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Procedimentos para

Manutenção
- Manual de Serviço -

Geradores Eletrocirurgicos de Alta


Frequência - Bisturi eletrônico
[Guia prático para manutenção preventiva e corretiva dos Geradores Eletrocirurgicos
da linha Precision]

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Parabéns!
Agora você é um usuário dos equipamentos para eletrocirurgia fabricados pela DELTRONIX ®. Você
adquiriu o que há de melhor e mais moderno neste segmento e isso certamente irá facilitar muito
o seu trabalho dentro do Centro Cirúrgico.
A DELTRONIX Equipamentos Ltda. é uma empresa genuinamente brasileira que está no mercado
de equipamentos eletromédicos desde 1970. Utilizando os mais modernos recursos da engenharia
eletro-eletrônica fabrica produtos com reconhecida qualidade, funcionalidade, durabilidade e
simplicidade de manuseio.
A DELTRONIX® produz Geradores Eletrocirúrgicos (Bisturi Eletrônico) e seus acessórios para todas
as especialidades cirúrgicas e entre elas estão a ginecologia, oftalmologia, ortopedia,
dermatologia, neurocirurgia, cirurgia plástica e cirurgia cardíaca. Há também produtos indicados
para procedimentos de endoscopia, videolaparoscopia, odontologia e veterinária.
Neste setor há mais de quarenta anos, a DELTRONIX® adquiriu know-how e conta hoje com o
reconhecimento do segmento no Brasil e em todos os outros países com os quais tem contato
técnico comercial. Os bisturis eletrônicos DELTRONIX® acompanham o estado da arte em todo o
mundo. São práticos, funcionais, eficientes e seguros, sendo por isso bem recebido em todos os
países onde estão presentes.

A ELETROCIRURGIA É O NOSSO FORTE. Por este motivo oferecemos o que há de melhor no setor.

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PROCEDIMENTOS
PARA
MANUTENÇÃO
- Manual de Serviço -

FAMÍLIA DE GERADORES ELETROCIRÚRGICOS DE


ALTA FREQUÊNCIA – BISTURI ELETRÔNICO

Marca:
Deltronix Equipamentos Ltda.
Fabricante do equipamento e detentora do registro:
Deltronix Equipamentos Ltda.
Responsável Técnico:
Engº Carlos Alberto Paulin – CREA-SP nº 0685086790
Nome técnico:
Equipamento Eletro-Cirúrgico de Alta Freqüência
Nome comercial:
Bisturi Eletrônico Microprocessado
Modelos comerciais:
Precision TC 4, Precision TC 3, Precision TC 2,
Precision RC 4, Precision RC 3 e Precision RC 2.
Registro ANVISA:
Família Precision nº 10214670023

Instruções para Utilização:

 Este manual deve ser utilizado por pessoal técnico


qualificado para garantir o funcionamento correto do
equipamento.
 Leia e entenda todas as instruções contidas neste Manual
de Serviço antes de iniciar qualquer procedimento de
manutenção seja preventiva ou corretiva..

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O “MANUAL DE SERVIÇO DOS BISTURIS ELETRÔNICOS MICROPROCESSADOS DAS LINHAS
PRECISION TC e PRECISION RC” é uma edição da DELTRONIX® voltada a seus clientes e
profissionais da área de manutenção.
Este documento é um complemento do MANUAL DO USUÁRIO DOS BISTURIS ELETRÔNICOS DAS
LINHAS PRECISION. Informações como Modo de Utilização, Cuidados nos Procedimentos
Eletrocirurgicos, Especificações Técnicas entre outros, deverão ser consultadas no próprio
MANUAL DO USUÁRIO.

DELTRONIX Equipamentos Ltda.


Rua Barão de Cotegipe, 776/800
CEP 14050-420
Ribeirão Preto - SP • Brasil
PABX +55(16) 4009-5454
Fax +55(16) 4009-5455
Site: www.deltronix.com.br
e-mail: deltronix@deltronix.com.br

Editado em: Janeiro de 2014 – Ver.: 1.00


Todos os direitos reservados.

Nenhuma parte deste texto pode ser reproduzida ou usada sob qualquer forma ou meio, sem o
prévio consentimento por escrito por parte do editor.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1

PARTE I – EQUIPAMENTO FECHADO 1

1. Cabo de Alimentação 1
2. Porta Fusíveis 1
3. Integridade física do equipamento 2
4. Acessórios 3
5. Painel Frontal 3
6. AutoTeste 3
7. Bornes 4
8. Acionamento da Saida Bipolar 4
9. Acionamento da Saida Monopolar – Acessório 1 4
10.Acionamento da Saida Monopolar – Acessório 2 5
11.Funcionamento da Placa Neutra 5
12.Potências Geradas 5

PARTE II – EQUIPAMENTO ABERTO 6

13.Inspeção Visual do interior do equipamento 7


14.Modo de Serviço 8
15.Fonte de Baixa Tensão 9
16.Tensões Reguladas 10
17.MRPGraph – Monitoração da Resistência de Placa Neutra 10
18.Fontes Auxiliares 10
19.Fonte de Alta Tensão 11
20.Amplificador de RF 11
21.Sensores 12

PARTE III – CALIBRAÇÃO DO EQUIPAMENTO 14

PARTE IV – ANEXOS 16

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MANUAL PARA MANUTENÇÃO E CALIBRAÇÃO DE
BISTURIS ELETRÔNICOS DA LINHA PRECISION

