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Tecnologia em Automacao Industrial Ensin
Tecnologia em Automacao Industrial Ensin
Magna Campos
(ORG.)
Tecnologia em Automação
Industrial:
Ensino e prática
1ª edição
Mariana,
2016
FICHA CATALOGRÁFICA
ISBN: 978-85-918919-5-5
PREFÁCIO 10
RESUMO: 12
INTRODUÇÃO 12
2. SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO VOLTADOS PARA CONTROLE DE TEMPERATURA E
RECIRCULAÇÃO 14
2.1 Controle de temperatura 15
2.1.1 Recirculação 16
2.1.2 Aplicação 16
2.2 A automação da Recirculação como fator de controle de temperatura e
beneficiamento 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS 38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
Demétrius Rodrigues
Coautoria Magna Campos
RESUMO 42
INTRODUÇÃO 43
2. AUTOMAÇÃO E SERVOMOTORES 45
2.1 Estrutura robótica 46
2.2 Sistema de controle 50
2.3 Potenciômetros e Botões 50
2.4 Servomotores 51
2.4.1Sistema Atuador: 52
2.4.2 Sensor: 52
2.4.3 Circuito de Controle: 52
2.5 Função de um servomotor 53
2.6 Funcionamento de um servomotor 54
ONSIDERAÇÕES FINAIS 74
REFERÊNCIAS 76
APÊNDICE A: PROGRAMAÇÃO DO ARDUINO 77
RESUMO 90
INTRODUÇÃO 90
2. SOBRE CONTROLADORES LÓGICOS PROGRAMÁVEIS 92
2.1 História do Surgimento 92
2.2 Características e particularidades dos modelos existentes 95
2.2.1 CLP’s Nano e Micro 95
2.2.2 CLP’s de Médio Porte 96
2.2.3 CLP’s de Grande Porte 96
2.3 Aplicações dos CLP’s 96
RESUMO 137
INTRODUÇÃO: 137
2. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL 138
2.1 O que é Automação Residencial 138
2.2 Classificação da Automação Residencial 139
2.3 Aplicabilidade da Automação Residencial 140
2.4 Benefícios da Automação 140
2.5 Níveis Automação 141
Diego Couto
Fabio Caldeira
Leonardo de Souza
Coautoria Magna Campos
RESUMO 166
INTRODUÇÃO 166
2. AUTOMAÇÃO E CONTROLE DE UMIDADE 168
2.1 Automação industrial 168
2.2 Microcontroladores 169
2.2.1 Arduíno 171
2.2 Instrumentos de Medição 173
2.3 Medição de Nível 174
2.3.1 Medição de umidade 177
2.3.2 Medição de Fluxo 179
10
Tive a satisfação e o desafio de orientar, entre os anos de 2015 e
2016, todos os trabalhos aqui relatados, ainda que eu não tivesse formação
acadêmica na área tecnológica. Entretanto, como professora do curso na
área de Metodologia de Pesquisa e de Linguagem e, tendo em vista ter sido
a orientadora escolhida, consegui – com o apoio obstinado e constante de
todos os orientandos envolvidos – traçar com eles roteiros de pesquisa e
perguntas norteadoras, para as quais, quando o conhecimento da área
específica de tecnologia me faltava, souberam buscar respostas em livros,
em aulas do curso ou com outros colegas específicos da área.
E conseguimos também elaborar outras questões técnicas ou
metodológicas que nos fizeram ir muito além do que está exposto nas
páginas deste livro. Especialmente, para esses alunos, foi possível, como
muitos relataram ao longo do trabalho, ressignificar e relacionar conteúdos
aprendidos nas disciplinas do curso, ganhar mais autonomia intelectual,
explorar a criatividade na criação e execução dos projetos tecnológicos e
vislumbrar mais de perto a aplicação profissional dos conhecimentos
construídos.
Ms. Magna Campos
(Mestre em Letras, professora universitária e escritora)
11
FABRICAÇÃO DE CERVEJA ARTESANAL CASEIRA: CONTROLE
DA TEMPERATURA NA BRASSAGEM1
RESUMO:
Esse trabalho tem objetivo de demonstrar uma maneira de melhorar o controle de
temperatura durante a fabricação caseira de cerveja. Durante a etapa de brassagem, a
temperatura correta é determinante para fabricar a cerveja dentro dos parâmetros
pretendidos. Os cervejeiros caseiros monitoram essa etapa com muita atenção, pois
temperaturas fora das especificadas geram defeitos ou até mesmo a perda da produção.
Neste sentido, foi realizado, na etapa de prática da pesquisa, o desenvolvimento de um
circuito para controle de temperatura e de recirculação de materiais, empregando os
conhecimentos desenvolvidos no curso de Tecnologia Automação Industrial. Este trabalho
demonstra uma maneira automatizada de controlar a temperatura e recirculação na
fabricação de pequenas quantidades de cerveja, sem erros e de maneira prática e fácil.
PALAVRAS-CHAVE: Cerveja Caseira, Cerveja Artesanal, Automação, Controle,
Recirculação e Temperatura.
INTRODUÇÃO
A prática de misturar malte, levedura, lúpulo e água e fabricar a própria
cerveja está em crescendo no Brasil. Criar sua própria cerveja com aspectos
e particularidades únicas pode levar o hobby a torna-se fonte renda. Mas
para os cervejeiros caseiros que só querem produzir a melhor cerveja do
mundo, em menor quantidade, sofrem com alguns problemas em repetir suas
receitas. Dois cervejeiros que fabriquem a mesma receita, nunca terão os
1 Capítulo adaptado a partir de TCC orientado pela Profª. Ms. Magna Campos, na Faculdade
Adjetivo-CETEP, em 2015.
2 Tecnólogo em Automação Industrial e cervejeiro artesanal.
12
mesmos resultados. O mesmo cervejeiro que repete uma receita consegue
perceber as diferença entre elas. Por mais gratificante de que seja produzir a
própria cerveja, o ideal é conseguir repetir as receitas e alcançar resultados
iguais ou muito próximos.
Neste sentido, este trabalho se propõe a responder à seguinte
problemática, como a automatização do sistema de controle de temperatura
e de recirculação do líquido na produção de cerveja artesanal pode melhorar
a qualidade do produto final?
Mas para tal intento, é preciso saber que essa automatização
trabalhará especificamente com a etapa de brasagem, na fabricação de
cerveja, sendo que
a etapa de brassagem tem como objetivo principal a transformação do amido
do malte de cevada em açúcares menores e fermentáveis. Nesta etapa,
também são extraídos diversos nutrientes, minerais e proteínas dos grãos.
Isto confere ao mosto resultante todas as características nutricionais
necessárias para que posteriormente seja consumido pelas leveduras e,
assim, gerado o álcool e os sabores resultantes da cerveja. O processo
consiste na maceração dos grãos em água morna com a manutenção de
diferentes degraus e rampas de temperatura. O seu funcionamento se dá em
quatro funções principais: hidratação do malte, gelatinização de seus amidos,
liberação de suas enzimas naturais e conversão dos amidos em açúcares
fermentáveis. O malte moído despejado em água morna ou quente para que
haja a hidratação. A mistura resultante é então estabilizada em diferentes
patamares de temperatura para que as outras funções sejam cumpridas.
(TOSTES, 2015, p. 5)
13
líquido da cerveja com materiais de baixo custo e que operem como os
mecanismos comerciais.
O trabalho justifica-se porque segundo a Associação Brasileira da
Indústria da Cerveja (CERVBRASIL) o setor contribui com 1,6% do PIB
nacional e gerando 2,2 milhões de empregos. E as cervejas artesanais,
mesmo sendo um nicho menor do mercado, procuram oferecer mais estilos e
qualidade. Quando o cervejeiro caseiro tem um estilo preferido ele procura
consumi-lo e aventurar-se na fabricação do mesmo. Procurando sempre
melhorar e criar detalhes únicos na sua receita.
Este trabalho aborda no capítulo 1, algumas referências sobre
controle de temperatura em outros processos. Norteando o caso estudado.
No capitulo 2, o processo de fabricação de cerveja será detalhando,
permitindo entender melhor a necessidade de um controle adequado de
temperatura na brassagem. No capitulo 3, explicaremos o trabalho através de
um projeto onde o controle de temperatura foi implementado.
15
verificação, onde, novamente a temperatura é comparada e caso o valor seja
igual ou superior ao limite máximo da temperatura a resistência será
desligada. E assim esse processo será executado pelo tempo necessário ao
processo em questão.
2.1.1 Recirculação
A etapa de recirculação também é utilizada em diversos processos
produtivos. A recirculação contribuiu muito para o processo de controle de
temperatura, pois, quando o liquido está recirculando está constantemente
sendo misturado e a temperatura fica praticamente a mesma em todo o
tanque, evitando que tenhamos temperaturas diferentes entre a parte de
baixo e a parte de cima do tanque.
2.1.2 Aplicação
Como referência, no processo de fabricação de etanol, existe uma
etapa de fabricação conhecida como hidrólise ácida. Hidrolise ácida é uma
reação química onde ocorre a quebra das moléculas por ação da molécula
de água. Nesta etapa acontece a produção de vários compostos, mas,
principalmente açucares.
16
Existem alguns inconvenientes na hidrólise ácida. Ao utilizar ácido
concentrado no processo, o rendimento é elevado e baixa porcentagem de
açucares perdidos. Mas o custo dos equipamentos adequados a este
processo é muito elevado, pois, são equipamentos que precisam resistir à
acidez do processo. Outro ponto de atenção é que devido à utilização destes
ácidos concentrados, a dificuldade de manejo e segurança no processo
precisam ser redobradas.
A outra possibilidade é a utilização de ácido diluído, onde o
rendimento é baixo é por esse motivo inviável.
Então, houve o desenvolvimento de um processo novo, conhecido
como Dedini Hidrolise Rápida (DHR), que tem como objetivo a produção de
etanol a partir da hidrólise do bagaço de cana-de-açúcar com ácido diluído.
Segundo Dias (2008), nesta etapa, a recirculação aliada ao controle de
temperatura permite que as condições sejam ideias para atender
concentrações de ácido e solvente necessárias para essa etapa.
2.2 A automação da Recirculação como fator de controle de temperatura
e beneficiamento
Na etapa de fermentação, onde acontece a transformação de
açucares em álcool, Mello (2012), explica que o processo de fermentação
gera calor. Esse calor gerado incrementa temperatura a mais no processo de
fermentação, prejudicando o trabalho das leveduras que consomem os
açucares e liberam CO² e álcool. Usando trocadores de calor de placas, onde
o liquido em constante recirculação ajuda a beneficiar e controlar a
temperatura. Esse processo é necessário considerando que a faixa de
temperatura ideal para as leveduras do etanol é entre 28º e 33º graus, nunca
ultrapassando 35º graus célsius.
A recirculação além de ajudar no controle de temperatura, beneficia a
etapa de fermentação, porque permite que as leveduras e os açucares
fiquem em movimento e assim aumentando a eficiência da fermentação.
17
3. PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE CERVEJA
O processo de fabricação combina processos químicos e físicos. A
criatividade dos cervejeiros não tem limites para elaborar novas receitas. O
processo não é como uma receita, que basta seguir as etapas e adicionar
ingredientes. A matéria-prima e os equipamentos facilitam o processo de
fabricação. Por isso, conhecê-los é fundamental para se fazer uma boa
cerveja, conforme Beltramelli (2014) e Cole (2012).
3.1 Matéria-prima
A cerveja é uma bebida alcoólica resultante da fermentação de
cereais maltados ou não. Mas, para produzir cerveja precisamos de pelo
menos quatro matérias-primas: Água, Malte (cereais), Lúpulo e Fermento.
Segundo Silva (2005), que de uma maneira geral definiu cerveja como
bebida carbonatada, de baixo teor alcoólico.
3.1.1 Água
Representa mais de 90% na fabricação da cerveja. De maneira geral,
a água de cada região determina o estilo da cerveja. O cervejeiro pode
alterar a composição química da água e assim atendendo melhor cada estilo
especifico.
3.1.2 Malte
Responsável pelo corpo e cor da cerveja. Na grande maioria das
vezes, a cevada é o cereal mais utilizado, devido ao teor de proteínas que
depois fornecerão aminoácidos necessários a levedura no processo de
18
fermentação. Mas, qualquer cereal pode ser maltado, como exemplo
temos malte de trigo.
3.1.3 Lúpulo
Planta tipo trepadeira de locais com clima frio e com bastante luz
solar. As flores da planta fêmea que são utilizadas. Com propriedades
bactericidas, funciona também como conservante natural da cerveja. Na sua
composição são encontrados resinas e óleos, onde podemos destacar o
ácido alfa, responsável pelo amargor. Podem ser classificados em lúpulos de
amargor, de aroma ou tendo as duas funções.
19
3.2.1 Maltagem
Ocorre quando a germinação de um grão é interrompida. Através da
secagem deste grão seu crescimento é interrompido, preservando açucares
e enzimas, que são fundamentais para as próximas etapas da fabricação. Na
maltagem é necessário molhar os grãos onde a água é absorvida. Depois
começa a germinação, onde começam a formação de estoques de amido
através de enzimas já presentes no grão. Para cessar o crescimento e
consequentemente o consumo do amido que foi gerado durante a
germinação iniciasse a secagem. A temperatura da secagem é torno de 50ºC
e 70ºC. O tempo e a temperatura influenciam no tipo de malte, desde maltes
mais claros até os mais torrados.
