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FUNDAMENTAIS
PEMBROKE COLLINS
CONSELHO EDITORIAL
DIREITOS HUMANOS
JURIDICIDADE E EFETIVIDADE
PERSPECTIVAS DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
G RU PO M U LT I FO CO
Rio de Janeiro, 2019
PEMBROKE COLLINS
Rio de Janeiro, 2021
Copyright © 2021 Arthur Bezerra de Souza Junior, Lucas Manoel da Silva Cabral, Maurício Pires Guedes,
Robert Segal (org.)
DIREITOS RESERVADOS A
PEMBROKE COLLINS
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FINANCIAMENTO
Este livro foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, pelo
Conselho Internacional de Altos Estudos em Direito (CAED-Jus), pelo Conselho Internacional de Altos
Estudos em Educação (CAEduca) e pela Pembroke Collins.
Todas as obras são submetidas ao processo de peer view em formato double blind pela Editora e, no caso
de Coletânea, também pelos Organizadores.
P467
734 p.
ISBN 978-65-87489-93-3
CDD 342.7
ARTIGOS 17
RESUMOS 677
13
João Mendes (Universidade de Coimbra, Portugal)
Jose Buzanello (Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro, Brasil)
Klever Filpo (Universidade Católica de Petrópolis,
Brasil)
Luciana Souza (Faculdade Milton Campos, Brasil)
Marcello Mello (Universidade Federal Fluminense, Brasil)
Maria do Carmo Rebouças dos (Universidade Federal do Sul da Bahia,
Santos Brasil)
Nikolas Rose (King’s College London, Reino Unido)
Oton Vasconcelos (Universidade de Pernambuco, Brasil)
Paula Arévalo Mutiz (Fundación Universitária Los Libertadores,
Colômbia)
Pedro Ivo Sousa (Universidade Federal do Espírito Santo,
Brasil)
Santiago Polop (Universidad Nacional de Río Cuarto,
Argentina)
Siddharta Legale (Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Brasil)
Saul Tourinho Leal (Instituto Brasiliense de Direito Público,
Brasil)
Sergio Salles (Universidade Católica de Petrópolis,
Brasil)
Susanna Pozzolo (Università degli Studi di Brescia, Itália)
Thiago Pereira (Centro Universitário Lassale, Brasil)
Tiago Gagliano (Pontifícia Universidade Católica do
Paraná, Brasil)
Walkyria Chagas da Silva Santos (Universidade de Brasília, Brasil)
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APRESENTAÇÃO - SOBRE O CAED-Jus
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ARTIGOS
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O DIREITO FUNDAMENTAL A
EDUCAÇÃO PARA O SÉCULO XXI
Helíssia Coimbra de Souza1
1. INTRODUÇÃO
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pelo envolvimento motivador de todos os setores, que para além das suas
atuações específicas, juntos tornam-se agentes da transformação. O Rio
de Janeiro, pela localização promissora e impacto a nível transnacional,
fora o estado piloto no projeto de levar educação pública de qualidade a
partir da integração entre as zonas periféricas e os centros urbanos, que,
além do aumento nos índices de presenteísmo e qualificação educativa
dos estudantes conforme o estágio em que estes se encontram, promoveu
melhoras nas relações interpessoais, marcadas estas por diálogos pacíficos
e direcionados a urbanização do futuro, que educa a todos para não ve-
rem as cidades nas arquiteturas materiais, mas como locais de encontros
e partilhas dos interesses comuns ao bem-estar dos indivíduos, ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado para todas as gerações.
O Brasil em seu potencial de pluralismo e ascensão no cenário inter-
nacional, através da governança aberta com foco em resultados, concretiza
o direito a educação de modo integrativo entre os setores, engajando os
investimentos orçamentários e consequentes as doações para expandir o
acesso ao ensino em todos os níveis. A educação superior através dos pro-
gramas de facilitação no pagamento, passando pelas estratégias de inclusão
interpessoal, reafirmam o compromisso do estado em elevar o ânimo de
constituição por meio das boas práticas de ensino e aprendizagem, ali-
nhando as bases humanísticas com as inteligências artificiais, harmonizan-
do as relações entre as classes que formam as comunidades pelo interesse
maior de uma nação sólida e operante. Ainda que os contrastes históricos
sejam grandiosos desafios, modelos locais de cidadania e metodologias pe-
dagógicas aclaram a cooperação positivada na Carta Magna de 1988, as
leis complementares ao direito a educação são reavivadas diariamente pela
sensibilidade humana de crescimento e contribuição no sentido dos estu-
dos para a felicidade e completude dos indivíduos em suas necessidades.
5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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OS DIREITOS FUNDAMENTAIS DOS
IDOSOS NO BRASIL
Igor Gouveia de Andrade2
INTRODUÇÃO
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Nota-se, à luz desse dispositivo, que o ideal não é somente aos direi-
tos de segurança, moradia e convívio familiar, mas respeitar a proteção
econômica e a autonomia pessoal do idoso de forma a evitar o isolamento
e a marginalização social.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A CURATELA E A TOMADA
DE DECISÃO APOIADA
COMO GARANTIAS CIVIS
CONSTITUCIONAIS
Maria Clara Chaves Assunção3
1. INTRODUÇÃO
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vozes propalarem até mesmo o seu fim. Este artigo se propõe a defendê-la
como instrumento de proteção - que é - dos direitos fundamentais de
quem dela necessite.
O termo deficiência é carregado de historicidade4, pois a cada estágio
de desenvolvimento sociocultural o tema é encarado de modo distinto.
Atualmente, o conceito de deficiência está contido no art. 2º da Lei
13.146/2015, da seguinte forma: se considera pessoa com deficiência
aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade
de condições com as demais pessoas.
A capacidade civil de uma pessoa não está condicionada à deficiência,
porém, há casos em que o impedimento mental ou intelectual compro-
mete o livre discernimento do indivíduo, afetando a funcionalidade das
atividades de vida diária.
A falta de autogoverno, neste caso, poderá em maior, ou menor me-
dida, torná-lo incapaz para certos atos ou à maneira de exercê-los. Ativi-
dades menos complexas afetam a autonomia para o exercício de direitos
extrapatrimoniais - um ângulo da capacidade civil.
De modo que o imperativo da lei civil não é suficiente para determi-
nar, na realidade, a preservação de faculdades cognitivas necessárias para
a prática segura de atos (decisões para a administração dos bens ou de sua
pessoa) em medida razoável para a boa manutenção da vida e das coisas.
Neste sentido, a escolha pela interdição ou pela tomada de decisão
apoiada terá de ser pensada pelos legitimados, ou mesmo pelo próprio
indivíduo, de acordo com a situação pessoal de cada caso, pautando-se no
seu maior interesse e na proteção de sua dignidade.
A decretação da incapacidade absoluta em certos casos poderá ser a
providência mais adequada, sem embargo da lei civil categorizar como
relativamente capazes as pessoas com deficiência intelectual, por uma sim-
ples razão: proteção.
4 CUNHA, Antonio Renato Cardoso da Cunha, ASSUNÇÃO, Maria Clara Chaves. O Projeto
de Acessibilidade Jurídica como Instrumento de Garantia da Dignidade da Pessoa Humana.
Disponível em: <www.conpedi.org.br> em publicações. IV Congresso Nacional da FEPODI.
O artigo contém breve relato histórico sobre o movimento político das pessoas com defi-
ciência no Brasil.
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Acontece que este artigo não está certo. Este dispositivo engessa
a interdição parcial. De fato, nada impede que, na interdição par-
cial, as restrições recaiam sobre situações existenciais e não sobre
as patrimoniais. Um indivíduo pode não estar apto a cuidar de seus
assuntos patrimoniais.
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Desse modo, sempre que a lei não contiver uma determinação es-
pecífica e suficiente para a proteção da parte mais fraca da rela-
ção contratual, nos casos onde nitidamente falta uma igualdade de
forças na relação, a aplicação das cláusulas gerais jurídico-privadas
por meio dos tribunais civis ganha espaço por meio de uma eficá-
cia indireta dos direitos fundamentais. Isso garante a efetivação da
autonomia privada, bem como da liberdade contratual, com a fi-
nalidade de evitar o abuso pela desigualdade de poder. Nessa pers-
pectiva, o princípio da proporcionalidade detém uma importante
função para a concretização das cláusulas gerais, sobretudo no que
diz respeito à boa-fé. (DUQUE, 2013, p.274)
4. CONCLUSÃO
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5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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LÔBO. Paulo. Com Avanço Legal Pessoas com Deficiência Mental não
são mais Incapazes. Consultor Jurídico, 2015. Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/2015-ago-16/processo-familiar-avan-
cos-pessoas-deficiencia-mental-nao-sao-incapazes>. Acesso em:
29/09/2016
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AVALIAÇÃO DAS NOVAS
PERSPECTIVAS DA GESTÃO
SOCIAL NO ESTADO DA PARAÍBA
NA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS NO COMBATE
À ERADICAÇÃO DA POBREZA,
ASSEGURADA NA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL PARA REDUZIR AS
DESIGUALDADES SOCIAIS.
José Lirailton Batista Feitosa7
INTRODUÇÃO
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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O DESMONTE DAS POLÍTICAS
PÚBLICAS SOCIAIS CONTRA OS
POVOS INDÍGENAS NO ATUAL
GOVERNO BRASILEIRO
Marianne Pazos Santos8
INTRODUÇÃO
8 Bacharela em direito pela Faculdade Joaquim Nabuco. Advogada inscrita sob a OAB/PE nº
48.206, pesquisadora e pós-graduanda em Direitos Humanos pela Universidade Católica de
Pernambuco.
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Art. 231: “São reconhecidos aos índios sua organização social, cos-
tumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre
as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União de-
marcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens."
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Art. 231, §3º, CF: "O aproveitamento dos recursos hídricos, in-
cluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas
minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autori-
zação do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas,
ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na
forma da lei".
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nica não tem nada vermelho. A floresta não pega fogo", tal abordagem foi
realizada enquanto mostrava uma foto de um satélite da NASA, a agência
espacial dos Estados Unidos, continuando a narrativa nos seguintes ter-
mos "os focos de incêndio que existem, é [sic] o caboclo, é o índio que
toca fogo, é a cultura dele. O tamanho da Amazônia é maior que a Europa
toda, não tem como fiscalizar”, percebe-se aqui o carácter incriminatório,
racista e discriminatório na fala da maior figura política do país.
É notório a violência intensificada contra o patrimônio e a política
de extermínio em face do grupo. Aqui, podemos visualizar também não
somente uma omissão do poder público interno, mas que este é o agente
causador. Essas narrativas proferidas pelo atual Presidente não somente
fundamentam e incentivam a necropolítica contra os povos indígenas, mas
golpeia o Estado Democrático de Direito, princípios internacionais e fun-
damentos constitucionais. Desse modo, quando abordamos sobre princí-
pios, estamos falando sobre fundamentos que sustentam a construção do
direito, segundo Melo [2009, p. 882-83), temos a seguinte definição:
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CONCLUSÃO
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mp.br/pfdc/hotsites/sistema_protecao_direitos_humanos/interame-
ricano.htm>. Acesso em: 24/10/2020.
96
LA PROBLEMÁTICA DE LA
TRANSMISIÓN EN VIVO DE
LAS SESIONES DE LAS CORTES
SUPREMAS Y LA COLISIÓN DE
DERECHOS EN LAS SOCIEDADES
DEMOCRÁTICAS
Carolina Vieira9
INTRODUCCIÓN
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13 Aktsu, Luiz y Pinho, José Antonio Gomes de. “Sociedade da informação, accountability e
democracia delegativa: investigação em portais de governo no Brasil”. Revista de Adminis-
tração Pública, n. 05, vol.36 (2002):723-745. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/
ojs/index.php/rap/article/view/6461/5045>. Acesso em: 10/10/2020
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Sin embargo, hay que tener mucho cuidado con esta visión, pues no
se puede desconsiderar los efectos peligrosos y nocivos de este fenómeno.
Según dos grandes especialistas, AFONSO DA SILVA y HÜBNER
MENDES, 2009 ese entusiasmo merece una profunda reflexión sobre los
logros sociales reales:
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17 Hay que señalar que para muchos autores (como por ejemplo el profesor da Universidad
Carlos III de Madrid Francisco Javier Ansuátegui Roig), el único derecho absoluto seria de no
someterse a la tortura.
18 SCHREIBER, Simone. A publicidade opressiva dos julgamentos criminais. Disponível em:
<http://www.cartaforense.com.br/conteudo/artigos/a-publicidade-opressiva-dos-julga-
mentos-criminais/4643>. Acesso em: 10/10/2020. “Por lo tanto, existe la posibilidad de que
la libertad de expresión pueda sufrir restricciones, en una situación de colisión con otros
derechos fundamentales de igual jerarquía, como el derecho a un juicio justo e imparcial.
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Debe tenerse en cuenta que cuando el órgano judicial más alto del
país no garantiza un juicio justo al individuo (independientemente de su
condición social, económica o actividad), estamos por cruzar la frontera
entre la democracia y otros regímenes políticos, muy a menudo muy pe-
ligroso. ¡Mas que eso!
No solo la democracia puede estar amenazada, sino que la cultura
política19 del país puede estar viciada, ya que las opiniones de los ciudada-
nos fueron apoyadas por los votos de los ministros, quienes, de hecho, no
consagran la supremacía de la Constitución, sino opiniones estrictamente
individuales.
CONCLUSIONES
La colisión entre free press v. fair trial ocurre cuando hay una campaña mediática para la
condena de la persona acusada, lo que impide que el juicio se lleve a cabo en un ambiente
de serenidad, con respecto al debido proceso legal.” (traducción libre).
19 Por cultura política se puede entender como los valores, creencias y conductas impor-
tantes para el proceso político que prevalecen entre los individuos y grupos de la sociedad,
lo que contribuye para la estabilidad y la calidad del sistema político y la democracia.
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Desde esta óptica, a partir del momento en que los individuos pueden
contar con la transparencia y publicidad de los actos de todos los poderes
(como, por ejemplo, un canal público estatal), se admite esta capacidad de
participación del ciudadano común en el proceso de pensar y comprender
la Constitución, alcanzando, en ultima ratio, un nivel más democrático de
sociedad y de régimen político.
Todavía, hay que observar que un instrumento aislado con un canal
público no es capaz de conferir mayor legitimidad democrática por sí mis-
mo. Es innegable que la “TV Justiça” sumada a una población con plena
capacidad para reflexionar y cuestionar ciertamente puede llevar a la socie-
dad a un mayor grado de libertad, igualdad y solidaridad. En este punto,
está la conclusión clave: solo una nación con un buen sistema educativo
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Tomando como referencia este punto de vista, quizás esta sea la fun-
damentación del proyecto de ley n. 7.004/201322 presentado por el dipu-
tado del Partido de los Trabajadores (PT) Vicente Cândido, que modifica
las disposiciones de la Ley 8.977/1995, con el objetivo de establecer nue-
vos criterios con respecto al uso del canal reservado a la Corte Suprema,
o sea, uno de los primeros intentos de restringir la transmisión de las se-
siones en vivo.
¿La referida problemática iría en contra de los ideales de la diosa The-
mis, símbolo de la justicia, con los ojos vendados y ajena a las luces de las
cámaras (privadas o públicas)? Esta es una de las muchas preguntas que el
presente trabajo deja para futuras reflexiones.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
21 Ferraz, Adilson. “La Retórica del Discurso Activista del Supremo Tribunal Federal y la
Expansión de su Esfera de Poder”. (comunicación presentada V Congreso Latinoamerica-
no de Ciencia Política. Asociación Latinoamericana de Ciencia Política, Buenos Aires, 2010).
Disponível em: <http://cdsa.aacademica.org/000-036/800.pdf>. Acesso em: 10/10/2020.
22 Según investigación del 20/01/2020, el referido proyecto de ley fue archivado el
31/05/2019 por razones puramente de procedimentales y no hay noticias de una nueva
propuesta sobre el tema. Disponível em: <https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/
fichadetramitacao?idProposicao=604881>. Acesso em: 20/01/2020.
109
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RÉMOND, René. Por uma História Política. Rio de Janeiro: FGV, 2003.
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O DIREITO À DIGNIDADE DE
MULHERES TRANSEXUAIS NEGRAS
COMO CULTURA CONSTITUCIONAL
DO ESTADO
Andre Antônio Martins Brasil23
INTRODUÇÃO
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4. CULTURA CONSTITUCIONAL
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RESTRIÇÕES ÀS VISITAS ÍNTIMAS
NAS PENITENCIÁRIAS FEMININAS DE
PORTUGAL E DO BRASIL: VIOLAÇÃO
AOS PRINCÍPIOS DA IGUALDADE
E DA DIGNIDADE DA MULHER
ENCARCERADA.