INTRODUÇÃO
As informações contidas neste manual poderão ser utilizadas como um roteiro para ajudar na
Manutenção Preventiva e Manutenção Corretiva dos Bisturis Eletrônicos de fabricação da
DELTRONIX, nos modelos TC4 (Touch Control), TC3 e TC2, respectivamente de 400, 300 e 200
Watts de potência (na função CORTE PURO), bem como, com algumas alterações na forma de
comando, nos modelos RC4 (Rotary Control), RC3 e RC2.
O MANUAL DO USUARIO que acompanha cada equipamento contem todas as informações sobre o
funcionamento do equipamento e a forma correta de manipula-lo e deverá ser consultado sempre
que dúvidas surgirem com relação ás suas configurações, fazendo parte, portanto, deste Manual.
Este manual está dividido em quatro partes fundamentais:

I. Testes a serem feitos com o equipamento fechado, isto é, sem remover a tampa superior.
II. Testes a serem feitos com o equipamento aberto, isto é, sem a tampa superior.
III. Calibração do equipamento.
IV. Anexos.

PARTE I - EQUIPAMENTO FECHADO

Ao se proceder a manutenção, procurando identificar um defeito no equipamento, deve-se


seguir a rotina abaixo, analisando cuidadosamente cada um dos itens apresentados.

1. CABO DE ALIMENTAÇÃO

O cabo de alimentação deve ser original e não deve apresentar falha de isolação ou oxidação de
seus terminais. Com a ajuda de um multímetro é possível verificar a continuidade nos 3
condutores do cabo (FASE/NEUTRO/TERRA). Tenha especial atenção para a continuidade do fio
terra a fim de garantir a segurança elétrica do equipamento e que o mesmo seja aprovado no
teste de segurança elétrica, no final deste procedimento.

2. PORTA-FUSÍVEIS / FUSÍVEIS

O porta-fusíveis localizado no painel trazeiro não deve apresentar danos externos ou internos,
como oxidação nos contatos ou deformidades. Os fusíveis devem ser do tipo correto e seus valores
devem ser adequados à tensão da rede pela qual o equipamento será alimentado. No painel
trazeiro encontra-se os valores destes fusíveis, para as tensões de alimentação utilizada.

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3. INTEGRIDADE FÍSICA DO EQUIPAMENTO

Um exame cuidadoso do gabinete do equipamento é importante logo no inicio da manutenção


para se certificar de sua integridade, identificando eventuais amassados que podem indicar algum
acidente com o equipamento. O fechamento do gabinete é feito por meio de parafusos do tipo
philips em sua base sendo que um deles deve estar coberto por um lacre. As etiquetas adesivas
fixadas na partes frontal, superior e traseira do equipamento também devem estar em perfeito
estado. As imagens abaixo mostram os detalhes do painel frontal e trazeiro.

PAINEL FRONTAL DOS MODELOS DA LINHA PRECISION TC COM CONTROLES EFETUADOS COM TECLAS DO TIPO UP/DOWN.
(1) Controle de Volume (9) Display da Coagulação (17) Ajuste de Potência do Bipolar
(2) Função Stand-by (10) Funções de Coagulação (18) Bipolar Ativo
(3) Display do Corte (11) Seleção da Coagulação (19) Placa Simples
(4) Seleção Modo Low/Hi/PPC (12) Ajuste de Potência da Coagulação (20) Placa Bipartida - M.R.P. Graph®
(5) Funções de Corte (13) Coagulação Ativa (21) Alarme de Placa
(6) Seleção do Corte (14) Display Bipolar (22) Teclas para programação de memória
(7) Ajuste de potência do Corte (15) Funções Bipolar (23) Função Tripolar®
(8) Corte Ativo (16) Seleção do Bipolar

Figura 1a. Painel Frontal do Bisturi PRECISION TC4. A mesma configuração vale para os modelos TC3 e TC2

PAINEL FRONTAL DOS MODELOS DA LINHA PRECISION RC COM CONTROLES ROTATIVOS

(1) Controle de Volume (9) Display da Coagulação (17) Ajuste de Potência do Bipolar
(2) Função Stand-by (10) Funções de Coagulação (18) Bipolar Ativo
(3) Display do Corte (11) Seleção da Coagulação (19) Placa Simples
(4) Seleção Modo Low/Hi/PPC (12) Ajuste de Potência da Coagulação (20) Placa Bipartida - M.R.P. Graph®
(5) Funções de Corte (13) Coagulação Ativa (21) Alarme de Placa
(6) Seleção do Corte (14) Display Bipolar (22) Teclas para programação de memória
(7) Ajuste de potência do Corte (15) Funções Bipolar (23) Função Tripolar®
(8) Corte Ativo (16) Seleção do Bipolar

Figura 1b. Painel Frontal do Bisturi PRECISION RC4. A mesma configuração vale para os modelos RC3 e RC2.

