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Apostila 2
Apostila 2
APOSTILA DO CURSO
TÉCNICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS
FLORESTAIS
CURITIBA, PR
FEVEREIRO 2010
PLANO DE AÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO
INTEGRADO DO VALE DO PARNAÍBA – PLANAP
CODEVASF/GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ/FUPEF
Produto 11
Apostila do Curso Técnicas de Prevenção e Combate à Incêndios
Florestais
Coordenação do Projeto
SDR
Rubem Nunes Martins
CODEVASF
Guilherme Almeida Gonçalves de Oliveira
GOVERNO DO PIAUÍ
Jorge Antônio Pereira Lopes de Araújo
STCP
Joésio Siqueira
Ivan Tomaselli
Bernard Delespinasse
Rodrigo Rodrigues
Dartagnan Gorniski
Curitiba, PR
Fevereiro de 2010
APOIO NO GERENCIAMENTO DA EXECUÇÃO DO
PLANO DE AÇÃO DO PROGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO FLORESTAL DO VALE DO
PARNAÍBA (PDFLOR-PI)
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................1
2. IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS NA VEGETAÇÃO........1
3. CONCEITOS ........................................................................................................................................1
4. TEORIA BÁSICA DO FOGO ............................................................................................................2
4.1. TRIÂNGULO DO FOGO..................................................................................................................2
4.2. COMBUSTÍVEIS...............................................................................................................................2
4.2.1. Tipos de Combustíveis ......................................................................................................................3
4.2.2. Poder Calorífico do Combustível Florestal.........................................................................................3
4.3. FASES DA COMBUSTÃO................................................................................................................3
4.3.1. Fase 1 - Pré-aquecimento...................................................................................................................3
4.3.2. Fase 2 - Destilação ou Combustão Gasosa.........................................................................................4
4.3.3. Fase 3 – Incandescência ou Consumo de Carvão...............................................................................4
4.4. FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CALOR..................................................................................4
4.4.1. Condução...........................................................................................................................................4
4.4.2. Convecção.........................................................................................................................................5
4.4.3. Radiação............................................................................................................................................5
4.4.4. Deslocamento de Corpos Inflamados.................................................................................................5
4.4.5. Corrente e/ou Descargas Elétricas......................................................................................................5
4.5. RELAÇÃO DAS VARIÁVEIS METEREOLÓGICAS COM OCORRÊNCIAS DE
INCÊNDIOS..............................................................................................................................................5
4.5.1. Precipitação ......................................................................................................................................5
4.5.2. Umidade do Ar...................................................................................................................................5
4.5.3. Temperatura do Ar.............................................................................................................................5
4.5.4. Velocidade do Vento..........................................................................................................................5
4.5.5. Índices de Perigo de Incêndios ...........................................................................................................5
4.6 . COMPORTAMENTO DO FOGO NA VEGETAÇÃO..................................................................6
4.6.1. Taxa de Propagação...........................................................................................................................7
4.6.2. Intensidade do Fogo ..........................................................................................................................7
4.6.3. Altura de Crestamento Letal..............................................................................................................7
4.6.4. Tempo de Residência.........................................................................................................................8
4.6.5. Temperatura Letal.............................................................................................................................8
5. INCÊNDIOS FLORESTAIS................................................................................................................8
5.1. Biomas brasileiros...............................................................................................................................8
5.1.1. Bioma Amazônico .............................................................................................................................8
5.1.2. Bioma Cerrado ..................................................................................................................................9
5.1.3. Bioma Caatinga...............................................................................................................................10
5.1.4. Bioma Mata Atlântica......................................................................................................................10
5.1.5. Bioma Pantanal................................................................................................................................11
5.1.6. Bioma Pampa...................................................................................................................................11
5.2. FLORESTAS PLANTADAS...........................................................................................................12
5.2.1. Pinus spp.........................................................................................................................................12
i
5.2.2. Eucalyptus spp.................................................................................................................................12
5.3. CAUSAS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS....................................................................................13
5.3.1. Raios 13
5.3.2. Incendiários......................................................................................................................................13
5.3.3. Queimas para Limpeza....................................................................................................................13
5.3.4. Fumantes.........................................................................................................................................13
5.3.5. Fogos Campestres ou por Atividades Recreativas............................................................................14
5.3.6. Operações Florestais........................................................................................................................14
5.3.7. Estradas de Ferro.............................................................................................................................14
5.3.8. Diversos...........................................................................................................................................14
5.4. TIPOS DE INCÊNDIOS FLORESTAIS.......................................................................................14
5.4.1. Incêndios Subterrâneos....................................................................................................................14
5.4.2. Incêndios de Superfície....................................................................................................................15
5.4.3. Incêndios de Copa............................................................................................................................15
5.5. PROPAGAÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS .......................................................................16
6. MANEJO DO FOGO E SEUS BENEFÍCIOS PARA A FLORESTA............................................18
6.1. PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS..............................................................................18
6.2. CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS ....................................................................................18
6.3. GERMINAÇÃO DE SEMENTES E REGENERAÇÃO DE ESPÉCIES....................................19
6.4. LIMPEZA E PREPARO DE TERRENOS ...................................................................................19
6.5. MELHORIA DOS ATRIBUTOS DO SOLO.................................................................................19
7. EFEITOS NEGATIVOS DO FOGO NA FLORESTA ...................................................................19
7.1. DANOS AO SOLO ..........................................................................................................................19
7.2. CAPACIDADE PRODUTIVA DA FLORESTA...........................................................................20
7.2.1. Tipo Florestal...................................................................................................................................20
7.2.2. Densidade da Floresta......................................................................................................................20
7.2.3. Rendimento Sustentado da Floresta ou “Princípio da Persistência”..................................................20
7.3. ASPECTO RECREATIVO DA FLORESTA E DA PAISAGEM ...............................................20
7.4. FAUNA SILVESTRE.......................................................................................................................20