3.2.2 Moagem
Seu objetivo é expor o conteúdo do grão já maltado. Expondo o
amido e as enzimas, onde serão convertidos em açucares na etapa de
Mosturação. Outra finalidade importante é a granulometria do grão após a
Moagem. Se a moagem é muito fina, torna mais fácil processo de conversão
de açucares, mas, prejudica a clarificação. Durante a recirculação, as
partículas muito finas darão o aspecto mais turvo ao líquido e também podem
causar entupimento. Por outro lado, se tivermos uma moagem que gere uma
granulometria mais alta, teremos a facilidade na clarificação e uma baixa
conversão de açucares. Por isso, a moagem com granulometria adequada
favorece todo o processo a seguir.
3.2.3 Mosturação
O foco deste trabalho está nesta etapa de produção. Como será
explicado, o controle adequado da temperatura e a recirculação
proporcionam o melhor beneficiamento do liquido cheio de açucares, que é
20
chamado de mosto. Na etapa de fermentação, o mosto se transformará em
cerveja.
Na mosturação, o malte é adicionado à água já aquecida na
temperatura desejada. O malte precisa ser mexido para que todo ele tenha
contato com a água.
De acordo com cada faixa de temperatura é possível favorecer as
ações enzimática e assim obter um mosto com mais ou menos açucares
fermentáveis. Na fabricação de cerveja caseira, podemos destacar 4 faixas
de temperatura: Parada Proteica (Protease), Beta-Amilase, Alfa-Amilase e
Mash-out.
21
Outro beneficio da Parada Proteica é diminuir a turbidez gerada por
grandes cadeias de aminoácidos, influenciando também na estabilidade da
espuma.
3.2.5 Beta-Amilase
A Beta-Amilase acontece com a faixa de temperatura entre 55ºC a
66ºC. A quebra da cadeia de amido gera açucares menores e fermentáveis,
por isso, ao controlar a temperatura de maneira adequada na Beta-Amilase
conseguimos cervejas mais alcoólicas e com menos corpo.
3.2.6 Alfa-Amilase
Com a temperatura entre 67ºC e 72ºC ocorre a Alfa-Amilase, onde a
quebra da cadeia de amido gera açucares menores e também açucares
maiores. E nesta diversidade de açucares, muitos não são fermentáveis.
Com isso, quando utilizamos o controle de temperatura por mais tempo, na
Alfa-Amilase, favorecemos cervejas mais doces, menos alcoólicas e mais
encorpadas.
22
casca do grão, com granulometria adequada, funciona como um filtro retendo
partículas. Esse processo clarifica o mosto, beneficiando a cerveja no final.
3.4 Fervura
A fervura com um tempo mínimo de 60 minutos serve para esterilizar
o mosto, acabando com microrganismos que possam concorrer com as
leveduras durante a fermentação. Também, durante a fervura, proteínas
coagulam e os ácidos-alfa presentes nos lúpulos não incorporados ao mosto.
O lúpulo tem finalidade de acrescentar amargor e aroma a cerveja. De
acordo com o tempo de adição do lúpulo na fervura, conseguimos cervejas
com mais ou menos amargor e aroma. A fervura é determinante na
densidade da cerveja. A evaporação da água aumenta a quantidade de
sólidos e consequentemente aumenta a densidade inicial da cerveja.
3.5 Resfriamento
Nesta etapa o objetivo é baixar a temperatura do mosto para a
temperatura adequada para cada levedura. É importante que seja feita o
mais rápido possível, pois a demora no resfriamento do mosto, pode gerar
sabores e off-flavors indesejados.
23
3.6 Fermentação
Processo realizado pelos fungos (leveduras). Durante o metabolismo
de açucares pelas leveduras ocorre a liberação de calor, CO² e álcool. A
finalidade da fermentação é transformar o mosto, líquido repleto de açucares,
lupulado e em temperatura adequada para levedura, em cerveja.
Este mosto precisar ser oxigenado, pois, o oxigênio é fundamental
para o crescimento das leveduras.
Fermentador é um recipiente fechado feito de plástico alimentício ou
inox 304, onde acontecerá a fermentação. Ele deve estar limpo e sanitizado,
evitando que outros micro-organismos atrapalhem a levedura. Existe apenas
uma saída de ar que passa por um airlock. À medida que a fermentação
acontece, o CO² sai do balde, passa pelo airlock. O airlock impede que
oxigênio entre. Diferentemente do começo da fermentação qualquer entrada
de oxigênio pode oxidá-la e estragar a cerveja. A temperatura deve ser
mantida de acordo com a levedura utilizada.
24
Figura 06: Balde Fermentador
montado para servir como fermentador.
Fonte: Elaboração do autor
25
final não variar mais em um período de 24 horas já é considerado o fim da
fermentação.
3.8 Maturação
Encerrada a fermentação é recomendado que a cerveja passe por
um período de maturação.
A maturação tem a finalidade de decantar particular em suspenção e
eliminar alguns off-flavors gerados pelo fim da fermentação. Esta etapa é
recomendada, não obrigatória.
3.9 Envase
Para envasar a cerveja é necessárias garrafas lavadas e sanitizadas.
Ainda sim é necessário acrescentar de 6 a 8 gramas de açúcar por litro de
cerveja. Como a levedura ainda está viva, ela consumirá o açúcar criando
CO² em cada garrafa. A cerveja após a maturação estará sem CO² e com o
açúcar irá criar o CO² necessário para formação da espuma.
26
temperatura e no momento recirculação, logo após mash-out, para clarificar o
mosto. Conforme Cole (2013).
27
Figura 09: Controlador Indicador de Temperatura TIC17.
Fonte: Elaboração do autor
28
Figura 10: Bomba de recirculação.
Fonte: Elaboração do autor
29
4.2 Lógica de programação
A lógica de programação é um roteiro com uma determinada
finalidade, baseado nas informações fornecidas. A finalidade deste roteiro é
ligar ou desligar a resistência elétrica e a bomba de recirculação. A
informação fornecida é a temperatura do liquido e a sua variação durante o
tempo. Entendendo o que precisa ser feito e o próximo passo é desenvolver
a programação.
.2.1 Blocos de Função (FB)
O CLP escolhido pode ser programado em dois tipos de
programação. Em ladder e em blocos de função. A lógica pode ser
desenvolvida das duas maneiras, mas, os Blocos de Função tem a vantagem
de ter uma melhor visualização de toda a lógica e assim facilitar o
acompanhamento do seu funcionamento. A linguagem consiste em blocos
com funções definidas, que a cada etapa completada acionam outros blocos
desde a leitura das entradas até o acionamento das saídas.
30
Na imagem acima, é possível ver toda lógica de programação. Quando
a lógica está sendo executada a facilidade em acompanhar cada etapa é
muito grande.
Descrição Identificação
31
Figura 13: Entrada liga.
Fonte: Elaboração do autor
32
Figura 15: Entrada de Temperatura.
Fonte: Elaboração do autor
33
Figura 17: Saída Liga/Desliga Recirculação.
Fonte: Elaboração do autor.
34
Tabela 02: Contadores e temporizadores.
Fonte: Elaboração do autor
35
Figura 19:
Temporizador e Contador do Controle de temperatura.
Fonte: Elaboração do autor
37
Figura 21: Líquido na Recirculação.
Fonte: Elaboração do autor
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um resultado interessante desta pesquisa desenvolvida foi que o
controlador escolhido para o projeto utilizou apenas metade das suas
entradas e saídas digitais. Possibilitando controlar mais de um processo ao
mesmo tempo. Para isto bastaria duplicar a lógica, ligar as novas entradas e
saídas digitais e determinar o tempo de atuação no controle de temperatura e
recirculação.
Outro resultado interessante do estudo foi a comprovação do
funcionamento adequado da bomba de recirculação. Muito mais prático que a
recirculação manual e deixando o mosto extremamente limpo para etapa de
fervura.
Um resultado alcançado que comprova que o funcionamento do
projeto foi que a densidade inicial (OG) determinada na receita foi alcançada.
38
Esse resultado foi alcançado porque a etapas de conversão de amido em
açucares fermentáveis e não fermentáveis ocorreu dentro do planejado.
Todas as rampas de temperaturas que foram programadas foram atingidas e
consequentemente o mosto foi bem preparado.
Mesmo que a concepção da lógica seja destinada a fabricação de
cerveja caseira, o modelo de controle atenderia muito bem a
microcervejarias. Para isto, seria necessário apenas dimensionar os
equipamentos. Teremos volumes maiores de cerveja, e com isso,
precisaríamos gastar mais energia para o controle de temperatura.
Adequando sistemas elétricos, quantidade de água e demais necessidades
do processo.
Como demonstrado, o controle funciona de maneira adequada.
Mesmo buscando uma relação de custo beneficio na aquisição dos
componentes para o projeto, o projeto funcionou muito bem e atenderam o
que foi proposto. A temperatura foi controlada adequadamente minimizando
e muito a ação humana nesta etapa do processo.
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2014/04/22/6281/In
strumentao_corrigido.pdf. Acesso em 20 de nov. de 2015.
40
OLIVER, Garrett. Mesa do Mestre-Cervejeiro: Descobrindo os prazeres das
cervejas e das comidas verdadeiras. São Paulo: Editora SENAC São Paulo,
2012.
41
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL: CONSTRUÇÃO DE UM BRAÇO
ROBÓTICO UTILIZANDO SERVOMOTORES CONTROLADOS POR
ARDUINO3
Demétrius Rodrigues4
Coautoria Magna Campos
3 Capítulo adaptado a partir de TCC orientado pela Profª. Ms. Magna Campos, na
Faculdade Adjetivo-CETEP, em 2016.
4 Tecnólogo em Automação Industrial.
42
INTRODUÇÃO
A automação surgiu como o caminho para a redução da participação
da “mão humana” sobre os processos industriais (GOEKING, 2010) e desde
o século X tem-se o registro da evolução tecnológica, como exemplificado na
Figura 1.
Segundo Goeking (2010), tudo começou com utilização, em larga
escala, do moinho hidráulico para fornecimento de farinha. Esta foi uma das
primeiras criações humanas com o objetivo de automatizar o trabalho, ainda
que de forma arcaica. Todos esses acontecimentos deram origem a uma
fase constante de evoluções na busca de solucionar problemas e formas de
trabalho arcaicas.
44
Construir versão prototípica experimental de um braço robótico.
Como já foi citado, no setor industrial atual, há uma crescente
necessidade de buscar meios alternativos de se realizar tarefas que possuem
um grau de periculosidade elevado e, até mesmo, que exigem alta precisão e
produtividade. Para solucionar tais problemas, tem-se, de forma eficiente, a
interferência da automação industrial, em especial, a robótica. Devido a isso,
a presença da robótica tem se afirmado, cada vez mais, no mercado
industrial, fazendo impulsionar, também, uma curiosidade acerca do assunto.
No projeto experimental descrito ao longo desse texto, buscou-se
permitir uma aproximação técnica com o ramo da robótica, tão influente nos
dias atuais. É importante observar, também, que, ao desenvolver um braço
robótico, deseja-se maximizar a noção de acessibilidade e viabilidade a essa
tecnologia, tornando-se possível, principalmente, responder curiosidades
pessoais a respeito do assunto.
No capítulo 1, portanto, será tratada a questão da automação e do
servomotores, têm-se aí uma explicação detalhada da estrutura e
funcionamento os servomotores tanto em aspectos teóricos quanto práticos.
No capítulo 2, tratou-se do Arduíno e dos circuitos eletrônicos, nele são
definidos todos os conceitos teóricos utilizados como base para o projeto
experimental, assim como o próprio Arduíno, a programação realizada no
projeto experimental e vários periféricos usados. No capítulo 3, apresenta-se
a parte prática com mais detalhamento da construção experimental do braço
robótico, apresentam-se os resultados obtidos ao final do projeto e sua
conclusão.
2. AUTOMAÇÃO E SERVOMOTORES
Desde a concepção do tema deste trabalho, teve-se a preocupação
de unir os conhecimentos teórico e técnico adquiridos ao longo do curso com
as ferramentas disponíveis no ambiente de trabalho, tornando-se possível a
construção de um braço robótico prático e de baixo custo. Escolheu-se, com
45
a ajuda da orientação, elaborar capítulos que tratassem da prática desde o
início do estudo, mesclando-a a teoria necessária. Para compreender melhor
o desenvolvimento do braço robótico, serão descritos, a seguir, alguns
fatores fundamentais em sua realização.
46
É importante frisar que toda a estrutura robótica foi construída
utilizando materiais como PVC, ABS e peças de sucata. A escolha referente
ao PVC justifica-se pelo fato de apresentar facilidade de manuseio,
resistência a produtos químicos, reciclável e, sobretudo, baixo custo. O ABS
foi utilizado em peças mais detalhadas, visando aumentar a precisão do
trabalho. Essas peças em ABS foram projetas em programas 3D (AutoCad e
SolideWorks) e impressas em uma impressora de 3 dimensões.
As peças em ABS foram a base da primeira articulação, as tampas dos
recipientes dos objetos manipulados, o painel de controle e a garra. A base
fixa possui um tubo de PVC emparelhado com um disco, de mesmo diâmetro
e do mesmo material. Esse disco é utilizado para dar suporte ao rolamento
responsável por transmitir o movimento de rotação, que é produzido pelo
servomotor posicionado na parte interior da base e, também, dar suporte a
primeira articulação que irá rotacionar o braço robótico numa faixa de 0º a
180º.
Na peça da primeira articulação, estão fixados o segundo, e o terceiro
servomotor, o qual realiza um movimento transversal (0º a 150º) do braço. O
servo adjacente é uma articulação que simula um “cotovelo” e o da
extremidade do braço é responsável por abrir e fechar a garra. Quanto ao
servo da base, a princípio foi utilizado apenas um servomotor, porém, este
não conseguiu erguer o braço (fig. 3).