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CONECTORES DO PAINEL TRASEIRO DOS MODELOS PRECISION TC E PRECISION RC

(1) Especificações técnicas (5) Pedal Simples para função Bipolar


(2) Pedal Duplo Monopolar 1 (6) Interruptor Liga/Desliga
(3) Pedal Duplo Monopolar 2 (7) Entrada de energia da rede elétrica e Porta fusíveis
(4) Etiqueta com S/N, Data e Endereço de Fabricação (8) Ponto de Equipotencial

Figura 1c. Painel trazeiro do Bisturi PRECISION. Configuração valida para todos os modelos

4. ACESSÓRIOS

Os acessórios que acompanham o equipamento tais como pedais, canetas, cabos de placa, placa
neutra, cabo de pinça hemostática e pinça bipolar (quando fazem parte do equipamento) devem
estar em bom estado de funcionamento. Por bom estado de funcionamento entende-se que os
cabos dos mesmos não devem estar rompidos, não deve ser observada falta de isolação e devem
operar segundo sua finalidade. Os acessórios são responsáveis por uma grande quantidade de
defeitos, dado sua fragilidade, para alguns deles, e os maus tratos a eles impostos durante sua
manipulação. Examine e teste cada um dos acessórios utilizados no equipamento. Em caso de
dúvida, troque o acessório para evitar alarme falso de mau funcionamento do equipamento. Não
use acessórios com integridade duvidosa durante os procedimentos de teste.
Dê preferencia à utilização de Acessórios Originais Deltronix®.

5. PAINEL FRONTAL

O painel frontal é composto por leds, displays e teclas. Durante a energização inicial do
equipamento, todos os leds e displays devem acender em sequencia (Autoteste), para que um
eventual defeito em qualquer um deles possa ser detectado. O bom funcionamento das teclas
deve ser verificado pressionando-as e observando se a ação correspondente esperada de cada
uma delas ocorre de forma satisfatória.

6. AUTOTESTE

Sempre que o equipamento é energizado (ligado) seu software fará algumas verificações
procurando encontrar algumas situações de erro que possam levar o equipamento ao um mau
funcionamento. Se alguma situação de erro for encontrada, será apresentado em um display do
painel frontal, um código de erro, que poderá ajudar em sua solução. Veja na foto abaixo uma
amostra de como um erro poderá ser apresentado e o significado de cada um deles.

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Figura 2. – Exemplo mostrando código de erro apresentado no painel após o mecanismo de
Autoteste detetar curto-circuito no comando de coagulação do pedal 1, durante a inicialização.

CÓDIGO DESCRIÇÃO DO ERRO CÓDIGO DESCRIÇÃO DO ERRO


001 COMANDO DE CORTE DO PEDAL 1 EM CURTO 007 COMANDO DE COAG DO ACESSÓRIO 1 EM CURTO
002 COMANDO DE COAG DO PEDAL 1 EM CURTO 008 COMANDO DE CORTE DO ACESSÓRIO 2 EM CURTO
003 COMANDO DE CORTE DO PEDAL 2 EM CURTO 009 COMANDO DE COAG DO ACESSÓRIO 2 EM CURTO
004 COMANDO DE COAG DO PEDAL 2 EM CURTO 010 FALHA NA COMUNICAÇÃO ENTRE PLACA DO PAINEL E PLACA DE CONTROLE
005 COMANDO DO PEDAL 3 EM CURTO 011 FALHA NO SENSOR DE TEMPERATURA DO DISSIPADOR DO ESTAGIO DE RF
006 COMANDO DE CORTE DO ACESS.1 EM CURTO

7. BORNES

Os bornes de saída no painel frontal são iluminados internamente para facilitar seu manuseio em
ambientes escurecidos. Faça uma inspeção visual em toda sua extensão para se certificar de que a
retro iluminação destes bornes esteja uniforme, indicando que todos os leds utilizados nesta
iluminação estejam acesos. Por outro lado, a saída para os acessórios monopolares 1 e 2, do
acessório bipolar e da placa neutra não devem apresentar danos ou deformações e seus terminais
não devem apresentar oxidação.

8. ACIONAMENTO DA SAIDA BIPOLAR

Estando o equipamento ligado e configurado em modo Bipolar (só o display da saída Bipolar
aceso) ou Tripolar (os displays de Corte, Coagulação e Bipolar acesos) com valor diferente de 0 no
display Bipolar, a saída bipolar entregará potência quando o pedal bipolar for acionado. Durante a
entrega de potência na saída bipolar o equipamento deverá emitir som de coagulação e acender
indicação luminosa no display bipolar indicando que o circuito bipolar está ativo. A potencia de
saída poderá ser incrementada ou decrementada de 0,5 Watt em 0,5 Watt, até o valor máximo de
cada modo bipolar (Standard, Precise e Macro). Consulte o Manual do Usuário para conhecer as
especificações de cada um dos modos acima mencionados.

9. ACIONAMENTO DA SAÍDA MONOPOLAR – ACESSÓRIO 1

Estando o equipamento configurado em modo Monopolar (Display de Corte e de Coagulação


acesos) ou Tripolar (displays de Corte, Coagulação e Bipolar acesos) e com valor diferente de zero
nos displays de Corte e Coagulação, a saída monopolar - acessório 1- entregará potência quando o

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pedal duplo corte/coagulação ou o botão corte/coagulação deste acessório (caneta de comando
manual com dois botões) forem acionados. Durante a entrega de potência na saída monopolar –
acessório 1- o equipamento deverá emitir som de corte ou coagulação dependendo do pedal ou
botão pressionado e acender indicação luminosa no display monopolar correspondente, indicando
que o circuito monopolar está ativo.

10. ACIONAMENTO DA SAÍDA MONOPOLAR – ACESSÓRIO 2

Estando o equipamento configurado em modo Monopolar (Display de Corte e de Coagulação


acesos) ou Tripolar (displays de Corte, Coagulação e Bipolar acesos) e com valor diferente de 0 nos
displays de Corte e Coagulação, a saída monopolar – acessório 2 entregará potência quando o
pedal corte/coagulação ou o botão corte/coagulaçã deste acessório forem acionados. Durante a
entrega de potência na saída monopolar – acessório 2 o equipamento deverá emitir som de corte
ou de coagulação, dependendo do pedal ou botão pressionado e acender indicação luminosa no
display monopolar correspondente, indicando que o circuito monopolar está ativo.

