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ESCOLA FOCUS FOTOGRAFIA

CURSO DE FOTOGRAFIA

MARIANA NUNES CERVANTES

FOTOGRAFIA DE NATUREZA

São Paulo
2017
MARIANA NUNES CERVANTES

FOTOGRAFIA DE NATUREZA

Trabalho apresentado no Curso de


Fotografia na Escola Focus Fotografia,
exigência parcial para a obtenção do
Registro Mtb de fotógrafo profissional,
emitido pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.

Orientador: Ênio Leite

Atibaia
2017
Dedicatória
Dedico este trabalho as pessoas que mais me apoiaram nessa fase de
aprendizado e dedicação à fotografia, meus pais, Henrique e Rejane, minha família,
tios, avós e irmão Marcelo, que além da força foi meu cobaia durante todo o curso, e
meus amigos, especialmente a Livia, Carol, Ana Paula, Caique e Luiz. Sem estes eu
não teria tido a oportunidade de cursar na FOCUS, nem a força para prosseguir na
carreira. Dedico também à equipe da FOCUS pelo carinho e atenção, Paulo, Ênio e
Jéssica.
Agradecimentos
Queria agradecer mais uma vez à minha família (tios, avós, meus pais,
Henrique e Rejane, meu irmão Marcelo e amigos(Livia, Carol, Ana Paula, Caique e
Luiz) e também ao professor Paulo Gomes que me auxiliou por todo o tempo de curso,
sempre acreditando na minha capacidade de progredir cada vez mais no que eu fazia.
Resumo
O objetivo desse trabalho é conscientizar a todos que a fotografia pode sim obter
diversos papéis importantes no dia a dia, tais como, diversidade na estética desta
(beleza, emoções etc), como também a preservação da natureza e pedagogicamente,
como na educação ambiental. Graças a ela, obtemos registrado o caos que está
consumindo-a há muito tempo, e que muitos não percebem, ou até mesmo fingem
não perceber. Sem pensar na consequência que toda essa devastação da natureza
pode trazer para nós. Até porque a tal é causada por nós mesmos. Como Ansel Adams
diz ao ir à Yosemite “A fotografia é como a imagem da contenção, impondo a estética
do enquadramento e, ao mesmo tempo, a insinuação de um resto que escapa, que
vai além, abrindo as portas do imaginário.” Fazendo com que, a imaginação e
pensamento das pessoas sobre o assunto visto na imagem, possam mudar ou apenas
concretizar o que já se obtinha em mente. Além da chamada de atenção dos
espectadores para o caos em que a natureza se encontra, podemos assumir o vínculo
constitutivo da fotografia com a natureza, na medida em que a reprodutibilidade
técnica das imagens nasce pela necessidade de apreensão da natureza e de suas
artimanhas: Como voam os pássaros? Como galopam os cavalos? Cientistas e
amadores do século XIX fizeram avançar a fotografia apenas para responder a
questões dessa ordem. Além de todas essas responsabilidades que a fotografia
obtém na natureza, também serão citadas técnicas utilizadas para as construções das
imagens nessa área, os fotógrafos que a exercem, equipamentos e acessórios, entre
outros.
Palavras- chave: natureza, fotografia, caos, dicas, informação
SUMÁRIO
1.0.INTRODUÇÃO...........................................................................................09
1.1 A fotografia de natureza e sua importância na educação ambiental..........09
1.2 A importância do conhecimento geral na fotografia para ingressar na
área....................................................................................................................09
1.3 Saídas de campo são de extrema necessidade.........................................10
1.4 Independente do tempo de atuação na área, esteja sempre estudando e
pesquisando....................................................................................................10
1.5 Além dos equipamentos utilizados, devemos sempre obter um excelente
processamento, o que seria esse processamento?........................................10
1.5.1. Tipo de arquivo a ser utilizado ao fotografarmos e programas de
edição...............................................................................................................10
1.5.2. Balanço de Branco (WB- White Balance)..............................................10
1.5.3. Ajustes na pós-produção......................................................................11
2. Descrevendo a área....................................................................................12
2.1. Definição...................................................................................................12
2.2. Tipos de fotografia de natureza................................................................12
2.2.1. Paisagem...............................................................................................12
2.2.2. Mundo Selvagem...................................................................................14
2.2.3. Macrofotografia......................................................................................15
3. Diferenciações e particularidades...............................................................16
3.1. Diferenciações .........................................................................................16
3.2. Particularidades........................................................................................16
4. Os 10 melhores fotógrafos nacionais e internacionais da área..................17
4.1. Fotógrafos nacionais................................................................................17
4.1.1. Sebastião Salgado.................................................................................17
4.1.2. Araquém Alcântara................................................................................18
4.1.3. Cláudia Jaguaribe..................................................................................19
4.1.4. Haroldo Palo Jr. ....................................................................................20
4.1.5. Fábio Colombini.....................................................................................20
4.1.6. Márcio Cabral........................................................................................21
4.1.7. Zé Paiva.................................................................................................22
4.1.8. Cristian Dimitrius....................................................................................23
4.1.9. Luiz Cláudio Marigo...............................................................................23
4.1.10. Luciano Candisini................................................................................24
4.2. Fotógrafos internacionais.........................................................................25
4.2.1. James Balog..........................................................................................25
4.2.2. Michael Nichols......................................................................................26
4.2.3. Ansel Adams..........................................................................................27
4.2.4. John Blakemore.....................................................................................27
4.2.5. Cristina Mittermeier................................................................................28
4.2.6. Peter Lik.................................................................................................29
4.2.7. Max Rive................................................................................................30
4.2.8. Eliot Porter.............................................................................................30
4.2.9. Lars Van de Goor..................................................................................31
4.2.10. William Henry Jackson........................................................................32
5. Principais técnicas utilizadas......................................................................33
5.1. Falando da fotografia de natureza noturna e diurna.................................33
5.1.1. Utilizando o modo manual.....................................................................33
5.1.2. Velocidade do obturador........................................................................33
5.1.3. Abertura do diafragma e ISO(sensibilidade à luz).................................34
5.1.4. O balanço de branco( WB-White Balance).............................................34
5.1.5. Tripé é essencial....................................................................................35
5.1.6. Utilizando o foco manual.......................................................................35
5.1.7. Evite posicionar a linha do horizonte no meio da foto...........................35
5.1.8. Valorize objetos no primeiro plano........................................................36
5.1.9. Adicione elementos humanos na fotografia...........................................36
5.1.10. Criando efeitos.....................................................................................36
5.1.11. Explore diferentes tipos de enquadramento........................................36
5.1.12. Nas noturnas, chegue ao local da foto antes de anoitecer..................37
6. Equipamentos e acessórios.........................................................................37
6.1. Lentes.......................................................................................................37
6.1.1. Lentes grande angulares.......................................................................37
6.1.2. Lentes teleobjetivas...............................................................................38
6.1.3. Lentes objetivas macro..........................................................................39
6.1.4. Tripés.....................................................................................................40
6.1.5. Cabo disparador....................................................................................41
6.1.6. Flash......................................................................................................41
6.1.7. Bolha de nível dupla..............................................................................42
6.1.8. Filtro polarizador....................................................................................42
6.1.9. Filtro densidade neutra..........................................................................43
6.1.10. Filtro graduado densidade neutra........................................................44
7. Tendências na fotografia de natureza.........................................................44
7.1. Fotografia com Drones.............................................................................44
7.2. A ascensão dos padrões e texturas.........................................................45
7.3. Paisagens minimalistas............................................................................46
7.4. A viagem com um contexto espiritual.......................................................47
7.5. Astrofotografia..........................................................................................48
8. Perspectiva no mercado..............................................................................49
8.1. Soluções que pesam menos ao bolso......................................................49
8.2. Reconhecimento.......................................................................................50
8.3. Valores......................................................................................................50
8.3.1. Custos fixos...........................................................................................50
8.3.2. Custos variáveis....................................................................................50
8.4. Como ganhar dinheiro com fotografia de natureza..................................51
9. Fotos autorais..............................................................................................52
9.1. Paisagem (podendo ser a tendência minimalista)....................................52
9.2 Mundo Selvagem.......................................................................................52
9.3. Texturas e padrões...................................................................................53
9.4. Educação ambiental/Fotojornalismo.........................................................54
9.5. Flora em detalhes (quase uma macrofotografia)......................................54
10. Conclusão..................................................................................................55
11. Bibliografia.................................................................................................56
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1. Introdução
A fotografia é um instrumento de grande importância pedagógica e muitas
vezes essencial para diversas áreas de ensino. Focando na área de fotografia da
natureza, vemos que ela, como linguagem não-verbal também contribui
decisivamente na realização de pesquisas teóricas, manifestações artísticas,
culturais, ecológicas e como coadjuvante eficaz em inúmeras descobertas científico-
tecnológicas (SPENCER, 1980-alterações). A fotografia contribui para a ciência, pois
representa uma sequência qualificada de informação que não pode ser obtida de nenhuma
outra forma, e também nos dota de uma espécie de olho sintético - ''uma retina imparcial e
infalível'' - capaz de converter, em registros visíveis, fenômenos cuja existência, de outra
forma, não haveríamos conhecido nem suspeitado (SPENCER, 1980).