47
Figura 3: articulação de um único servomotor.
Fonte: Material elaborado pelo autor.
Para resolver este problema, foi elaborada uma nova peça em ABS e
colocado um novo servo motor trabalhando em paralelo com o anterior. Com
isso o torque aumentado consideravelmente e o braço foi capaz de manipular
objetos.
Sendo assim, ao finalizar a construção da parte física do projeto:
confecção do braço robótico, tem-se o levantamento dos componentes a
serem utilizados durante o desenvolvimento do projeto, bem como sua
respectiva finalidade (Tabela 1).
Material Utilização
48
Servomotores Movimento de rotação e translação do
braço robótico. Também utilizado na
garra.
49
Figura 4: Diagrama de blocos do projeto de braço robótico.
Fonte: Material elaborado pelo autor.
50
potenciômetro é responsável pelo movimento longitudinal (aproximadamente
30 cm) e o botão abre ou fecha a garra (fig. 5).
2.4 Servomotores
Também conhecidos como servos são os “músculos” do projeto. Em
conjunto foram dimensionados para sustentar sua própria estrutura e mover
objetos.
Segundo Mott (MOTT, 1999), McManis (CHUCK MCMANIS, 2006) e
Braga (BRAGA, 2002), servomotores são dispositivos de malha fechada, ou
seja, recebem um sinal de controle, verificam a posição atual e atuam no
sistema indo para a posição desejada.
Em contraste com os motores contínuos que giram indefinidamente o
eixo dos servomotores possui a liberdade de aproximadamente 180 graus e
bem precisos quanto à posição. Para isso possuem três componentes
básicos:
51
2.4.1Sistema Atuador:
O sistema atuador é constituído por um motor elétrico, embora também
possa encontrar servos com motores de corrente alternada, a maioria utiliza
motores de corrente contínua. Também está presente um conjunto de
engrenagens que forma uma caixa de redução com uma relação bem longa o
que ajuda a amplificar o torque. O tamanho, torque e velocidade do motor,
material das engrenagens, liberdade de giro do eixo e consumo são
características chave para especificação de servomotores.
2.4.2 Sensor:
O sensor normalmente é um potenciômetro solidário ao eixo do servo.
O valor de sua resistência elétrica indica a posição angular em que se
encontra o eixo. A qualidade dele vai interferir na precisão, estabilidade e
vida útil do servomotor. Ainda existem servos que utilizam "encoders" ou
outros tipos de sensores de posição.
52
com o sinal recebido. Possui três características básicas: Largura mínima,
largura máxima e taxa de repetição.
A largura do pulso de controle (fig. 6) determinará a posição do eixo:
Largura máxima equivale ao deslocamento do eixo em + 90° da
posição central;
Largura mínima equivale ao deslocamento do eixo em -90°;
Demais larguras determinam a posição proporcionalmente.
53
Figura 7: Partes do Servomotor.
Fonte: eletroeletronicaetec.wordpress.com
54
Figura 8: circuito básico de servomotor. Fonte:
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/robotica/5164-mec066a
55
Robótica e Mecatrônica (NEWTON C. BRAGA, 2015). A figura 9 ilustra os
tipos de redução:
56
posição desejada, a tensão caia rapidamente e o motor pare (NEWTON C.
BRAGA, 2015).
Se o potenciômetro sensor, por outro lado, enviar um sinal que
corresponda a uma tensão que “diga” ao comparador que o braço está antes
da posição desejada, a saída do comparador será invertida e o transistor Q2
é que vai conduzir avançando o braço até onde queira.
Se o ganho for muito alto, poderá ocorrer uma oscilação, já que o
circuito e o motor têm certa inércia, e o motor passará então da posição
original, devendo voltar conforme mostra a figura 9. O motor inverte a rotação
e isso pode ocorrer diversas vezes. A figura 10 representa esse processo:
57
3. ARDUÍNO E CIRCUITOS ELETRÔNICOS
58
3. 2 Conversor de usb para serial FTDI
O Arduíno Pro Mini por ser muito compacto não possui um conversor
USB serial como o UNO ou o Mega. Dessa forma, para fazermos o upload do
código do computador para o Arduíno, é necessário plugarmos a ele um
conversor. Este conversor tem a única função de adaptar o pc ao Arduíno e
tem como componente principal um CI chamado FTDI. Após o upload este
conversor pode ser desplugado. A imagem da figura 12 demonstra o exposto:
60
comum, ligado ao GND e o pino 3 a saída do componente, conforme figura
14.
61
3.4 Software Arduíno IDE
Para que o Arduíno faça o que desejarmos, temos que escrever as
instruções e gravar em sua memória. Usa-se então um programa de
computador classificado como IDE, um software livre que tem sua linguagem
própria baseada em C. Essa IDE usa um conjunto de códigos para que o
Arduíno possa realizar seu trabalho passo a passo de forma lógica e
coordenada. Depois do código escrito, encontra-se na parte superior do IDE
o botão “Verificar” que aponta algum erro caso exista, e, se tudo estiver certo
é hora de gravarmos o código no Arduíno.
É plugado um cabo USB no computador e intermediando-o com o
Arduíno pluga-se o circuito FTDI que adapta a porta USB à porta serial do
Arduíno. Informamos ao IDE que tipo de Arduíno estamos usando e em qual
porta está conectado. Agora clicamos no botão “Carregar” que fará o upload
do código do computador para o Arduíno. Dois leds irão piscar (TX e RX) e
no término do processo aparecerá a palavra “carregado”. Agora, desconecta-
se o Arduíno do FTDI e vamos instala-lo no projeto. O Arduíno, então,
executará essas instruções, interagindo com o que estiver a ele conectado.
No mundo do Arduíno, esses códigos são conhecidos como sketches
(rascunho, ou esboço) (MCROBERTS, 2011). A figura 16 abaixo se refere a
esse processo:
62
Figura 16: IDE Arduino (Versão 1.6.5).
Fonte: https://blog.arduino.cc/2016/03/09/arduino-ide-1-6-8-available-for-download/
63
O botão 2 tem a função de passar os objetos do recipiente direito para
o esquerdo, e o botão 3 do esquerdo para o direito, independente do número
de objetos existentes no recipiente de origem, que pode variar de 1 a 3, caso
não exista nenhum objeto, o braço permanece imóvel na posição inicial,
conforme figura 17.
65
Abre: abre a garra;
Fecha: fecha a garra.
O código programado se encontra no APÊNDICE A.
Figura 19: Rolamento montado na estrutura. Fonte: material elaborado pelo autor.
A parte eletrônica teve como base uma Protoboard (fig. 20) que
conecta os componentes eletrônicos. Entre eles temos o Arduíno, os botões,
os potenciômetros, os servos e a fonte.
67
Figura 20: Protoboard montada. Fonte: material elaborado pelo autor.
68
Figura 21: Regulador de tensão de 1A. Fonte: material elaborado pelo autor.
Figura 22: Regulador de tensão de 3A. Fonte: material elaborado pelo autor.
69
Novamente foi projetada a peça da base, agora com suporte a dois
servos e então impressa na impressora 3D (também construída pelo autor do
projeto experimental). Como esses servos trabalham com o eixo voltado para
dentro, o código do Arduíno foi editado para que o segundo servo atue, de
forma simétrica, invertido do primeiro. Após a remontagem é hora do
segundo teste. O braço não só sustentava seu próprio peso como era capaz
de movimentar objetos (fig. 23).
70
Figura 24: Sensores e leds instalados. Fonte: material elaborado pelo autor.
Figura 25, 26, 27 e 28: Processo modo automático. Fonte: material elaborado pelo autor.
71
Figuras 25 e 26 em close:
72
Figuras 27 e 28 em close:
73
Após alguns ajustes, o braço conseguiu efetuar seus movimentos de
forma satisfatória tanto no modo manual como no automático.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após testes realizados, notou-se a necessidade de fazer algumas
correções ao projeto inicial, mudando, por exemplo, o material da garra de
PVC para ABS, bem como a implantação de mais um servomotor para
aumentar o torque.
A viabilidade desse projeto se deu devido à disponibilidade de
maquinários instalados na Fundação Gorceix, à disponibilidade de uma
impressora 3D e à facilidade de manuseio do PVC facilmente encontrado em
sucata, reduzindo o custo do projeto.
Ainda visando custo/benefício, o Arduíno Pro Mini foi o controlador
escolhido para automação do braço, tendo o número de portas analógicas e
digitais suficientes para execução do projeto.
Com poucos recursos e muito trabalho, aliados ao conhecimento
desenvolvido no curso, conseguiu-se em alguns meses chegar a um
resultado satisfatório, abrindo um leque de empregabilidades que, com o
investimento certo adequa-se o projeto ao mercado de trabalho como, por
exemplo, manuseio de produtos nocivos e trabalhos em áreas insalubres.
Depois de muitos esforços, testes, experimentos e estudos, o objetivo
final foi alcançado, a construção de um braço robótico de qualidade e baixo
custo. O PVC mostrou resistente, trazendo boa estrutura ao projeto, o
Arduíno, como vimos, é de baixo custo e fácil de encontrar, e apesar de seu
tamanho reduzido, foi suficiente para controlar todos os dispositivos.
Os servomotores foram selecionados de acordo com o custo benefício,
e em determinada articulação foi necessário 2 unidades para sustenta-la.
Paralelamente ao projeto, foi construída uma impressora 3d, que no decorrer
do mesmo, foi de grande ajuda possibilitando a confecção de peças em ABS,
74
obtendo maior precisão. Vale ressaltar a utilização de máquinas e
equipamentos para corte, lixamento, escareamento, furação, prensagem e
demais trabalhos, instaladas na Fundação Gorceix, que foram de grande
valia para a construção estrutural do braço robótico.
75
REFERÊNCIAS
76
APÊNDICE A: PROGRAMAÇÃO //definindo sensores
DO ARDUINO int const sens1 = 2; //sensor 1 instalado
no recipiente da esquerda
int const sens2 = 4; //sensor 2 instalado
// "chamando" a biblioteca de servos no recipiente da esquerda
#include <Servo.h> int const sens3 = 12; //sensor 3 instalado
no recipiente da esquerda
// definindo 5 servos int const sens4 = 8; //sensor 4 instalado
Servo servo1; no recipiente da direita
Servo servo2; int const sens5 = 0; //sensor 5 instalado
Servo servo3; no recipiente da direita
Servo servo4; int const sens6 = 1; //sensor 6 instalado
Servo servo5; no recipiente da direita
// definindo 3 potenciômetros e suas //Variáveis que conterão o estado dos
respectivas portas analógicas botôes (0 LOW, 1 HIGH)
int const pot1 = 0; int estadoBotao1 = 0; //estado da garrra
int const pot2 = 1; int estadoBotao2 = 0; //sistema manual
int const pot3 = 2; ou automático
int estadoBotao3 = 0; //movimenta
// variáveis para armazenar os valores objetos parar a esquerda
dos potenciômetros
int valpot1; //Variáveis que conterão o estado dos
int valpot2; sensores (0 LOW, 1 HIGH)
int valpot3; int estadosens1 = 1; //verifica se há um
objeto presente
// variáveis que serão incrementadas ou int estadosens2 = 1; //verifica se há um
decrementadas para movimento dos objeto presente
servos int estadosens3 = 1; //verifica se há um
int i1; objeto presente
int i2; int estadosens4 = 1; //verifica se há um
int i4; objeto presente
int i5; int estadosens5 = 1; //verifica se há um
objeto presente
//variáveis que controlam o delay dos int estadosens6 = 1; //verifica se há um
servos objeto presente
int dly;
int dly1; int var2=0; // valor guardado
int estado=0; // guarda o valor 0 ou 1
// definindo botôes (HIGH ou LOW)
int const botao1 = 11; //garra/esquerda
int const botao2 = 13; //auto/manu void setup() {
int const botao3 = 7; //direita
77
// definindo portas pwm para os servos //executando os valores/posiçôes dos
servo1.attach(3); servos
servo2.attach(5); servo1.write(valpot1);
servo3.attach(6); servo2.write(valpot2);
servo4.attach(9); servo3.write(180 - valpot2);
servo5.attach(10); servo4.write(valpot3);
78
//................................................................ servo5.write(i5);
................................................. delay(dly);
}
//habilita botão 1 como mover para delay(dly1);
esquerda
estadoBotao1 = digitalRead(botao1); // 5 projeta a garra para trás
for (i2=83; i2>=77; i2--){
estadosens1 = digitalRead(sens1); servo2.write(i2);
estadosens2 = digitalRead(sens2); servo3.write(180 - i2);
estadosens3 = digitalRead(sens3); delay(dly);
}
if (estadoBotao1 == HIGH) { delay(dly1);
79
// 10 move a garra para baixo
for (i4=120; i4>=108; i4--){ // 16 projeta a garra para trás
servo4.write(i4); for (i2=92; i2>=50; i2--){
delay(dly); servo2.write(i2);
} servo3.write(180 - i2);
delay(dly1); delay(dly);
}
// 11 projeta a garra para frente delay(dly1);
for (i2=70; i2<=82; i2++){
servo2.write(i2); // 17 move a garra para esquerda
servo3.write(180 - i2); for (i1=128; i1>=85; i1--){
delay(dly); servo1.write(i1);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 12 move a garra para baixo
for (i4=108; i4>=102; i4--){ // 18 move a garra para baixo
servo4.write(i4); for (i4=96; i4>=90; i4--){
delay(dly); servo4.write(i4);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 13 projeta a garra para frente
for (i2=82; i2<=92; i2++){ // 19 Abre a garra
servo2.write(i2); for (i5=70; i5>=60; i5--){
servo3.write(180 - i2); servo5.write(i5);
delay(dly); delay(dly);
} }
delay(dly1); delay(dly1);
80
for (i1=85; i1>=52; i1--){ // 7 projetando o tubete1 para cima...
servo1.write(i1); for (i4=95; i4<=120; i4++){
delay(dly); servo4.write(i4);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 2 projetando o tubete1 para cima
for (i4=90; i4<=92; i4++){ // 8 move a garra para direita
servo4.write(i4); for (i1=52; i1<=129; i1++){
delay(dly); servo1.write(i1);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 3 projeta a garra para frente
for (i2=65; i2<=82; i2++){ // 9 move a garra para baixo
servo2.write(i2); for (i4=120; i4>=103; i4--){
servo3.write(180 - i2); servo4.write(i4);
delay(dly); delay(dly);
} }
delay(dly1); delay(dly1);
81
if (estadosens3 == LOW) {
// 13 move a garra para baixo
for (i4=95; i4>=90; i4--){ // Início da manipulação do tubete3
servo4.write(i4); ..................................................................
delay(dly); .......
