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VIEIRA, Mauricio Aires. SOARES, Greici da Silva. LIMA JUNIOR, Agnaldo Mesquita de.

O que muda no ensino de ciências com a proposta da nova base nacional comum
curricular. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano. 07, Ed. 01,
Vol. 02, pp. 15-26. Janeiro de 2022. ISSN: 2448-0959

A presente resenha pretende analisar o artigo científico escrito por Mauricio Aires
Vieira, Doutor em educação; Greici da Silva Soares, formanda do curso Licenciatura em
Pedagogia pela Universidade Federal do Pampa-UNIPAMPAcampus Jaguarão/RS, formada
em Téc. de Segurança do Trabalho pela Instituição de Ensino Dimensão- Unidade Pelotas/RS
e Agnaldo Mesquita de Lima Júnior, licenciado em Letras Português/Espanhol pela
Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA - Campus Jaguarão, Mestre pelo Programa de
Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Doutorando
do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria -
UFSM, que teve como título o que muda no ensino de ciências com a proposta da nova base
nacional comum curricular.
O artigo está dividido em quatro seções. A primeira seção é destinada à introdução, a
segunda traz o que propõe a nova base nacional comum curricular, a terceira traz o que de
fato muda na nova BNCC e no ensino de ciências? e a última expõe as considerações finais.
O artigo tem como objetivo explanar a respeito das modificações que a BNCC trouxe no
ensino de ciências para que possamos analisar e compreender a BNCC e assim, favorecer na
sua reflexão, para que possamos como professores saber articular estratégias e/ou sequências
didáticas para tornar os processos de ensino e de aprendizagem um impulsionador cognitivo,
obter materiais de apoio, oportunidades de formação continuada (específica), romper com
visões simplistas, saber dirigir os alunos na proposta da atividade, ter um plano estratégico
para programar esta ação oportunizando a correlação do componente em todos os anos.
Na introdução os autores expõem o tema que é a nova regulamentação da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC),afirmando que o estudo está na análise deste
documento, promulgado no final de 2018, e quando este começou a ser debatido e as
contribuições da sociedade para tal. Mostrando a contribuição da BNCC para as escolas e
professores, ajudando na elaboração dos currículos e materiais didáticos. Os autores mostram
que este documento consiste em um documento norteador e única referências para que as
escolas elaborem seus próprios currículos. Para a justificativa da pesquisa os autores têm
como questão problematizadora as mudanças sinalizadas na BNCC homologada ao final de
2018, referente ao ensino de ciência. O que muda no ensino de ciências com a proposta da
nova base nacional curricular traz como contribuição uma análise e compreensão da BNCC
para os professores saibam articular estratégias para que o processo de ensino aprendizagem
seja um impulsionador cognitivo obtendo matérias de apoio. Mostra a metodologia usada que
foi a bibliografia com a análise atenta do próprio documento e dos apontamentos realizados
no MEC desde sua homologação e os processos de implantação que estão ocorrendo pelo
Brasil.
Na segunda seção os autores expõem o que propõe a nova base nacional comum
curricular, exibindo a percepção quanto a modificação nos nomes para os eixos temáticos que
constituem os conteúdos do componente curricular no tocante ao ensino de ciências. A nova
BNCC propõe a transformação do ensino onde o educando passa a ser percebido como papel
principal no ensino e na aprendizagem, proporcionando aos alunos o contato com processos,
práticas e procedimentos da verificação/validação científica para que sejam competentes para
interferir na sociedade positivamente onde a BNCC pretende elevar a diversidade de
conhecimentos científicos produzidos na trajetória do aluno bem como experiências, saberes,
interesses e curiosidades a respeito do mundo natural e tecnológico que devem valorizados e
incentivados.
Elenca sobre a ciências da natureza a importância que a sociedade contemporânea está
