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Combate ao uso indiscriminado das tecnologias digitais de informação por crianças

Na série "Anne with E", publicada na plataforma de streaming da Netflix, é retratada a infância
de uma garota que tinha como diversão: brincar com seus amigos e obter novos
conhecimentos a partir das suas experiências no cotidiano. Nesse sentido, a narrativa revela a
importância da presença corporal das crianças em suas atividades diárias, de modo a se
desenvolverem. Fora da ficção, fica claro que a realidade apresentada na série pode ser
relacionada àquela do século XXI: a causa do uso indiscriminado das tecnologias digitais por
crianças e o impacto na saúde infantil pela ausência de atividades com a presença corpórea.

Em primeiro lugar, é nítido ressaltar que o uso indiscriminado das tecnologias pelas crianças é
referente, sem dúvida, a falta de monitoramento dos responsáveis. Isso acontece, porque há
uma falta informação e orientação por parte do governo às famílias, recorrente ao uso
excessivo de aparelhos eletrônicos que impactam no desenvolvimento do menor. Assim como
retrata Albert Einstein, cientista alemão,"Se tornou aparentemente óbvio que nossa tecnologia
excedeu nossa humanidade". Isso remete exatamente a falta de controle das crianças sobre a
tecnologia, o que acaba por gerar uma sociedade infantil alienada e que cresce sendo
influenciada pelas informações que recebem diariamente.

Além disso, a falta de limites das crianças no acesso a tecnologia promove a manutenção de
uma geração sedentária e com propensão a graves problemas de saúde. Tal questão ocorre,
pois, de acordo com o documentário "O dilema das redes", a dependência tecnológica
prejudica a saúde mental dos indivíduos, podendo chegar até casos mais sérios, como
doenças crônicas. Com isso, as crianças são afetadas até mesmo com distúrbios do sono e no
desempenho escolar, motivado pela irregularidade no acesso a tecnologia. Ademais, vale
ressaltar que a interação social para crianças muito empenhadas no campo tecnológico é mais
dificultado, pois não estão tão acostumadas a se comunicar presencialmente com outras
pessoas, logo elas precisam se adaptar a esse "novo" ambiente.

Portanto, é mister que o Estado tome providências para amenizar o quadro atual. Para
solucionar o uso indiscriminado das tecnologias digitais de informações por crianças, urge que
o Ministério da Educação, por meio de campanhas e palestras, busque advetir e ensinar aos
pais desses menores a importância de colocar limites no uso diário do acesso à aparelhos
eletrônicos. Além de incentivar as crianças a saírem mais de trás das "telinhas" para brincar e
experimentar o mundo que espera por elas. Somente assim, a infância experimentada por
Anne na série, vai ser uma realidade para as crianças da sociedade hodierna.

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