}
delay(dly1); // 1 move a garra para esquerda
for (i1=85; i1>=46; i1--){
// 14 Abre a garra servo1.write(i1);
for (i5=102; i5>=70; i5--){ delay(dly);
servo5.write(i5); }
delay(dly); delay(dly1);
}
delay(dly1); // 2 projetando o tubete1 para cima
for (i4=90; i4<=96; i4++){
// 15 projeta a garra para trás servo4.write(i4);
for (i2=78; i2>=50; i2--){ delay(dly);
servo2.write(i2); }
servo3.write(180 - i2); delay(dly1);
delay(dly);
} // 3 projeta a garra para trás
delay(dly1); for (i2=65; i2<=90; i2++){
servo2.write(i2);
// 16 move a garra para esquerda servo3.write(180 - i2);
for (i1=129; i1>=85; i1--){ delay(dly);
servo1.write(i1); }
delay(dly); delay(dly1);
}
delay(dly1); // 4 projetando o tubete1 para cima
for (i4=96; i4<=98; i4++){
// 17 Abre a garra servo4.write(i4);
for (i5=70; i5>=60; i5--){ delay(dly);
servo5.write(i5); }
delay(dly); delay(dly1);
}
delay(dly1); // 5 projeta a garra para trás
for (i2=90; i2<=96; i2++){
// Fim da manipulação do tubete2 servo2.write(i2);
.................................................................. servo3.write(180 - i2);
....... delay(dly);
}
} else { delay(dly1);
82
// 6 Fecha a garra para pegar o tubete3 }
for (i5=70; i5<=102; i5++){ delay(dly1);
servo5.write(i5);
delay(dly); // 12 move a garra para baixo
} for (i4=105; i4>=96; i4--){
delay(dly1); servo4.write(i4);
delay(dly);
}
// 7 projeta a garra para trás delay(dly1);
for (i2=96; i2>=85; i2--){
servo2.write(i2); // 13 projeta a garra para trás
servo3.write(180 - i2); for (i2=70; i2<=78; i2++){
delay(dly); servo2.write(i2);
} servo3.write(180 - i2);
delay(dly1); delay(dly);
}
// 8 projetando o tubete1 para cima delay(dly1);
for (i4=98; i4<=120; i4++){
servo4.write(i4); // 14 move a garra para baixo
delay(dly); for (i4=96; i4>=90; i4--){
} servo4.write(i4);
delay(dly1); delay(dly);
}
delay(dly1);
// 9 move a garra para esquerda
for (i1=46; i1<=116; i1++){ // 15 Abre a garra
servo1.write(i1); for (i5=102; i5>=80; i5--){
delay(dly); servo5.write(i5);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 10 move a garra para baixo
for (i4=120; i4>=105; i4--){ // 16 projeta a garra para trás
servo4.write(i4); for (i2=78; i2>=50; i2--){
delay(dly); servo2.write(i2);
} servo3.write(180 - i2);
delay(dly1); delay(dly);
}
// 11 projeta a garra para trás delay(dly1);
for (i2=85; i2>=70; i2--){
servo2.write(i2); // 17 move a garra para esquerda
servo3.write(180 - i2); for (i1=116; i1>=85; i1--){
delay(dly); servo1.write(i1);
83
delay(dly);
} // 2 projeta a garra para trás
delay(dly1); for (i2=50; i2<=81; i2++){
servo2.write(i2);
servo3.write(180 - i2);
// 18 Abre a garra delay(dly);
for (i5=80; i5>=60; i5--){ }
servo5.write(i5); delay(dly1);
delay(dly);
} // 3 Fecha a garra para pegar o tubete3
delay(dly1); for (i5=70; i5<=102; i5++){
servo5.write(i5);
// Fim da manipulação do tubete3 delay(dly);
.................................................................. }
.... delay(dly1);
84
delay(dly1); delay(dly);
}
// 8 projeta a garra para trás delay(dly1);
for (i2=68; i2<=86; i2++){
servo2.write(i2); // 14 move a garra para esquerda
servo3.write(180 - i2); for (i1=44; i1<=85; i1++){
delay(dly); servo1.write(i1);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 9 move a garra para baixo
for (i4=120; i4>=101; i4--){ // 15 move a garra para baixo
servo4.write(i4); for (i4=95; i4>=90; i4--){
delay(dly); servo4.write(i4);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 10 projeta a garra para trás
for (i2=86; i2<=94; i2++){ // 16 Abre a garra
servo2.write(i2); for (i5=70; i5>=60; i5--){
servo3.write(180 - i2); servo5.write(i5);
delay(dly); delay(dly);
} }
delay(dly1); delay(dly1);
85
delay(dly1);
// 2 projeta a garra para trás
for (i2=65; i2<=80; i2++){ // 8 move a garra para esquerda
servo2.write(i2); for (i1=116; i1>=39; i1--){
servo3.write(180 - i2); servo1.write(i1);
delay(dly); delay(dly);
} }
delay(dly1); delay(dly1);
86
}
delay(dly1); // 3 projetando o tubete1 para cima
for (i4=90; i4<=97; i4++){
// 14 projeta a garra para trás servo4.write(i4);
for (i1=39; i1<=85; i1++){ delay(dly);
servo1.write(i1); }
delay(dly); delay(dly1);
}
delay(dly1); // 4 projeta a garra para trás
for (i2=82; i2<=93; i2++){
// 15 projetando o tubete1 para cima servo2.write(i2);
for (i4=88; i4<=90; i4++){ servo3.write(180 - i2);
servo4.write(i4); delay(dly);
delay(dly); }
} delay(dly1);
delay(dly1);
// 5 Fecha a garra para pegar o tubete3
// Fim da manipulação do tubete5 for (i5=60; i5<=102; i5++){
.................................................................. servo5.write(i5);
.... delay(dly);
}
} else { delay(dly1);
87
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 9 move a garra para esquerda
for (i1=122; i1>=50; i1--){ // 15 Abre a garra
servo1.write(i1); for (i5=102; i5>=72; i5--){
delay(dly); servo5.write(i5);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 10 move a garra para baixo
for (i4=120; i4>=105; i4--){ // 16 projeta a garra para trás
servo4.write(i4); for (i2=80; i2>=50; i2--){
delay(dly); servo2.write(i2);
} servo3.write(180 - i2);
delay(dly1); delay(dly);
}
// 11 projeta a garra para trás delay(dly1);
for (i2=83; i2>=71; i2--){
servo2.write(i2); // 17 move a garra para esquerda
servo3.write(180 - i2); for (i1=50; i1<=85; i1++){
delay(dly); servo1.write(i1);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 12 move a garra para baixo
for (i4=105; i4>=95; i4--){ // 18 projetando o tubete1 para cima
servo4.write(i4); for (i4=88; i4<=90; i4++){
delay(dly); servo4.write(i4);
} delay(dly);
delay(dly1); }
delay(dly1);
// 13 projeta a garra para trás
for (i2=71; i2<=80; i2++){ // 19 Abre a garra
servo2.write(i2); for (i5=72; i5>=60; i5--){
servo3.write(180 - i2); servo5.write(i5);
delay(dly); delay(dly);
} }
delay(dly1); delay(dly1);
88
}
}
}
}
}
89
O COMPORTAMENTO FUNCIONAL DE UM CONTROLE LÓGICO
PROGRAMÁVEL COM ENTRADAS ANALÓGICAS: ANÁLISE PRÁTICA5
Everaldo Luís Ribeiro da Cruz
Tayro Christian Borges
Wesley Ramos de Oliveira6
Coautoria Magna Campos
RESUMO
O trabalho visa apresentar um Controlador Lógico Programável que foi desenvolvido pelos
pesquisadores com o objetivo de controlar vários equipamentos com suas saídas analógicas
e digitais. A proposta é verificar se o controlador vai atender as atividades, que vai ser
submetido com um bom desempenho. Escolhemos este assunto porque a necessidade de
implantar tecnologia para controlar processos vem crescendo cada dia mais e o problema
mais enfrentado pelos investidores é o custo. Constatamos que o controlador foi um
sucesso no protótipo, se adequando aos processo industriais.
INTRODUÇÃO
A primeira tentativa de criação do CLP (PLC Programmable logic
controller) foi por James Watt e teve início em 1775, mas não foi bem
sucedida. Em 1968, a pedido da General Motors, o primeiro CLP começou a
existir e foi desenvolvido na indústria automobilística norte americana sob a
liderança do engenheiro Richard Morley. Até esse momento, os
equipamentos industriais eram comandados por sistemas de relés
eletromagnéticos e controlados por painéis elétricos de alta complexidade
(PIRES, 2002).
5 Capítulo adaptado a partir de TCC orientado pela Profª. Ms. Magna Campos, na Faculdade
Adjetivo-CETEP, em 2015.
6 Tecnólogos em Automação Industrial.
Assim, de acordo com Costa (2006),
Desta forma,
91
O objetivo da criação do CLP era facilitar a montagem das máquinas,
com o intuito de evitar a perda de tempo e dinheiro. O CLP deve ser
totalmente programável, porque em uma linha de montagem é capaz de
realizar várias tarefas e controlar inúmeros equipamentos, permitindo
produzir vários veículos diferentes com um custo baixo, o que era viável para
um mercado em constante crescimento. Com a redução de inúmeros painéis
elétricos, a manutenção se tornou muito prática, pois os comandos e
intertravamentos eram realizados com lógicas através do CLP.
Nas décadas de 70 e 80, com o desenvolvimento da eletrônica e a
necessidade do ganho de velocidade, o CLP sofreu muitas alterações. A
começar pelo alto ganho de funções devido à necessidade de monitorar tudo
que está acontecendo no chão de fábrica, visto que a busca por melhorias se
concentrava na produção, qualidade, flexibilidade e competitividade.
Com toda e evolução e a facilidade de manuseio do controlador, outro
importante mercado que esta se destacando pelo uso de equipamentos
automatizados é a automação residencial que está a cada dia se
modernizando mais.
O presente trabalho irá detalhar e demonstrar o comportamento
funcional de um controlador lógico programável com entradas e saídas,
analógicas e digitais. O CLP desenvolvido irá controlar o acionamento de
motores elétricos e através de sua utilização irá comprovar sua eficiência.
94
econômicas, porque bastava criar uma nova programação para que os
equipamentos possam realizar as tarefas.
O custo de implementação do CLP dentro das indústrias se tornou
viável, pois com apenas alguns meses de produção os empreendedores
obtém o retorno de todo o investimento. Além disso, as empresas têm que
contratar mão de obra qualificada para realizar intervenções nos
equipamentos quando necessário.
2.2 Características e particularidades dos modelos existentes
Os modelos de CLP’s existentes e suas respectivas particularidades
serão descritos nos tópicos abaixo:
Existem três tipos de classificação para os CLP’s. Eles podem ser de
pequeno porte, possuindo até 128 pontos de entrada e saída, médio porte
entre 128 e 512 pontos de entrada e saída ou grande porte com mais de 512
pontos de entrada e saída (ALIEVI, 2008).
De acordo com Prudente (2007),
95
O custo deste CLP é pequeno, mas é muito utilizado em pequenas
empresas que buscam desenvolvimento e disponibilizam de poucos
recursos. Eles apresentam uma linguagem de comunicação de fácil
aplicação.
2.2.2 CLP’s de Médio Porte
São CLP’s com uma capacidade de entrada e saída de menor porte.
São aplicados em empresas de médio porte, onde a tecnologia empregada
constituísse de um número de equipamentos bem menor, sendo assim as
duzentos e cinquenta e seis portas de entrada e saídas disponíveis atende
de maneira satisfatória.
A memória do CLP de médio porte pode ser expandida até 2048
entradas e saídas, em virtude dos acréscimos de cartões de memórias que
podem ser acrescentados na parte externa dos equipamentos.
2.2.3 CLP’s de Grande Porte
Os CLP’s de grande porte se caracterizam por sua diversidade de
portas disponíveis para entrada e saída e sua utilização se concentra em
empresas de grande porte, onde se tem a integração de vários sistemas e
equipamentos a serem controlados ao mesmo tempo.
