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ESTRUTURAS DE MADEIRAS

Aula 13: Peças Fletidas – Flexão Simples


Vigas

Professor: Flávio Antônio Ferreira, M.Sc.


Curso: Engenharia Civil – 10º Período

João Monlevade, Outubro de 2015


AGENDA

- INTRODUÇÃO

- CRITÉRIO DE CÁLCULO

- VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE FLEXÃO SIMPLES

- FLAMBAGEM LATERAL

- EXERCÍCIOS
INTRODUÇÃO
As vigas, peças submetidas à flexão, estão sujeitas aos seguintes esforços:

- Tração Paralela às Fibras: st


- Compressão Paralela às Fibras: sc
- Na região, compressão normal às fibras: scn
- Na região de aplicação de cargas concentradas, cisalhamento paralelo às fibras: sv0
INTRODUÇÃO
As vigas altas e esbeltas podem sofrer flambagem lateral, um tipo de instabilidade na
qual a peça perde o equilíbrio no plano principal de flexão (plano vertical) e passa a
apresentar deslocamentos laterais e rotação de torção.
A ocorrência deste fenômeno reduz a capacidade resistente à flexão da peça. Essa
flambagem pode ser evitada provendo-se apoios intermediários de contenção lateral.
CRITÉRIOS DE CÁLCULO
No dimensionamento das vigas de madeira são utilizados dois critérios básicos:

- Limitações de Tensões: O problema da limitação de tensões em obras de madeira


é formulado pela teoria clássica da resistencia dos materiais, muito embora o material
não siga a Lei de Hooke.

- Limitação de Deformações: As limitações das deformações visam atender


requisitos estéticos, evitar danos a componentes acessórios e o conforto do usuário.

Item 9.2.1 da NBR7190/97:

Item 6.4.9 da NBR7190/97:


VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE FLEXÃO SIMPLES
TENSÃO NORMAL DE FLEXÃO TENSÃO NORMAL DE FLEXÃO
NO BORDO MAIS COMPRIMIDO NO BORDO MAIS TRACIONADO

M Rd  f c 0 d  Wc M Rd  f t 0d  Wc

I b  h3 b  h 2 I b  h3 b  h 2
Wc    Wc   
yc 12  h 6 yt 12  h 6
2 2

b  h2 b  h2
M Rd  f c 0d  M Rd  f t 0d 
6 6
VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE FLEXÃO SIMPLES
TENSÃO DE COMPRESSÃO TENSÃO DE CISALHAMENTO
NORMAL ÀS FIBRAS PARALELO ÀS FIBRAS
bI
VRd  f cnd  b  c VRd  f v 0d 
S
ONDE:
f cnd  0,25  f c 0d   n
I é o momento de inércia b  h3
ONDE: b e c são as dimensões da da seção, dado por: I
superfície de apoio onde introduz a reação 12
de apoio R.
S é o momento de estático b  h2
Ver an no item 7.2.7 da seção, dado por: S
da NBR-7190. 8
2
VRd   b  h  f v 0d
3
OBS.: As tensões cisalhantes atuam tanto na direção paralela
quanto na direção normal as fibras. Mas a resistência ao
cisalhamento normal as fibras é muito superior ao cisalhamento
paralelo as fibras e por isso na precisa ser verificado.
VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE FLEXÃO SIMPLES
REDUÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DEVIDO A
ENTALHES
Havendo entalhes no bordo tracionado da viga, como ilustrado abaixo, reduzindo a
altura da peça h para h’, a carga de cisalhamento atuante na peça deve ser
amplificada pela relação h/h’:
* h
VSd  VSd 
h'
A carga resistente ao cisalhamento deve ser calculada considerando h’:

2
VRd   b  h '  f v0d
3

Restrição: h’> 0,75h


VERIFICAÇÃO DAS TENSÕES DE FLEXÃO SIMPLES
REDUÇÃO DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DEVIDO A
ENTALHES
Para alturas h’ de secao entalhadas menores que 0,75h, mas sempre maiores que
0,50h, a NBR-7190 recomenda utilizar parafusos verticais conforme ilustrado, ou
adotar mísulas de grande comprimento, para evitar fendilhamento da viga. :
FLAMBAGEM LATERAL

Conforme exposto anteriormente, as


vigas esbeltas apresentam o
fenômeno de flambagem lateral, que
é uma forma de instabilidade
envolvendo flexão e torção.

O fenômeno de flambagem lateral


pode ser entendido a partir da
flambagem de flexão de uma peça
comprimida.

A parte superior fica comprimida e a


tendência é a flambagem em torno
do eixo de menor inércia.

Como a parte inferior está


estabilizada pelas tensões de tração,
o deslocamento u é dificultado e o
fenomeno se processa com torção f
da seção.
FLAMBAGEM LATERAL
VERIFICAÇÃO DA FLAMBAGEM LATERAL
Dispensa-se a verificação da flambagem lateral sempre que a relação de esbeltez a
seguir for satisfeita:
L1 Ec,ef

b  M  f cd
ONDE: L1 é o comprimento sem
travamento lateral.
32
M 
1

h b  
4
0,25   h b   0,63 1,4
Se a relação de esbeltez não for satisfeita, o
momento critico de flambagem é dado por::

M Rd  M cr   E  I y G  J
L1

h  b3 h  b3
Iy  J  0,21  b 4
12 3

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