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ISSN: 1414-9893
revista@pol.org.br
Conselho Federal de Psicologia
Brasil
Anotações Sobre a
Psicologia Jurídica
Notes On Forensic Psychology
Anotaciones sobre la
Psicología Forense
Leila Maria
Torraca de Brito
Universidade do
Estado do Rio de
Janeiro
Artigo
Resumo: O artigo traz considerações sobre a denominada Psicologia jurídica, área que, na atualidade, vem
gerando discussões em torno das distintas demandas que lhe são direcionadas. Visando a situar a Psicologia
jurídica na conjuntura dos cinquenta anos da profissão no Brasil, apresentam-se breves trechos de sua história
no âmbito nacional, algumas práticas desenvolvidas inicialmente por profissionais que optaram por atuar
nesse campo e as discussões que essas práticas suscitaram na seara do Direito da infância e da juventude,
do Direito de família e da execução penal. Por fim, discorre-se sobre o contexto que se descortina para a
Psicologia jurídica no terceiro milênio, apontando-se as tensões e as complexidades que persistem. Conclui-
se pela necessidade de uma postura de investigação ou de desconfiança, por parte dos psicólogos, não
em relação aos seus clientes, mas no que diz respeito às solicitações que lhes são encaminhadas, para que
assim possam construir, com ética, caminhos e práticas profissionais.
Palavras-chave: Psicologia jurídica. Processos legais. Problemas sociais. Atuação do psicólogo.
Abstract: The paper presents considerations about the so-called forensic psychology, area that at present
is generating discussions about the different demands directed to them. In order to situate the forensic
psychology at the juncture of the fiftieth anniversary of the profession in Brasil, the paper provides brief
excerpts of its story at the national level, some practices originally developed by professionals who have
chosen to work in this field and discussions that have been raised in the area of law of children and youth,
in family law and in criminal enforcement. Finally, it discusses the context that leads to forensic psychology
in the third millennium, pointing out the tensions and complexities that persist. It concludes by the need
for a research position, or of mistrust among psychologists not vis-à-vis their customers, but in respect of
which requests are forwarded, so they can build, with ethics, their paths and their professional practices.
Keywords: Forensic psychology. Legal processes. Social issues. Psychologist performance.
Resumen: El artículo trae consideraciones sobre la denominada Psicología jurídica, área que, en la actualidad,
viene generando discusiones en torno de las distintas demandas que le son direccionadas. Visando situar
la Psicología jurídica en la coyuntura de los cincuenta años de la profesión en el Brasil, se presentan breves
trechos de su historia en el ámbito nacional, algunas prácticas desarrol1adas inicialmente por profesionales
que optaron por actuar en ese campo y las discusiones que esas prácticas suscitaron en el ámbito del Derecho
de la infancia y de la juventud, del Derecho de familia y de la ejecución penal. Por fin, se discurre sobre el
contexto que se descortina para la Psicología jurídica en el tercer milenio, apuntándose las tensiones y las
complejidades que persisten. Se concluye por la necesidad de una postura de investigación o de desconfianza,
por parte de los psicólogos, no en relación a sus clientes, sino en lo que dice respecto a las solicitudes que
les son encaminadas, para que así puedan construir, con ética, caminos y prácticas profesionales.
Palabras clave: Psicología forense. Procesos legales. Problemas sociales. Actuación del psicólogo.
Embora alguns possam supor que a Psicologia Como se sabe, a criação da Psicologia como
jurídica se caracterize como uma nova ciência está diretamente relacionada à
fundação, por Wundt, do primeiro laboratório como para determinar a periculosidade dos
de Psicologia experimental, que ocorreu em delinquentes, encontram-se descritas em
1879, em Leipzig, Alemanha, e que serviu de diversos trechos dedicados ao tema no livro,
modelo para outros laboratórios em distintos que apresenta a Psicologia do testemunho
países. A visão positivista de ciência que como “um dos capítulos mais brilhantes da
vigorava na época incluía os experimentos Psicologia jurídica” (1945/1967, p. 159).