Esses equipamentos são constituídos por uma Fonte de
Alimentação, CPU principal, CPUs auxiliares, CPUs dedicadas, Módulos de
E/S digitais e Analógicos, Módulos de E/S especializados, Módulos de Redes
Locais ou Remotas, que são agrupados de acordo com a necessidade e
complexidade da automação. Os CLP’s de grande porte disponibilizam 4096
pontos de entradas e saídas tornando-se aplicável onde há necessidade de
controlar sinais de transmissores de temperatura, nível e pressão entre
outros.
2.3 Aplicações dos CLP’s
Com o desenvolvimento da tecnologia e a necessidade de produzir,
mais, porém a menores custos e garantindo a qualidade dos produtos e
96
serviços, muitas empresas observaram a oportunidade de se adequar para
fornecer melhores serviços e garantir a satisfação dos clientes. Com toda
essa demanda capitalista e por ser versátil o CLP conquistou seu lugar em
vários seguimentos diferentes.
Os controles de processos industriais e a automação da manufatura, sem
dúvida são aplicações de grande impacto. É também onde se alcançou o
maior sucesso comercial do CLP podendo ser empregado em qualquer tipo
de sistema que se deseja tornar automático (inteligente) (NATALE, 2009, p
15).
Com a necessidade de produzir nutrientes para realizar a correção
do solo outro ramo que se desenvolveu muito foi o de empresas de adubo,
onde o CLP é muito empregado para realizar o controle de temperatura,
acionamento de válvulas e motores. Outro fator que ajudou o CLP se
destacar é a eliminação do contato homem - matéria prima por se adequar a
condições e ambientes que não são favoráveis a presença humana.
O uso do CLP na indústria farmacêutica é importantíssimo, pois ele
controla os equipamentos responsáveis pela produção dos comprimidos e
cápsulas, além de oferecer segurança e qualidade. As máquinas utilizadas
na produção de medicamentos possuem sistemas funcionais complexos que
realizam atividades diferentes ao mesmo tempo.
A indústria automobilística é responsável pelo mercado que
movimenta vários empregos em áreas diferentes, sendo estes diretos ou em
prestadora de serviços (terceirizada), a tecnologia utilizada pelas fábricas é
responsável por milhões de veículos que estão pelas estradas e rodovias do
país. O mercado brasileiro possui fábricas automobilísticas instaladas em
diferentes cidades e estados que são importantíssimas. As cinco maiores
fabricantes de automóveis que mais se destacaram foram a BMW,
Volkswagen, Chery, Toyota e a Fiat que sempre estão modernizando suas
plantas em busca de redução de preço e ganho na qualidade dos veículos
produzido.
97
Para atender as necessidades da indústria automobilística, que
emprega uma tecnologia cada vez mais moderna em seus veículos, as
montadoras tiveram que igualar seu nível de tecnologia para não ficar para
trás e perder mercado. Deste modo, investiram na linha de produção
procurando ter resultados e lucros maiores, garantindo assim a satisfação do
cliente e sua permanência no mercado.
Para se construir um veículo, ele vai passar por várias etapas
diferentes. Cada processo dentro da fábrica demanda tecnologias diferentes,
dentre as diferentes etapas estão: pintura, corte, usinagem, linhas de
montagem e controles automáticos onde o CLP, devido aos recursos de
controle mais se destaca, garantindo sua utilização nos processos industriais.
Dai surge à necessidade da tecnologia dos CLP’s, pois são
adaptáveis para as diferentes aplicações dentro da indústria. A redução de
tempo na implantação da linha de produção de um novo veículo é muito
importante, como a maior parte destas mudanças ocorre no CLP o custo fica
baixo e é realizado rapidamente não afetando a produção final e os lucros.
A indústria de tecidos passou por vários processos de
desenvolvimento. Primeiro surgiu à costura manufaturada, depois os teares
que eram controlados mecanicamente até chegar às indústrias e automatizar
todo o processo. Essa necessidade se deu através do crescimento da
população.
Atualmente os processos são diferenciados em vista da fragilidade e
manuseio do material. As indústrias têm máquinas específicas para cada
necessidade com o objetivo de economizar tecido, e poluir menos o meio
ambiente. Essas novas máquinas são controladas por CLP tornando-se
possível a execução de diferentes atividades como: corte largura,
enfestamento e principalmente garantindo o controle de qualidade dos
produtos produzidos.
O CLP é uma das tecnologias mais utilizadas na geração e
transmissão de energia elétrica, pois controla de modo eficaz o processo de
98
conversão de energia mecânica em energia elétrica onde um erro pode trazer
sérios problemas. Com a utilização do CLP as empresas fabricantes
trabalham para sua evolução, conquistando assim novas funções.
Dentre elas o sequenciamento de atividades de acordo com a sua
importância, temporização que varia de função para função que vai controlar
e o tempo que tem que atuar, contagem de produtos que foram fabricados ou
produtos que foram descartados por algum defeito no processo, energização,
desenergização, se alguma de suas proteções atuarem para proteger o
equipamento que estiver controlando, manipulação de dados, regulação PID
que consiste no controle médio de uma grandeza que esta controlando tendo
como referencia os dados inseridos, entre outras funções. Os CLP’s podem
ser programados de acordo com as necessidades de cada função que vai
monitorar por meio de computadores. Sua utilização é adequada para todos
os ambientes.
100
Figura 1 - Primeiro Protótipo desenvolvido
Fonte: Circuito eletrônico desenvolvido pelos pesquisadores.
101
Quando o PIC é programado em série com o circuito, o seu tempo de
resposta se torna muito mais rápido, sendo uma estratégia de seu criador.
Outra vantagem é que se pode desenvolver várias programações diferentes
e salvar na memória do controlador para serem usadas quando for preciso.
Cada dispositivo tem um código binário que habilita o usuário obter acesso à
programação e um código de reset para destravar o dispositivo em último
caso que é projetado pelos fabricantes, também é incluída uma placa do
fabricante, informando o número de série, código de revisão, data, fabricante
entre outras informações importantes para quem vai manusear o dispositivo.
O cabo serial RS232 utilizado para transferir a programação, quando
qualquer alteração é realizada no controlador, deve ser pequeno, porque
reflexos nos sinas vão surgir, causando o aumento ou dobro da tensão no
final do cabo.
A alimentação principal do CLP é feita através de um transformador
que reduz a tensão de entrada 127 ou 220VAC para 12VAC e incluída na
placa está uma ponte retificadora para converter em corrente contínua
12VCC, para alimentação dos componentes eletrônicos da placa do CLP.
Sempre que houver alimentação na placa do CLP é sinalização, essa
presença da alimentação através de um led. Em seguida a tensão que é
12VCC agora é reduzida para 5VCC para alimentação do micro controlador e
de suas respectivas entradas que só podem receber no máximo 5VCC, a
figura a seguir mostra o circuito da ponte retificadora sem o transformador,
pois o mesmo se encontra fora da placa impressa, também está inserida
nesse circuito a redução da tensão de alimentação para 5VCC para o micro
controlador.
102
Figura 3 - Ponte retificadora e redução para 5V
Fonte: Diagrama eletrônico montado no Proteus 8.0 pelos pesquisadores.
*Relés
103
*Contatores;
*Reles de estado-sólido - Solenoides;
* Válvulas;
*Solenóides
* Inversores de frequência (ANTONELLI, 1998, p.9 ).
106
Figura 6 - Circuito elétrico saídas analógicas PWM
Fonte: Proteus 8.0, Autoria própria.
107
Figura 7 - Circuito elétrico das saídas digitais a relé
Fonte: Diagrama eletrônico montado no Proteus 8.0 pelos pesquisadores.
108
Fonte: Diagrama eletrônico montado no Proteus 8.0 pelos pesquisadores.
109
(supervisório), que irá mostrar em tempo real como está o estado das
entradas e saídas do micro controlador, foi então inserido na placa do CLP
esta comunicadora para fazer a comunicação do CLP com computador.
A imagem a seguir mostra o circuito da comunicadora inserida na
placa do CLP para comunicação com computador para desenvolvimento de
um sistema supervisório, ou seja, supervisionado por computador com
linguagem gráfica.
110
Figura 12 - Pinos PIC16F877A com identificação de entradas e saídas
Fonte: Site microchip Datasheet PIC16F877A
112
perturbações que está submetido qualquer circuito elétrico de
potência.
e) Os circuitos digitais são flexíveis a adequações de projetos, de
acordo com a necessidade de adequação a novos projetos.
f) O custo de implantação é barato.
g) Manutenção fácil, por ser tratar de valores exatos, o diagnóstico
do defeito é realizado em curto tempo.
3.2.2 As desvantagens do Controlador Lógico Programável Digital:
Como todo produto que é rentável para as empresas os proprietários
investem para garantir a integridade de seus equipamentos, as dificuldades
existem nos ambientes onde vão ser instalados os equipamentos existem e é
isso que acontece com o controlador lógico programável digital, que é um
equipamento desenvolvido para realizar uma interface homem máquina mas,
encontra muitas pessoas que vão realizar esse trabalho despreparadas para
a atividade. A seguir algumas dificuldades listadas abaixo:
a) Converter as entradas analógicas vindas do mundo real para o
formato digital.
b) Realizar o processamento da informação digital.
c) Mão de obra qualificada, poucos profissionais com habilidades para
diagnosticar problemas e tempo de resposta rápido. Não podemos
nós esquecer que o salário desses profissionais está acima da média
paga pelas empresas.
d) Peças no estoque para reposição, por ser tratar de um dispositivo
que na sua maior aplicação se encaixa no chão de fabrica.
e) Converter as saídas digitais de volta ao formato analógico.
3.3. Vantagens e Desvantagens do Modelo Analógico
. A seguir vamos comentar algumas vantagens e desvantagens do
modelo analógico sofridas pelas empresas que utilizam os controladores no
dia a dia dentro da fabrica para controlar a linha de produção.·.
113
3.3.1 Vantagens que são encontradas nos controladores analógicos:
Tratando-se de desenvolvimento, produção e lucro final são o que
mais atrai investidores para melhorar a produção de suas fábricas, junto com
a qualidade de seus produtos em busca de lucros e redução de funcionários.
A seguir algumas vantagens dos controladores analógicos:
a) Corrente de sinalização pequena até o instrumento;
b) Cabeamento de 1 mm;
c) Pequeno número de empregados;
d) Preço de implementação caro em curto prazo, mais lucrativo
em longo prazo;
e) Esquema elétrico complexo e alto nível de programação por se
conseguir controlar todo o processo dentro de uma fábrica,
mais quando a um problema para resolver o tempo de
resposta é muito rápido.
114
3.4. Emprego de cada Um
Os CLP`s digitais são empregados onde não se necessitam de um
controle que exija muita precisão e também onde não precise fazer nenhum
controle com variações proporcionais constantes, tais como:
Sistema de irrigação, onde vai ser controlado nível das
caixas nível alto e nível baixo para não faltar água quando
estiver irrigando;
Sistema de refrigeração, para controlar a temperatura
ambiente;
Sistema de controle de elevador, subir, descer, abrir porta,
fecha porta, número de andares, ventilação entre outras
coisas.
Os CLP`s analógicos são empregados onde se deseja um controle
mais preciso e com variações proporcionais constantes, onde a presença
humana é apenas para inserir os valores a serem programados, pois alguns
ambientes são inadequados para a presença humana. De acordo com
Martins (2012), esses são os equipamentos onde são mais empregados:
Máquinas industriais (operatrizes, injetoras, têxteis, calçados);
Equipamentos industriais para processos;
Siderurgia;
Papel e celulose;
Pneumáticos;
Dosagem e pesagem;
Controle de processos com realização de sinalização, Intertravamento;
Aquisição de dados de supervisão em fábricas;
Prédios inteligentes etc. (MARTINS, 2012, p.23).
115
3.5 Experimento: análise de um controle lógico programável com
entrada analógica7
3.5.1 Contextualizando o Produto Construído
Foi desenvolvido um CLP de baixo custo para automação de sistemas.
Ele é composto por 7 entradas digitais, 8 entradas analógicas, 12 saídas
digitais a relés e 2 saídas PWM, processador com conector de gravação de
programação com suporte para sistema supervisório, cada um desses
sistemas devem ser transferidos para uma placa de fenolite virgem. Em
seguida, mostraremos imagem da placa virgem sendo preparada.
117
A seguir falaremos sobre cada um desses circuitos separados e
mostraremos às imagens do circuito impresso no papel e já transferido a
placa.
3.5.2 As Entradas Digitais
São acionadas através de 12V que são fornecidos pela própria placa
do CLP, onde a tensão vai para o dispositivo externo (chaves, interruptores,
relés e etc.) que ao ser acionado devolve esse sinal para a entrada
correspondente.
Quando o sinal entra na placa, passa por um resistor para haver uma
queda de tensão, logo após passa em um led para sinalizar que a entrada
está ativa. Este então chega ao pino 1 do fotoacoplador e interno a desse
componente acontece um processo eletrônico onde ao chegar ao pino 1, a
tensão passa por um led que excita um transistor através da luz que é
emitida.
Esse transistor recebe 5V do pino 5 do fotoacoplador e envia para o
pino 4 que envia ao micro controlador para realizar o que está programado
em sua memória. Caso a placa esteja danificada existe um resistor de
segurança que dissipa essa tensão para não danificar os componentes, a
seguir imagem da placa de circuito impresso inferior (Trilha) e superior das
entradas digitais.
118
Figura 16 -- Circuito impresso da trilha e imagem superior da placa das entradas digitais
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
119
Figura 17 - Circuito impresso da trilha e imagem superior da placa das entradas analógicas
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
120
usuário aconteça, a seguir imagem da placa de circuito impresso inferior
(Trilha) e superior das saídas digitais.
