Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Paulo José Menegasso1 (PG) *, Tiago Corrêa Feijó2 (IC).Ana Paula Rebello(PG)
pjmenegasso@hotmail.com1
1 Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Matemática – Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul – PUCRS
2 Curso de Graduação em Licenciatura em Química da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA/Canoas
3 Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Matemática – Pontifícia Universidade Católica do Rio grande do Sul – PUCRS
RESUMO
Este trabalho analisa a pesquisa pedagógica realizada pelos alunos no ensino técnico pós-médio. Os
alunos ao ingressarem no curso técnico em química encontram dificuldades na compreensão da
ciência química que utiliza modelos para explicar fenômenos. A Iniciação Científica tem sido um
instrumento facilitador de aprendizagem, uma vez que mobiliza os conhecimentos de diferentes
disciplinas para a construção de projetos de pesquisa na área de Química e possibilita aos alunos o
aprendizado de métodos de organização e construção do conhecimento. A análise da atividade de
elaboração dos projetos de pesquisa visou identificar sua contribuição nos processos de ensino e
aprendizagem. A cultura de ciência através de pesquisa se mostrou como instrumento importante,
pois os alunos se envolvem e adquirem a motivação para a pesquisa e continuidade de seus estudos.
A qualificação de técnicos em química como cidadãos capazes de resolver problemas utilizando os
projetos têm sido muito maior que o ensino regular previsto no programa do curso.
1 INTRODUÇÃO
1
A resolução CNE/CEB nº 04/99. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional
de Nível Técnico. O art. 1º expressa que a educação profissional, integrada ao trabalho, à ciência e à tecnologia.
Por ciência, no sentido atual do termo, considera-se um conjunto de
aquisições intelectuais das disciplinas de investigação do dado natural e empírico
(JAPIASSU, 1977). Todo processo de construção do conhecimento deve ser uma
caminhada, portanto, não se deve desprezar o que os alunos já trazem consigo, mas
elevar esse conhecimento prévio a níveis mais adequados cientificamente.
A iniciação científica em qualquer nível de ensino deve valorizar e relacionar
os conhecimentos populares de domínio dos alunos em saberes conectado com os
conhecimentos pautados como saberes científicos num processo de dupla via com
isto motivando os estudantes construírem informações que possam servir de suporte
teórico-científico ao que já sabem.2 A construção do conhecimento ocorre na
interação entre os docentes e discentes, num processo de intercâmbio.
Segundo Freire: “Ninguém educa ninguém. Ninguém se educa sozinho. Nós
nos educamos mutuamente mediatizados pelo mundo” (FREIRE, 1972, p. 9). O
ensino através da pesquisa tem propiciado reflexões na forma de ensinar e capacita
o aluno a interagir com o mundo e a buscar novas soluções para novos problemas.
Todo conhecimento científico fundamenta-se numa ética, cujo critério é o
próprio conhecimento. De acordo com Bachelard (1938) deve-se reter que a ciência
não é representação, mas ato. Por isso a Iniciação Científica no Ensino Profissional
torna-se um instrumento de ensino e aprendizagem que permite construir o
conhecimento, no campo das ciências e dentro de um contexto social.
Essa pesquisa visou analisar a atividade em andamento e verificar se a
proposta tem se constituído como alternativa de aprendizagem para os alunos do
ensino profissional, e também em que medida facilita a continuidade de seus
estudos e a formação cidadã.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
BACHELARD, G. La philosofie de l’esprit scientifique Vrin (1938). In: Japiassu.
Hilton. Introdução ao Pensamento Epistemológico. Paris: Editora Francisco
Alves, 1934.
BECKER, F. A origem do conhecimento e a aprendizagem escolar. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
BORGES, R.M.R. Repensando o Ensino de Ciências. In: MORAES, Roque (Org.).
Construtivismo e ensino de ciências: reflexões epistemológicas e
metodológicas. Porto Alegre, EDIPUCRS, 2000.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1972.
________. Educação e participação comunitária In: CASTELLS, M. et al. (Orgs.).
Novas perspectivas críticas em educação. Local: Cortez, 1994.
_______. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998a.
_______. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998b.
JAPIASSU, H.F. Introdução ao pensamento epistemológico. Rio de Janeiro: Ed.
Francisco Alves, 1977.
MALDANER, O. A Pesquisa como Perspectiva de Formação Continuada do
Professor de Química. Química Nova, v. 22, n. 2, p. 89-92, 2000.
MINAYO.M.C.S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. Rio de
Janeiro: Vozes, 1992.
MOREIRA, M.A. Teorias de Aprendizagem. São Paulo: EPU, 1982.
MORTIMER, E.F. Pressupostos epistemológicos para uma metodologia de
Ensino de Química: mudança conceitual e perfil epistemológico. Química Nova,
v. 15, n. 3, p. 242-249, 1997.
VELLOZO, V. A Pesquisa no Ensino Técnico: em busca de uma metodologia
integradora. Relatório Final. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz/Fundação de
Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro, 1997.