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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE GEOLOGIA

FÁCIES, ASSOCIAÇÕES DE FÁCIES,


SISTEMAS DEPOSICIONAIS,
CONTROLES DEPOSICONAIS DE SEQ.
SEDIMENTARES

Prof. Dr. Rogerio Roque Rubert


Fácies: É uma camada com características próprias que a diferem das
camadas adjacentes e que reflete um determinado processo
deposicional.

Geometria, Tipo de contato, Litologia, Textura, Cor, Conteúdo fossilifero


Estruturas, Paleocorrente
Fácies  Processo Deposicional

Fluxo gravitacional (corrente de turbidez/fluxo de detritos)

Aquoso (correntes ou ondas)

Aéreo (eólico)

Transporte e Abrasão (gelo)


Associação de Fácies: grupos de fácies geneticamente
relacionadas que apresentem algum significado sobre o meio
(Collinson, 1969).

• Natureza e geometria das superfícies limítrofes (erosional


ou gradacional), planar, irregular curva (côncava ou
convexa).

• Geometria externa: lençóis, sigmóides, lentes, cunhas,


preenchimentos de canais, etc...

• Escala: espessura, extensão lateral paralela ou


perpendicular ao fluxo.

• Geometria interna, sequência vertical das fácies

• Superfícies de erosão internas e sua orientação direção do


paleo fluxo, Relações fácies x sup. Internas
Sistema Deposicional

É uma assembleia tridimensional de fácies geneticamente


relacionadas. É formado pela integração das fácies que
secdepositaram em ambientes e sedimentação geneticamente
relacionados.

Ex:
Ambiente “A” : Assoc. de Fácies de Planície de inundação +
Ambiente “B”: Assoc. de Fácies de Canal Fluvial = Sistema
Deposicional Fluvial.
Sistema Deposicional
Fluvial
Divisão dos Sistemas Deposicionais segundo Selley (1970):

Continental: fanglomerado/aluvial
fluvial
lacustre
eólico
glacial

Costeiro: lagunar/praial
estuarino
deltaico
maré

Marinho: recife
plataformal(carbonático/clástico)
turbiditico/talude
pelágico
Tratos de Sistema: “Resposta de um grupo de sistemas
deposicionais ao espaço disponível para a sedimentação
na bacia.”

Trato de sistemas de mar baixo

Trato de sistemas transgressivo

Trato de sistemas de mar alto


Espaço de acomodação
Transgressão x Regressão
Tratos de Sistema: “Resposta de um grupo de sistemas
deposicionais ao espaço disponível para a sedimentação
na bacia.”

Trato de sistemas de mar baixo

Trato de sistemas transgressivo

Trato de sistemas de mar alto


Seqüência Deposicional:

Sucessão relativamente conformada de estratos geneticamente


relacionados limitada no topo e na base por uma superfície de
discordância e suas corelatas: composta por uma sucessão de tratos
de sistemas relacionados a variação do nível do mar (Posamentier
et al, 1988).
EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE SEQÜÊNCIA
Hutton (1788) “Conjuntos de estratos de idades distintas separados
por lacunas no registro estratigráfico” Discordâncias
separando ciclos de soerguimento erosão e deposição. Muitos
gêneros e famílias desaparecem acima destas superfícies.

Sedgwick & Murchison (1833) Estabelecimento da


subvivisão do Paleozóico utilizando discordâncias como limites
físicos para separar conjuntos rochosos distintos litológica e
paleontologicamente.

Sloss et al. (1949) “Seqüências” Sucessões de estratos


limitadas por discordâncias em seu topo e base.

Sloss (1963) “Seqüência” Unidade litoestratigráfica de


hierarquia maior que grupo, megagrupo um supergrupo, rastreada
por extensas áreas de um continente e limitada por discordâncias
inter-regionais
SISMOESTRATIGRAFIA
Estudo da Estratigrafia utilizando dados sísmicos

SEQÜÊNCIA DEPOSICIONAL
Unidade estratigráfica composta por uma sucessão de estratos
concordantes geneticamente relacionados, limitada por discordâncias
ou suas concordâncias relativas. Pode envolver uma ou mais
formações litoestratigráficas.

SISMOSEQÜÊNCIA OU SEQÜÊNCIA SÍSMICA


Seqüência deposicional identificada em uma seção sísmica

DISCORDÂNCIA
Superfície de erosão ou não deposição que separa estratos mais
jovens dos mais velhos e representa um hiato significativo. Hiato é o
esopaço de tempo geológico não representado por estratos devido à
erosão ou não deposição
Transgressão Marinha: avanço da linha de costa em direção
ao continente = subida relativa do nível do mar.

Regressão Marinha: avanço da linha costa em direção ao


centro da bacia = queda no nivel relativo do mar

Progradação: padrão de empilhamento do sedimento em


direção ao centro da bacia

Retrogradação: padrão de empilhamento dos sedimentos em


direção ao continente
Padrões de empilhamento progradacional, retrogradacional e
agradacional
Regressão Normal: o avanço da linha de costa em direção ao
depocentro se dá pela progressiva acumulação de sedimento em
direção ao centro da bacia.

Regressão Forçada: o avanço da linha de costa em direção ao


depocentro se dá pela rápida queda no nivel relativo do mar pela
ação da tectônica e eustasia
Transgressão Marinha
Regressão Marinha
Sequencia deposicional

HST = Trato de sistemas de mar alto (progradacional)


msf = Superfície de inundação máxima (seção condensada)

TST = Trato de sistemas transgressivo (retrogradacional)


SB = Limite de seqüência (discordância ou concordância relativa)
SMW = Cunha de margem de plataforma

]LST = Trato de sistemas de mar baixo (turbiditos de leques submarinos)


bf = Leque de assoalho de bacia
sf – Leque de talude
lsw = cunha de mar baixo (deltas de mar baixo)
Sequencia deposicional – Sequencia Sismica
Terminações em onlap, (transgressão) , downlap (progradação) e

concordância das reflexões sísmicas

30km

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