Você está na página 1de 30

Universidade Federal de Alagoas - UFAL

Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio


Ambiente - IGDEMA
Curso de Geografia – Lic. e Bacharelado
Disciplina: Climatologia
UFAL

Circulação Geral da Atmosfera

Prof. Dr. Jório B. Cabral Júnior


ISÓBARAS E SUPERFÍCIES ISOBÁRICAS

 As isóbaras são representadas com um plano de referência  em geral ao


NMM  forma às superfícies isobáricas;

 Além das cartas de superfície, são confeccionadas as de altitudes (a


diferentes níveis da atmosfera);

 Centros fechados de Alta Pressão Atmosférica são indicados  pela letra A;


enquanto que os centros de Baixa são indicados  pela letra B;

 Para os ventos predominantes à superfície são indicados por setas;


ISÓBARAS E SUPERFÍCIES ISOBÁRICAS

Distribuição média temporal da pressão (hPa) ao nível médio do mar.


Fonte:M. A. Varejão-Silva (2006)
 As posições dos centros ciclônico e anticiclônico  alternam-se em
função da época do ano  devido à variação térmica no globo;

 Assim, as áreas continentais  por exemplo  devido a grande amplitude


térmica  podem alterar a intensidade e a posição desses centros;
MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS

 Os movimentos atmosféricos  diferentes escalas de espaço e de tempo


 envolvem transformações de energia;

 A atmosfera se movimenta em resposta a uma diferença de PA entre dois


pontos (locais)  só há movimento se houver uma diferença de pressão;

 Essa diferença é atribuída  à incidência e/ou pela absorção da irradiância


solar  de forma distinta na Terra;

 O ar sendo um fluido  expansão e/ou a contração de um determinado


volume  devido ao aumento ou a diminuição da temperatura;

 Ar mais aquecido é menos denso  tende a subir;  menor peso/força


vertical por área  ou seja  menor pressão atmosférica (Baixa PA);
MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS

 Nas proximidades da faixa equatorial a pressão atmosférica será sempre


mais baixa  que as regiões dos Polos;

 Isso se deve ao motivo de que, na superfície, às massas de ar frias (alta


pressão) sempre avançam para as regiões mais aquecidas (baixa pressão);

 Em altitude  célula de circulação oposta àquela que ocorre à superfície 


esse movimento redistribui a energia que “sobra” no Equador enviando-a para
as latitudes maiores;

 De uma forma simplificada, deduz-se que uma parcela de ar (volume de


controle) está sujeito a dois tipos de forças:  primárias e secundárias;

 As configurações isobáricas com destaque para os centros ciclônico (B) e


anticiclônico (A)  construídos com isóbaras regularmente espaçadas 
circulações horizontal e vertical  hemisférios Norte e Sul  através de
croqui;
• Forças primárias: São aquelas que atuam
numa parcela de ar em qualquer situação
(repouso ou movimento)

Força do Gradiente Força da Flutuação


Força da Gravidade Térmica
Horizontal de Pressão
• Forças secundárias: São aquelas que
atuam numa parcela de ar quando há
movimento.

Força do atrito

Força de Coriolís
Hemisfério Norte Hemisfério Norte

Hemisfério Sul
Hemisfério Sul

Croqui de um centro anticiclônico, com sentidos da circulação Croqui de um centro ciclônico, com sentidos da circulação
horizontal e vertical, para os hemisférios Norte e Sul. horizontal e vertical, para os hemisférios Norte e Sul.
Fonte: Varejão-Silva, 2006. Fonte: Varejão-Silva, 2006.
Efeito predominante que ocorrem em centros de A e B Pressão
Redemoinho na Chapada Diamantina
Ciclone Catarina - 2004
Ciclone Catarina

1 500 residências destruídas;

40 mil casas danificadas;

1,2 bilhões de reais de prejuízo;

Mais de 14 municípios
decretaram estado de
calamidade pública;

11 mortos e 518 feridos.


Furacão Catarina – 176 km/h – 28/mar/2004.
Furacão Florence

Furacão Florence – categoria 5 –


14/set/2018.

Furacão Florence – categoria 5


– 14/set/2018.
Circulação Geral da Atmosfera e ventos predominantes

 Na atmosfera terrestre  ocorre movimento (tridimensional)  em


diferentes escalas de espaço e tempo;

 Em todas elas envolvem transformações de energia  interna, potencial e


cinética;

 A circulação geral na troposfera  aquecimento diferencial da superfície do


solo;

 A caracterização dos aspectos predominantes torna-se complexa porque à


superfície do globo terrestre é muito heterogênea  cobertura e tipo do solo,
ondulações do relevo, superfícies continentais e oceânicas, etc;

 As desigualdades nas distribuições espacial e temporal da irradiância solar


à superfície da Terra originam fluxos de energia das regiões mais frias (maior
PA) para as mais quentes (menor PA);
Circulação Geral da Atmosfera e ventos predominantes

 O primeiro ensaio da circulação da atmosfera, numa escala espacial mais


ampla, foi creditado a G. Hadley, em 1735  restrito aos Trópicos;

 O Hadley acreditava na existência de duas grandes células de circulação


 uma em cada hemisfério  zona tropical  chamado de ventos Alísios;

 O professor William Ferrel, em 1856  descobriu que há três células de


circulação  para cada hemisfério  também nas zonas de latitudes médias e
circumpolares  introduziu, ainda;

 Na região Tropical  além da circulação meridional  células de Hadley 


existe outra circulação zonal em larga escala  células de Walker, 1932

 A célula de circulação é dita de Hadley  quando ocorre no sentido Norte-


Sul  e de Walker  quando se faz no sentido Leste-Oeste  ocorrem
simultaneamente;
Circulação Geral da Atmosfera e ventos predominantes

  na distribuição de energia Espaço e Tempo

Qual é o modelo de circulação?

Baseado na PA  Alternância de centros de Ae B

 Localizados em faixas latitudinais simétricas

Qual é a predominância dos Centros de Alta e Baixa PA?

 0o B

  30 N ou S A  Qual é o modelo de
B circulação?
 60 o N ou S

 90 N ou S A
Circulação Geral da Atmosfera se não houvesse a Rotação da Terra
Modelo conceitual da circulação geral da atmosfera

Na região Tropical:
Célula de Hadley  circulação meridional  N/S
Célula de Walker  circulação zonal  E/W
Modelo conceitual versus observado da circulação geral da atmosfera

Considerando a rotação da terra (a) e um aquecimento não uniforme (b)


Variação da ZCIT com a época
do ano

 Climatologicamente a ZCIT migra sazonalmente de sua posição mais ao norte ~ 14°N (ASO);
 Para posições mais ao sul, aproximadamente 5°S (FMA);
 Esse deslocamento relaciona-se aos padrões de energia e da Temperatura da Superfície do
Mar (TSM).

23
ITCZ

Carta sinótica de superfície, com destaques para os centros de baixa (B) e


alta (A) pressão e as frentes fria (azul) e quente (vermelho)
FONTE – CPTEC/INPE
Alta subtropical (semipermanente)
No HS
• Atacama;
• Namibia e Kalahari;
• Deserto da Austrália;
No HN:
• Saara;
L
Anticiclones
Semipermanentes • Sonora;
• Etc...
Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS)
Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN)
Distúrbios Ondulatórios de Leste (DOL)
Fim!!

Você também pode gostar