11. FUNCIONAMENTO DA PLACA NEUTRA

O equipamento é capaz de reconhecer automaticamente o tipo de placa neutra conectado nos


terminais do borne de placa. O procedimento para verificação de seu correto funcionamento pode
ser feito da seguinte forma: a) Coloque em curto circuito os terminais onde a placa será conectada.
No painel do equipamento deverá acender a indicação de placa simples e o bargraph (conjunto de
10 leds) deverá ficar completamente apagado. b) Remova o curto circuito e coloque entre os
mesmos terminais uma resistência com valor entre 20 Ohms e 120 Ohms. O painel do
equipamento deverá acender a indicação de placa dupla e o bargraph deve acender alguns leds de
acordo com a resistência que foi utilizada (quanto maior a resistência, menor o número de
segmentos acesos). Somente após reconhecido o tipo da placa neutra conectada nos terminais do
borne de placa, será liberada a utilização dos acessórios monopolares. De acordo com o tipo de
placa reconhecida pelo equipamento, se a resistência elétrica observada entre os terminais do
borne tiver saído da faixa aceitável (zero Ohms para placa simples, e valores abaixo de 5 Ohms e
acima de 135 Ohms para placa bipartida), o equipamento emitirá som de alarme, acenderá a
indicação FAULT no painel e impedirá os acessórios monopolares de entregar potência. Uma vez
em condição de alarme a indicação FAULT permanecerá acesa até que a causa que levou a esta
condição seja eliminada. No entanto o som de alarme soa apenas por um breve instante e então
se torna inativo por um intervalo de tempo ao fim do qual, não tendo sido resolvida a condição de
falha, a indicação sonora soa novamente, fará com que a indicação sonora intermitente de
alarme seja ativada novamente, repetindo-se o processo indefinidamente até que a causa seja
removida.

12. POTÊNCIAS GERADAS

O teste final do equipamento, com tampa fechada, consiste em verificar o funcionamento do


mesmo sob condições de carga. A utilização de um Analisador Eletrocirurgico é indispensável, não
apenas para simular a carga nominal, mas para permitir a variação da carga aplicada, sob as
diversas situações apresentadas no Manual do Usuário. A potência entregue pelo equipamento,
para cada valor de resitência apresentada pelo Analisador, não deve variar em mais de 20%, para
mais ou para menos, dos valores publicados em seu manual. A verificação deve ser feita em todas
as funções de corte e nas de coagulação monopolar e bipolar.

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Para efeito de diagnóstico primário, proceda como é abaixo sugerido:

a. Conecte o Analisador Eletrocirurgico (de acordo com as instruções de seu fabricante) em


uma das saídas monopolar (acessório 1 ou acessório 2), com a carga nominal indicada no
Manual do Usuario. Selecione a função Corte Puro e acione a tecla de aumento de potencia
até o valor de Meia Potencia ser indicada no display correspondente. Acione o pedal duplo
na função Corte e faça a leitura da potencia entregue pelo equipamento. O valor lido no
Analisador Eletrocirurgico deverá ser aquele indicado no display do Corte, dentro da faixa
de +/- 20%. Verifique sempre se a tensão da rede elétrica está dentro da faixa de
funcionamento normal do equipamento.
b. Repita o procedimento descrito no item a) para a máxima potencia do Corte Puro. O valor
lido no Analisador Eletrocirúrgico deverá ser o indicado no display, no intervalo de +/- 20%.
c. Repita o mesmo procedimento para todas as funções do Corte (Blend 1, Blend 2 e Blend 3).
Compare cada um dos valores obtidos com aqueles publicados no Manual do Usuario.
d. Mude a função para Coagulação, ajuste o Analisador Eletrocirurgico para a carga nominal
de cada função (Desicate, Fulgurate e Spray) e ajuste a potencia apresentada no display
para meia potencia e depois para potência máxima. Compare com os valores publicados no
Manual do Usuario.
e. Mude a função para Bipolar, ajuste o Analisador Eletrocirurgico para a carga nominal de
cada uma das funções (standard, precise, macro) e ajuste a potencia apresentada no
display para meia potencia e depois para potência máxima. Compare com os valores
publicados no Manual do Usuario.
f. Este teste primário já permite ter uma boa noção do comportamento do equipamento sob
carga nominal. O teste final, completo, será repetir todo o procedimento descrito acima,
para outros valores de carga, procurando refazer a Curva de Potencia x Impedância
completa, como a publicada no Manual do Usuario.

PARTE II – EQUIPAMENTO ABERTO

Os equipamentos produzidos pela Deltronix são lacrados após calibração no laboratório da fabrica.
Durante o período de garantia o equipamento somente poderá ser aberto pela fábrica ou pela
Rede de Assistência Técnica Autorizada. Para casos especiais, a ser analisado individualmente, a
fábrica poderá autorizar a abertura do equipamento por outro agente que não os anteriormente
descritos. Esta autorização deverá ser por escrito, subscrita pela Diretoria Técnica, caso contrario a
garantia oferecida pela fábrica, contra defeitos de fabricação ou nos termos descritos no TERMO
DE GARANTIA, que acompanha cada equipamento, será invalidada.

Antes de abrir o equipamento certifique-se que o mesmo encontra-se desenergizado, para não
correr nenhum risco de choque elétrico.