Carolina Arruda Costa Ferreira24
1. Introdução
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buscando detalhar como o tema da libido da mulher presa vem sendo tra-
tado pelos sistemas carcerários brasileiro e português.
Para tanto, necessário resgatar um pouco da história e analisar como
a libido feminina foi tratada ao longo da história e como a manutenção de
estereótipos de gênero pode influenciar no cumprimento de pena das mu-
lheres, tema que merece uma atenção especial da sociedade, com neces-
sidade de políticas públicas que deem conta da singularidade da questão.
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Art. 419º Dia e noite, as mulheres devem ser mantidas num estado
de dependência por seus protetores; e mesmo quando elas têm de-
masiada inclinação por prazeres inocentes e legítimos, devem ser
submetidas por aqueles de quem dependem à sua autoridade.
Art. 420º Uma mulher está sob a guarda de seu pai, durante a in-
fância, sob a guarda de seu marido durante a juventude, sob a guar-
da de seus filhos em sua velhice; ela não deve jamais se conduzir à
sua vontade.
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5. A sexualidade feminina
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7. Considerações finais:
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8. Referências bibliográficas:
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AÇÕES AFIRMATIVAS E A INCLUSÃO
SOCIOLABORAL DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA: CONSTRUTOS PARA
A CONCRETIZAÇÃO DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
Reuelio Marques Rios29
INTRODUÇÃO
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30 Tal princípio seguiu as diretrizes do art. 1ª, Convenção 111 da OIT, ipsis litteris:
Artigo 1º. 1 - Para os fins da presente Convenção, o termo "discriminação" compreende:
a- toda distinção, exclusão ou preferência fundada na raça, cor, sexo, religião, opinião polí-
tica, ascendência nacional ou origem social, que tenha por efeito destruir ou alterar a igual-
dade de oportunidades ou de tratamento em matéria de emprego ou profissão;
b - qualquer outra distinção; exclusão ou preferência que tenha por efeito destruir ou alte-
rar a igualdade de oportunidades ou tratamento em matéria de emprego ou profissão, que
poderá ser especificada pelo Membro interessado depois de consultadas as organizações
representativas de empregadores e trabalhadores, quando estas existam, e outros organis-
mos adequados.
2 - As distinções, exclusões ou preferências fundadas em qualificações exigidas para um
determinado emprego não são consideradas como discriminação.
3 - Para os fins da presente Convenção as palavras "emprego" e "profissão" incluem o acesso
à formação profissional, ao emprego e às diferentes profissões, bem como as condições de
emprego.
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REFERÊNCIAS
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AUTORITARISMO E DEMOCRACIA
NO BRASIL: REFLEXÕES ACERCA DA
NATUREZA JURÍDICA DOS DIREITOS
HUMANOS
Túlio Almeida Rocha Pires31
Ana Eliza Simões Alves32
1 INTRODUÇÃO
A presente pesquisa tem como intuito uma análise histórica dos direi-
tos humanos e fundamentais de maneira a compreender a dinâmica social
que levou à sua instituição em diplomas normativos supranacionais e sua
correlação com a história autoritária brasileira. A sistemática dos direitos
humanos diante do esforço de proteger o indivíduo em sua hipossuficiên-
cia diante de toda a máquina Estatal, elucida a situação do autoritarismo
brasileiro e a funcionalidade jus-humanista na proteção do indivíduo.
Na construção de uma sociedade democrática, a natureza jurídica dos
direitos humanos possibilita a interferência popular no Estado por meio de
seus direitos civis e políticos, também chamados de direitos humanos de
primeira geração, haja vista a representatividade pública nos processos polí-
ticos. Nesse sentido, a democracia vai além do Estado de direito que possi-
161
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
bilita a participação do povo nos governos e eleições por meio dos votos pú-
blicos, ela também se caracteriza pela instituição e manutenção de direitos.
A tradição autoritária e a formação de uma população culturalmente
arcaica produzida por séculos de exploração e marginalização humanas
na terra brasilis, faz com que a preservação e exercício dos direitos funda-
mentais na atualidade seja de profunda importância para o fortalecimento
da democracia e inclusão social. Levando à compreensão, então, de que
o exercício consciente e ativo da cidadania, assim como a prática de uma
educação que emancipa e liberta, abrem caminhos para a realização de
uma democracia mais justa, livre e igualitária.
No cenário mundial, com o deslinde da segunda guerra e a produção
de uma Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, e o Brasil
ainda em seu período autoritário ditatorial se produziram marcam que
atravessam a redemocratização e ainda persistem na contemporaneidade.
Um desafio para as perspectivas jus-humanistas nacionais e internacio-
nais, que encontram no Brasil um insistente cenário de inefetividade de
tão básicas garantias jurídicas.
Nesta senda, os direitos humanos e a educação em direitos humanos,
possibilitam a formação de indivíduos conscientes de si e que se reconhe-
çam como existentes diante de uma sociedade que, diante de sua histórica
colonização geográfica (pautada pelo genocídio, exploração e eliminação
de culturas tradicionais) não pode reproduzir pedagogicamente modos
de subjetivação que atravessarão a colonização do espaço para colonizar
o intelecto. Considerando que a educação é a instância que gesta futuros
cidadãos que, com algum esforço, poderão participar de uma sociedade
mais fraternal, justa e igualitária, respeitadora de garantias há tempos ins-
tituídas na dimensão jurídica e que devem exercer suas funções sociais no
campo da vida prática.
Fazendo jus à diversos diplomas normativos que visam a proteção do
exercício de seus direitos individuais e da luta política por direitos e con-
dições dignas de vida e da vida em um meio ambiente ecologicamen-
te equilibrado (a exemplo dos direitos humanos de fraternidade, direitos
humanos de terceira geração), este caminhar humanista é facilitado por
uma educação libertadora e inclusiva, auxiliada pelo direito e pela genuí-
na manifestação da cidadania, compondo uma tríade de elementos para a
construção democrática.
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Mais cedo ou mais tarde, todos os países passarão por crises bastan-
te profundas — crises políticas, ideológicas, econômicas, militares,
internacionais. Dessa maneira, se pretende resistir, um sistema po-
lítico democrático deverá ter a capacidade de sobreviver às dificul-
dades e aos turbilhões que essas crises apresentam (DAHL, p.173,
2001).
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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5 REFERÊNCIAS BILIOGRÁFICAS
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<https://www.revistas.ufg.br/ci/article/view/24574/14151>. Acesso
em: 28 out. 2020.
172
APONTAMENTOS ACERCA DA
DIFICULDADE EM SE GARANTIR O
DIREITO À SAÚDE DA POPULAÇÃO
LGBT+ NO BRASIL
Lorena Patrícia Basílio Morato34
1. INTRODUÇÃO
173
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5. CONCLUSÃO
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6. REFERÊNCIAS
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A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS DAS CRIANÇAS
E/OU ADOLESCENTES VÍTIMAS
DA ALIENAÇÃO PARENTAL E A
PROTEÇÃO LEGAL CONFERIDA
PELA LEI N. 12.318/2010 E PELAS
DOUTRINAS PERTINENTES
ADOTADAS NO BRASIL
Arlete Maracaipe Cardoso Freire35
INTRODUÇÃO
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pois, ainda que o alienador não tenha como intenção causar prejuízos,
poderá acontecer. (Freitas, 2012, p. 102)
O instituto da responsabilidade civil trata sobre danos causados e a
obrigação de repará-los. O alienador, ao praticar atos de alienação paren-
tal, está cometendo um ato ilícito e causando danos não só ao menor, mas
também ao genitor que está sofrendo com a alienação, e, muitas vezes não
tem consciência de que está praticando um delito.
Portanto, o dano é, sem dúvidas, fator relevante para esse tipo de res-
ponsabilização, visto que, poderá haver responsabilidade sem culpa, mas
não poderá haver responsabilidade sem o dano. Além disso, a indenização
será fixada com o intuito de concertar, tanto quanto possível, a circuns-
tância discrepante, além de evita-las num momento futuro. (CAVALIE-
RI FILHO, 2010, P. 72)
Ou seja, não há uma finalidade de acréscimo patrimonial para a ví-
tima, mas sim de compensação pelos males suportados. Nesse sentido se
justifica a não incidência de imposto de renda sobre o valor recebido a
título de indenização por dano moral no Brasil – decisão consolidada pela
súmula 498 do Superior Tribunal de Justiça, do ano de 2012: não incide im-
posto de renda sobre a indenização por danos morais. (TARTUCE, 2013, p. 462)
Diferente do ressarcimento do dano material, que procura colocar a
vítima no estado anterior, recompondo o patrimônio afetado mediante a
aplicação da fórmula danos emergentes-lucros cessantes, a reparação do dano
moral objetiva apenas uma compensação, um consolo, sem mensurar a
dor. Em todas as demandas que envolvem danos morais, o juiz defronta-se
com o mesmo problema: a perplexidade ante a inexistência de critérios
uniformes e definidos para arbitrar um valor adequado. (GONÇALVES,
2010, p. 397)
Assim sendo, o magistrado deverá documentar os atos ou fatos que
sejam juridicamente relevantes para a sentença, e configuram a necessi-
dade da prestação jurisdicional do Estado, para aplicar o que se considera
como justo conforme a justiça, a cultura e o equilíbrio social. (FREITAS,
2012, p. 75) E também, caberá antecipação de tutela nas ações de repa-
ração do dano, e a intervenção judicial se dará mediante a imposição de
prestação de fazer e não fazer. (GONÇALVES, 2010, p. 408-409)
À causa deve ser dado o valor condizente com o pedido, não se admi-
tindo quantia elevada, de modo que impõe limites aos direitos de defesa
192
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Revista dos Tribunais, 2007.
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Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em:
<https://nacoesunidas.org/artigo-1-todos-os-seres-humanos-na-
scem-livres-e-iguais/>. Acesso em: 20 de agosto de 2020.
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199
EDUCAÇÃO JURÍDICA POPULAR
COMO INSTRUMENTO DE
AMPLIAÇÃO DA CAPACIDADE
DE EFETIVAÇÃO DO DIREITO
FUNDAMENTAL AO ACESSO À
JUSTIÇA
Milena do Nascimento Cruz 36
INTRODUÇÃO
200
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
211
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212
RACISMO NAS MÍDIAS SOCIAIS: A
LIBERDADE DE EXPRESSÃO E SUAS
IMPLICAÇÕES NA MANUTENÇÃO DE
UMA CULTURA DISCRIMINATÓRIA
Maria Clara Farias de Lira37
1. INTRODUÇÃO
213
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
mente em sua forma cordial e velada, soma-se o advento das mídias sociais
que enaltecem e facilitam o direito à liberdade de expressão e associa-se
ao anonimato que promove a omissão da identificação social do pensa-
mento do sujeito associado à sua identidade, e promovem o aparecimento
público destas arestas discriminatórias, ainda vigente no pensar público de
grande parte dos cidadãos e ainda omisso em sua forma estrutural.
Este artigo tem como objetivo analisar como o racismo estrutural é
expresso nas mídias sociais e os instrumentos jurídicos que versam acerca
deste processo de disseminação do preconceito étnico-racial por meio das
mídias sociais.
214
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4. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
BOYLE, Kevin. Hate Speech - The United States versus the rest of
the world? In Maine Law Review, v. 53:2, 2001.
221
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
222
DIREITOS FUNDAMENTAIS:
DIREITOS HUMANOS E O RACISMO
ESTRUTURAL NOS EUA
Giovanna C. B. M. da Silva38
INTRODUÇÃO
223
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modo foi inesperado já que os EUA foi um dos países que ratificaram a
Carta das Nações Unidas para que a organização se passa a existir. Hoje
em dia, a estrutura central da ONU fica em Nova York, com sedes tam-
bém em Genebra (Suíça), Viena (Áustria) e Nairóbi (Quênia), além de
escritórios espalhados em grande parte do mundo.
E um dos problemas talvez mais recorrentes nos EUA são os casos
de racismo que ocorrem principalmente com cidadãos negros, o que di-
verge muito de diversos direitos humanos e também de direitos que estão
em sua própria Constituição, mas para compreender o que acontece hoje,
precisamos voltar até a escravidão, aos anos de segregação racial, explicar
a diferença entre o racismo institucional e o racismo estrutural, para então
chegar aos tempos atuais em que movimentos como o “Black Lives Mat-
ter” e diversos protestos contra a violência policial vem ganhando cada vez
mais força e visibilidade.
DESENVOLVIMENTO
1. Direitos Humanos
Trajetória que foi feita para que hoje tivéssemos os direitos humanos
está atrelada a criação dos organismos que foram criados para defendê-los;
o primeiro organismo seria Liga das Nação, essa que foi criada após a 1ª
Guerra Mundial em 1919, a partir do Tratado de Versalhes, possuindo
como objetivo promover a cooperação, paz e a segurança no cenário in-
2 24
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3. Conceito de Raça
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Em suma é possível dizer então que não há de fato uma diferença, mas
sim que um é fruto do outro, sendo que o institucional é fruto do estru-
tural, uma vez que como acima dito ele abrange um conjunto de práticas
chegando a influenciar as institucionais e também por esse ter se constituído
de modo cultural na história de todo um mundo sendo herdado da época
de escravidão e exploração a quais muitas pessoas foram submetidas. Isso
estando enraizado na história era de se esperar que as organizações e/ou
instituições agissem de modo racista e segregatício, que colocam as pessoas
de grupos étnicos discriminados em situação de desvantagem, logo é um
fracasso da sociedade não conseguir mudar tal estrutura de modo eficiente
e eficaz, para que haja a devida e justa promoção dos direitos humanos e
fundamentais inerentes a qualquer ser humano, que por muito são violados
pelas pessoas que agem de forma ao caminho do retrocesso.
5. EUA
5.1 Escravidão
O regime de escravidão que foi empregado nos EUA, que durou por
mais de dois séculos, utilizou de formas brutais de punição como: casti-
229
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asseguravam o voto, o livre trânsito entre as cidades, entre outras leis que
reconheciam a cidadania de milhões de afro-americanos libertos em 1865.
5.2 Segregação
“Assim, a vigência formal do regime Jim Crow, que perdurou por nove
décadas, correspondeu a um sistema brutal de dominação racial, legitimado
pela lei, pela violência e pelos costumes. Por conta dele, em meados do século
XX, as enormes populações negras nos Estados Unidos eram pobres, sem
teto, tinham baixo índice de escolaridade e batalhavam contra a intimidação
231
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
produzida pela violência. Ainda assim, tal como fizeram durante a escravi-
dão, os negros nos EUA resistiram ao regime Jim Crow desde o princípio.
Tal resistência teve início no final do século XIX e persistiu durante o século
XX.” (Morris e Treitler, 2019 – Pág. 23)
A resistência afro-americana que lutou por seus direitos civis nos anos
1950 e 1960 constituiu um período da história estadunidense que ficou
marcado por nomes como Martin Luther King, Rosa Parks, Malcom X e
muitos outros. King ficou conhecido por instruir seus seguidores a utili-
zarem de táticas não violentas, mas mesmo assim seus protestos chegavam
à provocação, o incomodo na sociedade, que ele almejava causar.
O movimento por direitos civis do século vinte, proveu um capital
cultural decisivo. E aqui a igreja negra, se faz presente novamente, com
seus fortes vínculos e alcance institucionais que proporcionou confiança
generalizada e até mesmos espaços protegidos, nos quais as performances
públicas podiam ser ensaiadas. Um dos episódios mais conhecidos da lutas
pelos direitos civis foi quando em 1955, Rosa Parks se recusou-se a mudar
para a parte traseira do ônibus, em Montgomery, sendo o primeiro ato de
uma série de outros que intensificaram a luta, essa que atingiu primeiro
os nortistas que começaram a se solidarizar se com a causa e exigiram
que o poder federal fosse mobilizado para proteger a população negra e
punir seus opressores e em meados de 1965, o Congresso aboliu as leis de
segregação e aprovou legislação que assegurava aos negros direitos civis e
políticos.
Agora após terem conseguido seus direitos no final dos anos de 1960,
surge o Movimente Black Power, que surgia para empoderar a população
negra que durante muitos anos foi inferiorizada e ridicularizada, como
se é notável se vermos no que o Jiw Crow foi baseado, além disso o mo-
vimento insistia na autodefesa, em que para eles a melhor opção seria o
controle comunitário e o empoderamento econômico, para que assim
realmente houvesse segurança e ganhos reais para as comunidades negras.
Nos Estados Unidos do século XXI, a escravidão e a opressão legal do
regime de Jim Crow estão rigidamente proibidas por lei.