1.1. A fotografia de natureza e sua importância na educação


ambiental
A relação e ligação que a fotografia de natureza tem com a educação
ambiental, são enormes e de uma forma importantíssima. A educação ambiental
pode ser vista como uma forma de intervenção na problemática ambiental,
mediadora de programas educativos que começam antes e vão além da escola
formal. A prática da educação ambiental já é regulamentada no Brasil pela Lei
9.795/1999 (BRASIL, 1999) que diz em seus artigos primeiro e segundo:
Art 1º. Entende-se por Educação Ambiental os processos pelo meio dos quais
o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do Meio Ambiente, bem do uso
comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art 2º. A
Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo em caráter formal e não formal.

1.2. A importância do conhecimento geral na fotografia para


ingressar na área desejada
E mais importante ainda, para aqueles que querem e fazem parte da ajuda
nessa educação ambiental através da fotografia, ou apenas capturar a diversa beleza
que encontramos na natureza, é saber como e o que exatamente é preciso mostrar,
10

como, saber qual equipamentos utilizar, técnicas para uma ótima expressão a ser
passada para quem visualiza a imagem e, por fim, ter sempre como referência
grandes nomes que obtiveram a responsabilidade de exercer todos os papéis que a
fotografia da natureza impõe, como dito acima.

1.3. Saídas de campo são de extrema necessidade


Para obter o conhecimento geral, e conseguir sucesso na área desejada, é
extremamente necessária a saída de campo para testes. Testes esses que podem
ajudar a conhecer novas técnicas, novos efeitos, facilitar o aproveitamento do tempo
reservado para fotografar e obter enorme sucesso nas fotos desejadas.

1.4. Independente do tempo de atuação na área, esteja sempre


estudando e pesquisando
Muitas pessoas acham que por obterem uma boa experiência na área, nunca
mais é preciso se informar. Uma coisa óbvia, é que em qualquer área de trabalho no
mundo, sempre se renova. Seja com novas técnicas, com mudanças em
regulamentos etc. Por isso a extrema importância de estar sempre se informando,
para nunca estar por fora e para cada vez mais tornar seu trabalho mais profissional
e bem feito possível.

1.5. Além dos equipamentos utilizados, devemos sempre obter um


excelente processamento, o que seria este?

1.5.1. Tipo de arquivo a ser utilizado ao fotografarmos e programas


para a edição
Preferencialmente, capturar a imagem em RAW e usar um programa como o
Photoshop ou Lightroom para o processamento.

1.5.2. Balanço de Branco( WB- White Balance)


Acertar o balanço de branco é crucial, e não precisa ser, necessariamente, no
cinza médio. O que se precisa é uma área que, uma vez “balanceada”, seja neutra na
cor. Isto revela as cores verdadeiras da cena e traz a foto à vida.
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1.5.3. Ajustes na pós-produção


Ajuste de contraste, brilho, matiz/saturação, entre outros, ajudam a tornar
ainda mais interessante sua fotografia. Claro que vamos cometer erros, mas erros
fazem parte do processo criativo. Existem dois ajustes que podem fazer toda a
diferença em uma fotografia de paisagem, por exemplo: as cores seletivas e os níveis.
Abra a imagem no Photoshop e vá em Imagem > Ajustes > Cor Seletiva. Essa
ferramenta mexe separadamente com cada canal de cores da foto. Isto é, você tem
muito mais controle sobre cada parte da imagem, sem precisar alterar a sua coloração
por inteiro. Escolha um canal entre os nove disponíveis: “Reds” (vermelhos), “Yellows”
(amarelos), “Greens” (verdes), “Cyans” (cianos, os azuis mais claros), “Blues” (azuis
mais escuros e fechados), “Magentas” (tons de rosa), “Whites” (brancos, as áreas
claras da foto), “Neutrals” (tons neutros) e “Blacks” (pretos, as áreas mais escuras da
foto). Os seis primeiros canais mexem apenas nas partes da foto que contêm as suas
cores. Você pode então balancear cada tom, adicionando mais amarelo ou ciano, ou
retirando esses tons, por exemplo. Brinque um pouco com a ferramenta para entender
como a alteração tem efeito.
Resumidamente, funciona assim: cada canal de cor da foto possui em si todas
as outras cores e cabe a você escolher a quantidade de cada uma dessas cores em
cada canal. Já os três últimos canais devem ser alterados com muito cuidado, pois
eles mexem em toda a imagem. Os brancos são as partes claras da imagem, os
neutros são os tons médios e os pretos são as sombras. Nesses três canais, procure
alterar apenas o último controle deslizante, “Blacks” (sem confundir com o canal
“Blacks”, controle de mesmo nome), para escurecer ou clarear a foto. É algo parecido
com o ajuste de níveis, porém mais focado nas cores e não na iluminação. Se ainda
for preciso, abra o controle de níveis (“Levels”) pressionando ctrl /command+ L no
teclado e faça os demais ajustes necessários.
Em imagens de paisagem, na maior parte dos casos, esses dois ajustes já são
suficientes. Existem casos, no entanto, nos quais você ainda pode usar a ferramenta
de corte para recortar a imagem, enquadrando novamente a paisagem, tomando
sempre o extremo cuidado, pois grandes cortes podem alterar a resolução da imagem,
que após ser impressa, pode causar reações indesejadas. Em geral, esses três
ajustes simples no Photoshop devem bastar para destacar os elementos da imagem
e deixá-la mais atrativa, porém você sempre pode usar outras ferramentas e filtros da
sua preferência, de acordo com a proposta da foto e sua experiência.
12

Quando um fotógrafo de natureza adquire o entendimento e domínio destes


fundamentos, um universo de oportunidades fotográficas se abre. Como numa
sinfonia, em que todos os instrumentos musicais devem ser tocados com maestria,
simultânea e harmonicamente, para o sucesso pleno da apresentação, uma fotografia
de paisagem vai encontrar seu clímax quando uma ideia clara for desenvolvida a partir
de uma técnica apurada, usando uma condição de luz adequada e com a ajuda da
uma composição bem resolvida e que permita expressar, estética e/ou
emocionalmente, a visão artística do fotógrafo. Os fundamentos descritos acima
nortearam grandes mestres desse gênero fotográfico ao longo dos quase dois séculos
da fotografia e podem, seguramente, continuar a serviço das novas gerações.

2. Descrevendo a área

2.1. Definição
A fotografia de natureza é um tema com grande amplitude, e foca em
representar fenômenos e agentes naturais, como plantas, animais, paisagens,
fenómenos meteorológicos, pequenos pormenores, entre outros.

2.2. Tipos de fotografia de natureza

2.2.1. Paisagem
É um tipo de fotografia de natureza na qual são captados grandes cenários
naturais. É costume utilizar-se objetivas grande angulares e com aberturas muito
reduzidas para poder trabalhar a maior profundidade de campo possível.
Ansel Adams, um dos maiores mestres da fotografia que já tivemos, escreveu
que “a fotografia de paisagem é o teste supremo para o fotógrafo e, frequentemente,
seu maior desapontamento”. Para entendermos essa afirmação devemos lembrar,
que quando estamos diante de uma paisagem, vivemos essa experiência em 3D(três
dimensões), pois assim podemos enxergar o mundo, através de outros sentidos, pois
além da visão interagimos através da audição, do olfato, do tato e, em alguns casos,
do paladar. Além disso, temos a capacidade natural de nos emocionar diante da cena.
Quando decidimos fotografar a paisagem, temos a tarefa de transpor a imagem, que
observamos fora e dentro das lentes, tridimensional e tudo o que ela nos representa,
através de nossos sentidos, para o planejamento da fotografia desejada. Porém, como
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podemos então, conseguir expressar adequadamente, em uma fotografia, a beleza,