Para abrir o equipamento deve-se primeiramente remover os parafusos tipo phillips que se
encontram nas laterais da parte inferior. Após removidos os parafusos deve-se deslizar a tampa do
equipamento para trás, como se fosse uma gaveta, de forma a liberar o painel frontal que poderá
ser então escamoteado para frente. O painel frontal está preso ao chassis do equipamento apenas
por meio de encaixes apropriados, podendo ser removido se necessário. Para completar a
remoção da tampa basta deslizar a mesma para frente até que se desprenda completamente. Veja
a serie de fotos apresentadas a seguir.

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Figuras 3 – Fotos em sequência do procedimento de abertura do equipamento. A última imagem
chama atenção para o fato de que o painel frontal é escamoteável, permitindo o acesso irrestrito a
todas as placas.

13. INSPEÇÃO VISUAL DO INTERIOR DO EQUIPAMENTO

Depois de aberto o equipamento deve-se sempre proceder uma inspeção visual em busca de
avaliar a integridade dos espaçadores que fixam as placas de circuito impresso ao chassis, o estado
geral de fusíveis internos, o estado geral dos chicotes (cabeamento) assim como sua boa fixação
nos conectores correspondentes, a existência de eventuais cabonizações de componentes e placas
de circuito impressos e a boa fixação de porcas e parafusos. A foto abaixo mostra a disposição das

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diversas placas de circuito impresso com sua respectiva identificação (por nome ou número de
série, quando houver), bem como o cabeamento que as une através de uma serie de conectores
polarizados. Observe que a remoção de quaisquer umas destas placas de CI é extremamente
facilitada graças ao tipo de fixadores utilizados pela Deltronix. Familiarize-se com eles antes de
proceder a qualquer remoção destas placas.

Figura 4. - Nomenclatura e disposição das Placas de Circuito Impresso. Sob demanda, o cooler não será
instalado.

14. MODO DE SERVIÇO

Para auxiliar a manutenção do equipamento, o mesmo conta com um modo de operação chamado
MODO DE SERVIÇO, no qual é possivel selecionar a forma de onda e a tensão da fonte de
alimentação desejadas durante o acionamento dos circuitos monopolares e bipolar, assim como
monitorar diretamente os valores lidos pelos diversos sensores do equipamento.

Para entrar em MODO DE SERVIÇO deve-se pressionar a chave tactil S4 da PCB0002 (painel) com o
equipamento desenergizado e mantê-la pressionada enquanto o equipamento é energizado.
Depois do equipamento ser energizado ele já estará em MODO DE SERVIÇO e S4 pode ser liberada.

Figura 5. – Detalhe da PCB0002 mostrando localização da chave S4, que permite entrar em modo de
serviço.

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No MODO DE SERVIÇO os 3 dígitos do display do CORTE são usados para indicar o nível de tensão
que deverá aparecer na saída da fonte, quando qualquer um dos pedais ou botões das canetas
forem acionados. Este nível varia entre 000 e 999, sendo que 000 indica que a tensão na saída da
fonte será de aproximadamente 0V e 999 indica que a tensão na saída da fonte será de
aproximadamente 200 VCC. Para qualquer outro valor desejado deve-se configurar este display
com um valor entre 000 e 999 utilizando as teclas/encoders de incremento e decremento que se
encontram junto do display do Corte (as teclas/encoders de Corte permitem o
incremento/decremento do nível da fonte de 5 em 5 unidades e as teclas do volume sonoro
existente no painel frontal permitem o incremento/decremento do nível da fonte de 1 em 1
unidade).

O primerio dígito do display da Coagulação é usado para indicar o "índice" da variável que está
sendo monitorada. Devido a limitações físicas só é possível mostrar uma variável por vez na tela de
serviço. Para identificar a variável que se deseja acompanhar é mostrado um número que serve
para identificar a variável que está sendo monitorada. Este número é chamado de “índice”. Para
mudar o "índice" da variável monitorada deve-se usar as teclas de incremento e decremento do
display da Coagulaçao. As variáveis, com seus respectivo índices, são apresentadas a seguir:

0 – Leitura do sensor de tensão na carga, em mV (monopolar/bipolar de acordo com o circuito


acionado)
1 – Leitura do sensor de corrente na carga, em mV (monopolar/bipolar de acordo com o circuito
acionado)
2 – Leitura do sensor de corrente de dreno do transistor do estagio de saída de RF, em mV
3 – Leitura do sensor de corrente de fuga, em mV
4 – Valor da resistência conectada entre os terminais do borne de placa, em Ohms
5 – Leitura do sensor de tensão na carga, diretamente do conversor AD
6 – Leitura do sensor de corrente na carga, diretamente do conversor AD
7 – Leitura do sensor de corrente de dreno diretamente do conversor AD
8 – Leitura do sensor de corrente de fuga, diretamente do conversor AD

O segundo dígito do display da Coagulação exibirá sempre um espaço em branco.

O terceiro dígito do display da Coagulação, juntamente com os 3 dígitos do display da saída


bipolar, são usados para mostrar o valor da variável cujo "índice" está selecionado.