7.5. VEGETAÇÃO..................................................................................................................................21
7.6. CARÁTER PROTETOR DA FLORESTA ...................................................................................21
7.7. QUALIDADE DO AR .....................................................................................................................22
7.8. DANOS A VIDA HUMANA............................................................................................................22
7.9. DANOS ECONÔMICOS ................................................................................................................22
8. PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS..............................................................................23
8.1. EDUCAÇÃO PARA A PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS FLORESTAIS ..................................23
8.2. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO .................................................................................................24
8.3. PREVENÇÃO PARA PROPAGAÇÃO .........................................................................................25
8.3.1. Construção e Manutenção de Obras de Infra-estrutura....................................................................25
8.3.2. Construção e Manutenção de Fontes de Água..................................................................................26
8.3.3. Redução de Material Combustível...................................................................................................27
8.4. PLANOS DE PROTEÇÃO PARA INCÊNDIOS ..........................................................................29
8.4.1. Local 29
8.4.2. Causas ............................................................................................................................................30
8.4.3. Períodos de Ocorrência....................................................................................................................30
8.4.4. Classes de Materiais Combustíveis..................................................................................................30
8.4.5. Zonas Prioritárias............................................................................................................................30
9. COMBATE À INCÊNDIOS FLORESTAIS.....................................................................................30
9.1. FORMAÇÃO DE BRIGADAS DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS......................31
9.2. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS..............32
9.3. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)..........................................................32
9.3.1. EPI Básicos....................................................................................................................................32
9.3.2. Equipamentos acessórios aos EPIs...................................................................................................33
9.4. FERRAMENTAS E APARELHOS................................................................................................33
9.4.1. Facão ..............................................................................................................................................33
ii
9.4.2. Motosserra.......................................................................................................................................33
9.4.3. Machado..........................................................................................................................................34
9.4.4. Foice …...................................................................................................................................... 34
9.4.5. Enxada.............................................................................................................................................34
9.4.6. Pá....................................................................................................................................................34
9.4.7. Rastelo ou Ancinho..........................................................................................................................34
9.4.8. McLeod............................................................................................................................................34
9.4.9. Abafadores.......................................................................................................................................34
9.4.10. Bomba Costal................................................................................................................................35
9.4.11. Mochila costal................................................................................................................................35
9.4.12. Aparelho controlador de Queimadas (Lança-chamas ou Pinga-fogo)............................................35
9.5. VEÍCULOS DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS.....................................................36
9.6. TÉCNICAS E TÁTICAS DE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS................................36
9.6.1. Método Direto..................................................................................................................................36
9.6.2. Método Indireto................................................................................................................................36
9.6.3. Método Paralelo...............................................................................................................................37
9.6.4. Método de Dois Pés.........................................................................................................................37
9.7. PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES DE CAMPO..................................................................37
9.7.1. Detecção e Comunicação.................................................................................................................37
9.7.2. Sistemas de Comunicação................................................................................................................38
9.7.3. Mobilização da Brigada...................................................................................................................38
9.7.4. Chegada ao Local e Planejamento do Combate................................................................................39
9.7.5. Ações ..............................................................................................................................................39
9.8. RESCALDO......................................................................................................................................40
10. PONTOS IMPORTANTES A CONSIDERAR NO COMBATE AOS INCÊNDIOS
FLORESTAIS..........................................................................................................................................40
10.1. PREPARAÇÃO E AÇÃO INICIAL.............................................................................................40
10.2. ORGANIZAÇÃO E PLANO DE ATAQUE................................................................................40
10.3. HORA DE COMBATE..................................................................................................................40
10.4. PONTO E MÉTODO DE ATAQUE............................................................................................40
10.5. ERROS COMUNS NO COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS........................................41
10.6. PONTOS QUE NÃO DEVEM SER ESQUECIDOS...................................................................41
10.7. DEZ PRECEITOS DE SEGURANÇA.........................................................................................41
10.8. CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS.....................................................................................41
11. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO..........................................................................................................41
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................42
LISTA DE FIGURAS
Tabela 01. Poder calorífico da Madeira e da Casca de Espécies florestais a 12% de Umidade.....................3
Tabela 02. Condições para Alteração no Cálculo de FMA...........................................................................6
Tabela 03. Classificação da Velocidade de Propagação do Fogo de Botelho & Ventura (1990)..................7
Tabela 04. Limites das Intensidades para Danos em Povoamento de Eucalipto............................................7
Tabela 05. Áreas e Percentual de Ocupação dos Biomas no Brasil..............................................................8
Tabela 06. Principais Essências Florestais plantadas em Escala Comercial no Brasil................................12
Tabela 07. Principais Causas de Incêndios no Brasil.................................................................................30
Tabela 08. Etapas do Combate à um Incêndio Florestal.............................................................................31
v
1. INTRODUÇÃO eletricidade e comunicações, destruição de culturas
agropastoris, etc.); corte de vias de comunicação;
Este manual foi elaborado com intuito de
alterações, por vezes de forma irreversível, do
instruir os participantes do curso de Prevenção e
equilíbrio do meio natural; proliferação e
Combate à Incêndios Florestais sobre a importância
disseminação de pragas e doenças, quando o material
de dominar as técnicas contra incêndios e de se
ardido não é tratado convenientemente e/ou quando o
prevenir contra estes na silvicultura e manejo
equilíbrio do ecossistema é afetado.
florestal, evitando, ou mesmo, amenizando
A prevenção e combate a incêndios florestais
prejuízos econômicos e ambientais ocasionados
são ações dentro da silvicultura que visam proteger a
pelo fogo. A apostila aborda os assuntos: teoria
floresta contra o agente destruidor que é o fogo, e
básica do fogo; comportamento nos diferentes tipos
assim como outras medidas de proteção florestal,
de vegetação; manejo correto de queimas; técnicas
como de prevenção e combate de certas pragas e
métodos de prevenção e combate a incêndios
doenças fazem parte do programa de manejo florestal.
florestais.