Entretanto atualmente mesmo com os direitos civis dos cidadãos ne-
gros agora garantidos constitucionalmente, ainda ocorrem muitas discri-
minações e crimes contra essa parte da população estadunidense, e geral-
232
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mente advinda do Estado, por meio de seus policiais, que deviam zelar
pela vida e segurança de todos e é nesse contexto permanente de violência
que permeia o país desde a época da escravidão que o Movimento Black
Lives Matter, surge a partir de 2012, de cunho fortemente performativo
e que encontram apoio nas tecnologias de internet, que se tornou uma
forma de trazer atona e fazer repercutir os crimes.
233
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
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Sabendo se que nos EUA cada estado é responsável pelas suas leis é
necessário ressaltar que eles ratificaram tais emendas e as tornaram parte
de suas legislações também, sendo assim são válidas em todo os país, logo
é possível observar que as atitudes acima observadas não condizem com
oque está previsto constitucionalmente.
235
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
Artigo XXVIII Todo ser humano tem direito a uma ordem so-
cial e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na
presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Considerações Finais:
236
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ciam nossa vida diretamente, é estranho pensar que um dos país que os
idealizaram, ainda em 1945 fazia sua população negra passar por diversas
situações humilhantes e os segregavam dos demais.
E que ainda assim depois de muita luta entre os anos 50 a 70, o pro-
blema que os assombra persiste, o racismo que ocorre nos Estados Unidos
da América está em sua estrutura, está naquilo que os constitui e entre-
gue ao monopólio da violência que possui e exerce, não para proteger sua
população, mas sim para continuar a oprimi-la, como desde o inicio da
escravidão fora feito.
O que muda é que agora, as pessoas conseguem denunciar os crimes
ocorridos ao mundo com maior facilidade e se mobilizar para protesta-
rem contra e lutarem por mudanças de um modo mais rápido ainda, apa-
rentemente sempre haverá resistência contra as posturas retrógradas do
Estado e de algumas partes da sociedade, e isso não está errado; em uma
democracia é preciso que as pessoas tenham esse direito de manifestar suas
insatisfações, principalmente quando essas estão colocando as suas vidas
em risco.
E do âmbito internacional é possível ver quantos direitos estão sendo
violados a cada pessoa presa injustamente ou morta pelo abuso dos agen-
tes, os casos são recorrentes, já eram falados na Anistia Internacional em
1998, continuaram a ser objeto de estudo pelo o Instituto Internacional
de Unesco para la Educación Superior en América Latina y el Caribe em
2015 e ainda em 2020 são temas de trabalhos como este.
Referências:
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Morte de George Floyd: a pergunta simples com que uma professora pôs
em evidência o racismo nos EUA. Disponível em: <https://www.
bbc.com/portuguese/internacional-52913939>.
24 0
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24 1
A POSSIBILIDADE DE VACINAÇÃO
COMPULSÓRIA COM BASE NA LEI
Nº 13.979/2020: UMA ANÁLISE
PRINCIPIOLÓGICA
Carolina Lopes da Silva39
INTRODUÇÃO
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24 3
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2. O DIREITO À VIDA
24 5
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40 Exceções atuais do direito à vida: pena de morte em caso de guerra declarada (art. 5º,
inc. XLVII, alínea “a”, CF c/c art. 84, inc. XIX, CF), aborto humanitário (art. 128, inc. II, CP),
aborto em caso de feto anencéfalo (ADPF 54) e lei do abate (art. 303, §2º, Lei n. 7.565/86).
24 6
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vida digna aos indivíduos, pois sem saúde não há como se ter uma vida e
sem respeito à vida não há como se ter a dignidade da pessoa humana de-
vidamente respeitada. Possível dizer, então, que “o direito social à saúde se
confunde com o direito à vida, direito fundamental”. (SILVA, s.d., p. 7).
Elucidado sobre o que seria o direito à vida resta esclarecer de quem
seria este direito. Obviamente que será titular do referido direito o pró-
prio indivíduo no qual emana vida. No entanto, essa pergunta fora susci-
tada com o intuito de explicitar que o direito à vida não é algo tão simples
quando se vive em uma sociedade, composta por inúmeras pessoas tam-
bém titulares dos mesmos direitos.
Como dito acima, o direito à vida confunde-se com o direito à saúde.
Sua ligação é inevitável. Ocorre que, nos termos do art. 196 da CRFB/88,
a saúde é direito de todos, sendo que as ações e serviços realizados pelo
Estado devem ser de acesso universal e igualitário. O direito à saúde, por-
tanto, privilegia a igualdade, razão que permite a imposição de normas
jurídicas que limitem o comportamento humano (SILVA, s.d., p. 13), ou
seja, que limitem a sua liberdade.
Além do próprio indivíduo ser titular do direito à sua vida, são tam-
bém titulares o restante da sociedade, também titulares desse mesmo di-
reito, daí a sua complexidade. Nas circunstâncias atuais, diante uma pan-
demia decorrente de um vírus que muitas vezes se mostra letal para alguns
infectados, imprescindível falar no direito à vida de todos os brasileiros,
cenário que exige uma análise abrangente desse direito fundamental.
Tendo em vista que a resposta sobre de quem seria esse direito já res-
ponde a pergunta da colisão com outros direitos fundamentais, uma vez
que asseverou-se poder haver limitação do comportamento humano para
se assegurar o direito à saúde (interpretando-se como limitação à liber-
dade individual), mister destacar que a continuidade da resposta também
irá atender ao último questionamento: sobre quais medidas possíveis de
serem adotadas para se assegurar o direito em questão.
Em seguimento, para se efetivar o direito à saúde, em determinadas
circunstâncias será necessário a estipulação de restrições, pois trata-se de
um direito coletivo com reflexos no direito à vida – bem como no direito
geral de liberdade. Para resguardar a saúde da coletividade e, consequente-
mente, a vida destes, o ordenamento jurídico deverá dispor de instrumen-
tos capazes de impedir que terceiros facilitem o adoecimento de outros.
24 7
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41 Este trabalho não objetiva discorrer acerca da discussão envolvendo a natureza da pro-
porcionalidade, se princípio, regra ou critério.
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quem não vota, não justifica, tampouco paga a multa. Nada impede que,
no dia da eleição, o cidadão não compareça no local de votação, contudo,
em razão da obrigatoriedade do voto, este não poderá realizar uma série
de condutas previstas em lei, como a inscrição em concurso público, a
obtenção de passaporte e assim sucessivamente. O mesmo pode ocorrer
em razão da obrigatoriedade da vacina.
Portanto, foi possível averiguar, através do exame da proporcionalida-
de, que a vacinação compulsória prevista na Lei n. 13.979 serve, de fato,
como um mecanismo de justificação para a intervenção do direito à liber-
dade individual. Ao mesmo tempo, verificou-se que a limitação a este di-
reito fundamental constitui uma restrição válida, constitucional e que não
extrapola os limites oriundos do princípio da supremacia constitucional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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258
A DEFESA DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS COMO DISFARCE
PARA O EXERCÍCIO DO ATIVISMO
JUDICAL
Lucas Gabriel Ladeia Cirne42
Caroline Carneiro Gusmão43
INTRODUÇÃO
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do, em face disso, a adoção de medidas por parte do STF. Pois bem, diante
desse quadro, o relator da ação entendeu que “a forte violação de direitos
fundamentais, alcançando a transgressão à dignidade da pessoa humana e
ao próprio mínimo existencial justifica a atuação mais assertiva do Tribu-
nal”. Nesse mesma senda, foi consagrado no citado voto que seria papel
do Judiciário “retirar as autoridades públicas do estado de letargia, pro-
vocar a formulação de novas políticas públicas, aumentar a deliberação
política e social sobre a matéria e monitorar o sucesso da implementação
das providências escolhidas”, a fim de garantir a concretização efetiva das
resoluções propostas.
De se observar que o voto do Ministro Relator escancara as maze-
las infindáveis do sistema penitenciário brasileiro, ressaltando o ataque
frontal e corriqueiro aos direitos fundamentais dos presos. Ocorre que,
tais circunstâncias não podem justificar uma judicialização das políticas
públicas, nem tampouco uma absorção de competências legislativas e/ou
executivas do Poder Judiciário. O ideal é que o voto proferido servisse “de
estímulo ao Executivo ou até mesmo como justificativa de projeto de lei
ou algo que o valha para o Legislativo. Porém não como função do Judi-
ciário, significando uma judicialização das políticas públicas, o que não se
deve aplaudir.” (PENNA, 2017 a, p. 15).
Embora seja indubitável a importância social da ação em comento,
ela não pode significar a quebra de todo limite na atuação do Poder Judi-
ciário. Não cabe, portanto, ao STF determinar medidas orçamentárias à
administração pública ou, ainda, ser fiscal coordenar a atuação de órgãos
do Estado, por exemplo, devendo o órgão se limitar somente a realização
de um julgamento jurídico (TASSINARI, 2016). As boas intenções e a
necessária defesa dos direitos fundamentais não podem, nesse diapasão,
servir para justificar uma postura ativista, desarrazoada, discricionária e
que, apesar de parecer prudente aos olhos da sociedade, nada faz além de
enfraquecer os laços democráticos, violando as atribuições imputadas pela
Constituição (PENNA, 2017 b).
Outro caso concreto que serve de paradigma exemplificativo é a
ADPF nº 132, cuja relatoria coube ao Ministro Ayres Britto. A ação ver-
sou sobre os direitos das pessoas homoafetivas e conteve como pedido
principal, a realização de uma interpretação conforme a Constituição do
art. 1.723 do Código Civil (BRASIL, 2002) no sentido de estender a
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5. CONCLUSÕES
44 Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o
objetivo de constituição de família.
45 Art. 226,§ 3º: Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o
homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casa-
mento.
271
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
eles fazer referência. Em face disso, a sua concretização e defesa deve ser
função prioritária dos poderes estatatais.
Ocorre que, essa tutela tem que respeitar os limites constitucionais.
Não se pode quebrar a arquitetura institucional do país sob o argumento
de defesa dos direitos funamentais, sob o risco de se construir e consolidar
um poder supremo capaz de ordenar todas as regras sem limitação.
O Poder Judiciário, alicerçado pelo diapasão de protagonismo alcan-
çado na contemporaneidade, em muitos momentos, parece esquercer des-
sa premissa básica do Estado, a partir da utilização dos direitos fundamen-
tais como subterfurgio necessário e sufiente na implantação de decisões
ativistas.
A concretização da Constituição buscada pela judicialização da po-
lítica não pode projetar o papel político dos Tribunais – notadamente o
STF – a um status soberano e ilimitado, a partir da não observância dos
ditames constitucionais.
Em síntese, cumpre não relativizar a importância dos direitos funda-
mentais como limitador e legitimador do poder, bem como consagrador
da existência dos cidadãos e da democracia. Por outro lado, a sua defesa
não pode ser cega e ilusória. Ora, se é a propria Constituição, que trans-
muta os direitos humanos em direitos fundamentais e garante a preserva-
ção e efetivação desses direitos, não pode ser violada para que se tutelem
essas garantias.
A intransigência em relação à defesa dos direitos fundamentais deve
ser igual àquela conferida para se proteger a Constituição, evitando detur-
pações conceituais e a utilização de justificativas para o exercício judicial
subjetivo e discricionário, sob pena de construir-se um esperial de contra-
dição dificil de ser vencido dentro do Estado democrático constitucional
de direito.
REFERÊNCIAS
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tas.faculdadeguanambi.edu.br/index.php/Revistadedireito/article/
view/238>. Acesso em: 27 dez. de 2019.
275
A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇAS
ESTRANGEIRAS COMO
INSTRUMENTO DE PROTEÇÃO DA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Marco Bruno Miranda Clementino46
Bruno Pereira de Andrade47
INTRODUÇÃO
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como a antiga Liga das Nações e a Organização das Nações Unidas, tendo
sido um dos fundadores de ambas.
Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988 (CF/88), consolida,
em seu em seu artigo 4º, os princípios norteadores da política externa bra-
sileira, guiando as relações com outros Estados e as atribuições de natureza
internacional do Congresso Nacional e dos órgãos jurisdicionais.
Assim, o presente estudo tem como objetivo geral analisar aspectos da
cooperação jurídica internacional praticada no Brasil, destacando o papel
das sentenças estrangeiras homologadas, como instrumento de proteção
da dignidade da pessoa humana.
Para tanto, inicialmente, procede-se a uma exposição sobre a coo-
peração jurídica internacional e sua relação com a dignidade da pessoa
humana, a partir da CF/88.
Em seguida, passa-se à análise do procedimento de homologação de
sentenças estrangeiras, suas principais características e requisitos.
Por fim, examina-se o critério do respeito à dignidade da pessoa hu-
mana, analisando-se aspectos doutrinários relacionados à tal exigência e
sua construção na jurisprudência brasileira, refletida nas ações de homo-
logação de sentenças estrangeiras.
A pesquisa se justifica pelo compromisso constitucional assumido
pelo Brasil em observar o fundamento da dignidade da pessoa humana e o
princípio da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.
Assim, a problemática visa averiguar se o procedimento de homo-
logação de sentenças estrangeiras serve como mecanismo de proteção à
dignidade da pessoa humana, considerando as normas constantes na or-
dem jurídica pátria.
Tendo como referência os princípios insculpidos na CF/88, supõe-se
que o legislador constituinte pretendia que o País fosse internacionalmen-
te cooperativo, sem, contudo, olvidar princípios fundamentais de igual
importância.
Portanto, em reposta ao problema tratado, parte-se da hipótese de
que o procedimento de homologação de sentenças estrangeiras, mais que
um instrumento caracterizador da soberania estatal, pode servir como
mecanismo de proteção à dignidade da pessoa humana.
Para atingir os objetivos da pesquisa, realizou-se levantamento bi-
bliográfico, analisando-se obras relacionadas ao tema, como livros, teses
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Para tanto, cabe inicialmente destacar que tal ato decorre da sobera-
nia, pois um Estado não poder praticar ato privativo do Poder Judiciário
de outro.
Segundo Nádia de Araújo, decorre do fato de o mesmo sofrer limita-
ção territorial de sua jurisdição, atributo por excelência da soberania esta-
tal, e precisar pedir ao Judiciário de outro Estado que o auxilie nos casos
em que suas necessidades transbordam de suas fronteiras para as daquele
(2013, p. 34).
No Brasil, a competência para homologar sentenças estrangeiras é cen-
tralizada, pois o Superior Tribunal de Justiça - STJ é o único órgão legiti-
mado a determinar seu cumprimento, nos termos do artigo 105 da CF/88.
No entanto, a execução daquelas sentenças ocorre perante juiz federal
de primeiro grau, conforme disposições do artigo 109 da Constituição
Federal e do artigo 965 do Código de Processo Civil - CPC, observan-
do-se, para isso, as normas estabelecidas para o cumprimento de decisões
nacionais.
Paulo Portela leciona que esse instituto visa estender territorialmente os
efeitos da sentença, sendo também conhecido como reconhecimento, rati-
ficação ou execução de sentença estrangeira. Uma vez homologada, aquela
produzirá os mesmos efeitos de uma sentença nacional (2017, p. 745).
Nesse processo, o Poder Judiciário realiza apenas um juízo de deliba-
ção, uma cognição não exauriente, pois apenas se verifica o preenchimen-
to dos pressupostos formais, previstos nas normas correlatas.
Portanto, não compete à autoridade judiciária brasileira analisar o
mérito da decisão do magistrado estrangeiro, mas apenas verificar sua
adequação e atendimento aos requisitos previstos na norma processual pá-
tria (ANDRADE, 2020, p. 138).
Em relação às exigências para a homologação de sentenças estrangei-
ras, destacam-se o artigo 15 da Lei de Introdução às normas do Direito
Brasileiro – LINDB e o artigo 963 do CPC.
Tais dispositivos apresentam requisitos idênticos, como a necessidade
de terem sido proferidas por autoridade judiciária competente; tenham
sido as partes regulamente citadas ou haver-se legalmente verificado à re-
velia; haja ocorrido seu trânsito em julgado e estarem revestidas das for-
malidades necessárias à sua eficácia e execução no lugar em que tenham
sido proferidas; serem traduzidas por intérprete autorizado, salvo dispensa
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
E O CONCEITO DE MORTE DIGNA:
REFLEXÕES JURÍDICAS A PARTIR DO
CASO RAMÓN SAMPEDRO
Bruno Pereira de Andrade48
INTRODUÇÃO
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Art. 143.