15. FONTE DE BAIXA TENSÃO

Os diversos circuitos que compõem o equipamento obtêm sua alimentação da PCB0031, que é um
conversor flyback com entrada universal (full range) que obtem energia da rede que alimenta o
equipamento e converte esta energia em níveis mais baixos de tensão e os entrega a 3 secundários
isolados. A seguir estão as tensões fornecidas pela fonte, nos conectores correspondentes:

P5. +12 VCC regulados (usado para alimentar o circuito de controle e a placa do painel)
P6. +12 VCC regulados (usado para alimentar o circuito de iluminação dos bornes)
P4. +14 VCC não regulados (usado para alimentar o circuito de controle da fonte de alta tensão e o
driver de gate do estágio amplificador de RF)
P2. +14 VCC não regulados (usado para alimentar o circuito seletor automático de tensão da fonte
de alta tensão)

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16. TENSÕES REGULADAS

Para que os diversos circuitos que compõem o equipamento possam trabalhar corretamente existe
a necessidade de algumas tensões bem definidas e estáveis, que são obtidas por meio de
reguladores lineares. Segue a listagem destes reguladores, com sua localização, tensão de saída e
local onde pode ser feita a medição correspondente:

PCB0002 – VR1. + 3.3V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C17)
PCB0003 – D3. + 2.5V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C6)
PCB0003 – D8. + 2.5V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C32)
PCB0032 – VR1. + 5.0V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C5)
PCB0032 – VR2. + 3.3V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C24)
PCB0032 – VR3. + 1.2V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C27)
PCB0032 – VR4. + 5.0V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C27)
PCB0033 – VR1. + 5.0V (esta tensão pode ser medida entre os terminais do capacitor C32)

17. MRPGraph – MONITORAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE PLACA NEUTRA

Para detectar o tipo de placa neutra conectada no equipamento e determinar se ela está com
contato elétrico adequado com a pele do paciente, o equipamento conta com um circuito que
mede a resistência elétrica que está em contato com os terminais do borne de placa neutra e
utiliza este valor para tomar suas decisões. Este circuito é chamado de MRP. No modo de serviço é
possível monitorar o valor lido pelo MRP no "índice" 4. O valor da resistencia poderá ser lido
diretamente em Ohms (Para maiores detalhes vide procedimento de calibração).

18. FONTES AUXILIARES

Os circuitos que se conectam aos pedais e aos botões das canetas com comando manual são
isolados dos outros circuitos do equipamento, por questões de segurança. Em função deste fato
são usados 3 circuitos idênticos para fornecer tensões isoladas aos circuitos dos pedais e das
canetas de comando manual, do acessório 1 e do acessório 2. Os circuitos que fornecem estas
tensões são chamados fontes auxiliares. A fonte auxililiar que provê tensão ao circuito de
comando do pedal está localizado na PCB0032 e as outras 2 fontes auxiliares que provêm tensão
aos botões das canetas de comando manual dos acessórios 1 e 2 estão localizadas na PCB0033.
Para operar, cada uma das fontes auxiliares recebe um clock de aproximadamente 100kHz
(oriundos da PCB0032) no gate de um MOSFET que amplifica este sinal e o entrega ao primário de
um transformador de isolação. A tensão alternada induzida no secundário deste transformador de
isolação é retificada por meio de um diodo e filtrada por um capacitor produzindo assim tensão
contínua isolada que será utilizada pelos circuitos dos pedais e dos comandos manuais dos
acessórios 1 e 2.

Figura 6. - Ilustração das formas de onda encontradas na fonte auxiliar

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19. FONTE DE ALTA TENSÃO

A fonte de alta tensão é o circuito que ocupa a PCB0003 e é responsável por fornecer alimentação
ao amplificador de RF (PCB0033). A fonte de alta tensão se conecta a rede elétrica através do
conector P2. Ela é dotada de 2 elementos que limitam o pico de corrente na partida da fonte (RT1
e RT2) e um filtro para reduzir emissão conduzida composto por L1, C1, C2, C3 e C4. Em seguida
encontramos o retificador D1 e os capacitores de filtro C8 e C9. O comparador U1B compara uma
amostra da tensão da rede com uma referência de tensão fornecida por D3 e, de acordo com o
resultado, comanda o relé K1. Este relé coloca os elementos D1, C8 e C9 em uma configuração de
dobrador de tensão quando a tensão da rede está na faixa dos 110V e em configuração de
retificador de onda completa quando a tensão da rede está na faixa dos 220V. A tensão
desenvolvida pelos capacitores C8 e C9 é da ordem de 300V e é comutada na frequência de
aproximadamente 80kHz por 2 braços de ponte formados por Q2, Q5, Q6 e Q9 (topologia full-
bridge) numa razão cíclica tal que a tensão na saída da fonte seja a solicitada pelo sinal de
comando da fonte. Os braços de ponte comandam o transformador TF3 que tem a função de
prover isolação entre a rede e a saída da fonte. A tensão na saída de TF3 é retificada por D7 e
então filtrada por L2 e C31. A tensão que se desenvolve em C31 é a tensão de saída da fonte que
aparece nos terminais do conector P6.

O sinal de comando da fonte entra pelos pinos 1 e 2 do opto acoplador U4 e consiste de uma
forma de onda retangular cuja frequência é de aproximadamente 10kHz, com razão cíclica que
informa o percentual (0-100%) da máxima tensão possível de saída, que é da ordem de 200V. A
forma de onda retangular atravessa U4. Suas bordas de subida e descida são restauradas por U6 e
um sinal analógico, proporcional à razão cíclica, é então gerado pelo filtro passa-baixas formado
por R44 e C38. Este sinal analógico passa pelo amplificador U5, pelo potenciômetro TP1 e então
entra no controlador PWM U3, onde é comparado com uma fração da tensão da saída da fonte. O
erro resultante desta comparação é integrado por C15, sendo este resultado usado para
determinar a razão cíclica de 2 sinais PWM que comandam os braços da ponte por meio dos
transformadores de pulso TF1 e TF3.