realizados em laboratórios bem como o uso
de métodos que se supunha semelhantes Ao mencionar o trabalho e a dedicação de
aos empregados pelas chamadas ciências da Mira y López (1896-1964), já naquela época,
natureza. à área da Psicologia jurídica, não se pode
desconsiderar o legado deixado por esse
No Brasil, a regulamentação do exercício psiquiatra espanhol, que, como comenta
profissional da Psicologia ocorreu em 1962, Jacó-Vilela (1999a), veio ao Brasil em 1945
não sendo por acaso que as grades curriculares para ministrar cursos, retornando em 1947,
dos cursos superiores que surgiam no a convite, para criar o Instituto de Seleção e
século passado seguissem esse mesmo viés Orientação Profissional (ISOP), da Fundação
positivista. Krüger (2009), ao narrar detalhes Getúlio Vargas.
a respeito da criação, em meados dos
anos 60, do Curso de Psicologia da então No livro em que Mira y López se dedica ao
denominada Universidade do Estado da estudo da Psicologia jurídica, evidencia-se
Guanabara (UEG), hoje Universidade do uma estreita relação desta com o Direito
Estado do Rio de Janeiro (UERJ), lembra penal, ligação que, segundo Jacó-Vilela
que uma das exigências do concurso de (1999b), foi responsável pelo interesse de
habilitação ao referido curso versava sobre Eliezer Schneider (1916-1998) pela área.
conhecimentos de matemática, na medida Considerado também um dos pioneiros
em que os alunos deveriam cursar diversas dessa matéria no Brasil, esse ilustre professor
disciplinas relacionadas à estatística, matéria esteve à frente da disciplina eletiva Psicologia
fundamental ao estudo da psicometria. jurídica, tanto no início do curso de Psicologia
oferecido pela Universidade do Estado do Rio
Nesse mesmo rumo sobre o que era de Janeiro como no curso da Universidade
considerado científico, seguia a Psicologia Federal do mesmo Estado. Aliás, segundo
jurídica. Mira y López, em sua conhecida informa a citada autora, esse pesquisador
obra denominada Manual de Psicologia sempre procurou inserir a disciplina na grade
Jurídica, já advertia, ao abordar no início curricular dos cursos de Psicologia nos quais
do livro o “estado atual da Psicologia como lecionava. Advogado por formação, Schneider
ciência”, que a Psicologia “é uma ciência que, não chegou a exercer a profissão, todavia,
pelo menos, oferece as mesmas garantias seus estudos sobre o Direito – especialmente
de seriedade e eficiência que as restantes o Direito penal – despertaram seu interesse
disciplinas biológicas” (1945/1967, p. 7). pela Psicologia.
Os dados matematicamente comprováveis,
aferidos por meio de testes e traduzidos A personalidade do criminoso, o papel
da punição, a influência do sistema penal
em percentis, também são exaltados na
na recuperação, ou não, da delinquência,
publicação desse autor, junto aos critérios esses são os temas de seu interesse. Não
de objetividade e de neutralidade científica a formalidade da lei, mas seus efeitos na
que deveriam nortear trabalhos e pesquisas. constituição do indivíduo (1999b, p.332)
Provas ou técnicas para aferir e obter a
máxima sinceridade dos testemunhos, bem
Foi na UERJ, porém, que esse professor, Nesse mesmo Estado, prossegue Bernardi, em
em 1971, assumiu o cargo de diretor do 1993, houve a eleição e a posse da primeira
então Instituto de Psicologia e Comunição diretoria da Associação dos Assistentes Sociais
Social, quando o curso de Psicologia foi e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado
desmembrado do Instituto de Biologia de São Paulo (AASPTJ-SP), associação que
(Krüger, 2009). Como se pode recordar, continua representando os interesses dessas
essa aproximação com as ciências biológicas categorias junto ao tribunal paulista.
creditava um caráter científico à Psicologia.