Figura 18 - Circuito impresso da trilha e imagem superior da placa das saídas digitais
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
121
Figura 19 - Circuito impresso da trilha e imagem superior da placa do processador e conector de
gravação
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
122
Figura 20 - Circuito impresso da trilha e imagem superior da placa circuito de comunicação para
supervisório
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
123
Figura 22 - Circuito impresso da trilha na placa todo coberto com solda
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
124
Tabela 2 - Lista de componentes para construção do CLP
Componente Modelo Identificação Quantidade
Relé 12V - 1Contato NA U2 - U3 12
Base para Jumper Jumper JP1 8
Conexão Borne x 27
Capacitor 10 µf C 4
Capacitor 1000 µf C 1
Capacitor 15 Pf C 3
Conector ICSP J2 2
Conector DB9 J1 1
Conversor Max 232 U11 1
Cristal 20MHZ X1 1
Diodo 1N4148 D 17
Foto acoplador TIL111 U 7
Led 3V Led 20
Micro controlador 16F877A U1 1
Potenciômetro 250Ω R 8
Regulador de tensão Mc7805ct U12 1
Resistor 470Ω R 2
Resistor 1KΩ R 33
Resistor 2,2KΩ R 8
Resistor 10KΩ R 21
Switch SW1 SW1 8
Transistor BC547 Q 12
Placa de fenolite virgem 10 por 30 cm 2
Resistor 4,7KΩ 2
Fonte: Elaborado pelos autores.
3.5.7 Instrumentos
No Quadro 2, têm-se a descrição dos instrumentos utilizados para
construção do controlador em várias etapas desde a elaboração do circuito
eletrônico até o funcionamento da placa.
125
Quadro 2- Lista de instrumentos utilizados para confeccionar CLP
Instrumentos Processo de utilização
Alicate universal Segurar a placa para serrar
Multímetro Realizar medições nas trilhas para identificar curto e trilhas
separadas
Chave de borne Separar trilhas em curto, fixar e remover cabos no CLP.
Chave Philips Riscar onde a trilha vai ser cortada
Ferro de solda Soldar componentes na placa
Sugador de solda Remover excesso de solda
Ácido percoloreto de ferro Corroer cobre inutilizado na placa
Bucha de aço Lixar o cobre da placa
Ferro de passar roupa Realizar transferência do circuito impresso do papel para a
placa através de processo térmico
Arco e serra Serrar a placa
Furador de placa Furar base onde fixação dos componentes
Algodão Limpeza da placa
Pano velho Auxiliar processo de transferência térmica
Régua Marcar onde será serrada a placa
Arame de solda(estanho) Para realizar solda dos componentes na placa
Fonte: Elaborado pelos autores.
126
Figura 23 - Produto pronto
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
Entradas digitais:
127
Entradas analógicas:
Saídas digitais:
128
Processador com conector de gravação:
Figura 27 - Processador
Fonte: Fotografia tirada pelos pesquisadores.
1º Imagem:
2º Imagem:
131
A entrada analógica fornece-nos um valor da variável no caso de
temperatura acima de 800 no caso 925, podemos observar a saída Y1
acionada com sua linha de acionamento com a cor diferente e Y2 e Y3 sem
nenhum acionamento.
3º Imagem:
Observamos agora a variável de temperatura dentro do valor entre
500 e 800 no caso aqui com 757 veremos então a saída Y3 acionada com
sua linha de cor diferente sinalizando que a temperatura está dentro do valor
desejado.
132
Figura 31 - Entrada analógica entre o valor desejado acionando saída Y3
Fonte Imagem extraída da linguagem de programação pelos pesquisadores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que o Controlador Lógico Programável teve o
comportamento esperado, pois nos ofereceu uma gama de entradas e saídas
muito confiáveis com um número bem extenso e mostrou confiabilidade nos
valores assumidos na entrada e na resposta nas saídas digitais.
Outro resultado muito satisfatório foi a comparação do preço atual dos
controladores oferecidos pelas empresas de grande porte para o mercado
consumidor com o nosso, que deu uma diferença de 550%. O mais
importante, além do dinheiro, é a relação criada com o projeto elaborado.
Todos os testes realizados com o controlador tiveram resultados
maravilhosos, pois, a cada experiência realizada observávamos condições de
melhorias e ficávamos mais curiosos para descobrir até onde podemos
empregar o nosso controlador dentro dos processos industriais.
133
Concluímos também que a interface de comunicação é muito prática
de ser entendida e utilizada pelas pessoas que vão realizar a instalação do
controlador e realizar o controle de equipamentos industriais.
A elaboração desse projeto nos mostrou que na vida nada é
impossível de se realizar, o que é preciso é apenas ter boa vontade e
perseverança. Cada etapa concluída nos mostrou um leque de caminhos
diferentes que podemos seguir buscando alcançar o sucesso, que apenas é
obtido com muita luta e que nunca podemos desistir dos nossos sonhos.
134
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
135
PRUDENTE, Francesco. Automação Industrial – PLC: Programação e
Instalação, 2007.
136
AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL COM GERENCIAMENTO VIA
TERMINAL WI-FI: UM ESTUDO PILOTO8
RESUMO
Este trabalho visa mostrar a implementação de um protótipo para o controle de automação
residencial utilizando um iPad e um microcontrolador Arduíno, via wi-fi. O iPad poderá
controlar a iluminação de uma residência por meio de um toque e juntamente com a
comunicação wi-fi. Para isso, são necessário, além do iPad, um hardware
microcontrolador Arduíno. Pode ser aplicado de varias formas, como por exemplo, apagar
ou acender as luzes de um cômodo, e inúmeras possibilidades.
INTRODUÇÃO:
Neste trabalho será abordado alguns conceitos relacionado à
automação residencial, dando ênfase à aos seus benefícios, também no
auxílio, otimização e controle de periféricos, conforme a necessidade do
usuário.
Mediante, os avanços tecnológicos e a busca constante por conforto e
segurança vem fazendo com que a cada dia as residências tenham mais e
melhores sistemas automatizados.
8 Capítulo adaptado a partir de TCC orientado pela Profª. Ms. Magna Campos, na
Faculdade Adjetivo-CETEP, em 2015.
9 Tecnólogas em Automação industrial.
137
A automação residencial vem demostrando que à possibilidade de
proporcionar alguns benefícios aos seus usuários como: o conforto,
economia, segurança, entre outros. Logo, podem-se citar alguns exemplos
como: o usuário controlar a iluminação de sua casa, aquecer a banheira, ligar
a TV, quando estiver chegando do trabalho, entre outras funcionalidades.
Porem possui algumas delimitações como: quanto ao preço, não é tão
acessível por enquanto. Mas, com os passados avanços tecnológicos
passará ser mais acessível à população.
As várias tecnologias criadas e disponibilizadas no mercado. Foi visto
que é possível realizar a automação de uma residência por meio de
gerenciamento de um terminal wi-fi.
O objetivo geral desse trabalho é a elaboração de um protótipo que
tem como funcionalidade automatizar a iluminação de uma casa via wi-fi,
conectado a um microcontrolador Arduíno usando como plataforma de
comunicação um iPad.
A justificativa do trabalho é feita por vários motivos: garantir a
segurança, conforto e outros benefícios ao usuário, trazendo a comodidade
que a tecnologia atual proporciona.
Com a finalização do projeto espera-se ter um protótipo que será
possível acender e apagar luzes por meio do iPad usando comunicação wi-fi.
2. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL
2.1 O que é Automação Residencial
A Automação Residencial permite a integração de sistemas, no qual, é
possível controlar equipamentos de um domicílio de modo mais eficiente.
Consiste em aprimorar a qualidade de vida nas residências através da
tecnologia. Existe para facilitar a interatividade entre o usuário e os
equipamentos disponíveis na residência, tornando automáticas as tarefas
habituais, de certa forma trazendo maior praticidade, o conforto e segurança.
138
Sendo possível controlar a iluminação, alarmes, temperatura do ambiente, ar
condicionados, entre outros.
Consiste neste trabalho o termo Automação Residencial, assim
conceituado por autores:
Basicamente a automação residencial é a atuação de dispositivos nas
funções de elétrica, hidráulica e ar condicionado, permitindo o uso
customizado de aparelhos elétricos e garantindo economia de energia
elétrica e água (BOLZANI, 2004, p.61).
139
em sua residência, principalmente quando estiver fora, trazendo assim mais
segurança.
140
2.5 Níveis Automação
As premissas da automação residencial são:
a) Segurança
A segurança vem se tornando uma prioridade, de modo a inibir ações
como de bandidos. Presenças de fechaduras com senhas, leitores
biométricos, sistemas em que ao adentrarem no ambiente desejado o sensor
captura a presença de movimentos e se acendem as luzes, na presença de
um estranho, as câmeras fazem a captura da imagem da pessoa e assim são
enviadas para qualquer dispositivo móvel, em que se encontra com o
aplicativo de controle da casa, podendo de certa forma, ser acessado pelo
dono. A possibilidade de o usuário controlar tudo em que se encontra a cada
cômodo da casa em tempo real. Por exemplo, acionar um alarme,
imediatamente trancando as portas, acendendo as luzes da casa, entre
outros.
b) Comodidade
Conforto, a existência de acionamentos, como de uma banheira para
aquecer a água, durante o trajeto para a casa, acionamento de aparelhos
eletrônicos, como TVs, Home Theater, entre outros.
c) Acessibilidade
A acessibilidade possui um caráter diferencial, no qual, vem se
tornando capaz de facilitar cada vez mais, o dia-a-dia de uma pessoa com
deficiência. De modo a controlar através de algum dispositivo portátil,
facilitando posições de botões em tamanho acessível para os deficientes, em
vez de lugares não acessíveis, por exemplo, um interruptor de lâmpada a
uma altura não adequada ao usuário.
d) Economia de energia
141
Economia de energia é possível a instalações de sensores de
movimentos permitindo-lhe que a TV, lâmpadas desliguem automaticamente
após a ausência de movimentos.
Os avanços tecnológicos de hoje, de certa forma, vem adquirindo
espaço no cotidiano, se tornando cada vez mais acessíveis ao público.
Cada vez mais, os produtos e tendências do mercado procura enfatizar
as necessidades básicas e buscando sempre soluções para atender as
necessidades da vida cotidiana.
3. GERENCIAMENTO DE SISTEMAS
Segundo Botelho,
O termo domótica vem da fusão da palavra latina domus (Casa) e robótica. O
objetivo da domótica é melhorar a qualidade de vida, reduzindo o trabalho
doméstico, aumentando o bem estar e a segurança de seus habitantes com
redução do consumo de energia. Existem algumas expressões para o termo
domótica, por exemplo, “edifícios inteligentes”, “casa inteligente” (BOTELHO,
2005, p.1).
142
Figura 1: Ilustra o esquemático da domótica.
Fonte: http://www.facavocemesmo.net/beneficios-dadomotica/ - Acesso em 02/10/2014
Segundo Bolzani,
Para gerenciar de maneira eficiente os diversos dispositivos e atuadores de
uma residência, muitos dados devem ser computados e várias tarefas
complexas são executadas. Uma residência inteligente contém um sistema
para gerenciar todo trafego de informação, bem como um sistema de controle
dos equipamentos, permitindo um maior conforto com menor gasto de
energia (BOLZANI, 2004, p. 1).
3.2 Controladores, Atuadores e Sensores
Os Controladores controlam os dispositivos automatizados (sensores e
atuadores). Monitora as informações dos sensores, podendo enviar
comandos para que um atuador ative ou desative algum equipamento. Os
Sensores são os dispositivos que detectam estímulos, medem e monitoram
143
grandezas físicas e eventos (temperatura, umidades). Já os Atuadores são
dispositivos eletromecânicos, que recebem os comandos do sistema de
automação e ativam os equipamentos automatizados. Existem atuadores
para portas, janelas, persianas, fechadura magnética, sirene, indicadores
luminosos, entre outros. (ALMEIDA, 2009).
3.2.1 Controladores
O controlador é o componente principal, no qual, é possível o
gerenciamento do sistema domótico. É nele que consiste toda a inteligência
do sistema. Geralmente todos outros componentes do sistema se interligam
ao controlador, por meio de envio de informações e recebimento.
No controlador são armazenadas informações contidas dos sensores,
no qual são processadas para gerar alguma ação nos atuadores, ou são
explícitas algumas informações ao usuário, ou também acionar um elemento
como indicação luminosa. Possíveis interfaces de usuário são inerentes para
mostrar e obter informação (através de periféricos como monitor, teclado,
entre outros).
3.2.2 Atuadores e Sensores
É de notória importância os periféricos de um sistema domótico,
havendo possíveis interligações diretamente ao controlador ou até mesmo
por meio de uma interface a uma rede de dados possibilitando sua utilização
pelo sistema domótico. A seguir é listada alguns exemplos de atuadores e
sensores, utilizados em sistemas domóticos, bem como suas funções
(BOLZANI, 2004):
Sensor de temperatura: fornecem a medida instantânea da
temperatura;
Detector de movimentos: existem vários tipos, como por exemplo, os
infravermelhos, estando ativos emitem feixes infravermelhos que
144
detecta o movimento de fontes de calor tais como o corpo humano.
145
Figura 2: Placa Arduíno UNO.
Fonte: http://playground.arduino.cc/Portugues/HomePage
http://arduino.cc/en/uploads/Main/ArduinoUno R3 Front 450px.jpg
Acesso em: 13/11/2014
146
Figura 3: Ethernet Shield.