organizada com base no desenvolvimento científico e tecnológico e que este mesmo
desenvolvimento que resulta em novos ou melhores produtos e serviços também pode
promover desequilíbrios na natureza e na sociedade (BNCC, 2018, p. 321). Mostra quatro
competências da base voltadas para área de ciências naturais para que possamos refletir a
importância de trabalhar com este novo método e/ou abordagem, que são: conhecimento onde
valoriza e utiliza os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital,
pensamento científico, crítico e criativo onde a prática a curiosidade intelectual e utilizam as
ciências com criticidade e criatividade, o repertório cultural dando valor às diferentes
manifestações artísticas e culturais e por fim responsabilidade e cidadania para atuar pessoal e
coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação. O
educando por intermédio das competências da BNCC, deixa de ser simples receptor e passa a
ser protagonista ativo na sala de aula e o professor é necessário conhecer a realidade dos
alunos para estabelecer estratégias de ações, que venham a contribuir para seu
desenvolvimento. Conforme a BNCC 2017, p.325 as pessoas aprendem a respeito de si
mesmas, da diversidade e dos processos de evolução e manutenção da vida, do mundo
material ao estudar Ciências, possibilitando a compreensão, explicação e intervenção no
mundo em que vivem. O educando tem o seu reconhecimento enquanto cidadão pertencente a
uma cultura e o conhecimento sobre a diversidade de outras crenças, culturas, linguagens,
formas de viver, etc respeitando o repertório cultural de pertencimento do sujeito em
sociedade.
O fato é que as principais mudanças ocorridas com a implantação da BNCC aparecem
nas seguintes políticas educacionais, elaboração dos currículos locais, formação inicial e
continuada dos professores, material didático, avaliação e apoio pedagógico aos alunos
(BNCC, 2018, ao longo do documento).
Os autores explicam ainda, que o ensino de ciências precisa ser pensado e planejado a
partir das unidades temáticas, que ano a ano são reformuladas, justamente com o objetivo de
aprofundar o progresso de aprendizagem e as habilidades que podem ser adquiridas.
Destacam também, que o ensino do componente curricular,
Precisa gerar circunstâncias nas quais crianças e jovens possam submergir
completamente nas etapas do processo de investigação cientifica: analisar,
perguntar, ponderar ações, propor hipóteses, elaborar padrões e elucidações,
ampliar, divulgar e implementar soluções para resolver problemas
cotidianos, etc. o ensino de ciências anteriormente enunciava que a
aprendizagem deveria acontecer por meio desses métodos, porém,
ressaltando que a princípio o professor deveria demonstrar para que os
alunos o imitassem, para somente depois se tornarem autônomos. A nova
BNCC (2018) ressalva a necessidade da abordagem investigativa com o
aluno como membro central da formação, cabendo ao docente convidar os
alunos a uma participação ativa na investigação cientifica. ( VIEIRA,
Mauricio Aires. SOARES, Greici da Silva. LIMA JUNIOR, Agnaldo
Mesquita de. 2022. p. 23)

Desse modo, observamos que o ensino de ciências deve proporcionar o protagonismo


do aluno, onde ele vai fazer suas análises e conclusões a partir das investigações propostas
pelos professores. A sugestão que os autores colocam é a de promover o letramento cientifico
aos alunos a fim de que as crianças sejam conhecedoras das diversas possibilidades de
investigação dentro das ciências.
Partindo desses pressupostos, os autores concluem que, os professores precisam
decidir trabalharem com a nova BNCC, pois a necessidade de fato existe. E que conforme os
professores vão adequando o seu fazer à nova BNCC, vão progressivamente, refletindo suas
ações durante o cotidiano escolar, por exemplo, quando percebem que os objetivos estão
sendo alcançados.
Acreditamos que a leitura deste artigo, possibilita a professores e futuros professores a
percepção e a oportunidade de refletir sobre sua prática e as potencialidades que estão à sua
disposição, a partir da aplicação das propostas da BNCC para o ensino de ciências.

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