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CONFIRMAÇÃO DE NORMA BRASILEIRA

ABNT NBR 12213:1992

Projeto de captação de água de superfície para abastecimento

público - Procedimento
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A ABNT NBR 12213:1992, elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão
de Estudo de Projeto de Sistemas de Abastecimento de Água (CE-02:009.30), passou pelo processo de
Análise Sistemática, conforme a Proposta de Confirmação circulada em Consulta Nacional no Edital nº 10, de
21.09.2007 a 20.10.2007, e teve seu conteúdo técnico confirmado pela ABNT em 28.01.2008.

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ICS 93.025 Ref.: ABNT NBR 12213:1992/Conf:2008

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ABR 1992 NBR 12213

Projeto de captação de água de
superfície para abastecimento público
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ABNT
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ Procedimento
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346

Origem: Projeto 02:009.30-003/1989

abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br
CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:009.30 - Comissão de Estudo de Projeto de Sistema de Abastecimento de
Água
NBR 12213 - Public water supply system - Extraction of surface water -
Design - Procedure
Descriptors: Water. Water supply system
Reimpressão da NB-589, MAR 1990

© ABNT 1992
Palavras-chave: Água. Abastecimento de água 5 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 3.1 Captação

1 Objetivo
2 Documentos complementares Conjunto de estruturas e dispositivos, construídos ou
3 Definições montados junto a um manancial, para a retirada de água
4 Desenvolvimento do projeto destinada a um sistema de abastecimento.
5 Condições gerais
6 Condições específicas 3.2 Barragem de nível

1 Objetivo Obra executada em curso de água para elevar o nível do

Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração
de projeto de captação de água de superfície para
abastecimento público.
2 Documentos complementares
manancial a uma cota predeterminada.
3.3 Enrocamento
Barragem de nível constituída de blocos de rocha
colocados no curso de água.

3.4 Tomada de água

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
Conjunto de dispositivos destinado a conduzir a água do
NBR 7880 - Grade de tomada de água para manancial para as demais partes constituintes da
instalações hidráulicas - Terminologia captação.

NBR 12211 - Estudos de concepção de sistemas 3.5 Grade

públicos de abastecimento de água - Procedimento
Dispositivo constituído de barras paralelas, destinado a
NBR 12214 - Projeto de sistemas de bombeamento impedir a passagem de materiais grosseiros, flutuantes
de água para abastecimento público - Procedimento ou em suspensão.