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Por sua vez, no Chile, a eutanásia ativa e o suicídio assistido são ile-
gais. A eutanásia passiva é legal desde 2012. Há um projeto de lei em
discussão para permitir eutanásia ativa e suicídio assistido. Atualmente, a
Lei 20.584/2012 regula direitos de pacientes, dentre eles o consentimento
informado, que lhes permite recusar tratamento médico, quando estive-
rem em fase terminal. Segundo a referida norma:
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
CHILE, Ley 20.584/2012. Regula los derechos y deberes que tienen las
personas en relación con acciones vinculadas a su atención en sa-
lud. Disponível em: <https://www.bcn.cl/leychile/navegar?idNor-
ma=1039348>. Acesso em: 15 out. 2020.
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P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
public_oficiales/L14/CONG/BOCG/B/BOCG-14-B-46-1.PDF>.
Acesso em: 13 out. 2020.
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A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA E A
IMPORTÂNCIA DO ESTADO LAICO
BRASILEIRO NA SUA COERÇÃO
Thais de Castilho Matos49
Ronny Cesar Camilo Mota50
INTRODUÇÃO
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Quer dizer que nos Estados confessionais pode haver, como afir-
mado anteriormente, liberdade religiosa, mas será ela mitigada em
virtude justamente do tratamento preferencial e privilegiado res-
guardado à religião oficial. Ter-se-á, nesta última hipótese, prova-
velmente, mais uma tolerância do que uma plena liberdade religio-
sa, especialmente no que tange à sua divulgação e práticas. Logo,
embora a neutralidade do Estado não seja essencial à existência de
pluralidade religiosa, esta só pode aflorar plenamente em Estados
que adotam o postulado separatista e a postura da neutralidade re-
ligiosa. (TAVARES, 2018, p. 503)
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3. FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL DA
LIBERDADE RELIGIOSA
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[...]
Deste modo, vê-se que a figura basilar das normas jurídicas brasileiras
dispõe da liberdade religiosa como direito fundamental, sendo inviolável
a liberdade de crença como, também, de não crer ou não seguir nenhum
dogma como doutrina.
Dessa forma, além de assegurar esta liberdade, o Estado precisa for-
necer a segurança, bem como espaços, para que esse direito seja de fato
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de nação Angola) Glaucia Lopes Moreira Paiva, que faz parte da religião
há 15 anos, ao ser questionada sobre o preconceito sofrido, afirmou que
existe uma certa censura quando se trata dos cultos de matriz africana,
“houve uma melhora nessa questão desde 2018, com bastante visibilidade,
mas ainda não é o suficiente pois se há a exposição dos cultos sente-se o
receio à represálias”, adiciona.
Em sequência, ao falar sobre a convivência em sociedade entre o
candomblé e as outras religiões, foi levantado o fato de que a ideia do
segmento cristão sempre é pregada com símbolos religiosos em espaços
públicos e sobre como as outras religiões sempre conseguem mais espaço
que o candomblé, “e nem sempre os direitos são os mesmos, por que ou-
tros conseguem e nós não?” questiona acerca dos privilégios que os outros
segmentos religiosos recebem, principalmente ao se tratar do respeito em
liberdade em cultos. Mamet’u Gláucia Lopes Moreira Paiva relata casos
de intolerância religiosa que sofreu dentro da própria família e de pessoas
próximas, baseados no mero preconceito à religião.
Ela contou que quando seu filho faleceu, no ano de 2009, ouviu de
muitas pessoas comentários ofensivos demonizando a religião e culpando
sua crença. Também acrescenta que é necessário se questionar mais para
entender qual o fundamento de tanto medo e discriminação em relação as
religiões de matriz africana e que a educação é a chave para que essa ideia
mude.
Também entrevistada no dia 22 de janeiro de 2020, Mamet’u de
Inkices Adélia Lopes Moreira, que faz parte da religião há 33 anos, conta
que sente que o candomblé não tem espaço na região e que ocorre muito
preconceito na sociedade, principalmente na vizinhança. A entrevistada
relata um caso de intolerância religiosa que sofreu em uma unidade básica
de saúde, em outubro de 2017, que, para ser atendida, precisou responder
a um questionário no qual uma das perguntas era a respeito de qual reli-
gião a mesma pertencia, porém, ao responder ser Candomblecista, Ma-
met’u Adélia Lopes Moreira presenciou comentários em tom de chacota
que representavam o preconceito religioso vindo do funcionário que a
atendia na unidade.
Além desse, foram relatados outros casos de intolerância religiosa pre-
senciados pela entrevistada que reforçam como a convivência do candom-
blé com outras religiões é cheia de preconceitos e discriminações. Estes
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com toda a coleta realizada durante este estudo, foi possível com-
preender de que maneira o Estado influencia nos aspectos de uma socie-
dade, incluindo os mínimos detalhes da relação entre indivíduos. Neste
caso, todo posicionamento do poder público em relação à violência re-
ligiosa reflete diretamente na forma como a própria população lida com
isso, ou seja, se parte intolerância daqueles que estão em posição de auto-
ridade, não se verá uma sociedade tolerante.
É clara a falta de suporte que as religiões de matriz africana vivenciam
já que, mesmo sendo o Brasil um Estado laico, existe uma preferência
religiosa que é pregada pelo poder público e disseminada pelas pessoas em
sociedade.
Uma das questões que mais foi encontrada ao realizar os estudos da
pesquisa é o fato de que religiões cristãs alcançam patamares de direitos
e privilégios que não são igualmente distribuídos às religiões como can-
domblé, por exemplo.
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REFERÊNCIAS
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O DIREITO E A ACESSIBILIDADE DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA COMO
UM DIREITO FUNDAMENTAL
Lorena Chamone Vita51
INTRODUÇÃO
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4. Discriminação e Diversidade
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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O DIREITO A MORADIA E A FUNÇÃO
SOCIAL DA PROPRIEDADE
Carlos Augusto Almeida de Jesus52
INTRODUÇÃO
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2 METODOLOGIA
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República Federativa do Brasil (artigo 1º, III, CF/88), não bastando a in-
serção da dignidade na Carta Magna formalmente, mas sendo necessário
que o Estado assegure aos cidadãos acesso amplo aos órgãos, uma vez que
toda pessoa tem o direito de ser um sujeito de dignidade, podendo/deven-
do ter acesso as políticas públicas, a exemplo: educação, saúde, moradia e
alimentação (SOUZA, 2014).
Paralelo a esse dispositivo, o constituinte originário ainda prevê como
objetivo fundamental da República a redução das desigualdades sociais e
regionais existentes e prediz em seu artigo 6º que:
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tória. A função social ganha um sentido positivo, pois deve ser dada uma
utilidade coletiva à coisa” (TARTUCE, 2017, p. 996).
O Caso dos Pullman é um exemplo típico ao deliberar acerca da fun-
ção social da propriedade, sendo outro exemplo bastante corriqueiro o
de Guilherme Boulos, líder do MTST – Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto. Muitas famílias não participaram de programas habitacionais
oferecidos pelo governo federal e nem podem realizam o adimplemento
de alugueres, assim a única forma de poder ter uma casa, uma moradia, é
a ocupação de propriedades abandonadas.
De acordo com Boulos (2006), a ocupação não é uma escolha, nin-
guém escolhe ocupar uma casa, mas termina por ocupar em razão da fal-
ta de oportunidades existentes. Desta maneira, o MTST vem realizando
ocupações em diversos estados brasileiros e fazendo com que milhares de
famílias possam ter um moradia, combatendo o capital imobiliários e fa-
zendo com que as propriedades exerçam a função social.
Com isso, a ocupação é “produto da necessidade e da falta de al-
ternativas, a ocupação pode tornar-se uma escola de luta, um despertar
para muitos sujeitos tratados pelo capitalismo à ferro e fogo nas periferias.
Do chão da periferia segregada, muitos combates ainda poderão brotar”
(BOULOS, 2012, p. 66).
Constata-se que essas pessoas não ocupam por desejo, mas por ne-
cessidade e, embora tenha existido no Brasil programas habitacionais, elas
não foram beneficiadas. Existiram dois grandes programas habitacionais
brasileiros para que as pessoas pudessem ter o direito à moradia efetivado,
sendo eles: Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS) e
o Minha Casa, Minha vida.
O Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (SNHIS), criado
a partir da Lei nº 11.124, estabeleceu um processo de participação em que
fora elaborado um Plano Nacional de Habitação para constituir fundos
articulados em todos os entes da federação, sendo controlados por conse-
lhos da participação popular (FERREIRA; CALMON; FERNANDES;
ARAÚJO, 2019). Esta política habitacional deveria ser
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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poder público, pois muitas vezes não adimplem o IPTU (Imposto Predial
e Territorial Urbano).
Em razão da quantidade destes imóveis abandonados e do não
exercício da função social da propriedade, muitas pessoas acabam ocu-
pado os imóveis para poderem ter um tempo e assim poder viver. No
entanto, a sociedade brasileira, no geral, critica em demasia quem ocu-
pa tais imóveis por acreditar que se ocupa todo e qualquer imóvel,
sendo um ledo engano, uma vez que ocupam as propriedades que não
exercem a função social.
O Caso dos Pullman, em São Paulo, demonstra a possibilidade da
perda da propriedade por abandono, uma vez que os proprietários tinham
os lotes de terra e não promoveram nenhuma função social (não cons-
truíram imóveis, não plantaram, nada fizeram), assim como essas famílias
estavam há anos na propriedade, tiveram seu direito a usucapião reconhe-
cida e tendo, finalmente, o direito à moradia.
O governo brasileiro, entendendo a grave crise deste direito funda-
mental, criou algumas programas habitacionais, a exemplo: O Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social e o Minha Casa, Minha vida.
Porém, nenhum dos dois programas conseguiram, de maneira fática, efe-
tivar o direito à moradia, sendo demonstrado, na realidade, que tais po-
líticas almejavam tão somente o lucro das empresas, ainda mais quando
poucas famílias de baixa renda conseguiram a tão sonhada casa.
Por fim, constata-se que o Brasil é um país que necessita, com ur-
gência, de políticas públicas voltadas para a moradia, uma vez que muitos
cidadãos brasileiros não tem casa e não possuem condições econômicas
para realizar o adimplemento de alugueres. Desta feita, criar uma política
pública para a moradia não é uma tarefa simples, tendo em vista a quan-
tidade de detalhes que são necessários analisar, todavia, é imprescindível
observar os erros existentes nos programas habitacionais anteriores e pro-
mover o direito fundamental à moradia.
Ademais, torna-se ainda de extrema urgência que o poder público,
sobretudo o municipal, fiscalize as propriedades (rurais e urbanas) para
analisar se estas cumprem a função social, visto que, caso não a cumpra,
pode o poder público declarar a perda da propriedade pelo abandono, ten-
do um interesse social envolvido, qual seja: a concessão da moradia a quem
realmente utilizará, efetivando o direito fundamental à moradia.
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REFERÊNCIAS:
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A VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DO
DIREITO HUMANO E FUNDAMENTAL
À LIBERDADE E A AUTONOMIA
SINDICAL POR DECRETO
GOVERNAMENTAL: ANÁLISE DO
DECRETO Nº. 3808/2020 DO
ESTADO DO PARANÁ
Andréa Arruda Vaz53
Fabrício Gonçalves Zipperer54
Genilma Pereira de Moura55
Valquíria Gil Tisque56
1 INTRODUÇÃO
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rio, que deveria ser impresso em duas vias para assinatura pessoal, aparece
primeiro a palavra ‘NÃO”. Logo, tudo foi sorrateiramente planejado para
acabar com os sindicatos.
Uma vez desprovidos de todos esses direitos, o servidor se socorre dos
sindicatos e associações, estes que de maneira expressiva colaboram com o
desenvolvimento social e econômico do Estado. Ademais, as entidades ao
propiciarem tais serviços retiram parte da carga estatal para fornecimento
desses serviços. Logo, as entidades possuem uma nítida função social e
participação ativa no desenvolvimento e na promoção de políticas sociais
no Estado.
Sob tal perspectiva, o Brasil é signatário da ONU desde a sua funda-
ção, logo tem o dever de cumprir os pactos desta instituição internacional,
sob pena de responsabilidade no plano internacional. Abaixo os princi-
pais artigos da Declaração de 1948, no que concerne ao tema, vejamos:
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mesmo artigo chama a atenção dos Estados, os quais têm o dever legal de
adotar medidas para assegurar o livre exercício da atividade sindical. Em
tempo, o Estado está impedido de adotar medidas que restrinjam direitos
ou garantias previstas na Convenção.
No caso em tela, o governador do Estado age em total ofensa ao dis-
positivo acima ao editar em total irregularidade decreto que viola o direito
à liberdade sindical, assim como em total violação aos preceitos demo-
cráticos do país e da constituição da República. E mais, em total ofensa à
própria Constituição do Estado. Ao ofender tal pacto, o Estado viola Di-
reitos Humanos, ou seja, o Exmo., Governador do Estado do Paraná por
meio de medida legislativa viola Direitos Humanos, o que deve ser levado
inclusive a conhecimento das autoridades internacionais.
Neste mesmo viés, O Pacto Internacional sobre os Direitos Econômi-
cos, Sociais e Culturais, também da ONU, versa que:
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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370
NEUROPRIVACIDADE: NOVOS
DIREITOS HUMANOS FRENTE À
EXPANSÃO NEUROCIENTÍFICA
Francisco José Borsatto Pinheiro57
INTRODUÇÃO
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. BIBLIOGRAFIA
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MANDELL, Andrew. et. al. Are Your Thoght Your Own? “Neu-
roprivacy” and the Legal Implications of the Brain Imaging.
The committee of Science and Law of New York City Bar. Junho
de 2005. Disponível em: <https://www.nycbar.org/pdf/report/Neu-
roprivacy-revisions.pdf>. Acesso em: 19/10/20.
383
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384
O EXERCÍCIO DO DIREITO
FUNDAMENTAL DE PERSONALIDADE
EM PÓS-PANDEMIA
Aline Pomodoro Dias58
INTRODUÇÃO
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A visão relativista de Sartre traz em seu bojo a ideia de que o ser hu-
mano está constantemente condenado a fazer a sua existência, não haven-
do nada antes ou que tenha sido apenas planejado sem sua execução. O
ser humano seria produto de suas ações e somente assim se definiria no
mundo vivido.
Essa visão, desta forma, traz para dentro do ser humano a total e ir-
restrita responsabilidade de sua personalidade. Essa personalidade apenas
existe a partir das ações reais daquele indivíduo que foi lançado ao mun-
do como uma folha em branco a ser construída continuamente. Não há
qualquer ingerência direta nessa personalidade, pois seu exercício seria
autônomo e livre. Desta forma, o conteúdo do direito da personalidade
abarcaria apenas o direito de poder construir sua identidade de forma li-
vre, limitado apenas pela existência do terceiro, o que torna esse direito
da personalidade um dever de abstenção em sua essência, e de intervenção
em sua exceção.
A partir dessas ideias, pode-se afirmar que o direito da personalidade
seria marcado pela característica da pluralidade como singularidade.
Hannah Arendt, em seu livro “A condição humana”, sintetiza mui-
to bem essa ideia quando diz que “a pluralidade é a condição da ação
humana, porque somos todos iguais, isto é, humanos, de um modo tal
que ninguém jamais é igual a qualquer outro que viveu, vive ou viverá”.60
A partir daí, podemos afirmar que todo ser humano é único, mas a sua
singularidade somente se constrói através da teia de relações entre seres
humanos iguais, alertando-se para a ideia de que iguais são aqueles que
possuem a liberdade de manifestação independente de todas as suas dife-
renças inerentes. A igualdade se refere, apenas, ao acesso aos instrumentos
de manifestação e, nunca, aos resultados da condição humana.
Condição humana, segundo Hannah Arendt, não se confunde com a
ideia de natureza humana. De acordo com a filósofa, “os homens são seres
59 SARTRE, 1987, p. 5 e 6.
60 ARENDT, 2016, p.10.
387
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condicionados, porque tudo aquilo com que eles entram contato torna-se
imediatamente uma condição da sua existência”.61
O Brasil tem exemplo dessa linha filosófica quando em sua Consti-
tuição de 1988, no artigo 5º, II, diz que:
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que só admite um único interesse e uma única opinião, tem suas raízes
basicamente na unicidade da espécie humana”.67 Essa unicidade seria um
ser humano formado pela mesma condição humana, reproduzindo afetos
e desejos já experimentados e devidamente normatizados como certos e
corretos.
O desejo desse novo modelo social não comporta mais a singulari-
dade na pluralidade, pois ela não pode ser comercializada, conformada,
normatizada e controlada.
Tornar a existência humana em fonte econômica é a nova visão pós-
-Revolução Industrial, e exige, desta forma, uma obediência voluntária
que só pode ser conseguida através de uma prisão invisível, através de uma
sociedade panóptica, segundo Foucault, que seria erguida sob três aspec-
tos: vigilância, controle e correção.