Naquela mesma universidade, em 1986, Em Minas Gerais, o primeiro concurso para o
teve início a primeira turma do Curso de cargo junto ao Tribunal de Justiça ocorreu em
Especialização em Psicologia Jurídica, projeto 1992 (Barros, 2001), sendo que, no Estado
que contou com a fundamental participação do Rio de Janeiro, só em 1998 foi efetuado o
de Schneider. O curso em questão, desde certame (Coimbra, 2002). Antes disso, porém,
aquela época, mantém-se como uma diversos psicólogos já atuavam no Judiciário
referência na área. carioca, existindo, inclusive, os chamados
Setores de Psicologia, principalmente nas
Apontamentos sobre as Varas da Infância e da Juventude. Nesses
setores, os profissionais ou eram cedidos
práticas iniciais
por outras instituições ou se encontravam
no chamado desvio de função. Teixeira
No Brasil, os primeiros trabalhos realizados
e Belém, ao abordarem o surgimento do
por psicólogos junto ao Judiciário seguiram
o caminho anteriormente trilhado pelos Núcleo de Psicologia do Juizado da Infância
médicos na elaboração de perícias. Com e da Juventude do Rio de Janeiro, afirmam
diagnósticos no campo da psicopatologia, que essa foi iniciativa individual de um juiz,
cabia ao profissional fornecer um parecer que criou o referido núcleo em 1992, e
técnico-científico visando a fundamentar para onde foram designadas oito psicólogas,
as decisões dos magistrados. Nesse sentido, “chegando posteriormente a um total de
esses psicólogos não eram servidores do dezenove na composição da equipe” (1999,
Judiciário, mas profissionais indicados p.60). Todavia, é possível recordar que, nesse
como peritos pelos magistrados, visando à mesmo Juízo, no final dos anos 70, ou seja,
realização de diagnósticos psicológicos. na vigência do Código de Menores de 1927
e, posteriormente, do Código de Menores
Nos anos 80, tem-se notícia da criação do de 1979, havia o denominado Serviço de
cargo de psicólogo junto ao Poder Judiciário Liberdade Assistida (SLA), composto por
do Estado de São Paulo. Como aponta psicólogos voluntários e por aqueles cedidos
Bernardi, por outras instituições.
têm um trabalho efetivo e uma contribuição social, quando se tratar de condenado à pena
técnica e científica presente e reconhecida” privativa da liberdade.
(p. 59). Já Teixeira (1993), então diretora do
Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Quanto às atribuições dessa comissão, o artigo
do Rio de Janeiro, reconhecia que a luta para 6º da mesma lei dispunha:
se estabelecer o cargo junto ao Judiciário
na época era recente, despontando a partir Art. 6º A classificação será feita por Comissão
Técnica de Classificação, que elaborará o
da vigência do Estatuto de Criança e do programa individualizador e acompanhará a
Adolescente. execução das penas privativas de liberdade
e restritivas de direitos, devendo propor,
Nos idos de 1990, percebe-se que as à autoridade competente, as progressões
e regressões dos regimes, bem como as
discussões abarcavam não só as possibilidades conversões.