20. AMPLIFICADOR DE RF

O estágio amplificador de RF é responsável por amplificar as formas de onda oriundas da placa de


controle (PCB0032) referentes aos vários efeitos fisiológicos desejedos, tais como corte e
coagulação. Este circuito encontra-se implementado na PCB0033 e sua alimentação é fornecida
pela fonte de alta tensão (PCB0003). A tensão que alimenta o amplificador de RF chega pelo
conector P7 e seu valor depende do efeito fisiológico (forma de onda que será amplificada) e da
potência desejados e da carga para a qual o equipamento entrega a potência. A forma de onda
cujo efeito fisiológico se deseja chega à PCB0033 pelo conector P6 e atravessa o acoplador óptico
U3. O sinal na saída de U3 tem então sua capacidade de corrente aumentada pelo driver de gate
U2. O driver de gate então entrega o sinal ao MOSFET Q6, que o amplifica e o entrega aos
transformadores TF1 e TF2 dependendo do caminho estabelecido pelo relé K2. Durante o
acioamento do circuito bipolar, K2 permite que o sinal amplificado seja entregue ao transformador
TF1 e durante o aciomento do circuito monopolar, K2 permite que o sinal amplificado seja
entregue ao transformador TF2.

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Figura 7. – Forma de onda da tensão no dreno do MOSFET Q6
(Corte Puro, 50W em carga de 500 ohms)

Figura 8. – Forma de onda da tensão no dreno do MOSFET Q6


(Desiccate, 50W em carga de 500 ohms)

Toda vez que o amplificador de RF é posto em estado inativo, a carga resistiva R15 é inserida na
alimentação do amplificador para consumir qualquer resíduo de energia na saída da fonte. Isto
garante que a próxima ativação do amplificador aconteça com tensão inicial nula.

21. SENSORES

Para um controle preciso da potência entregue pelo amplificador de RF, o mesmo conta com vários
sensores, cujos sinais são enviados para a placa de controle (PCB0032). Estes sinais juntamente
com os parâmetros do usuário, tais como efeito fisiológico e potência desejados, são utilizados
pela placa de controle para definir o valor da tensão na saída da fonte de alta (PCB0003). Com isso
garante-se que a potência entregue pelo amplificador de RF à carga é exatamente aquela
desejada.

Os sensores que monitoram os diversos parâmetros do amplificador de RF, assim como suas
respectivas funções, estão listados a seguir:

(1) Sensor de tensão bipolar: é implementado como um secundário de TF1 (entre os pinos 4 e 5) e
é responsável por monitorar a tensão sobre a carga quando o circuito bibolar é ativado.

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(2) Sensor de corrente bipolar: é implementado pelo transformador de corrente TC2 e é
responsável por monitorar a corrente que circula pela carga quando o circuito bipolar é ativado.

(3) Sensor de tensão monopolar: é implementado pelo transformador TC4 e é responsável por
monitorar a tensão sobre a carga quando o circuito monopolar é ativado.

(4) Sensor de corrente monopolar: é implementado pelo transformador de corrente TC5 e é


responsável por monitorar a corrente que circula pela carga quando o circuito monopolar é
ativado.

(5) Sensor de corrente no dreno do MOSFET Q6: é implementado pelo transformador de corrente
TC1 e é responsável por monitorar a corrente que circula pela dreno do MOSFET Q6.

(6) Sensor de corrente de fuga: é implementado pelo transformador de corrente TC3 e é


responsável por monitorar a diferença entre o valor da corrente que entra por um dos terminais
da carga e o valor da corrente que sai pelo outro terminal, quando o circuito monopolar é ativado.

(7) Sensor MRP: é ulilizado para medir a resistência a placa neutra e a pele do paciente.

Figura 9. – Ilustração mostrando a posição dos sensores na PCB0033. A numeração que


aparece na figura corresponde aos números entre parênteses com a descrição dos
sensores apresentada no texto.

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PARTE III - CALIBRAÇÃO DO EQUIPAMENTO
A Deltronix sugere que, uma vez que tenha sido feito um procedimento de correção corretivo, as
característica eléticas do equipamento devem ser verificado. Havendo qualquer divergência, o
procedimento de calibração deve ser executado. Os parágrafos que seguem descrevem este
procedimento. Antes da execução deste procedimento é aconselhável a leitura dos ítens "MODO
DE SERVIÇO" e "SENSORES".

1. Entrar em modo de serviço: pressionar a tecla S4 da PCB0002 e mantê-la pressionada enquanto


energiza o equipamento.

2. Calibrar a frequência de ressonâncio do MRP: Conectar uma resistência de 150 ohms entre os
terminais do borne de placa. Selecionar o "índice" 4 no painel e usar as teclas/encoders de
incremento/decremento do display bipolar até obter a maior leitura possível.

3. Calibrar o fundo de escala do MRP: Este procedimento deve ser sempre precedido da calibração
da frequência de ressonância. Conectar uma resistência de 150 ohms entre os terminais do borne
de placa. Selecionar o "indice" 4 no painel e ajustar o potenciômentro TP1 da PCB0032 até obter a
indicação "150" na leitura da variável.

4. Calibração da fonte de alta – 1a Etapa: Conectar a carga do analisador eletrocirúrgico entre os


terminais de placa neutra e saída monopolar do equipamento. Configurar o analisador
eletrocirúrgico para aoperar com carga de 500 ohms. Selecionar a função "DESICCATE". Ajustar o
nível da fonte com o valor 332. Acionar o pedal da coagulação monopolar (AZUL). Ajustar TP1 da
PCB0003 até obter 100W no analisador eletrocirúrgico.