Para minimização dos prejuízos causados pelo
2. IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO fogo em florestas, é necessário que o silvicultor inclua
E COMBATE AOS INCÊNDIOS NA nos programas de silvicultura e manejo, medidas de
VEGETAÇÃO prevenção, assim como ter-se domínio das técnicas,
possuir equipamentos adequados para combate e
O fogo tem fascinado a humanidade durante pessoal treinado a fim de suprimir o mais rápido
milhares de anos e a partir do seu domínio, possível o incêndio e diminuir os danos ocasionados
presumivelmente foi o primeiro grande passo do pelo fogo.
homem para a conquista de ambientes inóspitos. Ao
seu redor e graças ao seu calor, tem vivido centenas 3. CONCEITOS
de gerações. Bioma: grande ecossistema uniforme e
Com esta conquista, o homem aprendeu a estável com fauna, flora e clima próprios,
utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a adaptados a diferentes regiões do planeta. Ex.:
energia dos materiais da natureza ou moldando os florestas temperadas, florestas tropicais, campos,
recursos em seu benefício. Devido aquecido pelo calor desertos, cerrado. (Dicionário Ambiental Básico,
das chamas, o homem pode suportar as noites frias e 2008)
habitar zonas temperadas e até árticas, assim como a Incêndio florestal: é todo fogo sem controle
luz das chamas na noite permitiu a exploração que incide sobre qualquer forma de vegetação,
noturna. Além disso, o fogo afasta os outros animais podendo ter sido provocado pelo homem
selvagens, cozinha alimentos que crus seriam (intencional ou negligência) ou por fonte natural
impossíveis de digerir, permitiu a confecção de (raio).
ferramentas, armas metálicas, entre outros. Queima controlada: é o fogo decorrente de
Entre muitos fatores, o fogo foi um dos prática agropastoril ou florestal, onde é utilizado de
maiores responsáveis pelo grau de desenvolvimento forma controlada, atuando como um fator de
que a humanidade atingiu. Por outro lado, é um produção.
elemento de difícil controle, portanto o homem não Silvicultura: é a ciência que trata do cultivo
tem total domínio sobre seu poder destrutivo. de árvores, referindo-se às práticas relativas à
Este elemento é comumente utilizado no produção de mudas, plantio, manejo, exploração e
manejo agrícola, florestal e de pastagens por ser regeneração dos povoamentos. (DANIEL, 2008)
viável economicamente e a prática já estar inserida Manejo florestal: é a administração da
culturalmente nas diversas civilizações. Entretanto é floresta para obtenção de benefícios econômicos e
irrefutável, que, quando a queima for mal conduzida sociais, respeitando-se os mecanismos de
provoca desastres ambientais e danos materiais sustentação do ecossistema. (IBAMA).
imensuráveis, sendo a melhor forma de atenuá-la a Desenvolvimento e aplicação de técnicas de análise
geração de conhecimento tecnológico. quantitativa nas decisões acerca da composição,
A vegetação tem sido alvo de danos estrutura e localização de uma floresta, de tal
significativos em termos de redução de biodiversidade, maneira que sejam produzidos os produtos, serviços
danos ambientais, climáticos e econômicos. Além da e/ou benefícios, diretos ou indiretos, na quantidade
destruição da floresta (habitat e ecossistema) os e na qualidade requeridos por uma organização
incêndios podem ser responsáveis por: morte e florestal, ou por toda uma sociedade ...” (ARCE,
ferimentos nas populações humanas e animais 2002)
(queimaduras, inalação de partículas e gases); Combustível florestal: material vegetal
destruição de bens (casas, armazéns, postes de suscetível a arder em chamas.
1
Serrapilheira: constitui-se da matéria conhecimento do que é o fogo.
orgânica vegetal ou animal que é depositada sobre o O fogo é uma reação química e é considerado
solo, sob diferentes estágios de decomposição, um fenômeno que ocorre quando se aplica calor a
representando assim uma forma de entrada e uma substância combustível em presença do ar,
posterior incremento da matéria orgânica no solo elevando sua temperatura até que ocorra a
(BARBOSA, 2006). libertação de gases, cuja combinação com o
Áreas periféricas ou ecótonos: são áreas de oxigênio do ar proporciona a energia necessária
transição entre os biomas. para que o processo continue. Para que a reação
Edáfico: relacionados ao solo. aconteça, são necessárias a combinação entre três
Piscicultura: é um dos ramos da aqüicultura, elemento: o oxigênio, combustível e energia de
que se preocupa com o cultivo de peixes, bem como ignição. Fogo ou processo de combustão é, portanto
de outros organismos aquáticos que vem crescendo uma reação que é provocada por uma determinada
rapidamente nos últimos anos, transformando-se energia de ativação. Esta reação é sempre do tipo
numa indústria que movimenta milhões de dólares exotérmico, ou seja, libera calor. Este fenômeno é
em diversos países. uma reação de oxidação muito rápida,
Caducifólia ou decídua: planta que perde as assemelhando-se à formação de ferrugem em um
folhas em épocas desfavoráveis (frio, seca, etc). pedaço de ferro ou a decomposição de madeira,
Endêmica: espécie ou fator encontrado apenas muito rápida. O fogo pode ser considerado
apenas numa certa região. Ex.: doença, animal, um veloz agente de decomposição.
planta.
Encosta: declive de montanha por onde Figura 01. Triângulo do Fogo
correm as águas das chuvas. Este local está mais
sujeito à erosão.
Fauna: conjunto das animais de uma região.
Flora: conjunto das plantas de uma região.