de criação de vagas para o cargo de psicólogo
junto ao Judiciário como também incluíam a Tais incumbências já sofriam críticas naquela
atuação profissional, que, para muitos, como época, pois muitos psicólogos alegavam
Miranda Júnior (1998), Bernardi (1999) e que não seria de competência da categoria
Brito (1993), dentre tantos outros autores, propor regressões ou progressões de regime
não deveria ser reduzida à realização de para os detentos. Além disso, os critérios que
perícias. Esse mesmo debate foi evidenciado norteavam tais avaliações –quase sempre
em diversos eventos acadêmicos, não centrados no grau de periculosidade que
podendo ficar de fora, certamente, do o preso ainda apresentasse –também eram
contexto que envolveu o III Congresso Ibero- motivo de contundentes reprovações, como
americano de Psicologia Jurídica, realizado expôs Rauter:
em São Paulo, em 1999. Naquele evento
acadêmico, Saunier questionava A defesa e a manutenção da ordem
institucional é o princípio a partir do qual é
¿Y cuál es en este entramado el posible interpretado o comportamento do preso, na
lugar del psicólogo?; ¿y cuál su función? situação do exame. As tentativas de oposição,
Resulta claro que el mayor de los riesgos as manifestações de indisciplina são vistas
para el psicólogo es el de establecerse como como indícios de não recuperação ou de
‘auxiliar’ sustentando un discurso jurídico distúrbio mental. A colaboração, o respeito
que lo asimila y lo borra con el solo fin de às normas e à hierarquia institucional,
sim, constituem sinais de normalidade e
dictaminar lo ‘verdadero’ (1999, p.324)
regeneração (1989, p.17)
nas Fundações Estaduais de Bem-Estar do justa preocupação do CFP com os rumos dos
Menor (FEBEM) de algumas localidades. Os trabalhos desenvolvidos deriva, também, do
laudos confeccionados sobre os internos grande número de representações – junto às
também eram motivo de severas críticas comissões de ética dos Conselhos Regionais
devido, notadamente, aos critérios utilizados de Psicologia – contra psicólogos que
para aferir a reabilitação, ou não, dos que se executam trabalhos direcionados ao sistema
encontravam institucionalizados. Violante, ao de Justiça (Conte, 2006). Tal fato certamente
se referir à pesquisa empreendida na FEBEM contribuiu para que, nos últimos tempos,
de São Paulo, nomeou as normas vigentes na esse Conselho de classe realizasse diversos
instituição de “estratégias de adestramento” eventos sobre os temas afetos a esse campo
(1984, p. 96), mostrando que a reabilitação bem como organizasse diversas publicações.
dos internos era avaliada a partir do que se
considerava como a “incorporação adequada Destaca-se, contudo, que o CFP vem usando
do sistema educacional” (1984, p.106) de a designação psicologia na interface com a
cada unidade de internação. A autora não Justiça, a partir do entendimento de que essa
percebia qualquer questionamento, por expressão incluiria não só os profissionais
parte da equipe, a respeito do que estava lotados nos tribunais mas também os que
sendo oferecido a esses jovens ou sobre as executam trabalhos que são encaminhados
condições em que se dava essa internação. ao sistema de Justiça, ou seja, psicólogos
que não possuem vínculo empregatício com
Na seara do Direito de família, inicialmente, o Poder Judiciário. Inserem-se aí, portanto,
as atividades dos psicólogos dividiam-se trabalhos realizados por aqueles que atuam
entre as demandas para atuação como perito em consultórios clínicos e os que compõem
ou como assistente técnico, sem vínculo equipes de outras instituições, convidados
empregatício com o Poder Judiciário. Como ou solicitados a emitir pareceres que serão
relatam Ramos e Shaine (1994), o primeiro anexados aos autos processuais. Nesse
concurso para o cargo de psicólogo do último grupo, pode-se listar, por exemplo,
Tribunal de Justiça de São Paulo visava ao os psicólogos que exercem sua prática
trabalho na Vara da Infância e da Juventude, profissional em unidades que executam
sendo, eventualmente, estendido às Varas medidas socioeducativas, em penitenciárias,
de Família. Anos mais tarde é que foram em Conselhos Tutelares, em CREAS e
organizados os núcleos que passaram a em ONGs, entre outros. Tais explicações
assessorar essas últimas Varas. também se encontram presentes em algumas
indicações para atuação de profissionais,
O contexto da Psicologia elaboradas pelo Centro de Referência
jurídica nacional no terceiro Técnica em Psicologia e Políticas Públicas
(Crepop), como as dispostas nas Referências
milênio
Técnicas para Atuação do Psicólogo em Varas
de Família (2010).