3 Definições 3.6 Tela

Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições Dispositivo constituído de fios que formam malhas,
de 3.1 a 3.8, complementadas pelos termos definidos na destinado a reter materiais flutuantes não retidos na
NBR 7880. grade.
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2 NBR 12213/1992
3.7 Desarenador
Dispositivo destinado a remover da água partículas, com
velocidade de sedimentação igual ou superior a um valor
prefixado.
3.8 Transporte intenso
Transporte de sólidos sedimentáveis em suspensão,
com concentração superior a 1,0 g/L.
4 Desenvolvimento do projeto
4.1 Dados básicos
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Para a elaboração do projeto de captação, são
necessários:
a) estudo de concepção elaborado conforme a
NBR 12211;
b) levantamento planialtimétrico da área de captação;
c) levantamento batimétrico atual e de épocas ante-
riores;
d) estudos geotécnicos da área de captação;
e) dados, informações ou estimativas acerca dos
níveis de água máximo e mínimo no local de
captação, com a indicação dos prováveis períodos
de recorrência,
Nota: A impossibilidade desta indicação deve ser justi-
ficada;
f) levantamento das características físicas e quí-
micas da água e da medida de transporte de
sólidos em épocas representativas do ano.
4.2 Atividades necessárias
O projeto de captação de água de superfície deve
compreender as seguintes atividades básicas:
a) escolha do local de implantação;
b) formulação de arranjos alternativos das unidades;
c) escolha do arranjo definitivo e dimensionamento
das unidades;
d) estudo das condições de estabilidade do leito e
das margens, e dimensionamento das obras de
estabilização;
e) avaliação do impacto ambiental decorrente da
captação;
f) definição e dimensionamento dos aparelhos, equi-
pamentos e acessórios;
g) definição e dimensionamento das obras civis;
h) especificação dos materiais, equipamentos e
serviços;
i) elaboração do orçamento das obras;
j) recomendações a serem observadas na ela-
boração dos projetos complementares, e consi-
deração sobre dificuldades construtivas.
5 Condições gerais
5.1 Escolha do local para implantação da captação
O local para implantação das obras de captação deve ser
o resultante da análise conjunta de todos os elementos
disponíveis sobre a área reservada para esta finalidade.
A análise deve ser complementada por inspeções de
campo, observando-se principalmente os aspectos
ligados às características hidráulicas do manancial,
à geologia da região, às áreas eventualmente inundáveis
e aos focos de poluição existentes e potenciais.
5.1.1 A captação deve ser localizada em trecho reto ou
próximo à margem externa do curso de água.
5.1.2 Devem ser reduzidas ao mínimo as alterações no
curso de água como conseqüência da implantação da
obra, em face de possibilidade de erosão ou de
assoreamento.
5.1.3 Deve ser investigada a existência de processo de
sedimentação em desenvolvimento, no local previsto
para a instalação da captação.
5.1.4 Em mananciais que sofrem influência de marés,
a escolha do local de captação deve ser feita com auxílio
de estudos sobre a intrusão da cunha salina.
5.1.5 As obras de captação devem ficar protegidas da ação
erosiva das águas e dos efeitos decorrentes de remanso
e da variação de nível do curso de água.
5.1.6 O projeto deve prever acesso permanente à captação.
5.2 Arranjo preliminar, com definição dos órgãos
constituintes da captação
5.2.1 Os arranjos alternativos da captação, com definição
dos seus órgãos constituintes e determinação dos níveis
de água máximo e mínimo de projeto, devem ser
comparados, técnica e economicamente, para a escolha
do arranjo definitivo.
5.2.2 Obras localizadas em cursos de água navegáveis
não devem interferir no deslocamento de embarcações
e elementos flutuantes arrastados pela corrente.
5.3 Barragem
5.3.1 Quando o nível de água mínimo de projeto o exige,
deve ser prevista a construção de barragem de nível.
5.3.2 Em caso de transporte de sólidos intenso, deve ser
estudada também a possibilidade de inserção de
barragem oblíqua em relação ao eixo do rio, ou da
localização da tomada de água em canal lateral.
5.3.3 O memorial do projeto deve conter demonstração do
comportamento hidráulico da barragem para a vazão
máxima do curso de água, bem como indicação das
condições desfavoráveis de seu funcionamento.
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NBR 12213/1992
5.3.4 A barragem deve ser dotada de dispositivos para
controle do nível de água, em áreas onde se deseja
minimizar eventuais prejuízos decorrentes de inundações.
5.4 Estudo das condições do leito do rio e
dimensionamento das obras de estabilização
5.4.1 Devem ser verificadas as condições da seção do
curso de água quanto à necessidade de sua estabilização,
em especial nos casos em que apresenta baixa
declividade ou seja sujeita a regime muito variável de
descargas.
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5.4.2 As obras de proteção da seção do curso de água
devem ser projetadas tendo em conta a vazão de enchente
correspondente a, no mínimo, um período de recorrência
de 50 anos, e dimensionadas considerando-se as
condições hidráulicas a montante e a jusante do trecho
a ser estabilizado.
5.5 Definição e dimensionamento dos aparelhos,
equipamentos e acessórios
5.5.1 Devem ser definidos em termos de forma, dimensões,
material de fabricação e processo de acionamento
os seguintes equipamentos:
a) comportas ou dispositivos para controle de vazão
e nível de água;
b) dispositivos de interrupção de fluxo de tubulações,
canais e desarenadores, inclusive os destinados
à descarga de fundo.
5.5.2 Em obras de captação com vazão superior
a 500 L/s, ou em mananciais que, por suas características,
exijam limpeza freqüente das grades finas, deve ser
estudada a possibilidade de empregar equipamento
mecânico.
5.5.3 Caso se justifique a previsão de limpeza dos
desarenadores por bombas tipo draga ou equipamento
semelhante, o projeto deve prever passadiços amplos
que possibilitem sua fácil manobra. O equipamento deve
ser perfeitamente caracterizado, quanto ao tipo de
acionamento, processo ou sistema de deslocamento,
vazão e altura manométrica.
5.6 Segurança
5.6.1 O projeto deve prever facilidade e segurança para
operação e manutenção de seus órgãos constituintes,
inclusive patamares para manobra de válvulas e
comportas e limpeza de grades. Os passadiços devem
ter largura mínima de 0,60 m e possuir, pelo menos,
um corrimão.
5.6.2 Os locais de trabalho não devem ter piso com
saliência ou depressão que possa causar acidentes,
durante a circulação de pessoas ou movimentação de
materiais e equipamentos.
5.6.2.1 Os pisos, escadas, rampas, corredores e passa-
diços, que ofereçam condições de escorregamento,
devem ser de material antiderrapante ou executados
por processo com resultados semelhantes.
3
5.6.2.2 Os pisos e os passadiços devem ter as aberturas
protegidas por grades metálicas, para impedir acidentes
com pessoas ou passagem de objetos que ponham em
risco a segurança das instalações.
5.6.3 As escadas de acesso aos diferentes pontos de uma
captação devem ser seguras, de preferência portáteis,
para instalação no ato da inspeção, e, caso seja inevitável
a sua fixação permanente, devem ser anticorrosivas,
antiderrapantes, providas de guarda-corpo e plataforma
formando lances.
6 Condições específicas
6.1 Tomada de água
6.1.1 A velocidade nos condutos livres ou forçados
da tomada de água não deve ser inferior a 0,60 m/s.
6.1.2 Nos casos em que possa ocorrer vórtice, deve ser
previsto, na tomada de água, dispositivo que evite a sua
formação.
6.1.3 A tomada de água através de canal em cursos
de água com transporte intenso de sólidos deve ter,
no mínimo, um dispositivo de admissão de água para
cada variação de 1,50 m do nível do rio.
6.1.4 A tomada de água por tubulação deve obedecer às
seguintes condições:
a) em rios com transporte intenso de sólidos, deve
haver, no mínimo, uma tubulação para cada
variação de 1,50 m do nível;
b) as tubulações devem ser ancoradas e protegidas
contra a ação das águas;
c) as tubulações devem ser dotadas de válvulas para
interrupção de fluxo, com possibilidade de fácil
manobra.
6.1.5 Na tomada de água, através de canal ou por tubulação,
o trecho entre o rio e o desarenador deve ser o mais curto
possível.
6.1.6 Na tomada de água, através de canal ou por tubulação,
em caso de possibilidade de solapamento inferior por
ação das águas, devem ser previstas fundações profundas
ou proteção do solo adjacente com enrocamento.
6.1.7 A tomada de água diretamente por bombas é admitida,
desde que obedecida a NBR 12214, em qualquer dos
seguintes casos:
a) quando dispensável o desarenador;
b) quando indispensável instalação de recalque para
transferir água do manancial para o desarenador;
c) tomada de água para população de projeto inferior
a 10.000 habitantes, a critério do órgão contratan-
te.
6.1.8 A tomada de água por torre requer avaliação especial
dos aspectos econômicos, de modo a justificar a escolha.
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