Floresta: ecossistema no qual as árvores
ocupam um lugar predominante. Especificamente é
uma área com mais de 0,5 ha e cobertura arbórea
(copas) superior a 10%. As árvores no estado
adulto podem atingir uma altura mínima de cinco
metros. Inclui povoamentos jovens naturais e todas
as plantações estabelecidas com objetivos florestais Fonte: Corpo de Bombeiros/PR (UOV, 2004).
que não tenham atingido a densidade de copas de
10% ou altura de árvores de cinco metros. Inclui A combustão não é mais do que uma reação
também zonas integradas na área florestal que inversa da fotossíntese:
estejam temporariamente desarborizadas como
Fotossíntese ⇒ CO2 + H 2O + Energia Solar → (C6 H10O5 ) + O2
resultado da intervenção humana ou causas
naturais, mas para as quais é expectável a
reconstituição da cobertura (exemplo: áreas Combustão ⇒ (C6 H10O5 ) + O2 + Energia de Ignição → CO2 + H 2O + Calor
recentementes submetidas a corte final ou
percorridas por incêndios). Inclui ainda clareiras e
infra-estrutura florestais. Exclui-se terras de uso
Quando uma substância combustível é
predominantemente agrícola. (APOSTILA CORPO
submetida pela ação do calor, as suas moléculas
DE BOMBEIROS – PARANÁ, 2005)
movem-se mais rapidamente. Com o aumento do
Plantio florestal: floresta implantada por
calor, poderá haver libertação de gases, que ao se
meio antrópico (artificial).
inflamarem, formarão chamas, dando início à
Rede viária florestal: é a malha de acessos
combustão.
construídos para o trânsito de pessoal, materiais e
Uma vez iniciada a combustão os gases nela
equipamentos (plantio/manutenção/colheita) e
envolvidos reagem em cadeia, alimentando a
transporte de madeira, podendo ser divisão de
combustão, dada a transmissão de calor de umas
talhões e proteção, como aceiros e acesso à equipes
partículas para outras no combustível; mas, se a
de combate a incêndio. (FLORIANO, 2006).
cadeia for interrompida, não poderá continuar o
4. TEORIA BÁSICA DO FOGO fogo.
4.1. TRIÂNGULO DO FOGO
Para compreendermos o comportamento,
efeitos e manejo do fogo, devemos a princípio ter
2
4.2. COMBUSTÍVEIS 4.2.1. Tipos de Combustíveis
O combustível é qualquer material orgânico, combustível, que pode ser medido com bastante
vivo ou morto, no solo sobre o solo ou acima deste, precisão através de calorímetros. A quantidade de
capaz de entrar em ignição e queimar. Tanto o energia calorífica liberada pela queima de
material vegetal morto como o vivo pode ser combustíveis florestais é alta e não varia de
considerado como combustível florestal. Em uma maneira significativa entre os diferentes tipos de
floresta existem infinitas combinações de materiais existentes numa floresta. O poder
quantidade, tipo, tamanho, forma, posição, e calorífico varia ligeiramente entre espécies
arranjo de material combustível (SOARES e florestais, sendo um pouco maior nas coníferas do
BATISTA, 2007). que nas folhosas, devido ao maior conteúdo de
Os materiais combustíveis podem, de acordo lignina e resina nas coníferas. Assim como a parte
com suas dimensões e grau de inflamabilidade, ser da árvore, tipo de combustível apresenta variação
classificados em combustíveis perigosos, semi- de poder calorífico. A tabela 01, mostra o poder
perigosos ou de combustão lenta e combustíveis calorífico da madeira e da casca de algumas
verdes. essências florestais.
Combustíveis perigosos
Tabela 01. Poder calorífico da Madeira e da
São representados por materiais que, em Casca de Espécies florestais a 12%
condições naturais, apresentam fácil e rápida de Umidade
combustão. Nesta categoria incluem-se cascas,
ramos, galhos finos, folhas, pastos, musgos,
líquens, etc, quando secos. São materiais que
propiciam o início do fogo, e dependendo da
magnitude e abundância, com uma combustão
rápida, produzindo grandes chamas e muito calor,
podem fazer com que os combustíveis semi-
perigosos e verdes sequem, tornando-se perigosos.
Fonte: Departamento de Tecnologia da Madeira da UFPR. (SOARES e
Combustíveis semi-perigosos ou de combustão BATISTA, 2007)
lenta
Os dados acima, representam os valores
Incluem o húmus, geralmente úmido, os médios máximos possíveis, pois foram obtidos da
ramos semi-secos, troncos caídos, etc. Referem-se queima completa do material. Em condições
aos materiais lenhosos que em razão de sua naturais, não ocorre a queima completa do material
estrutura, disposição, teor de água, não são capazes combustível, portanto sendo menor do que os
de queimar rapidamente. Levando em conta que o valores apresentados.
início do fogo nestes materiais seja mais difícil que
nos materiais perigosos, estes são importantes no 4.3. FASES DA COMBUSTÃO
avanço do fogo lento e para conservar latente a O processo de combustão é dividido em três
combustão, incidindo na propagação do fogo, uma fases conforme a evolução da queima
vez que estes materiais, como, por exemplo, um
tronco, poderá ficar por muitos dias queimando. 4.3.1. Fase 1 - Pré-aquecimento
6
Tabela 03. Classificação da Velocidade de Tabela 04. Limites das Intensidades para Danos
Propagação do Fogo de Botelho & em Povoamento de Eucalipto
Ventura (1990)
p
tr =
r Fonte: IBGE
Onde:
Segundo o IBGE, o Brasil é formado por
tr = tempo de residência em segundos;
cinco biomas principais, sendo eles: Amazônia,
P = profundidade da chama em metros;
Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica,
r = velocidade de propagação do fogo em m/s.
Pampa e Áreas Costeiras. A distinção entre um
4.6.5. Temperatura Letal bioma e outro é estabelecido conforme
particularidades de sua formação, tais como tipo de
Chama-se de temperatura letal para os
vegetação, topografia e clima característico que
tecidos das árvores aquela que provoca a sua morte.
permite a delimitação de áreas para cada bioma.