Atualmente, após os Tribunais de Justiça
de vários Estados brasileiros terem criado
Apesar da atual compreensão sobre a
o cargo de psicólogo, havendo diversos
abrangência desse campo e do considerável
profissionais que atuam principalmente com
número de profissionais que nele atuam,
questões relacionadas ao Direito da infância
muitas vezes se percebe que o psicólogo
e da juventude e ao Direito de família, o
jurídico, ao iniciar seu trabalho, não dispõe
Conselho Federal de Psicologia (CFP) tem
de conhecimentos acerca das peculiaridades
dedicado especial atenção a essa área. A
que envolvem essa prática junto ao sistema
de Justiça, além de não possuir muita noção Destaca- se, todavia, que, apesar de
de suas reais atribuições. Nesse contexto atualmente alguns Tribunais do País alocarem
de trabalho, os profissionais são chamados psicólogos que integram seus quadros na
a responder a problemáticas que lhes função de analista judiciário, esse fato não
parecem, e na verdade o são, inéditas. Em os exime da obrigação de seguir os preceitos
meio aos processos em que constam as éticos da categoria profissional. Mesmo sob
designações para atuação do profissional, o enquadre funcional de analista judiciário,
ou de membro da equipe de Psicologia, os profissionais continuam respondendo,
despontam expressões e termos por vezes atuando e assinando documentos como
desconhecidos dos psicólogos, alheios a sua psicólogos, além de integrarem serviços
bagagem teórica, fato que requer, portanto, de Psicologia. Nesses casos, sempre que o
amplo questionamento a respeito do que profissional estiver desenvolvendo trabalhos
lhes cabe realizar. Nessa teia de vocábulos nessa qualidade, é mister seguir o código de
e argumentações próprias de outra área de ética da sua profissão. Dessa forma, não há
conhecimento, cabe ao psicólogo delimitar, motivo para supor que, junto ao sistema de
discernir qual a temática que lhe diz respeito, Justiça, o psicólogo estaria desobrigado de
evitando apropriar-se da demanda que lhe manter o sigilo profissional. Nessas situações,
chega a partir de nomenclaturas diversas. cabe recordar que o Código dispõe, na
Entende-se que o profissional não deve alínea b do artigo 6º, que o psicólogo, no
se ater à tipificação legal do caso, mas relacionamento com profissionais de outras
procurar identificar, no âmbito dos estudos áreas de conhecimento, “compartilhará
empreendidos pelas ciências humanas, com somente informações relevantes para
quais temas pode contribuir. As inúmeras qualificar o serviço prestado, resguardando
possibilidades que levam o profissional a o caráter confidencial das comunicações,
encaminhar os resultados de seus trabalhos assinalando a responsabilidade, de quem as
ao sistema de Justiça apontam, inicialmente, receber, de preservar o sigilo” (2005, p.12).
a importância de o psicólogo ter clareza do
papel que está desempenhando em cada No que se refere às formas de intervenção,
contexto. Seria o de assistente técnico de certamente devem estar de acordo com
uma das partes do processo? Um perito os estudos e as práticas reconhecidas pela
designado pelo juízo? Psicólogo de equipe Psicologia, como indica, por exemplo, a
interdisciplinar de alguma instituição? Seria Resolução n° 007/2003, do CFP, que institui
o de terapeuta daquele paciente? Como o Manual de Elaboração de Documentos
argumenta Urra Portillo: “un verdadero Escritos. Nesse sentido, não se pode deixar
problema se genera cuando se confunden de mencionar que a confecção de pareceres
los papeles de terapeuta y perito (...) (2010, nessa área também vem sendo intensamente
p. 96).” Cabe ressaltar, assim, que é a partir debatida, havendo recomendação de que
do claro entendimento da incumbência que os profissionais, na elaboração de tais
lhe cabe que o psicólogo poderá ter ciência documentos,
dos limites e dos propósitos de sua atuação,
transmitindo também tais informações a seu devem se basear exclusivamente nos
cliente. Pode-se recordar que o Código de instrumentais técnicos (entrevistas, testes,
observações, dinâmicas de grupo, escuta,
Ética dos Psicólogos (2005, p.8) indica, na intervenções verbais) que se configuram como
alínea f do artigo 1°, que se deve fornecer métodos e técnicas psicológicas para a coleta de
ao cliente “informações concernentes ao dados, estudos e interpretações de informações
a respeito da pessoa ou grupo atendidos (...)
trabalho a ser realizado e ao seu objetivo
(Resolução CFP n° 007/2003, p.4)
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