5. Calibração da fonte de alta – 2a Etapa: Conectar a carga do analisador eletrocirúrgico entre os


terminais de placa neutra e saída monopolar do equipamento. Configurar o analisador
eletrocirúrgico para aoperar com carga de 500 ohms. Selecionar a função "DESICCATE". Ajustar o
nível da fonte com o valor 446. Acionar o pedal da coagulação monopolar (AZUL). Ajustar TP1 da
PCB0003 até obter 180W no analisador eletrocirúrgico.

6. Calibração do sensor de tensão monopolar: Conectar a carga do analisador eletrocirúrgico entre


os terminais de placa neutra e saída monopolar do equipamento. Configurar o analisador
eletrocirúrgico para operar com carga de 500 ohms. Selecionar a função "PURE". Ajustar o nível da
fonte e acionar o pedal do corte monopolar (AMARELO) até obter 380W no analisador
eletrocirúrgico. Selecionar o "indice" 0 no painel. Ajustar o potenciômetro TP6 da PCB0032 e
acionar o pedal do corte monopolar (AMARELO) até obter a indicação do valor "1450" na leitura
da variável (é possível que não se consiga precisão nos 2 últimos dígitos, não sendo críticos).

7. Calibração do sensor de corrente monopolar: Conectar a carga do analisador eletrocirúrgico


entre os terminais de placa neutra e saída monopolar do equipamento. Configurar o analisador
eletrocirúrgico para operar com carga de 500 ohms. Selecionar a função "PURE". Ajustar o nível da
fonte e acionar o pedal do corte monopolar (AMARELO) até obter 380W no analisador
eletrocirúrgico. Selecionar o "indice" 1 no painel. Ajustar o potenciômetro TP2 da PCB0032 e
acionar o pedal do corte monopolar (AMARELO) até obter a indicação do valor "1560" na leitura
da variável (é possível que não se consiga precisão nos 2 últimos dígitos, não sendo críticos).

8. Calibração do sensor de corrente no dreno do MOSFET Q6: Conectar a carga do analisador

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eletrocirúrgico entre os terminais de placa neutra e saída monopolar do equipamento. Configurar
o analisador eletrocirúrgico para operar com carga de 500 ohms. Selecionar a função "PURE".
Ajustar o nível da fonte e acionar o pedal do corte monopolar (AMARELO) até obter 380W no
analisador eletrocirúrgico. Selecionar o "indice" 2 no painel. Ajustar o potenciômetro TP3 da
PCB0032 e acionar o pedal do corte monopolar (AMARELO) até obter a indicação do valor "1650"
na leitura da variável (é possível que não se consiga precisão nos 2 últimos dígitos, não sendo
críticos).

9. Calibração do sensor de tensão bipolar: Conectar a carga do analisador eletrocirúrgico entre os


terminais da saída bipolar do equipamento. Configurar o analisador eletrocirúrgico para operar
com carga de 150 ohms. Selecionar a função bipolar "STANDARD". Ajustar o nível da fonte e
acionar o pedal da coagulação bipolar (AZUL) até obter 100W no analisador eletrocirúrgico.
Selecionar o "indice" 0 no painel. Ajustar o potenciômetro TP4 da PCB0032 e acionar o pedal da
coagulação bipolar (AZUL) até obter a indicação do valor "1220" na leitura da variável (é possível
que não se consiga precisão nos 2 últimos dígitos, não sendo críticos).

10. Calibração do sensor de corrente bipolar: Conectar a carga do analisador eletrocirúrgico entre
os terminais da saída bipolar do equipamento. Configurar o analisador eletrocirúrgico para operar
com carga de 150 ohms. Selecionar a função bipolar "STANDARD". Ajustar o nível da fonte e
acionar o pedal da coagulação bipolar (AZUL) até obter 100W no analisador eletrocirúrgico.
Selecionar o "indice" 1 no painel. Ajustar o potenciômetro TP5 da PCB0032 e acionar o pedal da
coagulação bipolar (AZUL) até obter a indicação do valor "1240" na leitura da variável (é possível
que não se consiga precisão nos 2 últimos dígitos, não sendo críticos).

11. Calibração do sensor de corrente de fuga: Conectar um dos terminais da carga do analisador
eletrocirúrgico aos terminais do borne de placa do equipamento. Conectar o outro terminal da
carga do analisador eletrocirúrgico ao aterramento da rede elétrica (terra verdadeiro). Configurar o
analisador eletrocirúrgico para operar com carga de 200 ohms e medição de corrente. Selecionar a
função "PURE". Ajustar o nível da fonte e acionar o pedal do corte monopolar (AMARELO) até
obter 100mA no analisador eletrocirúrgico. Selecionar o "indice" 3 no painel. Ajustar o
potenciômetro TP7 da PCB0032 e acionar o pedall do corte monopolar (AMARELO) até obter a
indicação do valor "2000" na leitura da variável (é possível que não se consiga precisão nos 2
últimos dígitos, não sendo críticos).

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PARTE IV - ANEXOS
Anexo 1 – Diagramas esquemáticos

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22. Anexo 2 – Imagens das placas de circuito impresso montadas

Figura 10. – PCB0002: Painel Frontal Montado

Figura 11. - PCB0033: Amplificador de RF montado

Figura 12. – PCB0032: Placa de controle montada

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Figura 13. – PCB0003: Fonte de alta tensão montada

Figura 14. - PCB0031: Fonte de baixa tensão montada

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