as emoções e sentidos da paisagem, que ao termos contato direto com ela sentimos?
Esse é, sem sombra de dúvidas, o maior desafio da fotografia de paisagem.
O legado histórico e a tradição que herdamos de mestres como Edward
Weston e Ansel Adams nos ensinam que a fotografia de paisagem está calcada em
quatro fundamentos, a saber: uma ideia clara do que fotografar, o uso apurado da
técnica, a escolha da luz adequada e a organização dos elementos no quadro
fotográfico, isto é, a composição. É a conjugação desses fundamentos que permite a
obtenção de fotografias de paisagem com grande impacto visual e emocional, como
começaremos a discutir a seguir.
Mas a obtenção de uma exposição com uma distribuição de tons bem
equilibrada e a necessidade por grande nitidez, tipicamente requerida para a toda a
extensão da imagem, se destacam como desafios particulares. A dificuldade em obter
uma boa distribuição tonal reside no fato de que, em um conjunto grande de vezes, a
cena se apresenta com uma latitude tonal muito maior do que aquela que pode ser
registrada pelo filme ou sensor digital. Por isso, pode ser muito difícil registrar detalhes
nas regiões mais claras e escuras da cena, simultaneamente. Quando a exposição é
ajustada para registrar adequadamente as regiões claras, por exemplo, as regiões
escuras podem ser registradas escuras demais, por vezes com perda de detalhes, e
vice-versa. Em outras palavras, é como se a cena tivesse mais informações do que a
capacidade do filme ou sensor de armazená-las. Esse é um problema antigo na
fotografia de paisagem e uma técnica para eliminá-lo, ou pelo menos minimizá-lo,
envolve a utilização de filtros graduados de densidade neutra.
O segundo problema técnico mais importante na fotografia de paisagem é a
obtenção de imagens com grande nitidez. A tradição clássica desse ramo da fotografia
nos ensina que a imagem deve ter grande nitidez, distribuída desde o primeiro plano
até o plano de fundo da imagem. Isso acontece porque fotógrafos de paisagem
contam histórias com suas fotografias, narrando visualmente a cena através de seus
elementos mais importantes, daí a necessidade dos detalhes. Os pioneiros dessa
modalidade usaram câmeras de grande formato com o intuito de registrar
minuciosamente os detalhes da cena através da utilização de aberturas muito
pequenas, de modo a estender a profundidade de campo desde o primeiro plano até
o infinito. Tripés eram acessórios indispensáveis para estabilizar a câmera, permitir
ajustes finos na composição da imagem e, assim, alcançar os objetivos traçados.
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Por fim, chegamos a conclusão que fotografar paisagens não é tão fácil como
parece, e requer cada vez mais estudos, técnicas e práticas para se obter a foto
perfeita, passando emoções exatas, expressões e olhares pretendidos a estas.

2.2.2. Mundo selvagem


As técnicas utilizadas na fotografia do mundo selvagem diferem das utilizadas
em fotografia de paisagens. Costumam utilizar-se altas velocidades de obturação para
poder capturar o movimento. Para conseguir um nível adequado de exposição
utilizam-se objetivas claras(de f/4.0 para baixo). Os grandes fotógrafos de vida
selvagem costumam ir equipados com objetivas zoom para poderem trabalhar à
distancia e evitarem de ser vistos.
O papel da fotografia no mundo selvagem implica, além de admirar e se
impressionar com a beleza neste, com a denúncia da fragilidade existente na vida
selvagem. O fotógrafo James Balog, por exemplo, partiu da convicção de que não há
mais condições para a existência da vida selvagem para escrever seu surpreendente
livro Survivors: a new vision of endangered wildlife (traduzido em português como
Sobreviventes; Uma nova visão da vida selvagem ameaçada de extinção) publicado
em 1990. Para apresentar por meio das imagens sua percepção da frágil condição
desses animais, Balog selecionou diversos exemplares de espécies ameaçadas de
extinção e criou composições que explicitam o artificialismo e a encenação, fazendo
uso dos recursos empregados para despertar desejo pela mercadoria, próprios da
fotografia de moda ou publicidade, segundo o autor, para destacar que a sociedade
valoriza uma coisa que não é tão precisa, que pode ser relevada, e não reconhece o
que é verdadeiramente importante ser ressaltado.
Fugindo um pouco do tema de seu livro, James Balog sempre cita as
características mais importantes na fotografia selvagem. Como o uso primoroso das
possibilidades do enquadramento, da iluminação e do foco que geram efeitos de
grande impacto;
Enfim, percebemos que a fotografia do mundo selvagem pode servir sim para
apenas admiração dos espectadores, como também para alerta, na educação
ambiental.

2.2.3. Macrofotografia
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A fotografia macro é o registro de pequenas coisas, em que a foto visa mostrar


e valorizar pequenos detalhes não muito perceptíveis a olho nu. Ao falar em macro
fotografia, é muito comum assimilar esse assunto a fotos de insetos e plantas, porém
não há uma limitação do que pode ser fotografado com a técnica.
Uma foto é considerada macro quando o tamanho do assunto é fotografado
com uma proporção entre 1:1 e 10:1, ou seja, quando o detalhe em questão é igual
ou até 10x maior que o real. Uma proporção acima de 10:1 é considerada
microfotografia.
À seguir alguns tipos de fotografia macro:
 Fotografia de aproximação: Pequenas teleobjetivas (fungos, borboletas,
plantas, etc).
 Micro fotografia: fotos realizadas através de microscópio (protozoários,
algas, etc).
 Caça fotográfica: grandes teleobjetivas, subtileza e camuflagem
(mamíferos, aves, répteis, etc).
 Fotografia submarina: câmaras estancas, equipadas para mergulho
(peixes, algas, corais, moluscos, etc).
 Fotografia astronómica: fotografias através de telescópio (Lua, Sol e
outras estrelas, nebulosas, etc).

Em agosto de 2015 estudante de Biologia utiliza macrofotografia para revelar a


beleza dos insetos da Amazônia, Phillip Klauvin falou um pouco sobre trabalho como
fotógrafo de natureza e dá detalhes sobre próximos projetos e exposições.
Segundo Klauvin, a inclinação para fazer fotos de insetos e artrópodes vem da
admiração pela riqueza de formas, cores e texturas que essa parte da biodiversidade
oferece para quem busca boas imagens. Apesar disso, ele considera a
macrofotografia de natureza uma área ainda incipiente no Brasil. “Mesmo que esse
tipo de imagem impressione, ele ainda não caiu no gosto popular, ainda mais quando
são fotos de insetos, que costumam gerar certa repulsa entre as pessoas”, pondera.
A relação do fotógrafo com seus “modelos”, porém, não se resume ao clique e
parte de uma compreensão do papel que esses animais desempenham na natureza.
“Acredito que conhecendo essas espécies de perto as pessoas possam se aproximar
dessa realidade e atuar como protetores da natureza. Usar a fotografia como
instrumento de conservação certamente traz resultados rápidos porque qualquer um
vai ter compreensão daquilo, independente de idioma”.
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Hoje, o interesse de Klauvin está em captar certa singularidade da natureza


que a aproxime de um retrato mais poético. “Meu trabalho não é só pelo registro. Já
fiz isso quando era mais novo, quando tinha o maior prazer de encontrar uma espécie
nova e fotografar. Agora busco a composição previamente pensada, apesar de as
fotos serem feitas em campo e eu não ter controle nenhum da situação”, acrescenta.
(acrítica-Manaus)

3. Diferenciações e particularidades da área

3.1. Diferenciações
Uma grande diferenciação da fotografia de natureza, com as outras, é que, ela
tende a centrar a sua atenção na captação de aspectos estéticos, mais que outros
tipos de fotografia. Causando o impacto de denúncia, por exemplo ao desmatamento
do meio ambiente.
Podemos comparar esse aspecto denunciante com o do fotojornalismo, que
também tem essa característica. Mas podemos diferenciar os dois do seguinte modo:
Analisando uma foto de fotojornalismo já percebemos uma denúncia nela, porém na
maioria das vezes sempre é preciso o complemento de um texto. Já na fotografia da
natureza, fazendo uma construção exata da foto com os componentes certos, já
podemos obter uma denúncia só interpretando a imagem.

3.2. Particularidades
Algumas das particularidades que o fotógrafo de natureza obtém são, a
humildade, intuição, talento, observação visual apurada e espírito de aventura
também fazem parte do pacote de habilidades que não se adquire nos bancos
acadêmicos se já não houver disposição para tal, aliada à preferência e gosto pessoal
do fotógrafo.

Ainda são necessários conhecimentos científicos que envolvam biologia,


ecologia, botânica, zoologia, geografia; preparação física e adaptabilidade. Em
incursões fotográficas, é conveniente acercar-se da companhia de um guia
conhecedor dos costumes da região e dos costumes dos alvos de seus cliques.
Encontrar o assunto fotográfico nem sempre é rápido e fácil, pois a natureza
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desenvolve seu próprio curso e cabe ao fotógrafo descobrir os tempos e espaços


pertinentes à sintonia essencial para cada momento.
O grande objetivo da fotografia ambiental é o registro fidedigno das imagens da
flora e fauna local, além de promover a oportunidade de reconectar o ser humano ao
ambiente natural. Assim, fazendo com que ela ela tenha suas particularidades em
relação as outras áreas.

4. Os 10 melhores fotógrafos nacionais e internacionais da área

4.1. Fotógrafos nacionais

4.1.1. Sebastião Salgado


É importante citar que Sebastião nem sempre teve como planos seguir a
carreira de fotografia. Em 1967 graduou-se em Economia pela Universidade Federal
do Espírito Santo e realizou pós-graduação na Universidade de São Paulo.
Em suas viagens de trabalho para a África, muitas vezes encomendado
conjuntamente pelo Banco Mundial, ele fez sua primeira sessão de fotos com
a Leica da sua esposa. Fotografar o inspirou tanto que logo depois ele tornou-se
independente em 1973, como fotojornalista e, em seguida, voltou para Paris.