Ela é inversamente proporcional ao tempo de
exposição àquela temperatura. Por outro lado, a 5.1.1. Bioma Amazônico
quantidade de calor que chega ao câmbio é
inversamente proporcional à espessura da casca e Figura 06. Paisagem do Bioma Amazônico
diretamente proporcional ao conteúdo de umidade
da casca. De um modo geral, sabe-se que
temperaturas de 60ºC provocam a morte do câmbio
em dois a quatro minutos; a 65°C, a morte se dá em
menos de dois minutos.
Nelson, observando pinus, nos Estados
Unidos, constatou a morte das acículas em seis
minutos, com temperatura de 54°C; em 30
segundos a 60ºC; e instantaneamente, a 64ºC.
A temperatura letal pode ser estimada pela
seguinte expressão:
T = a − b * ln(t )
(2010), a floresta pode ser dividida em três estratos. 5.1.6. Bioma Pampa
O estrato superior é chamado de dossel (20-30 m),
que é composto pelas árvores mais altas, adultas, O Bioma Pampa ou Campo Sulino
que recebem toda a intensidade da luz solar que (IBAMA), são campos naturais que ocorrem no Rio
chega na superfície. As copas destas árvores Grande do Sul, atingindo o Uruguai e a Argentina.
formam uma espécie de mosaico, devido à A vegetação campestre, compostas
diversidade de espécies. As árvores do interior da predominantemente por plantas herbáceas, mostra
floresta fazem parte do estrato arbustivo, formado uma aparente uniformidade, apresentando nos topos
por espécies arbóreas que vivem toda a sua vida mais planos um tapete herbáceo baixo – de 60 cm a
sombreadas pelas árvores do dossel. O estrato um metro, ralo e pobre em espécies, que se torna
herbáceo é formado por plantas de pequeno porte mais denso e rico nas encostas. Também ocorrem
que vivem próximas ao solo, como é o caso de formações campestres e florestais de clima
arbustos, ervas, gramíneas, musgos, selaginelas e temperado, como florestas com araucárias ou
plantas jovens que irão compor os outros extratos pinhais (IBAMA, 2009).
quando atingirem a fase adulta. É muito comum na região, a utilização desta
A luminosidade é reduzida no interior da vegetação como suporte alimentar para a produção
mata, por ser filtrada pelo dossel. As plantas dos pecuária, devido à diversidade de plantas com alto
extratos inferiores normalmente possuem folhas valor forrageiro existentes neste bioma ou pastos de
maiores, para aumentar a superfície de captação de gramíneas (TERRA e SALDANHA, 2007)
luz. A perda de folhas, dirigindo um maior gasto de O fogo não faz parte da ecologia dos
energia para o crescimento do caule e este, sendo pampas, porém é tradicionalmente usado como
fino e longo, também parece ser uma estratégia ferramenta de manejo de pastos naturais para a
para a planta alcançar o dossel e consequentemente, renovação ou limpeza de área para replantio.
mais luz. Segundo estudos, esta prática prejudica as
Em regiões de floresta atlântica onde o índice características nutricionais de solos de pampas,
pluviométrico é maior, tornando o ambiente muito porém favorece a germinação de algumas
úmido, é favorecida a existência de briófitas forrageiras e é economicamente viável.
(musgos) e pteridófitas (samambaias, por exemplo). Em campos de gramíneas observa-se que
Entretanto, para outras plantas, o excesso de quando as queimas são de pequena intensidade, as
umidade pode ser prejudicial e suas folhas, muitas perdas do solo são mínimas (exceto em solos
vezes, apresentam adaptação para não reterem arenosos), pois este tipo de formação vegetal tem
água, sendo inclinadas, pontiagudas, cerificadas e como principal característica um sistema radicular
sulcadas, facilitando o escoamento da água, bem desenvolvido, que em pequenas queimas é
evitando o acúmulo, que poderia causar pouco afetado (LPF,2010).
apodrecimento dos tecidos.
Assim como o bioma amazônico, a mata Figura 11. Paisagens do Bioma Pampa
atlântica não é um ambiente naturalmente adaptado
ao fogo, devido a sua umidade e clima. Porém,
devido ao maior contingente populacional e obras
de infra-estrutura, tais como, redes elétricas e
rodovias em grande quantidade localizadas nesta
área, são comuns incêndios florestais de causas
antrópicas, tanto acidentais como intencionais.
5.1.5. Bioma Pantanal
Figura 16. Incêndio Florestal de Superfície Figura 17. Incêndio Florestal de Copa
semana do meio ambiente, etc.), exposições Nas áreas de plantio e industrial de empresas
agropecuárias e outras para implementar as de base florestal, é importante que os funcionários
campanhas educativas de prevenção a incêndios. sejam orientados sobre algumas práticas, como não
Além disso, podem ser utilizadas placas de alerta fumar dentro dos plantios e demais dependências da
com anúncios como: “O fogo apaga a vida”, empresa, assim como não acender fogueira, para o
“Conserve a natureza”e outros, ao longo de cozimento de alimentos (Fig. 27). Além disso,
estradas que cortam áreas florestais, representando quando bem conscientizados, os próprios
uma conscientização permanente sobre os riscos funcionários podem ajudar na educação das
dos incêndios florestais. comunidades locais com informações e orientação.
Outro método de prevenção é o contato
pessoal, que pode ser feito com reuniões ou em
contato com os proprietários, vizinhos e
confrontantes em áreas florestais, alertando a todos
23
Figura 27. Símbolos para Restrição da Área lei de crimes ambientais - Lei no 9605, de 12 de
para Fumantes, Fogueiras e Fogos fevereiro de 1998. A lei estabelece punição mais
severas a quem provocar incêndios em mata ou
floresta.