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69 HABERMAS, 1996.
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O que Freud tenta alertar é que “podemos tão só nos ater ao fato
de que a conservação do passado na vida psíquica é antes a regra do que a
surpreendente exceção”.72
A partir desse entendimento, fica claro que o recomeçar na vida de
cada indivíduo leva toda a carga vivida e que, apesar de parecer simples a
solução de viver plenamente a construção de sua identidade, resgatando
a filosofia pré-Revolução Industrial, o desprazer do desamparo e da falta
de controle pode levar a esse indivíduo a uma nova normatização da sua
existência que repete o mesmo, pois esse lugar é conhecido e o tira do
desamparo e descontrole que é a existência humana de experimentação.
Como Freud mesmo conclui:
395
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CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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OS LIMITES JURÍDICOS DA
EXPOSIÇÃO DA IMAGEM DE
CRIANÇAS E ADOLESCENTES NAS
REDES SOCIAIS
Daniele Vedovatto Gomes da Silva Babaresco74
Vinícius Almada Mozetic75
INTRODUÇÃO
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1. O DIREITO À IMAGEM
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share news, images, etc of one’s children” ou, em uma tradução livre, “o
uso habitual das mídias sociais para compartilhar notícias, imagens etc.
dos filhos”. (2020).
Ocorre que muitos adultos não filtram aquilo que será publicado, o
que pode gerar consequências não desejadas à imagem da criança, quando
a publicação se torna um “meme”, por exemplo. Em geral, os “memes”
são engraçados e geram grande interesse social, mas podem gerar cons-
trangimento à pessoa cuja imagem é utilizada, notadamente quando a pu-
blicação ganha maior notoriedade, na hipótese de o conteúdo se tornar
“viral”, por exemplo.
O termo “meme” foi criado pelo biólogo britânico Richard Dawkins,
um dos principais cientistas que estuda a evolução das espécies. O termo
foi utilizado em seu best-seller “O gene egoísta”, de 1976, quando nem
sequer existia internet. A referida obra popularizou a ideia de que a seleção
natural ocorre a partir dos genes, que buscam a sobrevivência por meio de
corpos capazes de sobreviver e de se reproduzir, para replicar os genes. A
ideia do biólogo era terminar o livro com a proposta de que, assim como
os genes, a cultura também se espalha. (2015). “O meme é o equivalente
cultural do gene, a unidade básica de transmissão cultural, que se dá por
meio da imitação”. (2015).
“Viral” é um termo geralmente utilizado para vídeos que alcançam
grande popularidade por adquirirem um alto poder de circulação na in-
ternet. (2020).
A imprevisibilidade da internet, ou seja, a aleatoriedade com que as
informações ganham importância e notoriedade, é um fator preocupan-
te, porque traz uma falsa sensação de segurança ao usuário da rede. Nes-
se contexto, não há como saber quando um conteúdo irá se tornar um
“meme” ou um “viral”. (MARQUES, 2015).
Nesse contexto, muitos pais não medem o alcance da internet e as
implicações que uma simples publicação pode gerar, tanto em relação a
adultos quanto em relação às crianças e adolescentes. Ocorre que estes são
“pessoas humanas em processo de desenvolvimento” (BRASIL, 1990) e
não têm o discernimento necessário para entender o que pode acontecer
no mundo on-line, positiva ou negativamente.
A psicóloga Genevieve von Lob, autora do livro “Happy Parent, Ha-
ppy Child: 10 Steps to Stress-free Family Life”, diz ser compreensível
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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sive no campo dos direitos da personalidade, cuja violação vem sendo no-
tada no meio on-line.
A situação fica ainda mais delicada quando se trata de crianças e ado-
lescentes, cuja imagem é exposta pelos pais nas redes sociais, seja enquan-
to influenciadores digitais, seja sem pretensão profissional ou comercial.
Geralmente esse compartilhamento de imagens é feito com a melhor das
intenções, mas ainda assim, requer certos cuidados a serem adotados pelos
adultos, a fim de não violar direitos fundamentais dessa criança ou mesmo
causar danos a ela no futuro.
Não se pode negar que esta geração já nasceu em meio a câmeras, in-
ternet e redes sociais. Porém, o conteúdo compartilhado no meio on-line
pode se perpetuar no tempo, de forma que não se sabe como a imagem
postada hoje será utilizada daqui a alguns anos. Da mesma forma, não se
sabe o que os adultos do futuro irão achar de suas imagens antigas serem
compartilhadas com todo o mundo, sem que pudessem ter consentido
para isso.
É preciso que os pais façam essa reflexão no momento de expor seus
filhos na rede e filtrem o que será compartilhado. A imagem de uma
criança brincando pode trazer consequências diferentes da imagem de
uma criança fazendo “birra”? Será adequado compartilhar a imagem de
uma criança no “peniquinho” ou tomando banho, expondo momentos
de sua privacidade?
O limite para a exposição da imagem de crianças nas redes sociais é,
portanto, marcado pela obediência aos seus direitos enquanto seres huma-
nos e à sua condição peculiar de pessoas em desenvolvimento.
Se a imagem a ser compartilhada viola a dignidade, a honra, a boa
fama, a respeitabilidade, a integridade moral ou psíquica da criança, então
não deve haver essa exposição. De igual forma, a criança jamais pode ser
exposta a qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexató-
rio ou constrangedor, o que se aplica ao ambiente digital.
O dever dos pais, portanto, é cuidar, proteger, velar pelos direitos da
criança, tanto off quanto on-line.
Diante disso, verifica-se que o artigo 5º, incisos V, X e XXVIII, alí-
nea “a”, da Constituição de 1988, o art. 16 da Convenção sobre os Di-
reitos da Criança, vigente no Brasil por forma do Decreto n. n. 99.710,
de 21 de novembro de 1990, bem como o art. 15 e seguintes do Estatuto
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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KILBEY, Dra. Elizabeth. Como criar filhos na era digital. 1. ed. São
Paulo: Fontanar, 2018.
414
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TARTUCE, Flávio. Direito de Família. 12. ed. rev., atual. e ampl. Rio
de Janeiro: Forense, 2017. v. 5.
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ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM
NECESSIDADES ESPECIAIS (PNE):
PROTEÇÃO DA DIGNIDADE E DOS
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Claudia Rogéria Fernandes76
Introdução
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Conclusão
Referências
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pessoas com deficiência comentada. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos
Humanos. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Porta-
dora de Deficiência - CORDE, 2008, pp.84-85.
426
O CONCEITO DE SUJEITO E A
OBJETIFICAÇÃO – OS CORPOS
ACEITOS E OS CORPOS REJEITADOS
Cibele Pavanatto Mereth79
Marco Antonio Lima Berberi80
Sandra Mara de Oliveira Dias81
Tais Martins82
INTRODUÇÃO
79 Especialista em Direito Público pela Fempar; Especialista em Direito Penal e Processo Pe-
nal pela Unicuritiba 2019-2020. Especialista em Direito empresarial pela Faculdade Legale.
Advogada. Graduação pela Faculdade Dom Bosco.
80 Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2002). Doutor em Direito
pela Universidade Federal do Paraná - UFPR (2018). Professor na graduação e pós-gradua-
ção da UniBrasil.
81 Sandra Mara de Oliveira Dias, Doutoranda em Direitos Fundamentais e Democracia pelo
UniBrasil, Juíza do Trabalho no TRT9.
82 Doutoranda em Direito da Unibrasil. Advogada da Tavares, Martins & Rosa Advogados;
Coordenadora de Direito na UniFaesp; Escritora e fundadora da Calligraphie Editora. Psicó-
loga na Clínica Psicologia, Psicanálise e Bem Estar Inspirare.
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[...] Até agora, nossa investigação sobre a felicidade não nos en-
sinou muita coisa que já não fosse conhecida. E se lhe dermos
prosseguimento, perguntando por que é tão difícil para os homens
serem felizes, a perspectiva de aprender algo novo também não pa-
rece grande. Já demos a resposta, ao indicar as três fontes de onde
vem o nosso sofrer: a prepotência da natureza, a fragilidade do
nosso corpo e a insuficiência das normas que regulam os vínculos
humanos na família, no Estado e na sociedade (Freud, 2011, p. 30).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A RESPONSABILIDADE DO
ESTADO NA DISTRIBUIÇÃO DE
MEDICAMENTOS
Pedro Augusto Rufatto Pizzatto83
Eduardo Fin de Figueiredo84
INTRODUÇÃO
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90. A partir disso, no início dos anos 2000, tivemos um aumento exces-
sivo em ações judiciais no mesmo sentido, pelos dados levantados pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2010 tramitavam no Poder Ju-
diciário – estadual e federal – cerca de 240.890 processos. (NETO, 2014).
Como citado o CNJ anteriormente, ele tomou algumas providencias
como por exemplo a criação do Fórum Nacional do Judiciário com o
intuito de monitorar e resolver as demandas de assistência à saúde, este
fórum é regulamentado pela resolução de número 107. Mas qual seria o
objetivo da criação deste fórum? Um dos principais motivos, é a proposi-
ção de rotinas processuais voltadas à organização de unidades judiciárias
especializadas e também interposição de medidas normativas para evitar
conflitos judiciários e a definição de estratégias relacionadas ao Direito
Sanitário. Além de todo esse aspecto do CNJ e do Ministério da Saúde,
diversas ações judiciais que envolvem determinados tipos de medicamen-
tos são ligadas a grupos fraudadores da saúde pública. (NETO, 2014).
É de salientar-se sobre a temática de que a quantidade de demandas
relacionadas a saúde é altíssima, ainda mais no que se refere a doenças que
muitas vezes é desconhecido algum tipo de tratamento eficaz e/ou pre-
ventivo, eis o ponto onde se leva em consideração a hermenêutica flexível
ao se ler na Constituição Federal em seu artigo 198, inciso II, que trata
sobre a integralidade de assistência, porém para não deixar esse dispositivo
tão vago perante fatores como esse, veio à tona a edição da Lei número
12.401/2011, pautando especificadamente sobre a integralidade na assis-
tência à saúde. (NETO, 2014).
Como forma de facilitar todos esses procedimentos, o caráter unifor-
mizador de jurisprudências dos tribunais superiores, criou uma espécie
normativa a ser seguida, fazendo com que o estudo sobre o STJ e o STF é
de essencial importância de estudo. (NETO, 2014).
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passiva legitima apenas aquele ente que, tem o dever de entregar o bem
jurídico em discussão, o que em casos que houvesse incerteza quanto a
responsabilidade a jurisprudência penderia para a solidariedade. De acor-
do com a Defensoria Pública, não deve ser utilizado da reserva do possível
como forma de restringir o direito a saúde. (OHLAND, 2010).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se observar que por mais que o direito a saúde seja um princí-
pio fundamental regulamentado pela Constituição Federal, a distribuição
medicamentosa não é de grande eficiência, e cada dia mais pessoas acabam
perdendo suas vidas por falta dessa prestatividade estatal.
Existe diversas fiscalizações, um sistema burocrático de âmbito gi-
gantesco para que seja distribuído medicamentos, sejam por licitações ou
por medidas judiciais, que como bem sabemos não é nada célere como
deveria ser de fato, mas não existe uma grande importância com relação a
isso, mesmo na emenda constitucional de número 29º não prevê o fim da
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REFERENCIAS
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O ESTADO DE EXCEÇAO NA VISAO
DE GIORGIO AGAMBEN E HANNAH
ARENDT: UMA ANÁLISE JURÍDICA A
PARTIR DA REALIDADE BRASILEIRA.
Amanda Pimentel de Souza85
INTRODUÇÃO
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Esse trecho faz menção aos povos que perderam sua nacionalidade,
em específico, os Judeus, refugiados para não serem mortos e quando em
outros países tinham que se naturalizar de acordo com a nação no qual
estavam inseridos, os apátridas e fora que teriam que se mostrar dignos da-
quela nacionalidade, por tanto, os direitos dos homens não se fez presente,
e os direitos inalienáveis totalmente desprovidos.
“O estatuto tem que ter caráter humanitário e social, não político.”
Ao mesmo tempo mostra a exceptio da vida nua, como o descontenta-
mento com a inclusão na vida política por falta dos próprios direitos que
lhes são dados.
Por outro lado, em se tratando dos Estados Totalitários, Hannad
Arendt se diferencia um pouco de Agamben. Não há a inclusão da zoé na
bíos. Ela tratou do totalitarismo no segundo pós-guerra e não viu qual-
quer perspectivada de introdução na biopolítica. Arendt, no “O totalita-
rismo”, escreveu um projeto de pesquisa sobre os campos de concentra-
ção, mas permaneceu sem seguimento, o objetivo era a dominação total
dos homens. É factual ser o campo do totalitarismo uma vida nua e não
política, eram cidadãos apenas viventes, desprovidos de direitos e procu-
ravam através desse ideal o reconhecimento dessa política totalitária. Esse
pensamento mudou quando ela se refugiou e começou enxergar o totali-
tarismo sobre uma nova ótica, e, com isso, percebeu a importância da sua
introdução na vida política, onde os povos desprovidos de direitos deve-
riam lutar pela igualdade de esferas.
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desequilíbrio não amparado por lei, com por exemplo, a Guerra Civil, o
Nazismo e a própria resistência.
Os conflitos internos também são considerados um Estado de Exce-
ção por falta de lei, tem-se, desta forma, os protestos, as greves, a inexis-
tência de uma norma reguladora gera este cenário e é onde o Estado entre
em cena. Fica nítido uma terra de ninguém entre Direito Público, fato
político e a ordem jurídica.
Como supracitado, levando em conta a premissa do “Estado nazista”,
Agamben faz uma breve menção:
Fica claro que toda exceção é uma regra e precisa da população, re-
voluções, guerras e principalmente de resistência pois, participam de atos
não amparados por lei. A greve dos policiais no Estado do Ceará, bem
atual e no ano vigente de 2020, noticiada pelas redes de televisão, é in-
constitucional, ou seja, não é permitida por lei, nem de forma constitucio-
nal e nem infralegal. Esses militares estão certos destas atitudes, onde estão
totalmente desprotegidos e sem a tutela do Estado? Os mesmos querem
um direito não amparado legalmente, para isso, precisa-se de resistência,
mas também da liberdade que o Estado não propicia, no Brasil nunca per-
dura por muito tempo e na maioria das vezes prevalece o que o Estado es-
tipula. No livro, Estado de Exceção de Giorgio Agamben, ele faz menção
a duas analogias referentes ao direito de resistência: “na visão de Giuseppe
Dossetti, prevaleceu a opinião de que era impossível regular juridicamente
alguma coisa que, por sua natureza, escapa a esfera do direito positivo e o
artigo foi rejeitado.” Por outro lado, a “Constituição da República Federal
Alemã, figura um artigo (o art. 20) que legalizava, sem restrições, o direito
de resistência, afirmando que – contra quem tentar abolir esta ordem – a
Constituição democrática – todos os alemães têm o direito de resistência,
se outros remédios não forem possíveis, nesse último caso, prevaleceu o
direito de voz da população, onde o que não for amparado por lei, possi-
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velmente será por meio das revoluções populacionais, brigando por direi-
tos não amparados pelas normas. Será que no Brasil esta resistência per-
dura por muito tempo a ponto de uma greve, protestos e passeatas virarem
Decretos ou até mesmo Lei? A falta de liberdade citada anteriormente e
não resistência, não permitem esta procedência e dependendo da questão,
pode-se falar em até falta de igualdade quando relacionado a classe menos
favorecida, uma verdadeira exceção.
Partindo para outra premissa, no que tange ao Direito Ambiental,
para se tornar eficaz a proteção, prevenção desse meio, o que foi preciso?
Várias Guerras, Revoluções e Resistência. O Meio Ambiente é um assun-
to mundial, um dano causado em um país, pode gerar prejuízo em tantos
outros, ou seja, nenhum Estado pode permitir o uso do seu território para
receber lançamentos de emanações de outro, para isso, em 1941 surgiu o
Trail Smelter Case entre o Canadá e o Estados Unidos, onde ficou decidi-
da esta situação através de arbitragem. Tem-se também o surgimento da
Convenção Quadro no ano de 94 estabelecendo o Princípio da responsa-
bilidade comum, porém diferenciada, em seguida surgiu o Protocolo de
Kyoto e desta forma e com outros ganhos posteriores, o meio ambiente
que era exceção foi virando regra através de Declarações, Convenções e
Tratados. Por que não fazer como a República de Weimar, como cita
Agamben em seu livro, Estado de Exceção, onde estas medidas tempo-
rárias desempenhou um papel certamente mais determinante do que na
Itália, onde o instituto não era previsto explicitamente, ou na França, que
o regulamentava por meio de uma lei e que porém, recorreu amiúde e
maciçamente ao état de siége e à legislação por Decreto, isso quando a se-
gurança pública e a ordem (die offentliche Sicherheit um Ordnung) esti-
vessem ameaçadas. Para tanto, como sistema de governo, uma democracia
representativa e semi presidencial, onde existam as exceções, mas não se
sobreponham as normas, tudo de forma democrática e dando direito a voz
a quem se encontra na exceção, uma ligação entre povo e governo.