Sebastião, em 1979, depois de passagens pelas agências de fotografia Sygma


e Gamma, entrou para a Magnum. Encarregado de uma série de fotos sobre os
primeiros 100 dias de governo de Ronald Reagan, Salgado documentou o atentado a
tiros cometido por John Hinckley, Jr. contra o então presidente dos Estados Unidos,
Ronald Reagan no dia 30 de março de 1981, em Washington.A venda das fotos para
jornais de todo o mundo permitiu ao brasileiro financiar seu primeiro projeto pessoal:
uma viagem à África. Internacionalmente reconhecido e recebeu praticamente todos
os principais prêmios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho.
Criou o Instituto Terra, de Educação Ambiental e Reflorestamento da Mata Atlântica
junto com sua mulher, Lélia Wanick Salgado, presidente da instituição.
www.institutoterra.org/
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4.1.2. Araquém Alcântara


É apontado pelos críticos como um dos precursores da fotografia de natureza
no Brasil e um dos mais importantes fotógrafos em atuação no país. Desde 1970,
dedica-se integralmente à documentação da natureza e do povo brasileiro. Seu
trabalho, de notoriedade internacional, tornou-se hoje uma referência nacional e fonte
de inspiração para os novos fotógrafos.
Em sua vasta produção constam 47 livros sobre temas ambientais, 22 livros
em co-autoria, 5 prêmios internacionais, 32 prêmios nacionais, 75 exposições
individuais, inúmeros ensaios e reportagens para jornais e revistas nacionais e
estrangeiras.
É o primeiro fotógrafo a documentar todos os parques nacionais do Brasil e a
produzir uma edição especial para a National Geographic Society denominada “Bichos
do Brasil”. Em 1997 lançou, após dez anos de pesquisas, “Terra Brasil” o livro de
fotografias mais vendido no país. Atualmente na décima segunda edição, a obra já
ultrapassou a casa dos 80 mil volumes comercializados. www.araquem.com.br
19

4.1.3. Claudia Jaguaribe


Nasceu no Rio de Janeiro, mora e trabalha no Rio e em São Paulo. Desde 1990
participa de exposições nos principais museus e galerias do Brasil e no exterior.
Formada em história da arte, artes plásticas e fotografia, desenvolve um
trabalho atento às práticas multifacetadas e à diversidade da fotografia
contemporânea. Nos últimos anos, voltou-se para a questão da paisagem como
reinvenção da natureza na série “Quando Eu Vi”. Suas obras estão na coleção de
importantes acervos institucionais, como do Inhotim, MG; Museu de Arte Moderna de
São Paulo (MAM) SP; Coleção Pirelli do Museu de Arte de São Paulo (Masp) SP;
Maison Européenne de la Photographie, Paris; Istituto Italo-Latino Americano (iila),
Roma; Itaú Cultural, SP; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto SP; assim como
em coleções particulares. www.claudiajaguaribe.com.br

4.1.4. Haroldo Palo Jr


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É um fotógrafo, documentarista e naturalista brasileiro. Tem um acervo com


281 mil fotografias. Também participou de oito expedições à Antártida, entre 1984 e
1995. Seu trabalho é utilizado por instituições mundiais de preservação ambiental
como WWF, The Nature Conservancy, Conservation International, Fundação O
Boticário de Proteção à Natureza e SOS Mata Atlântica, entre outras.Chefiou uma das
equipes na expedição que Jacques Cousteau realizou no Brasil nos anos 80. Nos
anos 90, foi exibido no National Geographic Channel um documentário sobre ele,
intitulado Brave Brazilian. Um de seus trabalhos de maior destaque foi a produção da
parte brasileira do documentário Planeta Terra para a BBC, que no Brasil foi veiculado
pelo Discovery Channel. https://ptbr.facebook.com/.../Haroldo-Palo-
Jr/100003522802751

4.1.5. Fábio Colombini


Um dos nomes mais lembrados na fotografia de natureza, com especial
destaque para a macrofotografia de insetos. Em seu fotoarquivo, há nada menos que
40 mil imagens – 16 mil delas disponíveis para pesquisas on-line, todas 51
cuidadosamente identificadas e catalogadas em virtude de acervo compor seu
principal vínculo com o mercado, seja ele editorial ou publicitário. Em 22 anos de
carreira, ele produziu imagens para mais de 2600 livros (artísticos, institucionais,
didáticos e paradidáticos), cem calendários de grandes empresas, inúmeros guias e
21

revistas nacionais e estrangeiras e 46 exposições fotográficas.


http://www.fabiocolombini.com.br

4.1.6. Márcio Cabral


Márcio é geógrafo por formação, começou a fotografar profissionalmente em
1996. Especializou-se em fotografia de paisagem, o que se tornou sua grande paixão.
Ao longo destes anos, ganhou um gigantesco reconhecimento em sua vertente.
Foi o primeiro fotógrafo a desenvolver panoramas 360o subaquáticos em
cavernas de água doce e com cardumes de tubarões. Em 2015, quebrou o recorde
mundial com o maior panorama subaquático com 220,5 megapixels. Tem vários
prêmios nacionais e internacionais. http://www.fotoexplorer.com/fotografo/
22

4.1.7. Zé Paiva
Formado em Engenharia Mecânica, pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul. Trocou a engenharia pela fotografia após longa viagem pela Europa e Norte
da África em 1983. Iniciou-se em fotojornalismo na sucursal do jornal O Globo em
1984.Trabalhou também, neste mesmo ano, no jornal Zero Hora, em Porto Alegre.
Mudou-se para Florianópolis em 1985, onde montou um estúdio fotográfico,
especializando-se em fotografia de publicidade. Estudou fotografia de grande formato
e still-life no International Center of Photography, em Nova Iorque. Ensinou fotografia
na Universidade Estadual de Santa Catarina, (UDESC), na Fundação Universidade
Regional de Blumenau, (FURB) e Escola Superior de Propaganda e Marketing de
Porto Alegre, (ESPM), entre outros lugares. Tem vários livros publicados e várias
premiações. https://zepaiva.com/
23

4.1.8. Cristian Dimitrius


Cinegrafista, fotógrafo, biólogo e apresentador de televisão especializado em
vida selvagem e história natural. De surpreendentes fotografias a deslumbrantes
sequências de vídeo, feitos com as mais avançadas técnicas disponíveis, Cristian
eleva os limites da produção de filmes de vida selvagem tendo créditos em produções
feitas para as maiores redes de televisão do planeta, incluindo a BBC, National
Geographic, Discovery Channel, TV Globo, History Channel e Animal Planet. Hoje ele
é um dos poucos cinegrafistas e fotógrafos de natureza do Brasil, dedicando tempo
integral exclusivamente a este trabalho. www.cristiandimitrius.com

4.1.9. Luiz Cláudio Marigo


Fotógrafo cujos trabalhos incluem fotos para a Revista Geográfica Universal,
álbuns do Chocolate Surpresa e diversas revistas internacionais, tais como a Foto
(Suécia), Grands Reportages, Okapi e Terre Sauvage (França), Periplo (Espanha),
Hörzu e Das Tier (Alemanha), BBC Wildlife (Inglaterra), International Wildlife, Ranger
Rick, Wildlife Conservation, Natural History (EUA), Viva! (Polônia), Bonniers
Specialmagasiner (Dinamarca), Spick (Suíça), Sinra (Japão) e Birds International
(Austrália). Colaborava com artigos e fotos para a revista brasileira "Fotografe Melhor"
nos últimos anos de vida. http://www.lcmarigo.com.br
24

4.1.10. Luciano Candisani


Dedicado a contar histórias da natureza, é reconhecido pello estilo peculiar de
trazer a informação em composições de forte poder estético. Produz reportagens
sobre biodiversidade, conservação e populações tradicionais, para revistas como a
National Geographic. Sua matéria mais ecente, The Comeback Croc, sobre os jacarés
do Pantanal, cuja sobrevivência depende da dinâmica na maior planície inundável do
planeta. http://lucianocandisani.com
25