Artigo 42 da lei no 9605 estabelece pena de
detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as
penas cumulativamente para quem fabricar, vender,
transportar ou soltar balões que possam provocar
Fonte: Câmara Municipal de Monchique (2010).
incêndios nas florestas e demais formas de
vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de
8.2. APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO assentamento humano.
As leis, regulamentos e normas relacionadas A aplicação da legislação, principalmente
a incêndios e queimas controladas também nos casos de processo judicial, nem sempre é fácil.
constituem uma forma de prevenir incêndios, por Em primeiro lugar, é necessário descobrir a causa
meios de controle e legalização das ações de do incêndio. Em seguida, deve-se estabelecer a
queimas controladas e na penalização de identidade da pessoa responsável pelo fogo.
responsáveis por provocar incêndios florestais. Finalmente, é necessário provar legalmente o
No Brasil umas das legislações que trata envolvimento da pessoa no incêndio (FIRELAB,
deste assunto é o Código Florestal brasileiro de 2010).
1965, o qual em quatro artigos orienta sobre A regulamentação é uma norma local, ou
prevenção, combate, punição por práticas de risco seja é, formulada para uma área, coma a intenção
de ocorrer e ainda da prática de queima controlada, de reduzir o risco naquele local específico, Por
sendo eles: exemplo, um Parque Estadual pode estabelecer
Artigo 11 - O emprego de produtos florestais regras para fechar a floresta, ou os setores mais
ou hulha como combustível obriga o uso de suscetíveis aos incêndios, à visitação pública, em
dispositivo que impeça a difusão de fagulhas épocas críticas. Outras medidas , poderiam ser a
suscetíveis de provocar incêndios nas florestas e proibição ou restrição de fumar em determinadas
demais formas de vegetação. épocas de grande perigo; o uso obrigatório de
Artigo 25 - Quando os incêndios rurais não ferramentas como pás, machados e foices por parte
podem ser extintos com os recursos ordinários de pessoas que acampam na floresta; a proibição de
compete não só ao funcionário florestal como a pesca em certas áreas durante a estação de
qualquer outra autoridade pública, requisitar os incêndios, entre outros.
meios materiais e convocar os homens em 8.3. PREVENÇÃO PARA PROPAGAÇÃO
condições de prestar auxílio.
Artigo 26 - Constituem as contravenções 8.3.1. Construção e Manutenção de Obras de
penais, puníveis com três meses a um ano de prisão Infra-estrutura
simples ou multa de um a cem vezes o salário Aceiros
mínimo mensal, ou ambas as penas
cumulativamente: Denominam-se de aceiros as barreiras ou
e) fazer fogo em florestas e demais formas de obstáculos (geralmente erradicação de toda a
vegetação, sem tomar as precauções adequadas; vegetação) construídos com a finalidade de deter a
f) fabricar, vender, transportar ou soltar propagação de incêndios. Muitas vezes constroem-
balões que possam provocar incêndios nas florestas se aceiros somente quando o incêndio está se
e demais formas de vegetação; desenvolvendo, como medida de combate. É porém,
l) empregar, como combustíveis, produtos muito mais eficiente e vantajoso construir uma rede
florestais ou hulha sem uso de dispositivos que de aceiros como medida de prevenção, isto é,
impeçam a difusão de fagulhas, suscetíveis de independentemente ou antes mesmo de qualquer
provocar incêndios nas florestas. ocorrência de incêndios.
Artigo 27 - É proibido o uso de fogo nas A construção de aceiros ao longo das divisas
florestas e demais formas de vegetação. de uma propriedade florestal (quando se trata de
Parágrafo único - Se peculiaridades locais ou divisas secas ou de pequenos cursos d’água) é de
regionais justificarem o emprego do fogo em importância fundamental para evitar que incêndios
práticas agropastoris ou florestais. A permissão vindos de fora causem danos às florestas que estão
será estabelecida em ato do poder público sendo protegidas, principalmente se as terras
circunscrevendo as áreas e estabelecendo normas de limítrofes forem áreas agrícolas ou pastagens (Fig.
precaução. 28). Se a propriedade florestal for de grande porte e
A outra lei que trata de fogo em florestas é a existirem áreas florestais nativas (geralmente de
24
difícil acesso) que se quer preservar, é de grande Figura 29. Aceiro e Acesso para a Propriedade
importância a construção de aceiros em pontos
estratégicos dentro desta propriedade.
A largura dos aceiros depende das condições
do local (grau de perigo que apresenta, tipo de
vegetação, etc.), mas não deve nunca ser inferior a
10 metros de largura, e em casos especiais , em
locais extremamente perigosos, pode chegar a 80
metros ou mais. De um modo geral, a largura mais
usada para aceiros é de 20 metros. Quanto à sua
construção, os aceiros podem ser de dois tipos:
aceiros de construção empíricas e aceiros de
construção mais aprimorada.
25
Figura 30. Divisórias e Contornos do Plantio as secundárias localizadas em áreas florestais,
Florestal também devem ser conservadas limpas,
especialmente na época de maior risco de incêndio.
Isto fará com que as estradas funcionem com
aceiros, dificultando a propagação do fogo e
facilitando o combate, além de diminuir a
ocorrência de incêndios nas margens das estradas.
Novamente a largura da faixa varia com as
condições locais, mas geralmente deve ser de três a
cinco metros de largura em cada margem da
estrada.
É importante salientar, que, a limpeza refere-
se ao corte e remoção da vegetação da faixa, pois
pouco adianta a eliminação da vegetação, se deixar
os resíduos secarem no local, constituindo um
Fonte: FENATRACOOP (2010). combustível potencial e portanto, oferecendo novos
riscos.