Fonte: http://arduino.cc/en/Main/ArduinoEthernetShield. Acesso em: 13/11/14
148
5. IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO PILOTO
5.1 O Funcionamento
A partir do protótipo elaborado, consiste o processo de configuração
para a comunicação entre o dispositivo portátil (iPad/iPhone) e o Arduíno.
A fim de realizar a comunicação foi utilizado o protocolo OSC (Open
Sound Control - É um protocolo para comunicação entre computadores,
sintetizadores de som, e outros dispositivos multimídia).
(HTTP://opensoundcontorl.org), mais especificamente envia mensagens para
o microcontrolador através da comunicação wi-fi, no qual é o responsável por
interpretar determinadas mensagens e executar rotinas previamente
programadas contidas em seu código.
149
5.2 O projeto em execução
No primeiro passo para o desenvolvimento desse projeto, foi
necessário utilizar uma placa Protoboard, permitindo a ligação entre o
Arduíno, utilizando os LEDs e as chaves.
150
5.3 Criação da Interface Gráfica
151
4˚ Desmarcou-se o campo OSC “auto”;
5° No campo logo abaixo foi digitado o comando que irá associar ao
botão desejado
(neste caso utilizou /ard/led1 onde esse comando estará presente ao
código);
6° Foi definido o Valor Range
From = 0 / To = 1
Os valores deverão ser enviados para o comando “/ard/led1” quando o
botão mudar
o seu estado
Neste caso:
Botão desligado: envia 0
Botão acionado: envia 1
Por fim, foi feito os mesmos passos, para quantos botões forem
necessários. E agora é só transferir para o iPad. Clique na ferramenta “Sync”
na barra de tarefa contida no programa e faça os procedimentos pedidos.
152
Configurar o TouchOSC no iPad
1˚ Ao iniciar o programa, no primeiro instante clique na primeira opção
“OSC: Not Configured”;
153
5.4 Desenvolvimento do código
Foi utilizado o software de desenvolvimento do Arduíno, o código será
apresentado no Apêndice do artigo.
Figura 9: Código no Arduíno – Visão Geral (Declaração de portas e bibliotecas). Fonte: Autoras da
pesquisa
154
Como no caso utilizado a porta 9 contida na placa do Arduíno, é
referente ao led1 (Vermelho);
A porta 8 é referente ao led2 (Verde);
A porta 7 é referente ao botão1 (Esquerdo);
A porta 6 é referente ao botão2 (Direito).
155
Figura 10: Acionamento dos LEDs.
Fonte: Autoras da pesquisa
156
DEPOIS
157
DEPOIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
158
Outra contribuição visível é o benefício da automatização residencial,
citando, por exemplo, o conforto, segurança, aos portadores de necessidades
especiais e também os idosos, ao se depararem com alguns problemas em
suas residências, na realização de tarefas simples, mas causam um grande
transtorno, por exemplo, subir a escada para apagar uma lâmpada nos
cômodos superiores.
Outra contribuição direta deste projeto consiste no interesse
acadêmico, desta área de conhecimento, por sua vez possui uma gama de
aplicações, a fim de facilitar a vida da sociedade.
159
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARDUINO. Arduíno. Disponível em: http://www.Arduino.cc. Acesso em:
02/10/2014
TOUCHOSC. TouchOSC. Disponível em: http://hexler.net/software/touchosc.
Acesso em: 2014
BOLZANI, Caio Augustus Morais. Residências Inteligentes. São Paulo,
2004, Editora Física, 1ª edição.
BOLZANI, C.A.M. Desenvolvimento de um simulador de controle de
dispositivos residenciais inteligentes: uma introdução aos sistemas
domó́ticos. São Paulo, Dissertação (mestrado), Universidade de São Paulo.
2004.
TONIDANDEL, F; TAKIUCHI, M.; MELO, E. Domó́tica Inteligente:
Automação baseada em comportamento. Congresso Brasileiro de
Automática. 2004.
BOLZANI, Caio Augustus Morais. Desenvolvimento de um Simulador de
Controle de Dispositivos Residenciais Inteligentes: uma introdução
aos sistemas domó́ticos. Dissertação (Mestrado em Engenharia) –
Universidade de São Paulo, 2004, 130f.
TEZA, V. R. Alguns aspectos sobre a Automação Residencial –
Domótica. Dissertação submetida à Universidade Federal de Santa Catarina,
2002. Disponível
em:https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/83015/212312.pdf.
Acesso em 2015
BESEN, Nelson. Sistema domótico para automação e controle de um
cômodo residencial. 1996. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso
(Bacharelado em Ciências da Computação) – Centro de Ciências Exatas e
Naturais, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau.
BOTELHO, Wagner. T. Um sistema de identificação e adaptação
pervasivo para a casa inteligente utilizando sistemas multiagentes.
Dissertação Instituto Militar de Engenharia. Rio de Janeiro: 2005. (2005-
Wagner_Botenho.pdf, 3.29 mb). Disponível em:
http://www.de9.ime.eb.br/dissertacoes/2005-Wagner_Botelho.pdf. Acesso
160
em: 2014
ALMEIDA, R. A tecnologia por trás da mágica. Novembro 2009. Disponível
em: http://quicaze.com/126/a- tecnologia-por-tras-da-magica/
161
ANEXO
Código Arduíno
#include
<SPI.h> //inclui biblioteca SPI para comunicação com shield ethernet
#include <Ethernet.h> //inclui biblioteca Ethernet
#include <ArdOSC.h> //inclui biblioteca ArdOSC
byte myMac[] = { 0xDE, 0xAD, 0xBE, 0xEF, 0xFE, 0xED }; //define MAC para
shield
ethernet
byte myIp[] = { 192, 168, 254, 100 }; //define IP da central automação
byte destIP[] = {192,168,254,2}; //define IP do dispositivo de
comando OSC
(IPAD/IPHONE/IPOD)
int serverPort = 8000; //define a porta de recepção de comandos OSC
int destPort = 9000; //define a porta de envio de comandos OSC
int led1Pin = 9; //define a porta do Arduíno associada ao led 1 (vermelho)
int led2Pin = 8; //define a porta do Arduíno associada ao led 2 (verde)
int sw1Pin = 7; //define a porta do Arduíno associada ao botão 1 (esquerdo)
int sw2Pin = 6; //define a porta do Arduíno associada ao botão 2 (direito)
OSCServer server; //inicializa o servidor OSC (serviço que trata a recepção de
mensagens OSC)
OSCClient client; //inicializa o cliente OSC (serviço que trata o envio de
mensagens OSC)
void setup(){
Ethernet.begin(myMac ,myIp); //inicializa a interface ethernet
delay (5000); // aguarda 5 segundos apos o start da interface ethernet para
então iniciar o
servidor OSC.
server.begin(serverPort); //inicializa o servidor OSC definindo a porta de RX
server.addCallback("/ard/led1",&func1); //define que a rotina "func1" será
executada para o
comando OSC "/ard/led1"
server.addCallback("/ard/led2",&func2); //define que a rotina "func2" será
executada para o
comando OSC "/ard/led2"
pinMode(led1Pin, OUTPUT); //define porta digital 8 (led1Pin) do Arduíno como
saída
pinMode(led2Pin, OUTPUT); //define porta digital 9 (led2Pin) do Arduíno como
saída
digitalWrite(sw1Pin, HIGH); //ativa PULL-UP interno do ATMEGA na porta digital
6 (sw1)
digitalWrite(sw2Pin, HIGH); //ativa PULL-UP interno do ATMEGA na porta digital
7 (sw2)
void loop(){
if(server.aviableCheck()>0){ //verifica se existe alguma mensagem OSC disponível para
leitura
}
if (digitalRead(sw1Pin)==LOW){ //verifica se o botão sw1 foi pressionada
int state = digitalRead(led1Pin); //armazena em "state" o estado atual do led 1
OSCMessage txMes; //cria uma nova mensagem OSC
txMes.setAddress(destIP,destPort); //define endereço e porta do destino da
mensagem
OSC
txMes.beginMessage("/ard/led1"); //define comando OSC
txMes.addArgFloat(!state); //define novo estado do led 1 que será enviado
no argumento
OSC para IPAD/IPHONE/IPOD
client.send(&txMes); //envia mensagem OSC para atualizar novo
estado do led 1 no
IPAD/IPHONE/IPOD
163
digitalWrite(led1Pin, !state); //modifica estado da porta digital 8 (ledPin1)
delay(300); //delay de 300ms
}
if (digitalRead(sw2Pin)==LOW){ //verifica se o botão sw2 foi pressionada
int state = digitalRead(led2Pin); //armazena em "state" o estado atual do led 2
OSCMessage txMes; //cria uma nova mensagem OSC
txMes.setAddress(destIP,destPort); //define endereço e porta do destino da
mensagem
OSC
txMes.beginMessage("/ard/led2"); //define comando OSC
txMes.addArgFloat(!state); //define novo estado do led 2 que será enviado no
argumento OSC
para IPAD/IPHONE/IPOD
client.send(&txMes); //envia mensagem OSC para atualizar novo
estado do led 2 no
IPAD/IPHONE/IPOD
digitalWrite(led2Pin, !state); //modifica estado da porta digital 9 (ledPin2)
delay(300); //delay de 300ms
}
}
void func1(OSCMessage *_mes){ //rotina que trata comando OSC "/ard/led1"
recebido do
IPAD/IPHONE/IPOD
int value = (int)_mes->getArgFloat(0) ; //armazena em "value" o argumento do
comando
OSC "/ard/led1" digitalWrite(led1Pin, value); //muda estado da porta digital 8
(led1Pin) conforme argumento OSC recebido
}
void func2(OSCMessage *_mes){ //rotina que trata comando OSC "/ard/led2"
recebido do IPAD/IPHONE/IPOD
int value = (int)_mes->getArgFloat(0); //armazena em "value" o argumento do comando
164
OSC "/ard/led2"
digitalWrite(led2Pin, value); //muda estado da porta digital 9 (led2Pin) conforme argumento
OSC recebido
}
165
O USO DA AUTOMAÇÃO PARA O CONTROLE DE UMIDADE DE
SOLO: UM ESTUDO PILOTO10
Diego Couto
Fabio Caldeira
Leonardo de Souza11
Coautoria Magna Campos
INTRODUÇÃO
10 10 Capítulo adaptado a partir de TCC orientado pela Profª. Ms. Magna Campos, na
Faculdade Adjetivo-CETEP, em 2016.
11 Tecnólogos em Automação Industrial
166
A agricultura atividade que acompanha o ser humano desde os
primórdios ganha cada vez mais importância devido à crescente demanda
por alimento. Atualmente é notória a presença de tecnologias e processos
automatizados no agronegócio. Contudo a agricultura familiar dispõe de
pouca ou nenhuma tecnologia no processo de desenvolvimento, embora
represente a agricultura de base. A água cada vez mais escassa e
necessária ao desenvolvimento da agricultura suscita uma discussão social
quanto à utilização racional.
A automação além de controlar a aplicação de água, permite também
o controle das operações de fertirrigação e que o acionamento de conjuntos
moto-bomba seja realizado à distância. O objetivo que se pretende com a
irrigação é satisfazer as necessidades hídricas das culturas, aplicando a
água uniformemente e de forma eficiente, ou seja, que a maior quantidade de
água aplicada seja armazenada na zona radicular à disposição da cultura.
Os sistemas microcontrolados trouxeram uma inovação tecnológica
que permite aplicação no controle de variáveis como em processo de
distribuição hídrica. A aplicação de técnicas que não utilizam o
microcontrolador possui eficiência limitada na gestão do processo, mas pode
ser utilizada conjuntamente.
-“Entende-se por automação qualquer sistema, apoiado em computadores,
que substituía o trabalho humano em favor da segurança das pessoas, da
qualidade dos produtos, da rapidez da produção ou da redução de custos,
assim aperfeiçoado os complexos objetivos das indústrias e dos serviços”-
(MORAES; CASTRUCCI, 2012, p.6).
168
Essa primeira geração de controlador lógico programável recebeu uma
importante melhoria com o surgimento dos microprocessadores permitindo
muito mais autonomia na manipulação de dados, operações aritméticas entre
outras possibilidades (SILVEIRA; SANTOS, 2009).
A sociedade contemporânea busca cada vez mais conforto e
comodidade na execução das tarefas simples às mais sofisticadas onde os
avanços tecnológicos têm proporcionado, por exemplo, aos lares com a
presença da automação residência. E na indústria o aumento da
produtividade e a redução dos índices de acidente laboral que ocorreram
devido à implantação de sistemas automatizados. “A automação é um
conceito e um conjunto de técnicas por meio das quais se constroem ativos
capazes de atuar com uma eficiência ótima pelo uso de informações
recebidas do meio sobre o qual atuam” (SILVEIRA; SANTOS, 2009 p.23).
A automação atual divide se em três grandes níveis de complexidade
correspondendo de “menor” a especializada que utiliza os
microprocessadores de pequenas memórias e fazem controles internos
como, por exemplo, eletrodomésticos, automóveis e etc.
O nível de complexidade que correspondente a “médio” é automação
industrial e de serviços que utilizam os controladores lógicos programáveis e
seus softwares aplicativos. E o de “maior” complexidade que compreendem
aos grandes sistemas de automação que utilizam tecnologias de ultima
geração e necessitam de confiabilidade extrema, por exemplo, controle de
trafego aéreo, defesa militar entre outros (MORAES; CASTRUCCI, 2012).
2.2 Microcontroladores
2.2.1 Arduíno
171
interpretar valores, com precisão, entre 0V e 5V.Contudo, elas podem
somente ler, e não enviar (VASILJEVIC, 2013).