Fazendo uma retrospectiva ao mencionado anteriormente, é de suma
importância enfatizar que a greve dos policiais é um estado de exceção
pois, eles não têm tutela nenhuma do Estado, pode ser enquadrada tam-
bém como um grande campo de concentração feito de forma pensada e
democrática, vivendo uma vida nua, onde tentam impor a sua lei, mas essa
lei não existe por inexistência de amparo legal na Constituição, é uma lei
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pelo Governo pois, até eles estão sendo acometidos, estão vivendo o dra-
ma real em sua forma material, ou seja, também estão sendo prova viva
da situação crítica do país, onde está ganhando respaldo como esse cená-
rio, a prevalência dos direitos humanos, a igualdade, todos estão tendo o
mesmos tratamentos, independente de recorrerem a hospitais públicos ou
particulares. A prevenção está sendo aplicada através do estado exceção,
das diversas proibições estipuladas, gerando até multa em certos casos o
não cumprimento. Caso a situação não seja controlada, tanto os hospitais
públicos, assim como, os particulares, não vão suportar a demanda, por
isso ser melhor a prevenção abdicando de certos direitos trazidos por lei,
do que a reparação, essa sim, caso aconteça, será crucial, o fim, a arruina-
ção das vidas.
Como se tem uma “Lei Maior” para o controle populacional, para que
não haja algazarras, e o contexto crítico é mundial, pode-se recorrer a ex-
ceção através do objetivo fundamental específico que é a solidariedade, nas
suas relações internacionais, a defesa da paz, solução pacífica dos conflitos
e a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. O quadro
é geral, os governantes estão vivendo de forma real e não virtual, por isso,
estão agindo muitas vezes por exceção, onde na verdade, o povo é que age
nesse sentido, na busca por direitos pois, são vistos na maioria da vezes de
forma virtual, e no contexto atual a prevalência é do bem comum, para to-
dos, princípio da igualdade de direitos aplicado de forma razoável.
Agamben também cita em paradoxo formulado por Schimitt, onde
se encaixa no pensar:
A situação, que vem a ser criada na exceção, possui, por tanto, este
particular, o de não poder ser definida nem como uma situação de
fato, nem como uma situação de direito, mas institui entre estas
um paradoxal limiar de indiferença. Não é um fato, porque é cria-
do apenas pela suspensão da norma; mas, pela mesma razão, não é
nem ao menos um caso jurídico, ainda que abra a possibilidade de
vigência da lei.
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que está fora, e fora do ordenamento, apenas pertence quem não tem di-
reito, e se não tem direito, não se tem fato para exprimir e normatizar.
Partindo para outra premissa, exemplo, a população carente, os mora-
dores de rua, os negros, a classe homoafetiva, citando também, a liberda-
de religiosa que está sendo impactada na contemporaneidade ainda forma
expressiva. Todos esses gêneros supracitados se encaixam no pertencer a
uma sociedade sem ser incluso, ou seja, nasce e vive sem ser incluído, mas
que pode vir a ser incluído através da exceção. “Ela é aquilo que não pode
ser incluído no todo ao qual pertence e não pode pertencer ao conjunto
no qual está desde sempre incluído.” (Agamben, 2007, p.32). Os mora-
dores de rua citados anteriormente, é um exemplo nítido, apenas nascem
e vivem, não têm direitos pois, vivem uma exclusão e não sabem lutar por
seus direitos por falta de informação, subsistem de forma indigna, a ten-
dência é a crescente taxa de natalidade desse tipo de classe, acham normal
a vida vivida de forma precária, a culpa será do governo ou da geração que
vai se proliferando no tempo? O que fazer para tornar essa massa inclu-
siva? Existem políticas inclusivas para essa questão? É certo que a CF/88,
em seu art. 5º, inciso III, expressa que ninguém será submetido a trata-
mento desumano ou degradante, mas essa frase mencionada é formal, a
sua aplicabilidade deixa a desejar em alguns campos, essa população de rua
não vive de forma digna, onde fere de forma concreta a dignidade da pes-
soa humana. Esse conjunto de pessoas excluídas vive o que Badiou define
de: “excrescência, um termo que está representado, mas não apresentado,
(que está, assim, incluído em uma situação sem pertencer a ela), singu-
lar um termo que está apresentado, mas não representado.” (Agamben,
2007, p.31). Pode-se definir como uma vida nua, sem rumo e sem dire-
cionamento. Atualmente, o prefeito Geraldo Júlio86 colocou em ação um
86 No dia 24/12/2019 foi inaugurado um Abrigo Noturno Irmã Dulce para população em
situação de rua do Recife, fica no bairro de São José, área central do Recife. Prefeito do
Recife em seu segundo mandato, Geraldo Júlio é administrador formado pela Universidade
de Pernambuco, com especialização em gestão pública pela mesma instituição. Ingressou
no serviço público como concursado do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco em
1992. Trabalhou nos governos de Miguel Arraes e Eduardo Campos. Foi o responsável pela
implantação do Hospital da Mulher do Recife - o primeiro hospital construído pela Prefeitu-
ra do Recife -, dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), do programa Robótica nas Escolas
e do Hospital Veterinário do Recife. Disputou eleição pela primeira vez em 2012, tendo sido
eleito prefeito do Recife no primeiro turno. Em 2016 foi reeleito com a maior votação da
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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o que caracteriza o excluído é a exceção, para tanto, ela não precede e nem
suspende a ordem, mas é na verdade o que foi colocado pra fora mesmo
estando dentro.
No que concerne a Schmitt, Agamben se volta muito para ele em seu
Livro Estado de exceção, e Schimitt diferencia anarquia e caos do estado
de exceção, afirma ter sentido jurídico e ordem mesmo não sendo uma
ordem jurídica e na verdade ele deseja fazer um paralelo entre essas duas
esferas, estado de exceção e ordem jurídica. Nesse contexto, se a suspen-
são da Constituição quanto a aplicabilidade for permitida sem deixar de
vigorar, fica evidenciado a exceção concreta. O Brasil está passando por
isso, onde o direito de ir e vir foram suspensos, mas não que a constituição
vá deixar de vigorar, presos tendo prisões relaxadas de forma temporária
por se enquadrar no quadro de risco, fechamento do comércio, e a liber-
dade? Tudo é constitucional e estão sendo retirados, aplicados de forma
concreta através da exceção, mas não que o nosso ordenamento vá deixar
de vigorar, mas o estado de calamidade pública em que o país se encontra
enseja muitas vezes medidas restritivas muitas vezes em detrimento à CF,
é o agir por exceção, onde a norma é anulada de forma provisória, com
isso, percebe-se o entrelaçamento do estado de exceção entre a norma e
a decisão.
Dessa forma, fica demostrada duas vertentes, a primeira no que diz
respeito ao Estado, o agir com extrema emergência, muitas vezes utili-
zando a exceção e a transformando em regra, tudo para garantir o bem
comum. O estado de extrema urgência e necessidade se faz presente e
entra em cena como um instituto do direito através da exceção, deixando
o direito de lado para que seja aplicada a exceção, ou seja, direitos concedi-
dos pelo ordenamento, mas retirados ou restringidos de forma temporária
para a prevenção de toda a população a brasileira, um exemplo nítido, que
é fato está acontecendo não só no Brasil, mas no Mundo, a proteção à
vida, onde se fez presente devido a pandemia do CODID-19. Com isso, o
estado de exceção afasta a norma para tornar possível a sua aplicação. Caso
essas exceções venham trazer benefícios para a população, muitas delas
poderiam virar regras permanentes. No livro, O estado de exceção, Gior-
gio Agamben, a primeira Guerra Mundial coincide, na maior parte dos
países beligerantes, com um estado de exceção permanente. No dia 02
de agosto de 1914, o presidente Poincaré emitiu um decreto que colocava
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o país inteiro em estado de sítio e que, dois dias depois, foi transformado
em lei pelo Parlamento. O estado de sítio teve vigência até 12 de outubro.
A segunda vertente abrange os excluídos de forma geral, considerados
apenas seres viventes, onde pertencem sem pertencer, nascem e fazem
parte de um todo ao qual não pertencem. São considerados cidadãos de
direitos, mas não vivem esse direito e precisam ser incluídos através da
exclusão, vivem muitas vezes uma vida indigna e uma verdadeira mata-
bilidade, uma vida nua onde tem direito sem ter, agem por exceção sem
nenhuma proteção estatal, é uma agir na busca por direitos para o preen-
chimento de um vazio jurídico. O estado de exceção aqui não se relaciona
com a violência imposta na antiguidade, exemplo, ditadura. Agabem cita
em seu livro, Estado de Exceção, o caso do Estado Nazista:
475
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
476
CRISE DE REPRESENTATIVIDADE:
REFORMA POLÍTICA
Jeazi Almeida de Sousa
INTRODUÇÃO
477
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483
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
E necessário entender que o gozo dos direitos políticos é algo que deve
ser amplamente explorado pelos partidos que representam interesses diver-
sos, mas, que também esteja na consciência social do indivíduo que compõe
o Estado Democrático. Se os fins almejados pelas coligações partidárias não
estiverem alinhados as necessidades e precariedades sócias, então, não há
democracia. Assim como se não há uma pauta esclarecedora com a qual o
cidadão se identifique, este estará mais sujeito a indiferença política.
É interessante compreender como os mesmos mecanismos da política
tradicional ainda operam na atualidade em que os “representantes” polí-
ticos satisfazem os próprios interesses ratificando ainda mais um sistema
corrupto que desvaloriza o cidadão brasileiro subjugando a uma realidade
em que a educação, a saúde e a qualidade de vida como um todo não são
acessíveis. Então, é necessário quanto a participação popular que haja mais
engajamento nas questões sociais como defendido no sistema programáti-
co da Constituição Federal de 1988 e, portanto, mais criticidade nas pau-
tas partidárias em coerência com as demandas do povo, ainda atentando a
necessidade de uma reforma política em que os partidos possuam repre-
sentantes mais responsáveis com os objetivos do partido além de ser algo
mais coerente e claro para a sociedade que irá estabelecer uma identidade
partidária e assim exercer sua cidadania com plena consciência.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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ASSÉDIO MORAL LABORAL POR
MEIO DE AGRESSÃO VERBAL:
EFEITOS-SENTIDO DE VIOLAÇÃO DE
UM BEM JURÍDICO TUTELADO
Thalyra Santana Silva Leão87
Maria da Conceição Fonseca-Silva 88
Jorge Viana Santos89
INTRODUÇÃO
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P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
sédio moral laboral, tais como: comunicação hostil e antiética, atos co-
missivos e/ou omissivos, gestos, palavras, comportamentos ou quaisquer
condutas abusivas [...]”. Neste sentido, as palavras empregadas por meio
de uma comunicação hostil e antiética podem se constituir como um ver-
dadeiro método de agressão verbal contra o trabalhador que podem causar
sérios danos à sua condição psíquica.
Levando em consideração que o assédio moral é um fenômeno social,
pois atinge diferentes áreas da vida do trabalhador e ultrapassa a esfera ju-
rídica trabalhista, interessa-nos pesquisar as práticas de assédio moral por
meio de agressão verbal contra trabalhadores em processos trabalhistas no
âmbito empresarial privado sob a perspectiva da Análise de Discurso (do-
ravante AD), num entrecruzamento com conceitos do campo jurídico.
Com o objetivo de identificar e analisar os efeitos-sentido das práti-
cas de agressão verbal contra trabalhadores encontradas em processos tra-
balhistas, fizemos um levantamento dos processos trabalhistas de assédio
moral laboral no âmbito empresarial privado na Comarca da Cidade de
Vitória da Conquista – BA, datados entre os anos de 2014 a 2018. Assim
como explicado em Silva-Leão (2020), o critério de escolha desse período
se deu: 1) porque os fatos geradores dos direitos pleiteados nesses proces-
sos e a data da propositura dessas ações foram posteriores à promulgação
da Constituição Federal de 1988; 2) o fator acessibilidade, fizemos o le-
vantamento apenas dos processos que já se encontravam em meio digital,
uma vez que a digitalização dos processos se iniciou, na Comarca, apenas
no ano de 2014, fazendo com que os processos anteriores à essa data e que
ainda se encontravam fisicamente nas Varas eram de difícil acesso.
Inicialmente, solicitamos autorização a cada um dos Juízes titulares de
cada uma das duas Vara trabalhistas da Comarca, o que foi autorizado. Em
seguida, um servidor público fez uma pesquisa por assunto “assédio mo-
ral” no sistema utilizado pela Justiça do Trabalho o PJe (Processo Judicial
Eletrônico) o que gerou uma lista com todos os processos que envolviam
a temática na Comarca.
A constituição do arquivo analítico se deu com o download de cada
processo da lista, com sua posterior leitura completa do conteúdo para
classificação e seleção dos processos que envolviam apenas empresas priva-
das, que é o nosso recorte. Encontramos 35 (trinta e cinco) processos tra-
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Dispositivos teóricos
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P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
São essas evidências que dão aos sujeitos a realidade como sistema
de significações percebidas, experimentadas. Essas evidências fun-
cionam pelos chamados “esquecimentos”, [referidos anteriormen-
te]. Isso se dá de tal modo que a subordinação-assujeitamento se
realiza sob a forma de autonomia [...] a interpelação do indivíduo
em sujeito pela ideologia traz necessariamente o apagamento da
inscrição da língua na história para que ela signifique produzindo o
efeito de evidência do sentido (o sentido-lá) e a impressão do sujei-
to ser a origem do que diz. Efeitos que trabalham, ambos, a ilusão
da transparência da linguagem (ORLANDI, 1999, p. 44-46).
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(doravante FD) que é o lugar que vai determinar o que pode e deve ser
dito pelo sujeito. Isso se dá por meio de um processo de identificação do
indivíduo com uma determinada formação ideológica (FI), e é daí que
as palavras, expressões e proposições adquirem seus sentidos. Pêcheux
afirma que “[...] os indivíduos são ‘interpelados’ em sujeitos-falantes (em
sujeitos de seu discurso) pelas formações discursivas que representam ‘na
linguagem’ as formações ideológicas que lhes são correspondentes” (PÊ-
CHEUX, 1975, p. 147).
Nesta mesma linha de raciocínio, Pêcheux continua
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95 Nas citações das SDs mantivemos ipsis litteris o texto como escrito no processo judicial.
Acrescentamos, para fins de melhor compreensão, quando estritamente necessário, pala-
vras e/ou expressões para, por exemplo, recuperar a completude de uma frase. Mantivemos
também os destaques em negrito, itálico ou caixa alta originais do texto.
96 Os processos trabalhistas são regidos pelo princípio de preservação do direito à intimi-
dade, extraído do art. 93, IX, da CRFB/88, e art. 4º, § 1º, inciso II da Resolução nº 121, de 5
de outubro de 2010, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que restringe a publicidade de
processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho na rede mundial de computadores.
Por esse motivo, fez-se necessária a criação de uma codificação única para cada processo
para que fosse possível citar o processo neste trabalho e identificá-lo no corpus, esse proce-
dimento adotado é similar ao adotado por Silva-Leão (2020). Foram omitidos os nomes das
partes envolvidas nos processos e/ou qualquer dado que possa identificar as partes.
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Considerações finais
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REFERÊNCIAS
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506
O PROCESSO ESTRUTURAL
ENQUANTO MECANISMO
DE PROTEÇÃO DE DIREITOS
FUNDAMENTAIS E PROMOÇÃO DE
POLÍTICAS PÚBLICAS
Isabela de Araújo Zambon Elias98
INTRODUÇÃO
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1. PROCESSOS ESTRUTURAIS
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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INTRODUÇÃO
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Isso acontece, entre outros motivos, por causa das falhas existentes no sis-
tema representativo de democracia brasileira e, também, pela condição
socioeconômica da maioria da população em nosso país, que não conse-
gue exercer seus direitos por não os conhecer, ou por não ter meios aces-
síveis para reivindicá-los.
É a falta do mínimo existencial, ou da mínima condição de dignida-
de da pessoa humana, que afasta os cidadãos do exercício de seus direitos
políticos, e que reduz sua possibilidade de reivindicá-los.