Cortinas de segurança
Cortina de segurança é o plantio de algumas 8.3.2. Construção e Manutenção de Fontes de
linhas de espécies de menor inflamabilidade ou com Água
resistência ao avanço do fogo, comparada a espécie Lagos (Fig. 31) e pequenas barragens dentro
do talhão, afim de prevenir ou diminuir a da propriedade florestal trazem grandes benefícios
propagação dos incêndios florestais, principalmente para prevenção e controle de incêndios florestais.
em grandes extensões de plantio com espécies Estes oferecem duas vantagens imediatas à
altamente combustíveis,como coníferas resinosas proteção florestal: fácil captação de água no caso
(ex. Pinus) (SOARES). de combate a incêndios e aumento da superfície de
A largura da cortina varia com as condições evaporação de água dentro da área florestal. Isto
locais. Em margens de aceiros bem construídos, promove a alteração do microclima local, através
apenas algumas linhas são necessárias para da elevação da umidade relativa do ar, sendo que a
proteger. Já em locais de maior perigo, pode-se velocidade de propagação de incêndios é
planejar o plantio de uma série sucessiva de talhões inversamente proporcional à umidade relativa do ar.
para funcionar como cortina. Mas, de maneira Apesar destes benefícios, o custo da
geral, é indicado cortinas de 50 a 100 metros de construção de lagos e principalmente barragens é
largura (SOARES). alto, inviabilizando para muitos investidores
florestais, a construção de uma rede de lagos numa
Manutenção de aceiros, divisórias e contornos
área.
De nada adianta a construção de aceiros, Entretanto, há alternativa menos onerosas,
divisórias e contornos, se não forem feitas limpezas tais como barragens feitas de terra, que podem se
periódicas nestes locais para eliminação de transformar em depósitos de água apreciáveis e
vegetação, potencial combustível para propagação muito eficientes. Além da proteção, os lagos
do fogo. Esta vegetação é constituída oferecem vantagens como por exemplo,
principalmente de gramíneas. paisagísticos, recreativos ou até mesmo, o
De um modo geral, recomenda-se uma desenvolvimento de outra atividade econômica,
limpeza no início da época propicia a incêndios. No como a piscicultura.
Sul do Brasil, esta época é no início do inverno,
estação mais seca. Nas demais regiões devem ser
feitas limpezas no início da estação das secas. Em
regiões com épocas de risco não definidas, devem
ser feitas duas limpezas anuais.
As limpezas podem ser realizadas de forma
mecânica,dependendo dos recursos financeiros e da
topografia do local. Para esta forma de limpeza são
usados tratores com arados, motoniveladoras e
roçadeiras. Também podem ser feitas de forma
manual usando foices e enxadas por exemplo, ou
ainda com aplicação de herbicidas.
As margens de estradas principais e mesmo
26
Figura 31. Lago artificial floresta, incorporando-o ao solo, diminuindo o risco
de incêndio.
30
Tabela 08. Etapas do Combate à um Incêndio
Florestal
ETAPAS DESCRIÇÃO
DETECÇÃO DOS Tempo decorrido entre o início do fogo e o momento em que
INCÊNDIOS ele é visto por alguém. Dois objetivos principais devem nortear
o funcionamento dos sistemas de detecção:
• descobrir e comunicar a pessoa responsável pelo
combate todos os incêndios que ocorrem na área antes
que o fogo se torne muito intenso;
• localizar o fogo com precisão suficiente para permitir o
acesso à área o mais rápido possível.
COMUNICAÇÃO Tempo compreendido entre a detecção do fogo e o
recebimento da informação pela pessoa responsável pela ação
de combate.
MOBILIZAÇÃO Tempo gasto entre o recebimento da informação da existência
do fogo e a saída do pessoal para combate. É importante que
cada participante saiba qual sua atribuição e responsabilidades
no combate ao fogo.
DESLOCAMENTO Tempo que compreende a saída do pessoal de combate e a
chegada da primeira turma ao local do incêndio. Este é um dos
pontos mais críticos que precede o combate propriamente dito,
pois quanto maior o tempo despendido para o deslocamento,
maior será o aumento do perímetro do fogo, dificultando seu
combate.
PLANEJAMENTO Ao chegar ao local do incêndio, o responsável pela ação de
DO COMBATE combate deve estudar detalhadamente a situação antes de
tomar qualquer medida de combate. O planejamento do
combate requer o conhecimento do comportamento do fogo,
das condições climáticas, do tipo de vegetação, da rede de
aceiros e estradas e dos locais de captação de água. Somente
depois deste levantamento as primeiras medidas relativas ao
combate podem ser tomadas.
9.4.9. Abafadores
Fonte: Zeus do Brasil (2010).
Servem para abafar as chamas e podem ser
feitos de galhos verdes, tipo chicote, com o uso de
34
pedaços de mangueira ou tipo de vassoura com uso Figura 57. Pulverizador Costal de alta Pressão.
de um pedaço de borracha de correia transportadora
no seu final. Também existem abafadores
fabricados (Fig. 55). A Figura 56 demonstra o
treinamento de uma brigada de incêndio com
abafadores de borracha.
Figura 56. Treinamento de Brigada com Figura 58. Saco Costal para Combate a
abafadores de borracha Incêndios
35
Figura 59. Queimador ou Pinga-fogo. Figura 60. Veículo especial transportador de
Água para Combate a Incêndio
ao incêndio. INFORMAÇÃO AO
CHEFE DA BRIGADA
39
Figura 65. Atividade de Combate Direto as 10. PONTOS IMPORTANTES A
Chamas CONSIDERAR NO COMBATE AOS
INCÊNDIOS FLORESTAIS
10.1. PREPARAÇÃO E AÇÃO INICIAL
• Deve-se estar preparado para o mesmo,
dispor de ferramentas e pessoal em
quantidade suficiente, bem distribuídos e
prontos para qualquer eventualidade;
• deve-se dirigir ao local do incêndio, sem
demora, a qualquer hora;
• deve-se combater o fogo pelos pontos que
oferecem maior risco de propagação;
Fonte: BDA (2009).
