, classe 2 de umidade, classe de carregamento permanente, 2ª categoria; Peças Comprimidas Aplicação n° 2 No cimbramento do oleoduto abaixo, dimensionar os pilares 1- 4. Desprezar o peso próprio das vigas e considerar o peso do líquido como ação variável. Será utilizada madeira Classe C60 (dicotiledônea) de segunda categoria, classe 1 de umidade, com carregamento de longa duração e ação permanente de grande variabilidade. Peso do tubo = 1 kN/m Peso específico do líquido: 20 kN/m³ Considerar o pilar como sendo seção quadrada; Peças Comprimidas Aplicação n° 2 Peças Comprimidas Aplicação n° 2 No cimbramento do oleoduto abaixo, dimensionar os pilares 1- 4. Desprezar o peso próprio das vigas e considerar o peso do líquido como ação variável. Será utilizada madeira Classe C60 (dicotiledônea) de segunda categoria, classe 1 de umidade, com carregamento de longa duração e ação permanente de grande variabilidade. Peso do tubo = 1 kN/m Peso específico do líquido: 20 kN/m³ Considerar o pilar como sendo seção quadrada; Peças Comprimidas Aplicação n° 3 Um escoramento de madeira é formado por paus roliços eucalipto citriodora, colocados em pé, sendo contraventado nas duas direções. O comprimento de flambagem é tomado igual a 3,00 m, desprezando-se o efeito favorável da continuidade da coluna. A obra situa-se em local com grau de umidade relativa ambiente igual a 70%.
A carga por escora é 75 kN. Verificar se o diâmetro escolhido
de 18 cm é suficiente para atender a esta solicitação. Peças Comprimidas Aplicação n° 3 Peças Comprimidas Aplicação n° 4 Uma coluna de edifício tem o esquema estrutural mostrado na figura a seguir e recebe as cargas de cada andar com uma excentricidade e = 100 mm em função de detalhe de apoio das vigas. Com estas cargas, a coluna fica sujeita ao diagrama de momentos fletores mostrados na figura. No plano perpendicular ao ilustrado, a coluna está ligada a vigas de cada andar, porém as cargas oriundas destas vigas são desprezíveis. No nível de cada andar, o movimento horizontal é impedido pelo sistema de contraventamento da edificação. Verificar a segurança das colunas nas seguintes condições: Cargas permanentes de pequena variabilidade; N1g = N2g = 25 kN; N1q = N2q = 32 kN; N3g = 8 kN; N3q = 10 kN Classe 2 de umidade e pinho-do-paraná. Peças Comprimidas Aplicação n° 4 Obrigado!