4.2. Fotógrafos internacionais


4.2.1. James Balog
James Balog, , partiu da convicção de que não há mais condições para a
existência da vida selvagem para escrever seu surpreendente livro Survivors: a new
vision of endangered wildlife (traduzido em português como Sobreviventes; Uma nova
visão da vida selvagem ameaçada de extinção) publicado em 1990. Para apresentar
por meio das imagens sua percepção da frágil condição desses animais, Balog
selecionou diversos exemplares de espécies ameaçadas de extinção e criou
composições que explicitam o artificialismo e a encenação, fazendo uso dos recursos
Durante 35 anos, o fotógrafo James Balog ("BAY-log") quebrou um novo ponto
de vista conceitual e artístico sobre uma das questões mais importantes da nossa era:
a modificação humana dos sistemas naturais do nosso planeta. Um alpinista ávido
com diploma de pós-graduação em geografia e geomorfologia, James está igualmente
em casa em um pico do Himalaia ou um rio de águas brancas, a savana africana ou
espécies de gelo polares. James tornou-se um porta-voz global sobre o tema das
mudanças climáticas e do impacto humano sobre o meio ambiente. Ele fundou o
Extreme Ice Survey (EIS), o estudo fotográfico mais abrangente, baseado em terra,
das geleiras já realizado. Como consequência desse trabalho histórico, em 2009, ele
atuou como representante da US / NASA na Conferência das Nações Unidas sobre
Mudanças Climáticas (COP 15) em Copenhague. Em 2015, na COP 21, em Paris, fez
inúmeras apresentações em nome do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais
(NRDC), da Fundação das Nações Unidas e COP 21 das Soluções nas Nações
Unidas no Grand Palais. jamesbalog.com/

4.2.2. Michael Nichols


26

Michael "Nick" Nichols, nativo do Alabama, é um fotógrafo premiado cujo


trabalho o levou aos cantos mais remotos do mundo. Ele se tornou fotógrafo de
pessoal da revista National Geographic em 1996 e foi nomeado editor em geral em
janeiro de 2008. De 1982 a 1995, ele foi membro da Magnum Photos, a prestigiada
cooperativa fundada por Henri Cartier-Bresson e Robert Capa.

Nascido em 1952, o treinamento de Nichols na fotografia começou quando ele


foi recrutado para a unidade de fotografia do Exército dos EUA no início da década de
1970. Mais tarde, ele estudou seu ofício na Universidade do Norte do Alabama, onde
conheceu seu mentor, o ex fotógrafo da revista Life Charles Moore.

No outono de 2013, a Aperture publicou Earth to Sky: entre os elefantes


africanos, uma espécie em crise. Nichols destaca a crise do elefante através de
imagens que nos trazem diretamente para seus habitats - florestas exuberantes e
savanas abertas, ou paisagens estranhas devastadas pela intervenção humana - para
observar os compromissos e atividades diárias dos animais. Em 2005, a National
Geographic Books publicou The Last Place on Earth , um livro com fotografias de
Nichols e os periódicos de Fay da expedição Megatransect. O trabalho de Nichols
apareceu em outros cinco livros, incluindo Keepers of the Kingdom , um ensaio
fotográfico que reflete as mudanças nos zoológicos dos EUA; O Ano do Tigre , que se
concentra nos tigres restantes do mundo; Brutal Kinship , um olhar sobre o vínculos
entre homem e chimpanzé, com texto de Jane Goodall www.michaelnicknichols.com/

4.2.3. Ansel Adams


27

O nome mais famoso da fotografia de natureza e paisagem, fez as paisagens


americanas eternas e atemporais para as próximas gerações. Foi um ávido e
entusiástico pianista e, durante muito tempo, conciliou suas duas paixões, fotografia
e música, até decidir dedicar-se inteiramente à fotografia. Desenvolveu um sistema
de zonas, junto com o também fotógrafo Fred Archer, para identificar níveis de
contraste e 37 exposição correta. Utilizou câmeras de grande formato, o que deu um
resultado em alta qualidade e imagens muito nítidas. A maior parte de seu trabalho é
em preto e branco, mas também experimentou fotografia colorida.
http://anseladams.com

4.2.4. John Blakemore


Inglês, é um fotógrafo de paisagem e natureza morta cujo trabalho é, na maior
parte, em preto e branco. Ele também utiliza técnicas exclusivas de câmara escura,
além do sistema de zonas. Seu trabalho inclui capturas de tulipas e a reconstrução
pós-guerra de Convetry. Suas paisagens em preto e branco possuem um charme
antigo e uma beleza celestial. Já foi premiado pelo prestigioso prêmio Fox Talbot
28

Awards e tem vários livros publicados. http://onlandscape.co.uk/2011/03/master-


photographer-johnblakemore/

4.2.5. Cristina Mittermeier


Mexicana, fotógrafa, escritora e conservacionista, usa sua câmera para
documentar a intersecção da natureza selvagem com pessoas. Tem mais de 20 livros
publicados sobre conservação e seu trabalho publicado em revistas de prestígio como
a Science and Nature. Reconhecida como um dos 40 fotógrafos de natureza mais
influentes, pela Outdoor Magazine; recebeu o Nature’s Best/Smithsonian
Conservation Photographers of the Year. É a fundadora e foi presidente da
International League of Conservation Photographers, uma associação de fotógrafos
de todo o mundo que trabalham ativamente para a conservação; também faz parte da
Wild Foundation e Conservation International. http://www.cristinamittermeier.com
29

4.2.6. Peter Lik


Australiano, é dele a “fotografia mais cara já vendida na história.” É um fotógrafo
profissional de fina arte que tem mais de 30 anos de experiência no ramo de capturar
fotografias de paisagens. Ele possui várias posições na lista de fotografias mais caras
do mundo. A mais famosa e cara fotografia de Peter é “Phantom”, que foi tirada no
Canyon Antelope, Arizona e retrata uma imagem fantasmagórica. Esta fotografia foi
vendida por $6.5 milhões de dólares e se tornou a fotografia mais cara a ser vendida
na história. Outra fotografia cara de Peter Lik é “Illusion”, que foi vendida por $2.4
milhões de dólares, “Eternal Moods” por $1.1 milhão e finalmente “One” que foi
vendido em 2010 por $1 milhão. www.lik.com
30

4.2.7. Max Rive


Holandês, é um dos mais criativos fotógrafos de montanhas, sua paixão o tem
encorajado a fotografá-las. Começou a tirar fotos de montanhas no inverno de 2008,
como um amador que viaja para diferentes áreas e registra aventuras nas montanhas
fotografando-as. Após postar algumas fotos na internet e obter alta repercussão, Max
decidiu fotografar montanhas seriamente e começou a visitar locais icônicos em 2012
seguindo seu estilo aventureiro de fotografia que é responsável por suas fotos
ímpares. www.maxrivephotography.com

4.2.8. Eliot Porter


Foi um famoso fotógrafo de natureza americano, considerado um dos primeiros
a capturar paisagens em cor. Em 1962, publicou o livro “In Wilderness is the
Preservation of the World”, que virou um best seller e deu a Porter fama e respeito
entre seus colegas. Começou a usar cor em suas fotografias em 1939, muito antes de
seus contemporâneos. www.cartermuseum.org/collections/porter/about.php
31

4.2.9. Lars Van de Goor


Holandês, começou sua carreira como fotógrafo de paisagens profissional em
2007. Sua criatividade em capturar fotografias de natureza e paisagem é responsável
por classificá-lo entre os 10 finalistas da competição Hasselblad Masters, categoria
Paisagem/Natureza. O objetivo de Lars van de Goor é mostrar a beleza da natureza
e capturar aqueles momentos mágicos e 42 surpreendentes que podem ser
encontrados na natureza a fim de permitir que o maior número de pessoas aproveite
tudo isso. http://www.larsvandegoor.com
32

4.2.10. William Henry Jackson


Jackson foi um pintor prodígio em sua juventude e a mesma habilidade refletiu-
se em suas composições para fotografias de paisagem. Fotografou a flora, fauna e
estilo de vida do oeste dos EUA, numa época em que ninguém o havia feito antes. Foi
o primeiro fotógrafo a capturar o então mítico oeste e publicou as primeiras fotos de
Yellowstone e parte por causa do impacto de suas fotos, a área tornou-se o primeiro
parque nacional dos EUA, em 1872.
http://www.getty.edu/art/collection/artists/1853/william-henryjackson-american-1843-
1942/
33

5. Principais técnicas utilizadas

5.1. Falando da fotografia de natureza noturna e diurna


O que conseguimos enxergar em uma noite límpida com céu estrelado, é uma
pequena fração do que os modernos sensores de nossos equipamentos conseguem
registrar. É isso que faz esse tipo de fotografia ser tão mágica, sua incrível
visualização de uma realidade que não conseguimos perceber. Como por exemplo,
observar a movimentação das estrelas, fazer a noite clara como dia, congelar
relâmpagos. Cenas que, sem uma câmera, o homem jamais conheceria.
Agora na fotografia diurna, já podemos conseguir um resultado igual ao que já
planejávamos, claro, se houverem ajustes exatos de acordo com o assunto a ser
fotografado, assim como na noturna. Uma vantagem que a fotografia diurna pode ou
não ter em cima de noturna, é que nela podemos obter muito mais cores,
principalmente dos objetos inseridos no assunto, por termos um auxilio da luz do dia.

5.1.1. Utilizando o modo manual


A fotografia em si exige usar o modo manual sempre. Também recomenda-se
fotografar em RAW. Assim você pode obter mais informações na sua foto, o que será
extremamente útil na hora de ajustar o balanço de branco e fazer correções durante
a edição. Ou seja, esse técnica serve tanto para fotografia noturna como a diurna.