• deve-se usar no combate número
necessário e indispensável de pessoas;
9.8. RESCALDO • deve-se determinar, assim que possível, a
O rescaldo (Fig. 66) é a operação que deve causa provável do incêndio.
ser tomada após o fogo extinto, para evitar que ele 10.2. ORGANIZAÇÃO E PLANO DE
se reative e volte a se propagar. ATAQUE
O rescaldo inclui as seguintes tarefas:
• descobrir e eliminar possíveis “incêndios • deve-se dividir os combatentes em Grupos
de pontos”, causados por fagulhas lançadas de Combate a Incêndios Florestais de no
na frente do fogo; máximo 10 pessoas, com um chefe
• ampliar o aceiro ou faixa limpa em torno competente, designando o setor e o serviço de
da área queimada, para melhor isolamento da cada equipe;
mesma; • é indispensável dimensionar
• derrubar árvores ou arbustos que ainda adequadamente o incêndio, a fim de se poder
estejam queimando ou em incandescência, planejar, com rapidez e eficiência, a forma de
para evitar que lancem fagulhas; ataque;
• eliminar, utilizando água ou terra, todos • manter-se constantemente informado
os resíduos de fogo dentro da área queimada; sobre o avanço e o comportamento do fogo;
• manter o patrulhamento, com número • tomar decisões rápidas e ter um conceito
suficiente de pessoas, até que não haja mais definitivo de cada ação planejada.
perigo de reativação do fogo; voltar no dia 10.3. HORA DE COMBATE
seguinte para nova verificação;
• confinar toda a área queimada executando • Deve-se evitar o combate noturno, pois
a raspagem no limite de separação do trata-se de risco elevado além da necessidade
combustível queimado (bordadura). do descanso a noite;
• estar atento e aproveitar as eventuais
Figura 66. Atividade de Rescaldo diminuições de intensidade de fogo, causados
por mudanças de vento, aumentos de
umidade ou reduções de temperatura;
• a prática do combate logo nas primeiras
horas do dia oferece várias vantagens devido
às condições citadas anteriormente.
10.4. PONTO E MÉTODO DE ATAQUE
• Procurar confinar o fogo tão logo seja
possível; em incêndios de pequenos ou de
baixa intensidade, o ataque deve ser feito
diretamente sobre a frente de fogo; em
incêndios de intensidade alta o combate deve
Fonte: Portal São Francisco (2009).
ser feito pelos flancos e ir avançando até a
cabeça;
• o responsável deve decidir pela forma de
combate que considere mais eficiente para a
circunstância;
40
• deve-se estar atento para os incêndios • dar instruções claras e fazê-las entender;
causados por fagulhas oriundas da frente de • manter controle do pessoal em todo
fogo. momento;
• combater o incêndio mantendo a
10.5. ERROS COMUNS NO COMBATE A
segurança como primeira consideração.
INCÊNDIOS FLORESTAIS
10.8. CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS
• Descuido no estudo da situação;
• demora para iniciar o combate; • Jamais construir uma linha de aceiro
• falta de planejamento adequado no morro abaixo com fogo subindo. Neste caso
Combate; a linha de combate deve ser feita atrás do
• uso de ferramentas em más condições; topo do morro, ou nos flancos do incêndio.
• equipes destreinadas; • no combate ao fogo numa ladeira onde
• uso de equipamentos não recomendáveis; possa rolar material incandescente, deverá
• não revezar as turmas de modo a evitar ser mantida observação constante;
cansaço; • se o vento começar a soprar aumentando
• não manter atuação e vigilância a velocidade ou mudando de direção;
adequada nos flancos; • se o tempo estiver mais seco e quente;
• realização ineficiente de rescaldo. • ao estar em um terreno desconhecido não
se conhece os fatores locais que influem no
10.6. PONTOS QUE NÃO DEVEM SER
comportamento do incêndio;
ESQUECIDOS
• proceder ataque frontal ao incêndio com o
• A magnitude de um incêndio depende da uso de equipamentos pesados;
quantidade de material combustível existente; • quando são frequentes os focos
• no início o fogo se propaga em círculo, secundários causados por fagulhas sobre a
expandindo gradativamente em todas as linha de combate;
direções; depois os ventos e as condições de • quando não se pode ver o foco principal e
combustível determinam a direção e a não há comunicação com o restante pessoal;
intensidade de propagação; • se não compreende claramente as
• uma atmosfera úmida retarda o fogo, instruções;
enquanto uma atmosfera seca aumenta sua • se sentir sono próximo do local do
intensidade; incêndio.
• o melhor período para se combater um
incêndio vai do entardecer até a manhã do 11. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
dia seguinte, pois o ar contém mais umidade, A. Explique brevemente o que é o “TRIÂNGULO
a temperatura é menor e a atmosfera se DO FOGO” e qual a sua importância para as
encontra calma; práticas de prevenção e combate à incêndios
• nunca abandonar uma área, após um florestais?
incêndio, sem se certificar que o fogo não B. As consequências do uso do fogo num
tem mais condições de se reativar; deve-se ter ecossistema, geralmente são maléficas. Cite as
certeza que o incêndio está realmente extinto. principais desvantagens de utilizar o fogo como
10.7. DEZ PRECEITOS DE SEGURANÇA método de na limpeza de terreno para o solo de
uma floresta.
• Manter-se informado sobre as condições C. Queimas são proibidas legalmente em qualquer
do clima e seus prognósticos; situação? Explique?
• manter-se sempre inteirado do D. Dentre as práticas preventivas descritas, qual
comportamento do incêndio; delas é considerada a mais eficiente ?
• qualquer ação contra o incêndio deve ser E. O que são brigadas? Quais iniciativas um chefe
tomada observando o seu comportamento de brigada têm que demonstrar diante uma
atual e futuro; situação de combate a um incêndio florestal?
• manter rotas de fuga para todos os F. Quais os tipos de incêndios que podem se
combatentes, devendo estes, conhecê-las; desenvolver em uma floresta e quais destes é o
• manter um posto de observação quanto mais agressivo à vegetação (maior número
existir a possibilidade de perigo; árvores mortas) e qual tipo tem maior
• manter-se alerta e calmo, pensar dificuldade de controle?
claramente e atuar com decisão; G. Quais as características do fogo que devem ser
• manter comunicação permanente com o observadas em um incêndio para
pessoal e o chefe do incêndio; posteriormente planejar as atividades de
41
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