2022

Atividade 1
GLOSSÁRIO INDIVIDUAL
TÂNIA MARCOS
Glossário – módulo 1

A intervenção psicológica tem como objetivo interpretar os traços de personalidade de

cada sujeito, ou neste caso, atleta de modo a melhorar o seu desempenho.

As intervenções que apresentam melhores resultados são aquelas que intervêm

diretamente com o atleta, este é chamado de multicomponente, que combina várias técnicas
entre elas: controlo de ativação, imaginação, objetivos ou autodialogos, imaginação,
concentração e relaxamento.

Algumas das técnicas da psicologia tradicional foram, de forma equivoca, aplicadas à

psicologia do desporto, sendo que apesar dos avanços nos últimos anos, ainda alguns recursos
são utilizados.

Implicações práticas aplicadas ao desporto

1. Utilizar o conhecimento teórico utilizado em diferentes áreas da psicologia e adequá-

las ao contexto desportivo;
2. Adaptar cada intervenção às características individuais de cada atleta
individualmente;
3. Avaliar de forma adequada e identificar qual o tipo de intervenção é o mais adequado
para cada situação.

Cada atleta é único e cabe ao psicólogo adequar a sua intervenção, tendo em conta a fase
da carreira em que o atleta se encontra, mas também tendo em conta as suas características
individuais. São reconhecidas sete importantes contribuições, quando se envolve a psicologia
ao contexto desportivo:

1. Planeamento do treino;
2. Garantir a permanência dos atletas;
3. Aprendizagem de habilidades e comportamentos relevantes;
4. Treino de competências;
5. Treino em condições de competição;
6. Preparação para a competição;
7. Avaliação dos treinos.

O psicólogo tem de se responsabilizar pelas avaliações pertinentes e pela organização

do planeamento da intervenção.
 Modelo de intervenção

É importante saber diferenciar quem é o verdadeiro cliente, se é o treinador, se

é o jogador, ou se o psicólogo é contratado pelo clube. A gestão desta questão pode ser
crucial para um trabalho mais produtivo. Dando a oportunidade ao psicólogo para planear de
modo adequado o plano de intervenção, tendo em conta aquilo que lhe foi pedido.

Intervenção

O período de observação é a primeira etapa do psicólogo quando se junta à equipa, o

objetivo desta primeira etapa é reunir o máximo de informação possível sobre todos os
constituintes da equipa. É importante conhecer a instituição e saber a maioria dos detalhes
sobre como as coisas ocorrem nela, adquirindo a informação essencial para posteriormente
iniciar a fase de planeamento da intervenção.

Entrevista como ferramenta de trabalho

A entrevista constitui-se como um dos instrumentos de pesquisa mais objetivo, pois

através dele é possível aceder aos pensamentos dos indivíduos, é uma forma de entender a
dinâmica das relações dentro da instituição e o quotidiano de cada individuo. Existem
diferentes tipos de entrevista, entre elas, a clínica, a profunda, a de resposta livre, a centrada,
com perguntas e a de pergunta fechadas. Todas elas são uma importante ferramenta, pois
enquanto umas oferecem mais oportunidade ao individuo para se expressar, outras são mais
focadas em determinado assunto impedindo que o entrevistado fuja ao tema em questão.

O organograma da instituição também constitui uma importante ferramenta para o

psicólogo, uma vez que permite uma visão geral sobre a instituição e todos os que dela fazem
parte, quais são as funções e qual o posicionamento dentro da estrutura organizacional.

É muito importante que o psicólogo defina quais as suas competências na instituição e

qual vai ser o seu trabalho, mantendo o foco no seu planeamento, não querendo fazer tudo e
resolver todos os problemas existentes, pois isto torna-se insustentável e desvia o psicólogo
do seu trabalho real e das suas tarefas e competências. É essencial definir objetivos claros,
concretos e realizáveis.

Modelos de pesquisa

- Pirâmide de Pep Mari

 Modelo para ordenar os aspetos psicológicos que fazem parte do rendimento, em
forma de pirâmide é constituído por 4 níveis, cada nível corresponde a um requisito
psicológico necessário para alcançar o máximo rendimento.

 O primeiro nível é poder aprender, nesta fase é importante que o estado de animo seja
regular, consistente e estável, também importa que o entorno seja saudável.
 O segundo nível é querer aprender, para alem de poder aprender é importante querer
aprender, falamos da motivação e do comprometimento do atleta com os seus
objetivos e se está disposto a fazer tudo para alcançá-los.
 O terceiro nível é o saber aprender, assumir os erros, analisar os mesmos e encontrar
soluções são alguns dos recursos que devem ser trabalhados.
 O quarto nível consiste em demonstrar o aprendido, nesta última fase é importante
que as restantes já tenham ocorrido intrinsecamente e no momento final, cabe ao
atleta diminuir os seus níveis de pressão e stress para que possa demonstrar tudo o
que aprendeu.

- Modelo ecológico

Esta corrente foca-se no individuo e na sua relação com o ambiente e com as pessoas
que estão ao seu redor. Segundo o autor deste modelo, o ser humano está em continua relação
com os ambientes que o rodeiam, esta relação é bidirecional e recíproca, ou seja, o sujeito
influência e é influenciado por todos os ambientes de que faz parte. Cabe ao psicólogo ter em
conta a forma como o individuo percebe os ambientes e de que forma o afeta
desportivamente.

- Modelo de pesquisa

Modelo holístico que tem em conta o âmbito desportivo em que o sujeito se

desenvolve mas também em outras áreas onde este interage, são elas, o psicológico, o
psicossocial e académico/vocacional.

O âmbito desportivo divide-se em quatro etapas, três delas enquanto o atleta esta no
ativo e o último refere-se à aposentadoria. No campo psicológico encontram-se os diferentes
estágios de maturação do individuo. No campo psicossocial, podem destacar-se os diferentes
agentes sociais de maior importância ao longo da vida do atleta, sendo que estes vão
mudando ao longo da vida do atleta. O académico/vocacional refere-se à importância da
escola durante a formação do atleta até que este decida continuar a estudar.