5.1.2. Velocidade do obturador


A principal característica técnica da fotografia noturna é o uso de baixas
velocidades de obturador – ou longas exposições. Quanto mais tempo de exposição,
mais luz o sensor da câmera vai absorver e mais clara e nítida a foto ficará. Como as
paisagens noturnas, em geral, têm pouca luz, isso nos obriga a usar tempos de
exposição muito maiores do que a fotografia convencional. Uma ótima e precisa
recomendação é que evite fotos com mais de 30 segundos de exposição. À partir de
30 segundos a taxa de ruído aumenta consideravelmente, deixando assim a foto
menos nítida, assim como as chances de algo estragar a sua foto, como você esbarrar
no tripé ou alguma luz forte acertar a lente.
Já na diurna, dependendo do efeito que se deseja, já podemos usar
velocidades mais altas, pelo fato de já termos uma luz a mais na cena(luz solar).
34

Assim, as chances de borrões existentes nas fotos se tornam bem menores, e a


possibilidade de se fotografar sem um tripé também.

5.1.3. Abertura do diafragma e ISO(sensibilidade à luz)


Fotografia de paisagem tem uma recomendação básica: privilegie usar o maior
“f” possível (números altos); ou, em outras palavras, feche ao máximo o obturador da
sua câmera. Isso aumenta a profundidade do campo e a nitidez da foto. No entanto,
nem sempre isso será possível em fotografia noturna. Comece com valores mais
baixos como 2.8 e 4 e vá subindo até 8 ou 11, se possível. Na fotografia diurna graças
a presença de uma foto de luz a mais na cena, já podemos seguir a linha de usar e
abusar de aberturas(f) maiores, fazendo com que a profundidade de campo seja mais
ampla, deixando todo o assunto ou paisagem em foco. Mas por exemplo, na fotografia
macro ou selvagem, deseja-se um foco só no primeiro plano ou só no segundo,
aberturas(f) menores são mais recomendadas. É importante lembrar que esses efeitos
podem ser criados também com f maiores, ao diminuirmos a distância da câmera do
objeto.
Já o ISO, também vale a recomendação padrão: tente manter o ISO em
valores baixos, para maior nitidez na foto e menor presença de ruídos na própria. No
entanto, essas recomendações podem e devem ser quebradas em muitos casos. Mais
do que uma formalidade técnica, a fotografia diz respeito à experimentar novas formas
de expressar uma ideia ou percepção sobre algo. Por isso que nunca se pode seguir
uma receita certa, é o fotógrafo que cria sua própria receita, fazendo com que seu
estilo de foto seja único e autoral.

5.1.4. O Balanço de Branco (WB- White Balance)


Na fotografia noturna a escolha do balanço de branco deverá levar em conta
dois fatores: a presença de luzes artificiais na cena e o estágio da lua. Ao nascer, a
lua emite uma luz mais quente do que quando está a pino no céu, por exemplo. Você
vai ter de experimentar e ir checando a tonalidade das suas fotos. Em geral, os valores
irão de 3.500 à 5.000 K (kelvin) – do mais frio ao mais quente.
Já na fotografia diurna, o balanço de branco deverá levar em conta a presença
da luz solar, que dependendo do horário em que se encontra causa diferentes efeitos
na foto, desejados ou não. Por isso o balanço de branco também se torna
35

imprescindível em qualquer tipo de fotografia. Com ele você ajusta as “cores” que
deseja estar presente em sua imagem. Sejam elas mais quentes, ou mais frias.

5.1.5. Tripé é essencial


Na fotografia de paisagem noturna, principalmente, o tripé torna-se essencial
para que a foto não saia borrada. Se você tentar fazer a foto com a câmera na mão
ganhará apenas borrões. Se você não tem tripé, pode tentar posicionar a câmera no
chão ou em outro objeto, mas isso vai limitar muito as suas possibilidades de
enquadramento. Controle remoto de disparo pode ser usado. Caso você não tenha,
use o temporizador de sua câmera.
Como já dito anteriormente, na fotografia diurna, pelo fato de podermos utilizar
velocidades mais altas, as chances de borrões tornam-se menores, não necessitando
tanto assim do uso do tripé. Claro que você pode utiliza-lo para conseguir diferentes
ângulos, que talvez com a câmera em mãos não sejam possíveis. Isso depende muito
do olhar fotográfico e criatividades do fotógrafo.

5.1.6. Utilizando o foco manual


Foco automático não funciona na grande maioria das fotografias noturnas de
natureza. Simplesmente não há luz o bastante. Você tem duas opções, a primeira é,
usar a metragem de foco manual da sua lente: você tem de fazer uma estimativa da
distância entre a câmera e o local a ser focado e marcar essa distância no anel de
foco. Depois de fotografar sempre dê zoom na foto para ver se ela está nítida. A
segunda opção, caso você tenha uma lanterna potente o bastante, é usá-la para
iluminar o local e então focar.
Na fotografia diurna já é mais possível usar o foco automático, pela maior
presença de luz no ambiente, fazendo com que o foco automático trabalhe
rapidamente. Mas, dependendo do efeito e assunto a ser fotografado, o foco manual
pode ser uma ótima escolha, desde que saiba trabalhar bem com ele.

5.1.7. Evite posicionar a linha do horizonte no meio da foto


Essa é uma dica básica de toda foto de paisagem, seja ela noturna ou diurna.
A dica é: colocar a linha do horizonte no terço inferior ou superior da foto. Em geral,
ao posicionar a linha do horizonte exatamente no meio da foto criam-se composições
mais quadradas e enfadonhas. Deslocando-a, a foto fica mais interessante.
36

5.1.8. Valorize objetos no primeiro plano


Objetos no primeiro plano, mais próximos à lente, aumentam a noção de
profundidade da imagem. A receita básica seria: objetos de destaque no primeiro
plano / elementos da paisagem no segundo plano / céu ou horizonte ao fundo. Assim
a sua fotografia ganha uma composição mais completa e harmônica.

5.1.9. Adicione elementos humanos na fotografia


Uma pessoa valoriza muito uma paisagem, pois cria uma identificação com
aquele que vê a foto, como por exemplo o desejo de estar naquele local. Além disso,
melhora as noções de espacialidade da imagem, dando uma ideia mais clara do
tamanho da paisagem e seus elementos. Lembre-se que para manter pessoas nítidas
na foto, você vai ter de pedir ao modelo para ficar parado pela duração do tempo de
exposição da foto, do contrário a pessoa se torna um borrão, isso claro que nas
noturnas. Já nas diurnas pode auxiliar o modelo a exibir mais movimentos, que podem
ser congelados por velocidades mais altas, criando fotos divertidas e mais reais, pela
idealização do movimento da pessoa na foto.

5.1.10. Criando efeitos


Na fotografia noturna, principalmente, você também pode criar uma série de
efeitos com luzes artificiais. Isso se chama “lightpainting”, ou “pintar com a luz”.
Lembre-se que em fotos de exposição longa, sempre que se liga uma luz na cena,
cria-se uma marca. Comece apontando uma lanterna de baixa intensidade ou um led
em direção à lente e desenhe linhas, desenhos ou palavras.

5.1.11. Explore diferentes tipos de enquadramento


Nem sempre a melhor foto será feita com a câmera apontando para a linha do
horizonte. Experimente variar os enquadramentos da sua foto, apontando a câmera
para o chão ou para o alto, por exemplo.

5.1.12. Na noturnas, chegue ao local da foto antes do anoitecer


Ao chegar antes do anoitecer você pode ver os detalhes da cena que vai
fotografar e pode andar pelo local com segurança para escolher onde posicionar sua
37

câmera e qual enquadramento fazer. Recomenda-se tomar um tempo para caminhar


pelo local e observar os ângulos, antes mesmo de ligar a sua câmera. Se possível
faça o foco enquanto há luz. Quando anoitecer o foco automático não irá funcionar e
o foco manual pode ser uma tarefa penosa no início. Se você se prepara antes tem
certeza que a foto estará bem enquadrada e nítida quando anoitecer. Fotografia
noturna é feita de erros e tentativas.