De acordo com a própria Declaração dos Direitos Humanos da
ONU de 1948, todo ser humano e seus familiares têm direito a uma qua-
lidade de vida tal, que lhes sejam assegurados saúde, alimentação, habita-
ção, vestuário e serviços de previdência social. A Carta Magna também
eleva a educação à categoria de direito fundamental, contudo, como infe-
lizmente pode-se perceber, o Brasil não oferece esses benefícios aos seus
cidadãos, tal qual deveria ser feito, por lei.
Nosso modelo de democracia representativa distancia os cidadãos
da participação no poder público, mesmo que elejam seus representantes,
por sufrágio universal. O modelo eleitoral brasileiro não possibilita que
os legítimos representantes do povo sejam eleitos, para governar, porque
os partidos políticos e as regras eleitorais, ou mesmo a mídia, distanciam
os escolhidos, nas eleições, das verdadeiras pretensões do eleitorado, em
relação aos seus candidatos.
A filiação partidária prévia como condição para elegibilidade mo-
nopoliza a eleição aos partidos políticos. Os grandes partidos brasileiros
têm um poder de grande controle político em nosso país. Além do mais, o
sistema eleitoral proporcional do legislativo faz com que candidatos, sem
maioria de votos, possam ser eleitos.
Além disso, apesar de algumas tentativas de solucionar o problema
da influência financeira nas campanhas eleitorais, como as novas regras
da reforma política de 2017, que aprovou o estabelecimento do limite de
gastos por candidato nas campanhas eleitorais, a influência financeira con-
tinua exercendo papel decisivo em tais campanhas.
O autofinanciamento e as doações, nas campanhas eleitorais, per-
manecem; além do tempo desigual, para os candidatos, de participação no
horário eleitoral; e da cláusula de barreira, que é uma regra que limita a
possibilidade de participação no horário eleitoral, como também limita o
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100 Quando uma criança nasce na Finlândia, a mãe tem direito a 105 dias úteis de licen-
ça-maternidade. O pai recebe outros 54 dias úteis de licença. Além disso, os casais podem
dividir entre si um período adicional de mais de cinco meses de licença parental. Fonte:
WALLIN, Claudia. Como oportunidades iguais a ricos e pobres ajudaram Finlândia a virar
referência em educação. BBC NEWS | Brasil. 18 set. 2018. Disponível em: <https://www.
bbc.com/portuguese/internacional-45489669>. Acesso em 11/11/2020.
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533
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CONCLUSÕES
101 Analfabetizados, nesse contexto, quer dizer analfabetos em termos de direitos eleito-
rais.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
535
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
JUNIOR, José Armando Ponte Dias; SILVA, Aurélia Carla Queiroga da;
LEITE, David de Medeiros. Participação Política e Cidadania. 1
ed. Curitiba. Editora Appris, 2018.
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OS EFEITOS DA VULNERABILIDADE
DO POSTULADO DO ESTATUTO
DO IDOSO E A CONTRIBUIÇÃO
DOS PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
NA PROTEÇÃO E DIGNIDADE DA
PESSOA HUMANA.
Camila de Carvalho Guimarães Ouro102
Flavia Lima Xavier103
Viviane Mello de Oliveira Spena104
INTRODUÇÃO
Esse estudo tem por finalidade realizar uma pesquisa aplicada, uma
vez que utilizará conhecimento da pesquisa fundamental para resolver o
problema da pesquisa. E, para melhor tratamento dos objetivos, será uti-
lizada a metodologia exploratória, com método de pesquisa bibliográfica,
com uso de materiais já elaborados - livros, artigos científicos, revistas,
documentos eletrônicos -, como forma de expandir os conceitos e abor-
dagens do assunto já trabalhados por outros autores.
A Pesquisa apresenta uma ordem na relação dos conceitos, primei-
ramente em torno da pessoa idosa, em seguida a Vulnerabilidade, num
102 Mestre.
103 Graduanda.
104 Mestre.
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1. A PESSOA IDOSA
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2. VULNERABILIDADE
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Pode-se afirmar, desde logo que uma das marcas da velhice é a per-
da de “lugares”: lugares sociais, relacionais, afetivos, econômicos e
espaciais ou físicos. A perda desses “lugares” faz com que muitos
idosos passem a residir por imposição ou “opção” em espaços di-
versos: uma dependência isolada da casa, uma cadeira bem no can-
tinho da sala ou, o que é bastante comum, uma casa “de repouso”,
longe dos olhos dos familiares. O próprio idoso aceita sua condição
de velho e, debilitado, dá se conta de que não pode ficar entre os
familiares, porque pode “atrapalhar”. (COSTA; MERCADAN-
TE Apud LIMA, 2013).
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CONCLUSÕES
Com o presente estudo conclui-se que a pessoa idosa teve seu papel
social ressignificado ao longo dos tempos, deixado o status de individuo
experiente e transmissor de conhecimentos para assumir o título de de-
pendente, passivo e retrógado.
Essa mudança não foi por escolha, mas por medo, dificuldade e re-
sistência em acompanhar as transformações da sociedade e o avanço tec-
nológico que, diante da velocidade com que ocorrem, representam um
desafio também para as gerações mais novas.
O desenvolvimento tecnológico é o marco da sociedade contempo-
rânea e, também, seu maior divisor. Não compreender o funcionamento,
não ter acesso ou não utilizar a tecnologia é se tornar incapaz de participar
da vida social que, especialmente no ano de 2020, aconteceu por meios
virtuais face às medidas de prevenção e combate à COVID-19.
Foi criado um estigma para o idoso, colocando-o na posição de vul-
nerável, improdutiva e dispendiosa, sendo necessário o socorro das leis
para paralisar foi ainda mais impactado por esta mudança. Com o texto
constitucional e o advento do Estatuto do Idoso se abriu espaço para os
debates sobre a necessidade de proteção destas pessoas e para criação de
meios para seu desenvolvimento e produção social, cognitiva e cultural.
Com o interesse e empenho da sociedade, os idosos também podem se
adaptar e participar desta evolução e, diante do cenário atual, com o con-
trole da vida social pela tecnologia, necessário possibilitar a interação entre
os idosos e a nova sociedade a fim de que não se perca o elo entre gerações.
O uso da tecnologia em prol das pessoas idosas também é um cami-
nho para que a sociedade aprenda com as experiências e os saberes acu-
mulados ao longo da vida destas pessoas e, para o idoso, uma forma de po-
tencializar os próprios recursos e atuar na autoconstrução da subjetividade
e da identidade.
549
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
551
ESTADO DE COISAS
INCONSTITUCIONAL NOS
PRESÍDIOS BRASILEIROS
Jaquelina Leite da Silva Mitre105
INTRODUÇÃO
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tigo 208, § 1º, da CF, de acordo com o qual se cuida de direito pú-
blico subjetivo) importa igualmente em grave violação ao princípio
da dignidade da pessoa humana, na medida em que este implica
para a pessoa humana a capacidade de compreensão do mundo e
a liberdade (real) de autodeterminar-se e formatar a existência, o
que certamente não será possível em se mantendo a pessoa sob o
véu da ignorância”.
106 BRASIL. ADPF n. 347/DF. Relator Ministro Marco Aurélio de Melo. Disponível em: <http://
www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4783560#>. Acesso
em: 27 set. 2020.
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art. 60, §4º, III. Barroso explicita tal princípio através de duas concepções
básicas: a divisão de funções entre órgãos diversos e controles recíprocos.
Extraem-se de tal conteúdo a especialização funcional e a necessidade de
independência orgânica de cada poder em relação aos demais (BARRO-
SO, op. cit., 2009).
Em que pese a existência da separação de poderes, quando há dis-
plicência nos atos dos demais Poderes, por vezes, faz-se necessária uma
intervenção, o que tem sido feito pelo Poder Judiciário através do deno-
minado ativismo judicial.
Para Barroso, essa conduta pode se manifestar da seguinte forma
(BARROSO, 2009, p.31):
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São inúmeras as violações aos direitos dos presos, a maioria das peni-
tenciárias possui infiltração nos respectivos aposentos, como, por exem-
plo, o presídio de Água Santa no Estado do Rio de Janeiro, passando a
ameaçar a saúde dos detentos. Não obstante, há reiteradamente foco de
doenças contagiosas, como a tuberculose.
Recentemente, fora divulgado que a penitenciária de Pedrinhas, no
Maranhão, possui caso de hanseníase e esses presos não são separados, o
que pode ocasionar um verdadeiro surto na penitenciária. Logo, é latente
a violação do direito à saúde do preso, além de enfrentamento da superlo-
tação, insalubridade e a lentidão da Justiça.
Na mesma esteira, as doenças de pele são detectadas no presídio de
Papuda, no DF, tendo a doença atingido quase 700 detentos. O Tribu-
nal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) divulgou nota,
informando que recebeu, em maio de 2017, denúncias anônimas sobre
um possível surto. Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal,
trata-se de uma doença chamada escabiose (nome científico da sarna),
doença contagiosa causada por um ácaro e que provoca coceira intensa e
impetigo. Já o impetigo é uma infecção bacteriana que atinge as camadas
superficiais da pele, causando aparecimento de bolhas com pus.
No presente caso, é notória a violação ao direito de saúde dos presos
e, consequentemente, a vulneração da dignidade da pessoa humana. As
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
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maranoticias/noticias/SEGURANCA/497683-ESPECIALISTAS-
-APONTAM-PROBLEMAS-DO-SISTEMA-PRISIONAL-
-BRASILEIRO.html>. Acesso em: 01 out. 2020.
565
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FELLET, João. Escuridão, aperto e doenças: uma visita a uma prisão ma-
ranhense. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noti-
cias/2014/01/140120_prisoes_maranhao_pai_jf>. Acesso em: 03 de
nov. 2020.
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
geral/noticia/2017-07/doencas-de-pele-atingem-quase-700-presos-
-de-presidio-do-df>. Acesso em: 01 de nov. 2020.
567
A (IN)CONSTITUCIONALIDADE
DO DECRETO PRESIDENCIAL DE
INDULTO: DIREITO FUNDAMENTAL
OU PRIVILÉGIO RETRÓGRADO?
Timóteo Ágabo Pacheco de Almeida 107
INTRODUÇÃO
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108 Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) XII - conceder indulto
e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
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110 Conforme informação disponível no sítio eletrônico do Supremo Tribunal Federal, Dis-
ponível em: <http://portal.stf.jus.br/ processos/detalhe.asp?incidente=4795375>. Acesso
em 05.07.2020.
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112 Como exemplo, podem ser citados os artigos “PGR e ADI 5874: os limites do indulto
e os reflexos nas ações penais de combate à corrupção política brasileira”, disponível em:
<https://www.migalhas.com.br/ dePeso/16,MI271752,41046-PGR+e+ADI+5874+os+limi-
tes+do+indul to+e+os+reflexos+nas+acoes+penais>. Acesso em 08.07.2020.
113 Para consulta processual, vide: <www2.trf4.jus.br/trf4/controlador.php?acao=consul-
ta_ processual_ resultado_pesquisa&txtPalavraGerada=bMsw&hdnRefId=887fea44a0cc-
13726cefcc242b2559f1&selForma=NU&txtValor=50342058820184040000&chkMos-
trarBaixados=1&todasfases=&todosvalores=&todaspartes=&txtDataFase=&selOrigem=-
TRF&sistema=&codigoparte=&txtChave=&paginaSubmeteuPesquisa=letras>. Acesso em
10.07.2020. Para detalhamento sobre o julgado e nota crítica ao mesmo, vide: <https://
www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI294126,21048-TRF%20da%204%20regiao%20decla-
ra%20indult o%20natalino%20de%202013%20inconstitucional>. Acesso em 10.07.2020.
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114 A Suprema Corte divulgou nota pública sobre o julgamento em seu sítio eletrôni-
co, disponível em <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteu-
do=410684>. Acesso: 12.07.2020.
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CONCLUSÃO
115 Em dados precisos, o Brasil possui cerca de 726 mil presos. Para consulta aos dados da
pesquisa, vide: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-12/populacao-carcera-
ria-do-brasil-sobe-de-622202-para-726712-pessoas>. Acesso em 20.07.2020.
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REFERÊNCIAS
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s=&todosvalores=&todaspartes=&txtDataFase=&selOrigem=TR-
F&sistema=&codigoparte=&txtChave=&paginaSubmeteuPesqui-
sa=letras>. Acesso em: 10 de julho de 2020.
PRADO, Luis Regis [et al]. Execução Penal. 4ª ed. rev., atual. e amp1. -
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017.
585
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
ROSA, Antônio José Miguel Feu. Execução Penal. São Paulo: Revista
dos Tribunais, 1995.
STATES, The Constitution of the United States. The Bill of Rights &
All Amendments. Disponível em: <https://constitutionus.com/>.
Acesso em: 27 de junho de 2019.
586
A POSSIBILIDADE DAS
CANDIDATURAS AVULSAS NO BRASIL
FRENTE AO PACTO DE SAN JOSE DA
COSTA RICA
Bárbara Jacyntho dos Santos116
1. INTRODUÇÃO
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reiterando há alguns anos, entretanto sem que seja lhe dispensado a devida
importância e urgência que pede o cenário político atual do Brasil.
Atualmente o assunto continua em pauta por meio do Recurso Es-
pecial (RE) nº 1.238.853 no Supremo Tribunal Federal (STF) que visa a
reforma da decisão proferida pelo TSE no sentido de não autorizar a can-
didatura avulsa de dois cidadãos brasileiros sem a necessidade de filiação
partidária. O principal fundamento jurídico alegado, também reivindica-
do em outras discussões acerca do tema, é a incorporação do Pacto de Santo
Jose da Costa Rica na interpretação da regulamentação eleitoral fornecida
pela Constituição Federal de 1988.
O Ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso é
o relator do caso e reconheceu a repercussão geral estabelecida sobre o
referido RE, motivo pelo qual convocou uma plural quantidade de aca-
dêmicos e representantes de instituições cujo interesse ou conhecimento
seja expressivamente pertinente ao tema, para discutirem sobre as questões
democráticas e de direitos fundamentais que envolvem a possibilidade das
candidaturas avulsas, em audiência pública realizada em 09 de dezembro
de 2019.
Embora a discussão explanada na referida audiência tenha sido, nas
palavras do próprio relator, “um debate verdadeiramente plural, com ex-
posições extremamente bem fundamentadas, de pessoas que se prepara-
ram e vieram contribuir para o país e para o Supremo, para que possamos
tomar uma decisão devidamente esclarecida”(BARROSO, Luís Rober-
to, 2019, online [s.p]) o julgamento do Recurso Especial ainda encontra-se
pendente, e o assunto ainda parece estar na esfera utópica do ordenamento
jurídico brasileiro.
Sobretudo, salienta-se que assim como a intenção do relator ao con-
vocar a audiência supra mencionada, o intuito do presente artigo não con-
siste em sugerir ou defender a extinção dos partidos políticos do sistema
eleitoral brasileiro, mas apresentar uma breve reflexão sobre viabilidade
das candidaturas avulsas, como um meio alternativo tanto aos elegíveis
quanto aos eleitores, proporcionando uma concorrência política que es-
timule os partidos políticos à buscarem com mais ímpeto a satisfação das
necessidades da sociedade, e por fim, com o objetivo prioritário de alcan-
çar a plena garantia do exercício democrático da cidadania, na medida que
se mostrará a conveniência dessas candidaturas à demanda populacional e
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2. FONTES NORMATIVAS
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117 Organização da ONU que elabora levantamento de dados acerca da democracia e dos
sistemas eleitorais dos países por ela registrados. Os dados podem ser verificados em ONU
ACEPROJECT: <https://aceproject.org/epic-en/>.
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vale a pena ser transcrito, com grifo nosso, pela pertinência dos termos ali
tratados, in verbis:
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analisar que, se consonante com essa linha interpretativa, fica claro que
a não previsão da filiação partidária no rol taxativo da CADH como re-
quisito à candidatura de cargo político, converge para a permissibilidade
das candidaturas avulsas no ordenamento jurídico brasileiro, haja vista a
incorporação do Pacto de San José da Costa Rica não pode valer-se somente
em casos de conveniência.
Neste ponto, ressalte-se o ensinamento de Buergenthal:
121 Dispositivo constitucional que não pode ser alterado nem mesmo por Proposta de
Emenda à Constituição (PEC). As cláusulas pétreas inseridas na Constituição do Brasil de
1988 estão dispostas em seu artigo 60, § 4º. São elas: a forma federativa de Estado; o voto
direto, secreto, universal e periódico; a separação dos Poderes; e os direitos e garantias
individuais. Fonte: Agência Senado
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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5. REFERÊNCIAS
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portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=432113&caixaBus-
ca=N>.cesso em: 12 de out. 2020.