Para ampliar e adequar às diversidades dos projetos o Arduíno pode
ser incrementado com os shields existente em grande variedade como:
Ethernet Shields: Este shield conectar a internet através de um cabo
ethernet.
Possui um suporte para um cartão micro-SD onde armazenar
informações e arquivos para ou da internet. Compõem-no:
Gameduino: Utilizado no desenvolvimento de jogos 16-bits, com
inúmeros modelos inclusos. Possui saída VGA, fone de ouvido e
caixa de som.
LCD Shield: Acrescenta tela LCD integrada, com uma resolução e
capacidade superiores aos displays comuns. Existem também
outras versões com teclados embutidos.
Joystick Shield: Controle que contém quatro botões de pressão e
um analógico e possui funções facilitadas para a utilização dos
botões.
EvilMad Science Googly Eyes Shield: Este shield acrescenta ao
projeto uma importante funcionalidade: os olhos (VASILJEVIC,
2013).
173
distância tecnológica entre os continentes. Os computadores são conectados
a sensores permitindo fazer uma interação que dificilmente seriam realizados
sem os instrumentos.
Na agricultura basicamente três variáveis de processos necessitam ser
controladas constantemente, são elas: o nível, a umidade, e a vazão.
179
Medidores de Pressão Diferencial Placa de Orifício: Uma placa de
orifício inserida na tubulação é uma restrição ou obstáculo com uma
pequena abertura comparada ao diâmetro da tubulação.
Medidores de Pressão diferencial Tubo de Venturi: É similar à placa
de orifício, mas apresenta um obstáculo ou restrição mais suave. A
alteração na área da secção, no tubo de converge e a “garganta”.
Medidorde Pressão Diferencial Tubo de Pilot: O
instrumento que executa esse tipo de medida tem seu principio de
funcionamento baseado nos seguintes conceitos básicos:
Pressão estática: É a pressão real ou a pressão de corrente
termodinâmica que atua no fluido.
Pressão Total ou estagnação: a sua medição é realizada por meio de
uma tomada de pressão voltada contra o escoramento e alinhada
com ao movimento do fluido de forma a receber o impacto do
mesmo.
Medidores de Fluxo por Área Variável: Opera em
queda de pressão relativamente constante e mede o fluxo dos
líquidos, gases e vapores.
Medidores de Fluxo por Eletromagnetismos: Esses
aparelhos constituem uma família de medidores não invasiva e
utilizada para medir a velocidade media em função da área da
secção em diversos líquidos condutivo.
Medidores de Fluxo Ultrassônicos: A velocidade de propagação do
180
som em um fluido depende da massa especifica do meio. Os
transdutores normalmente utilizados nesse tipo de medidores de
fluxos são os piezelétricos, pois convertem energia elétrica em
energia mecânica.
Medidores de Fluxo por Efeito Corolis: O principio
desses medidores de fluxo é gerar artificialmente a aceleração de
corolis e medir a massa pela detecção do momento angular. Quando
um fluido escoa em uma tubulação, fica sujeito à aceleração de
corolis por meio da introdução mecânica de rotação da tubulação.
Medidores de Fluxo por Força de Arrasto: Nesse tipo de medidor um
objeto solido denominado elemento de arrasto é expor ao fluxo de
um fluido que deve ser medido. A força exercida pelo fluido no
elemento de arrasto é medida e convertida para um valor que
representa a velocidade do liquido.
Medidores Mecânicos: Os medidores mecânicos são
utilizados para aplicação de alta pressão como que utilizam partes
móveis na medição de água residencial.
3. SISTEMA DE CONTROLE
3.1 Definições
O controle automático ocupa na sociedade contemporânea um espaço
proeminente e sua eficiência depende do controle de grandezas físicas como
nível, pressão, vazão e etc. Em automação a finalidade está em controlar os
181
eventos e variáveis para que se alcance o set point diminuindo ou eliminando
os distúrbios do sistema.
Entre os principais objetivos do controle encontram- se mitigar o risco
do sistema com perdas de equipamentos, humanas e matéria prima. Para
alcançar eficiência é utilizado técnicas como feedback, controle por
feedforward ou por antecipação, controle em cascata, controle por razão,
controle seletivo e controle por faixa dividida (BEGA, 2011).
O sistema definido como estático é aquele em que as propriedades
descritivas não variam com o tempo, mas podendo variar espacialmente. No
sistema dinâmico as propriedades variam no tempo, podendo também variar
espacialmente.
O projeto é o processo pelo qual o desempenho de um sistema é criado ou
alterado. Por exemplo, se a resposta transiente e o erro em regime
estacionário de um sistema forem analisados e indicarem que as
especificações não atendidas, então se alteram alguns parâmetros ou
adiciona-se componentes para que as especificações desejadas sejam
atingidas. (NISE, 2009, p 09).
182
“O controle dinâmico tem por objetivo estabelecer o comportamento
estático e sistemas físicos, tornando-o mais obedientes aos operadores e
mais imunes às perturbações dentro de certos limites.” (MORAES;
CASTRUCCI, 2012p07).
A aplicação do sistema de controle depende da arquitetura que é
dividida em duas grandes configurações de acordo com o processo. Sendo
sistema de malha aberta e sistema de malha fechada.
O sistema de malha aberta caracteriza- se por não corrigir os
distúrbios do processo, portanto não utiliza controle de realimentação. E o
sistema de malha fechada ocorre quando se utiliza o controle de
realimentação para equilibrar e corrigir o distúrbio do processo dentro do set
point (BEGA, 2011).
183
3.2.2 Sistema de Controle em Malha Fechada
184
valores se o set point esta sendo observado e se necessário realiza os
ajustes.
Os principais problemas em um controle de processo são descrito por
Bega (2011) como:
185
A estabilidade varia de acordo com o sistema da planta, ou seja, se
opera em malha aberta ou fechada e o objetivo do sistema de controle é
ajustar os parâmetros no set point.
Segundo Bega (2011) os parâmetros de ajuste do controlador como
ganho, banda proporcional, tempo integral e o tempo derivativo devem ser
observados dentro da estratégia se controle.
Para o alcance do set point desejado existe algumas técnicas de
controle automático do processo que visam corrigir os distúrbio e garantir a
confiabilidade viabilizando o funcionamento da planta.
186
3.4.2 Controle Proporcional
187
A ação proporcional isolada não é suficiente para que a variável do
processo retorne o valor desejado, após uma determinada variação de carga
provoca uma grande oscilação no tempo de estabilização da variável. E o
aumento do tempo derivativo melhora a estabilidade do processo com baixa
velocidade de resposta aumentando a oscilação (BEGA, 2011). “A análise da
chamada ação derivativa normalmente através de uma variação do tipo
“rampa” da variável do processo, uma vez que a resposta do controlador
neste caso é proporcional ao erro” (BEGA,2011).“A ação integral é
normalmente utilizada em conjunto com a ação proporcional, pois a
velocidade de resposta de ação integral de forma isolada é pequena, sendo
longo o tempo de estabilização da variável” (BEGA, 2011) como mostrado na
figura
188
processo que faz com que uma mudança na variável de controle cause
mudanças consideráveis na saída da planta somente após certo tempo.
189
3.4.5 Controle Proporcional Integral e Derivativo
190
A malha em cascata tem dois controladores normais e uma única
válvula de controle, formando duas malhas fechadas e utiliza medidas de
variáveis interna ou auxiliares para detectar rapidamente o efeito das
perturbações e iniciar antes da ação corretora como mostra a figura:
191
3.4.7 Controle de Razão
Um método que visa uma antecipação no controle do sistema onde
existe pelo menos uma variável manipulada. Em muitos sistemas a
quantidade de variáveis de controle supera a quantidade a variáveis
manipuladas.
-“Alguns processos industriais necessitam manter duas ou mais vazões numa
determinada proporção, como exemplo, mistura de aditivo à gasolina, mistura
proporcional de reagente num reator químico, mistura de fluido a diferentes
temperaturas para obtenção de uma dada temperatura de mistura e outros”-
(BEGA, 2011 p541).
Observe a figura:
192
Quando uma válvula de controle sozinha não é capaz de controlar o
valor da variável necessária para o processo à técnica de “Split-Range” ou
“Range dividido”, é aplicado onde, através de duas ou mais válvulas de
controle o set point é ajustado. Esse tipo de controle envolve normalmente
duas válvulas de controle operado pelo mesmo controlador (BEGA, 2011)
como mostra a figura:
193
Para o desenvolvimento do presente projeto foram observados alguns
parâmetros com o objetivo de alcançar o controle da umidade do solo
tornando- o propicio ao cultivo.
Como existe uma individualidade na quantidade de umidade
necessária para cada tipo de cultivo e o controle automático destina se a
controlar as variáveis de processo como umidade, nível e etc. não será
objeto de estudo um cultivo especifico.
Portanto para aplicação em um cultivo especifico demandaria pesquisa
detalhada em agronomia para adequação das variáveis do sistema de
controle e esse protótipo se restringirá na demonstração do controle das
variáveis pelo microcontrolador atmega 328 e seu potencial de aplicação no
controle da irrigação.
O experimento foi realizado em um ambiente domestico utilizando um
protótipo desenvolvido para demonstração acadêmica com o propósito de
comprova a eficácia e eficiência em controlar a umidade do solo utilizando
técnicas de automação como microcontrolador, linguagem de programação e
sensor aplicado com objetivo de atender o pequeno produtor rural na tarefa
de fornecer a umidade necessária ao desenvolvimento da plantação.
Inicialmente foi testada uma programação em c++ destinado ao
Arduíno utilizando lâmpadas de leds como referencia para o funcionamento
da programação. Após os incrementos necessários ao sistema foram
acrescentados o sensor de umidade e uma bomba reservatório de água
limpador de para brisa universal que passou a compor o protótipo.
Para permitir a utilização do protótipo em um sistema especifico
circuitos eletroeletrônicos foram inseridos e os primeiros testes realizados
usando o solo úmido, seco e encharcado.
Como referencia de testes foi adotado três set point diferente para
acionamento da bomba: 25%, 50% e 100% em situação de solo úmido, seco
e encharcado.
194
4.1 Construção dos requisitos em sistema físico
195
Figura 11. Componentes
Fonte: Autores da pesquisa
196
4.2 Diagrama do aparelho
197
4,3 Desenvolvimento do código
198
4.4 O dispositivo
a) fase de criação:
199
Figura 16. Montagem conforme diagrama
Fonte: Autores da pesquisa
200
Figura 18. Montagem conforme esboço
Fonte: Autores da pesquisa
201
Figura 20. Montagem conforme esboço
Fonte: Autores da pesquisa
b) Dispositivo montado:
202
Figura 22. Vista interna do protótipo
Fonte: Autores da pesquisa
203
O sistema operando automaticamente em malha fechada ocorrerá
quando ele reage a perturbações externas sendo utilizado o sensor de
umidade e o ajuste determinado pelo potenciômetro é comparado ao desvio.
Sempre que a porcentagem da umidade for diferente do set point a bomba
ligará ou desligará de acordo com a necessidade.
O sistema operando manualmente ocorrerá quando o botão liga for
acionado e a bomba passará a funcionar ininterruptamente até que o botão
seja desligado manualmente passando para o modo automático.
Sob a ótica da viabilidade técnica o projeto apresenta dois pontos
importantes a ser ressaltados:
A facilidade de se encontrar no mercado o Arduíno um
microcontrolador muito difundido e de linguagem relativamente simples. E o
custo-benefício do microcontrolador que depois de gravado a linguagem de
programação em caso de necessidade pode ser apagado e reescrito
adaptando-se à nova realidade.
204
4.6 Testes com solo em 0% de umidade
205
4.7 Testes com solo em 53% de umidade
206
4.8 Testes com solo em 77% de umidade
207
4.9 Testes utilizando atuador externo
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
210
visualização e entendimento foi inserido um anexo com mais imagens para
melhor ilustração.
211
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
212
ANEXO:
int umidade; // define a umidade com valor inteiro intsetpoint; // define a set poit com valor
inteiro
void setup()
{
lcd.begin(16, 2); //define os seguimentos do display lcd.setCursor(0,0); // seta os
seguimentos na primeira casa do display pinMode(8, OUTPUT); // define porta 8 comosaída
pinMode(9, OUTPUT); // define porta 9 como saída pinMode(10, OUTPUT); // define
porta 10 como saída
lcd.print("Iniciando"); // mensagem inicial do display ao ligar o irrigador delay(1500);
lcd.clear(); lcd.print("Iniciando."); delay(700);
lcd.clear(); lcd.print("Iniciando.."); delay(700);
lcd.clear(); lcd.print("Iniciando...");
delay(1000); lcd.clear();
lcd.print("Bem Vindo "); delay(1000); lcd.setCursor(0,8); lcd.print(" Irrigador 3.0");
delay(2500);
lcd.clear();// Limpa o display para iniciar o loop
213
lcd.print(umidade); //imprime no display o valor de umidade lcd.print(" %"); //imprime no
display a "%"
if(umidade <setpoint) //função que define o momento de ligar a bomba e aciona //o led verde
{
digitalWrite(8, HIGH); //ligabombadigitalWrite(10, HIGH); //liga led verde
}
else
{
digitalWrite(8, LOW); // desligabombadigitalWrite(10, LOW); // desliga led verde
}
if (umidade >= 0 && umidade <= 10) // se a umidade estiver menor que 10% //pisca led
vermelho
{
digitalWrite(9,HIGH); //liga ledvermelho
}
else
{
digitalWrite(9, LOW);
}
delay(1000); lcd.clear();
}
214
215