6. Equipamentos e acessórios

6.1. Lentes

Ter uma lente que te dê a composição que você quer em campo é muito
importante, pois dá uma imagem “completa” na câmera, evitando muito pós-
processamento
.
6.1.1. Lentes grande angulares

São objetivas que apresentam distâncias focais menores que a diagonal da


imagem projetada, tendo, portanto, um grande campo de visão. Este pode ser desde
60º até 180º. Faz com que objetos próximos aparentem estar mais distantes, pode ter
10mm – e menos ainda se você quiser aquele look bulboso estilo olho-de-peixe. Para
se conseguir a maior profundidade de campo deve-se usar a menor abertura(f) e a
profundidade de campo se estende na frente e depois do ponto de foco, um pouco em
direção à câmera e um pouco para longe da câmera. Ter tudo em foco é
especialmente desejável em imagens de paisagem com grande angular onde
queremos dar um senso de profundidade.
38

6.1.2. Lentes teleobjetivas


É uma estrutura de uma objetiva fotográfica de grande distância focal na qual
o comprimento físico da lente é menor que a distância focal. A principal característica
no uso dessas objetivas é a produção de imagens ampliadas e um aparente
"achatamento" nos planos da imagem. Isto porque elas são produzidas para observar
ou fotografar objetos numa distância mais elevada, e assim as distâncias relativas
entre os objetos se tornam menores. Justamente por buscar imagens de objetos mais
distantes, a focalização é mais crítica e difícil de ser feita, exigindo muita atenção de
quem a utiliza. E também tem menor profundidade de campo se comparado com a
mesma abertura do diafragma de outros tipos de objetivas. Isto é conseguido pela
incorporação de um grupo especial de lente conhecido como um grupo de telefoto que
estende o caminho da luz para criar uma lente de foco longo em um design muito mais
curto em geral.
Normalmente na fotografia de natureza, estas são usadas na fotografia do
mundo selvagem, trazendo assuntos, como animais, por exemplo, em maior
destaque, diante da imensa paisagem que ele se encontra. Não necessitando estar
perto destes.
39

6.1.3. Lentes objetivas macro


As lentes macro são objetivas projetadas para focalizar a distâncias curtas e
fixas, em escala natural, algumas provocando o aumento de 10 vezes do tamanho
natural. Apenas as lentes macro, possibilitam uma aproximação rica em detalhes. As
lentes macro normalmente vêm em três distancias focais 50mm, 90mm. e a tele
objetiva de 180mm. Mas as lentes macro também são produzidas em várias distancias
focais e inclusive alguns modelos de objetivas zoom possuem macro.
Logicamente é utilizada na fotografia de natureza na área de macrofotografia.
40

6.1.4. Tripés
É importante na fotografia de Paisagem, Macro, Animais e alguns outros
gêneros. Com velocidades de obturação lentas, um tripé sólido para sua câmera
DSLR é uma ferramenta imprescindível para eliminar a trepidação e capturar fotos
mais nítidas, com maior precisão, enquadramento e consistência, mesmo se as
condições de luz são boas. Também, se a câmera é muito pesada, é melhor usar um
tripé para fixá-la, em especial, quando for fotografar por longos períodos de tempo.
Segurar uma DSLR profissional muito pesada por várias horas vai cansar rapidamente
suas mãos, mesmo se você já estiver habituado.
41

6.1.5. Cabo disparador


Outro acessório essencial e que deverá ser utilizado em simultâneo com o tripé,
é o cabo disparador que permite acionar o obturador sem termos contato direto com
a câmara através das nossas mãos. Nesse sentido as fotografias não ficam tremidas
sempre que é necessário um tempo de exposição longo. Se não possui este acessório
poderá sempre optar por utilizar o temporizador da sua câmara e evitar a trepidação
causada pelo contato manual com a câmera, mas há que ter em conta que esta será
apenas uma solução de recurso.
Veja-se o exemplo: se quisermos captar um momento numa fracção de
segundo ou disparar no modo continuo, ainda que com velocidades lenta só será
possível através da utilização de um cabo disparador.

6.1.6. Flash
Nem sempre você vai precisar dele, mas em algumas situações como um mata
mais fechada e uma ave linda em um galho, ele será preciso. Mas como todo o
cuidado é pouco, lembre-se de nunca usar o flash apontado direto no assunto. A luz
artificial do flash, além de ser prejudicial aos olhos dos animais,muitas vezes interfere
nas cores do bicho. Procure usar um difusor.
42

6.1.7. Bolha de nível dupla


Este é um dos acessórios mais importantes para o fotógrafo de paisagem. A
bolha de nível dupla encaixa-se na sapata do flash, garantindo horizontes direitos na
horizontal e vertical. Defendo desde sempre que devemos extrair o máximo de uma
fotografia no “terreno”, por isso nivelar horizontes posteriormente no Photoshop está
fora de questão, essa tarefa não só me iria roubar mais tempo em frente ao
computador como ainda iria perder alguns pixels por cada ajuste tendo em conta que
teria de fazer sempre um crop à imagem.

6.1.8. Filtro polarizador circular


Elimina reflexos de superfícies não metálicas proporcionando cores mais
intensas e maior contraste. É extremamente útil para acentuar o azul do céu,
43

intensificar as cores da vegetação e revelar elementos que se encontram debaixo de


água

SEM FILTRO POLARIZADOR COM FILTRO POLARIZADOR

6.1.9. Filtro densidade neutra


Filtro cinzento igualmente opaco a todas as cores do espectro e que, portanto,
não afeta as cores finais da imagem. Utilizo quando pretendo aumentar o tempo de
exposição e captar o movimento da água ou nuvens.
44

6.1.10. Filtro graduado densidade neutra


Serve para equilibrar as diferenças de luz existentes entre o que está acima e
abaixo da linha do horizonte, uma vez que por norma existe sempre mais luz no céu.
Na parte superior o filtro é cinzento e opaco enquanto que na parte inferior é
totalmente transparente.

7. Tendências na Fotografia de Natureza


7.1. Fotografia com Drones
Osdrones já se estabeleceram como uma tecnologia que deu certo. Como
ainda são novidade, são custosos e por isso não fazem parte do nosso dia a dia. Mas
seu preço já está se tornando mais acessível. E duas das principais funcionalidades
dos drones são a filmagem e fotografia. São ótimos para fotos de paisagens já que
permitem ângulos diversos graças à altitude que alcançam. Eles também conseguem
fazer as fotos parecem artísticas e até abstratas.
As capturas com drones tendem a popularidade em 2017 em todos os setores.
Se prepare para uma popularização das fotos de drones na mídia, na publicidade e
até nas redes sociais, já que a tendência é uma queda nos preços.
45

7.2 A ascensão dos padrões e texturas


Os padrões no design já estão voltando a ser tendência e, em 2017, tudo leva
a crer que serão ainda mais populares. Na fotografia, a influência se dará
principalmente em texturas repetidas nas imagens de construções arquitetônicas ou
mesmo na repetição de objetos. Os padrões minimalistas têm grandes benefícios, são
versáteis e podem ser usados numa ampla gama de finalidades. A procura de imagens
de fundo está em ascensão, pois estas podem ajudar a transmitir uma mensagem de
forma artística e são personalizáveis. Como em qualquer área de conteúdos visuais,
as tendências são padrões de fundo autênticos, ousados e exclusivos. Há procura de
fotografias que captam objetos comuns revelando padrões da natureza, de têxteis ou
de design gráfico. Por outro lado, há necessidade de linhas simples e padrões de
cores arrojadas, que ajudam a criar interfaces nítidas para smartphones e outros
dispositivos.
46

7.3. Paisagens minimalistas


O estilo minimalista está fazendo furor em todo o mundo e encontra, também,
expressão nas comunicações visuais. A fotografia minimalista tem sido uma tendência
há já alguns anos, decorando blogs populares, imagens de marca e painéis
semânticos. São essas as tendências agora: natureza deserta, padrões incomuns,
névoa, chuva e descanso silencioso. O segredo aqui é deixar alguns elementos na
fotografia e remover quaisquer outras distrações, bem como dominar o minimalismo
através da manipulação de cores.
47

7.4. A viagem com um contexto espiritual


Com o crescimento contínuo da cultura do bem estar e da saúde física e mental,
a tendência das novas gerações a se ‘desplugar’ e viajar para longe da internet e da
tecnologia também cresce. As fotografias de viagem terão maior ênfase “espiritual”,
tratando de experiências mais ligadas à natureza, ao ser humano, e a busca do “Eu”
interior. Outra tendência nas fotos de viagem deve ser na aventura. Com a
48

popularização do Couchsurfing e do Airbnb, viagens se tornaram mais baratas e


mudaram de foco, fugindo do turismo comum dos grandes centros e se expandindo
como uma aventura na descoberta de novas culturas e exploração da natureza.

7.5. Astrofotografia
Com as últimas declarações de Elon Musk e o sucesso dos projetos da NASA,
a Lua, Marte e o resto do cosmo parece agora mais perto do que nunca. Imagens de
galáxias e nebulosas são grandes tendências nas redes sociais e na fotografia
comercial, ilustrando as mais recentes descobertas e mostrando a beleza do espaço
exterior. Apesar das limitações, a astrofotografia não exige muito: uma máquina
digital, um tripé e um pouco de ambição. Os resultados são verdadeiramente
fantásticos e trazem grandes esperanças para um futuro de viagens pelas estrelas.
49

8. Perspectivas de mercado
8.1 Soluções que pesam menos ao bolso
O mercado da fotografia é muito concorrido e normalmente os custos são altos,
sobretudo, com equipamento. É cada vez mais comum fotógrafos que se juntam
buscando, principalmente, uma diluição dos custos. Essa ideia surge no momento em
que se percebe a necessidade de abrir um escritório ou estúdio.
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8.2. Reconhecimento
São vários os detalhes que fazem um profissional ser reconhecido. Uma soma
de técnica, com talento e, é claro, o bom e velho marketing. É preciso entender que
tudo dentro da sua empresa é marketing. Da forma como você age e trata um cliente
ao post promocional no seu Facebook, Instagram etc. Tudo isso é marketing. E a partir
disso é possível mudar pequenas coisas que vão te ajudar a trabalhar melhor e ganhar
mais.