STF. RE: 466343 SP. Relator: Min. CEZAR PELUSO, Data de Jul-
gamento: 03/12/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-
104 DIVULG 04-06-2009 PUBLIC 05-06-2009. Disponível em:
<http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&-
docID=595444> Acesso em: 10 de out. 2020.
STF. HC: 87585 TO. Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Jul-
gamento: 03/12/2008 Disponível em: <http://redir.stf.jus.br/pagina-
dorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=597891>. Acesso em 12
de out. 2020.
604
A EFICÁCIA HORIZONTAL DOS
DIREITOS FUNDAMENTAIS NO
DIREITO CONTRATUAL
Maximiano Dias Rosa122
1. INTRODUÇÃO
122 Possui graduação em Direito pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2013),
pós-graduação em Direito Civil e Processo Civil (2014) e Direito do Trabalho e Processo do
Trabalho (2016) pela UCAM, e graduação em Administração de Empresas pela Universidade
Estácio de Sá (2015). Mestre em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis (2016).
Advogado (OAB/RJ 187.564).
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“Da minha parte (...) penso (...) que os direitos fundamentais têm,
sim, aplicabilidade ao âmbito das relações privadas. Tomo a cautela
de dizer que não estou aqui a esposar o entendimento de que essa
aplicabilidade deve verificar-se em todas as situações. No campo
das relações privadas, a incidência das normas de direitos funda-
mentais há de ser aferida casa a caso, com parcimônia,a fim de que
não se comprima em demasia a esfera da autonomia privada do
indivíduo (...) Assim, na linha do que foi sustentado no voto di-
vergente, e em virtude da natureza peculiar da associação em causa
(que tem natureza ‘quase pública’), peço vênia à Ministra Ellen
Gracie para dela divergir, concordando que os princípios constitu-
cionais da ampla defesa e do devido processo legal têm aplicabilida-
de imediata para fins de exclusão do sócio da sociedade.”
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3. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO
INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER:
AVANÇOS E RETROCESSOS DOS
PROGRAMAS BRASILEIROS SOB O
ENFOQUE DOS DIREITOS HUMANOS
Bianca Alves Castro123
1. INTRODUÇÃO
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1 desigualdades socioeconômicas
2 papeis produtivos
3 papeis reprodutivos
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5 CONCLUSÃO
630
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
631
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ Constituiçao.htm.>.
Acesso em: 05 nov. 2020.
632
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
633
A PONDERAÇÃO DE VALORES
FUNDAMENTAIS EXERCIDA PELO
CHEFE DO PODER EXECUTIVO NA
EDIÇÃO DE ATOS DISCRICIONÁRIOS
Paulo Arthur Germano Rigamonte124
Thiago dos Santos Almeida125
Moacyr Miguel de Oliveira126
Vladimir Brega Filho127
INTRODUÇÃO
124 Mestre em Direito pela UNIMAR de Marília/SP. Coordenador do Núcleo de Prática Jurí-
dica do Centro Universitário Toledo Araçatuba-SP. Coautor da obra "Liberdade de Expressão
e Humor - O exercício da livre comédia e a escalada judicial de processos na visão do STF".
125 Graduando em Direito pelo Centro Universitário Toledo – UniToledo, Araçatuba/SP.
Membro de Grupos de Pesquisa na área do Direito Constitucional, Direito Internacional e
Direitos Humanos no UniToledo de Araçatuba/SP.
126 Doutorando e Mestre em Direito - UENP. Professor do curso de Direito do Centro Uni-
versitário Toledo - UniToledo - Araçatuba/SP. Advogado.
127 Mestre em Direito pela Instituição Toledo de Ensino. Doutor em Direito pela PUC-SP.
Pós-doutorado pela Universidade de Lisboa. Atualmente é professor adjunto da Universida-
de Estadual do Norte do Paraná e promotor de justiça do Ministério Público do Estado de
São Paulo.
634
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CONCLUSÃO.
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REFERÊNCIAS
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650
PRECEITO CONSTITUCIONAL DA
IGUALDADE DE GÊNERO: REFLEXOS
DE UM DIREITO FUNDAMENTAL NA
TRIBUTAÇÃO BRASILEIRA
Pryscilla Régia de Oliveira Gomes128
INTRODUÇÃO
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vai além do imposto rosa” (MALONEY, 2016, tradução nossa), uma vez
que as mulheres sempre pagaram valor superior não apenas por produtos
referentes a consumo, mas também por variados serviços.
A tributação das famílias é outro contexto no qual se confirma que as
mulheres são mais tributadas do que os homens, estendendo o raciocínio
para a sistematização da tributação direta do Imposto de Renda de Pes-
soa Física, o IRPF, recrudescendo a estatística de desigualdade de gênero.
A figura da mulher no planejamento familiar se torna cada vez mais ex-
pressiva e indispensável, especialmente em famílias mais numerosas. Por
exemplo, no estado de São Paulo, segundo levantamento da Fundação
Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE, 4 em cada 10 lares são
comandados por mulheres (CUT, 2020). Com relação ao Estado do Cea-
rá, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua –
PNAD, o percentual de lares chefiados por mulheres cresceu em 47% no
período de 6 anos (PNAD, 2019). Isso gera impacto direto na capacida-
de contributiva, expressa na Constituição Federal, art. 145, §1º, indo em
contramão à justiça fiscal, pois o princípio da capacidade de contribuição
está intimamente interligado com o da igualdade.
657
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
662
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
res-chefiam-4-de-cada-10-lares-mas-com-renda-27-menor-5ce2>.
Acesso em: 12/11/2020.
MULHERES pagam mais por produtos “rosa”. In: Nota alta. ESPM.
Disponível em: <https://notaalta.espm.br/o-assunto-do-dia/mulhe-
res-pagam-mais-por-produtos-rosa>. Acesso em: 12/12/2020.
663
A SEGURANÇA PÚBLICA COMO
DIREITO FUNDAMENTAL SOB A
ÓTICA CONSTITUCIONAL
Jocilene Costa Vanzeler129
Emmanuelle Ferreira Ribeiro130
INTRODUÇÃO
129 Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Graduada em Direi-
to pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Pós-graduada em nível de Especialização em
Educação Ambiental, Cidadania e Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do
Pará (UFPA). Pós-graduanda em nível Mestrando em Segurança Pública pela Universidade
Federal do Pará (UFPA).
130 Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade da Amazônia (UNAMA). Pós-gra-
duada em nível de Especialização em Estratégias de Gestão pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ).
664
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
673
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
mental à segurança pública visto que possui relação direta com a ideia de
dignidade humana que é o fundamento maior dos direitos fundamentais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
6 74
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675
RESUMOS
677
CONFLITOS ENTRE DIREITOS
FUNDAMENTAIS EM TEMPOS DE
PANDEMIA
Camila Pereira Cavalcanti Souza131
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
METODOLOGIA
679
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
RESULTADOS E DISCUSSÃO
680
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
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CONCLUSÕES
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
683
DIREITO À ALIMENTAÇÃO E MÍNIMO
EXISTENCIAL
Cláudia Toledo132
Giovanna Freitas133
Larissa Duque134
INTRODUÇÃO
684
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
METODOLOGIA
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
686
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CONCLUSÕES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
689
PANDEMIA COVID-19 E DIREITO
À VIDA – RESPOSTAS DISTINTAS
CONFORME O SISTEMA DE SAÚDE
DO ESTADO: ESTUDO COMPARADO
EM DIFERENTES REALIDADES
Ian Botelho de Abreu 135
INTRODUÇÃO
135 Aluno do curso de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora e bolsista de iniciação
científica.
690
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
692
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
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Por outro lado, o sistema de saúde mexicano tem caráter misto, com-
preendendo esfera pública e privada. No setor privado, funcionam segura-
doras, clínicas e hospitais particulares. No âmbito público, estão presentes
instituições de seguridade social e instituições e programas que prestam
serviços à população sem seguridade social (DANTES et al., 2011). Con-
tudo, dados do Consejo Nacional de Evaluación de la Política de Desar-
rollo Social, CONEVAL (2020) indicam que cerca de 20,2 milhões de
mexicanos não contavam com acesso a serviços de saúde no ano de 2018.
Outro aspecto para a avaliação da garantia do direito fundamental à
vida em tempos de pandemia, são as medidas governamentais adotadas.
Encontra-se como aspecto comum ao Brasil e ao México: a flexibilização
de medidas restritivas, medidas de suporte financeiro a empresas e a gru-
pos de vulneráveis (IMF, 2020).
No Brasil, outras medidas emergenciais foram adotadas como: (i)
declaração de estado calamidade pública que permite que o governo não
cumpra os objetivos fiscais em 2020; (ii) deferimento de gastos adicionais
no valor de 6% do PIB, sendo 0,4% atribuído ao sistema de saúde; (iii)
realização pela União de transferências monetárias para estados e muni-
cípios; (iv) autorização do uso da telemedicina; (v) aquisição de leitos de
UTI e respiradores; (vi) aumento do número de médicos, por meio do
novo Programa Mais Médicos; (vii) construção de hospitais de campanha;
(viii) eliminação da alíquota fiscal sobre produtos essenciais no combate à
pandemia (OECD, 2020).
No México, medidas fiscais estão sendo implementadas para dimi-
nuir a burocracia na obtenção de equipamentos médicos. Também foram
realizadas chamadas para garantir a disponibilidade de testes, bem como
o recrutamento de profissionais de saúde. Outrossim, concretizaram-se
acordos com hospitais privados visando reduzir a pressão em hospitais pú-
blicos (OECD, 2020).
Apesar das medidas adotadas, os Estados brasileiro e mexicano so-
frem as consequências de políticas neoliberais e de austeridade adotadas.
No Brasil, a Emenda Constitucional nº 95/2016, denominada “Emenda
do Teto”, congelou os gastos da União em despesas primárias, ocasionan-
do notória redução nos investimento sociais e marcante perda financei-
ra no custeio da saúde pública. Os especialistas em direitos humanos da
ONU (2020) Juan Pablo Bohoslavsky e Philip Alston arguem o papel de
693
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
694
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
695
DIREITOS HUMANOS DE DEFESA E A
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
NO BRASIL
Gabriela Almeida Marcon Nora136
Denise Teresinha Almeida Marcon137
696
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
697
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
I - o respeito à privacidade;
II - a autodeterminação informativa;
698
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
REFERÊNCIAS
699
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
700
EFEITOS DE MEMÓRIA E EFEITOS-
SENTIDO DE VIOLÊNCIA FÍSICA
CONTRA EMPREGADA DOMÉSTICA
NO DIREITO TRABALHISTA E
CRIMINAL DA LEI MARIA DA PENHA
Nayane de Macedo138
Maria da Conceição Fonseca Silva139
Joseane Bittencourt140
Jorge Viana Santos141
INTRODUÇÃO
701
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
702
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
703
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
704
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
705
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706
O DANO MORAL ÀS FAMÍLIAS
VÍTIMAS DE DESAPROPRIAÇÃO: UMA
ANÁLISE SOB A PERSPECTIVA DO
DIREITO À CIDADE
Chimênia Corrêa Pinheiro142
Laércio Lima Vulcão143
Prof. Dra. Luciana Albuquerque Lima144
INTRODUÇÃO
707
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
708
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MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
METODOLOGIA
RESULTADOS ALCANÇADOS
709
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710
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CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
711
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
www.academia.edu/34765122/Anderson_Schreiber__Direitos_da_
personalidad_1_>. Acesso em: 25 out. 2019.
712
LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS
E A PROTEÇÃO AOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS EM TEMPOS DE
MASSIFICAÇÃO DE DADOS
Marlene Aparecida Alves Pedrosa145
INTRODUÇÃO
145 Graduanda em direito, Centro universitário UNA Belo Horizonte, Minas Gerais.
713
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
bom conhecer o que a LGPD não conseguiu trazer para racionalizar esse
problema, pois, mesmo a lei não tendo disciplinado algo em específico,
existe uma dogmática constitucional, civil e penal que pode, complemen-
tarmente, ser empregada.
Entende-se que as novas tecnologias transformaram as relações so-
ciais e, assim como já ocorre em outras áreas da ciência, o Direito precisa
examiná-las com o objetivo de assegurar o seu desenvolvimento (espe-
cialmente econômico) sem violar as garantias individuais e coletivas dos
cidadãos.
Assim, busca-se demonstrar que toda evolução econômica apenas se
justifica se estiver afinada com os axiomas mais expressivos do sentimento
jurídico atual e promoção e proteção da pessoa, seus valores e direitos
essenciais, no qual se inclui, inafastavelmente, a tutela dos dados pessoais.
O estudo se mostra relevante, pois, seja qual for a forma encontrada
para se alcançar a satisfatória regulamentação sobre os impactos que a so-
ciedade da informação proporciona no seio das relações que envolvem os
indivíduos, é pacífico que esta é uma tarefa que ainda requer ampla con-
tribuição da doutrina, além de diálogo entre os ordenamentos dos mais
diversos países, a fim de que seja possível se chegar a um ambiente norma-
tivo harmônico e capaz de atuar de forma conjunta e eficaz.
FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA
714
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
717
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cente e que entrou em vigor em agosto de 2020, espera-se que seja levada
em conta a necessidade de proteger esse direito, sempre levando em conta
que na era da evolução tecnológica em que se vive, os “dados são o novo
petróleo”, essenciais ao desenvolvimento de qualquer país, visto que estão
ligados às tecnologias que fazem a diferença no mundo moderno atual.
O desafio mostra-se imenso, mas percebe-se que o Brasil caminha e
dá seus passos no sentido de proteger os dados dos seus cidadãos, ao mesmo
tempo em que permite a continuação da evolução tecnológica pela qual se
passa atualmente. No entanto, para que essa efetividade aconteça, é neces-
sária a implementação de políticas públicas, a exemplo da criação de plata-
formas educacionais com vistas à educação e conscientização da sociedade.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
718
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
719
A PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS
COMO DIREITO FUNDAMENTAL
Ana Amelia Geleilate148
INTRODUÇÃO
720
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
721
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METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
723
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
REFERÊNCIAS
DONEDA, Danilo. A proteção de dados com um direito fundamental. In: Dialnet. Dis-
ponível em: <file///CUsers/Ana/Downloads/Dialnet-AProteçãoDosDadosPessoais-
ComoUmDireito Fundamental-4555153.pdf>.
DONEDA, Danilo. A proteção de dados pessoais nas relações de consumo: para além da
informação creditícia. In: Defesa do consumidor.gov.br. Disponível em: <http//
www.defesadoconsumidor.gov.br/images/manuais/vol_2_protecao_de_dados_pes-
soais.pdf>.
7 24
PRINCÍPIO A CAPACIDADE
CONTRIBUTIVA E A PROTEÇÃO AO
MÍNIMO EXISTENCIAL: A SOLUÇÃO
PARA VAGUEZA DA DEFINIÇÃO DO
MINÍMO EXISTENCIAL.
Lívio Augusto de Carvalho Santos149
Manuela Saker Morais150
1 INTRODUÇÃO
725
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
726
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
727
P E R S P E C T I VA S D O S D I R E I TO S F U N D A M E N TA I S
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
729
ENVELHECER PARA VIVER E NÃO
PARA MORRER: PROJETO AMIGOS
DA PRAÇA
Mônica Geralda Palhares151
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
151 Graduanda do 2º Período de Direito. Centro Universitário Iptan – UNIPTAN – São João
Del Rei – MG.
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A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram feitas visitas as praças nos horários que os idosos estão pas-
seando, interação, bate papo informal das necessidades dos Idosos. Pro-
gramação de assistência informacional; possibilitar a interação através de
atividades recreativas, bate-papo, sorteio de brindes e comemoração de
aniversários. Ocorreu uma maior interação entre os participantes, maior
conhecimento adquirido na troca de informações e experiências, valori-
zação da vida e união entre os idosos e conscientização dos mais novos.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
731
OS DIREITOS HUMANOS EM
ANGOLA: UMA ANÁLISE DA
LIBERDADE DE EXPRESSÃO COMO
DIREITO FUNDAMENTAL
RESUMO
732
A R T H U R B E Z E R R A D E S O U Z A J U N I O R , LU C A S M A N O E L D A S I LVA C A B R A L ,
MAURÍCIO PIRES GUEDES, ROBERT SEGAL (ORG.)
733
PERSPECTIVAS DOS DIREITOS
FUNDAMENTAIS
Tipografias utilizadas:
Família Museo Sans (títulos e subtítulos)
Bergamo Std (corpo de texto)
Papel: Offset 75 g/m2
Impresso na gráfica Trio Studio
Abril de 2021