8.3. Valores
E, quanto cobrar? Se você tem dimensão do quanto você gasta e do que você
oferece, você precisa manter um valor que faça jus a isso. Não existe uma tabela
única. Justamente por isso ser algo muito particular, como também é o seu trabalho.
Lembre-se que quanto mais benefícios oferecemos aos nossos clientes, menor será
o custo percebido por ele. Abaixo estão listados alguns itens que devem ser
considerados para o cálculo. Como em qualquer negócio, temos os custos fixos,
aqueles que você terá independente de ter ou não trabalho, e os custos variáveis, que
acontecem na execução do trabalho (se não houver trabalho eles não ocorrerão e
também variam com o tipo do trabalho).

8.3.1. Custos Fixos


• Aluguel/manutenção do escritório/estúdio, móveis, internet, Wi-fi • Taxas de
contador/impostos • Câmera(s) • Aplicativos usados no computador (Creative Cloud)
• Acessórios: lentes, filtros, flashes, baterias, cartões maiores e mais rápidos, grip, etc
• Computador e Notebook • Seguro do equipamento (inclusive carro) • Pro-labore do
fotógrafo • Funcionários: recepcionista, designer, limpeza • Bebidas e petiscos

8.3.2. Custos Variáveis


• Assistentes • Tratamento de Imagens • Revelação, impressão, etc 35 •
Depreciação do equipamento (inclusive carro) • Diária dos freelancers • Alimentação
equipe + Gasolina • Educação (cursos e workshops) Pode ser que não tenhamos
todos estes custos ou que tenhamos outros diferentes, mas aqui já temos uma boa
ideia do que calcular. Uma vez que tenhamos o custo podemos precificar o trabalho,
considerando-se o lucro que se quer ter. Em geral, trabalha-se com um lucro de 30%.
51

Claro que, uma vez que você esteja estabelecido no mercado, tenha fotos premiadas
e os clientes loucos por uma foto sua, então você poderá mudar de patamar e cobrar
como quiser.

8.4. Como ganhar dinheiro com fotografia de natureza


Uma boa alternativa para ganhar dinheiro com fotografia de natureza, é vender
o seu trabalho para revistas especializadas, projeto de livros, exposições, sugerir
pautas para revistas e jornais; e também para Bancos de Imagens. Existem fotógrafos
especialistas no assunto e que vivem praticamente de vender suas fotos. Mas mesmo
que você tenha outros trabalhos, vender fotos para bancos de imagens é uma boa
dica para quem quer ganhar dinheiro com fotografia.

Existem sites super importantes e conhecidos, como o iStock Photo e o


Shutterstock. Pode-se também, promover workshops, viagens ou “safaris”
fotográficos, cobrando para acompanhar e orientar outros fotógrafos. Ainda, trabalhar
registrando ciência e biologia: registro de estruturas, espécies, comportamentos,
paisagens, educação ambiental, ativismo e denúncia de crimes ambientais No Brasil,
são pouquíssimos os fotógrafos que vivem só de foto de natureza. Pelo menos no
início da carreira, procure cobrar na média do mercado (ou mais se seu trabalho ou
foto é excepcional). Para fotos individuais você pode usar o serviço do Photo Pricing
Brasil: http:// www.photoshowcase.com.br /Doc/ Photopricing.aspx. Para serviços de
fotografia é mais complicado, procure se informar com outros fotógrafos profissionais
do ramo. É importante estabelecer amizades no meio, para se manter antenado com
as tendências e valores praticados.

9. Fotos autorais
9.1. Paisagem(podendo ser a tendência minimalista)
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Foto
capturada na praia de Baqueçaba- São Sebastião. Esta foi tirada com o celular, foi o
ínicio do meu interesse por fotografia de natureza.

9.2. Mundo Selvagem

Foto capturada em Atibaia- São Paulo. Câmera t5, lente teleobjetiva 55-
250mm. (ISO 100/ f/5.6/ 1/500s/ Na medida 250mm da lente)
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9.3. Texturas e padrões

Foto capturada em Atibaia-São Paulo. Câmera t5, lente teleobjetiva 55-


250mm.(ISO 100/ f/7.1/ 1/500s/ Na medida 179mm da lente)

9.4. Educação Ambiental/ Fotojornalismo

Foto capturada em Atibaia-São Paulo. Câmera t5, lente teleobjetiva 55-


250mm.(ISSO 100/ f/6.3/ 1/800s/ Na medida 90mm da lente) Pode servir tanto para
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a parte de educação ambiental da fotografia de natureza como também para área de


Fotojornalismo.

9.5 Flora em detalhes(quase uma macrofotografia)

Foto capturada em Atibaia-São Paulo. Câmera t5, lente teleobjetiva 55-


250mm.(ISO 800/ f/6.3/ 1/200s/ Na medida 171mm da lente)

10. Conclusão
55

Através desse trabalho, não só tive a oportunidade de expor a importância de


uma das área de fotografia, no caso a de natureza, como também, através de leituras
e pesquisas feitas aprendi cada vez mais sobre a tal. Através deste percebemos o
quão essencial é o entendimento e conhecimento de seu equipamento (câmera, flash,
tripé, acessórios) e seus ajustes. E que também é sempre de extrema importância o
contínuo estudo da área desejada, seja para estar renovando seus trabalhos, ou para
cada vez mais adquirir novos conceitos desta.
Fotografia de natureza mostrou-se importante em diversos planos, indo de
beleza até educação.

10. Bibliografia
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FOTOGRAFIA DE NATUREZA 07/10/2017 -


https://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia_de_natureza
FOTOGRAFIA DE PAISAGEM 07/10/2017- http://photos.com.br/fundamentos-
da-fotografia-de-paisagem-2/
FOTOGRAFIA DO MUNDO SELVAGEM 07/10/2017-
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302013000100016
TUDO SOBRE NATUREZA E FOTOGRAFIA 07/10/2017-
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistafamecos/article/viewFile/7548/
5413
OS MELHORES FOTÓGRAFOS DE NATUREZA DO MUNDO 03/11/2017-
http://www.resumofotografico.com/2016/01/top-10-melhores-fotografos-de-
paisagem-do-mundo.html
MACROFOTOGRAFIA DEFINIÇÃO 08/10/2017-
http://www.photopro.com.br/tutoriais-gratis/o-que-e-macro-fotografia/
COMO GANHAR DINHEIRO COM FOTOGRAFIA DE NATUREZA
05/11/2017- http://fotografiamais.com.br/como-ganhar-dinheiro-com-fotografia/
DICAS PARA FOTOGRAFIA DE NATUREZA 05/11/2017-
https://www.fotografia-dg.com/10-dicas-para-fotografia-de-paisagem/
LENTES FOTOGRÁFICAS E SUAS CARACTERÍSTICAS 05/11/2017-
https://blog.emania.com.br/as-lentes-e-suas-caracteristicas-a-distancia-focal/
TENDÊNCIAS DA FOTOGRAFIA DE NATUREZA EM 2017 06/11/2017-
https://blog.emania.com.br/as-lentes-e-suas-caracteristicas-a-distancia-focal/
SEBASTIÃO SALGADO E SUAS OBRAS 02/10/2017- www.institutoterra.org/
ARAQUÉM DE ALCÂNTARA 02/10/2017- www.araquem.com.br
CLÁUDIA JAGUARIBE 02/10/2017- www.claudiajaguaribe.com.br
HAROLDO PALO JR 02/10/2017- https://ptbr.facebook.com/.../Haroldo-Palo-
Jr/100003522802751
FÁBIO COLOMBINI 02/10/2017- http://www.fabiocolombini.com.br
MÁRCIO CABRAL FOTÓGRAFO 02/10/2017-
http://www.fotoexplorer.com/fotografo/
ZÉ PAIVA FOTÓGRAFO DO BRASIL 02/10/2017- https://zepaiva.com/
CRISTIAN DIMITRIUS 02/10/2017- www.cristiandimitrius.com
LUIZ CLÁUDIO MARIGO 02/10/2017- http://www.lcmarigo.com.br
LUCIANO CANDISANI 02/10/2017- . http://lucianocandisani.com
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PARTICULARIDADES DA FOTOGRAFIA DE NATUREZA-


http://fotografilosoficamente.blogspot.com.br/2012/09/caracteristicas-da-fotografia-
ambiental.html

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