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ARTIGO CIENTÍFICO

Indução e desenvolvimento de bulbos de alho in vitro por meio da


vernalização de bulbilhos e da variação do fotoperíodo
Renato Luis Vieira1, Aparecido Lima da Silva2, Gilmar Roberto Zaffari3, Anderson Luiz Feltrim4 e
Anderson Fernando Wamser5
Resumo – A morfogênese de plantas de alho (Allium sativum L.) in vitro é controlada por substâncias adicionadas ao meio de
cultivo e por fatores ambientais. Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da vernalização de bulbilhos e do fotoperíodo
no processo de indução de bulbos de alho in vitro. Meristemas caulinares foram excisados de bulbilhos vernalizados por
períodos de zero, 30, 60 e 90 dias e submetidos ao cultivo in vitro sob condições de fotoperíodo curto (11h) ou longo (16h).
Independentemente do fotoperíodo a que foram expostas, as plantas micropropagadas a partir de meristemas extraídos de
bulbilhos vernalizados por 30 a 60 dias apresentaram 100% de taxa de bulbificação. Detectou-se interação entre fotoperíodo e
temperatura apenas para massa fresca de bulbo e para altura de plantas, indicando, portanto, que há dependência entre esses
fatores ambientais na micropropagação do alho. O tempo de exposição das plantas ao frio reduz a sensibilidade ao fotoperíodo
para a indução da bulbificação. As plantas de alho cultivadas in vitro apresentam respostas morfogenéticas positivas para a
indução e o desenvolvimento de bulbos do tipo dependende de termofotoperíodo.

Termos para indexação: micropropagação, meristema, bulbificação, Allium sativum.

In vitro garlic bulbs induction and development by bulbils vernalization and


photoperiodic variation
Abstract – In vitro morphogenesis of garlic plants (Allium sativum L.) is controlled by substances added to culture media and
by environmental factors. The objective of this study was to assess the effects of vernalization of bulbils and of photoperiod on
the process of in vitro induction of garlic bulbs. Shoot meristems were excised from bulbils vernalized for periods of 0, 30, 60
and 90 days and cultivated in vitro either under conditions of short photoperiod (11h) or long photoperiod (16h). Regardless
of the photoperiod they were exposed to, plants micropropagated from meristems extracted from those bulbils vernalized for
30 or 60 days showed a rate of bulbing of 100%. Interaction between photoperiod and temperature was detected only in bulb
fresh weight and plant height, thus showing the dependence between these environmental factors in the micropropagation
of garlic. The time of exposure of plants to cold decreases the sensitivity to photoperiod for bulbing induction. Garlic plants
grown in vitro present morphogenetic answers to the induction and development of thermo and photoperiod-dependent
bulbils.

Index terms: micropropagation, meristem, bulbing, Allium sativum.

Introdução ou inibem esse processo (Menezes So- (Ascough et al., 2008).


brinho, 1997). Em ambiente de cultivo De um modo geral, as exigências cli-
O processo de bulbificação de alho in vitro, a temperatura e a luz desempe- máticas de plantas de alho em cultivos
(Allium sativum L.) é controlado por nham um papel fundamental, influen- in vitro, principalmente temperatura,
fatores ambientais, principalmente fo- ciando muitas respostas das plantas seguem o mesmo padrão de exigência
toperíodo e temperatura, os quais regu- cultivadas, sendo indutores naturais da das plantas cultivadas in vivo. Contudo,
lam os níveis endógenos de substâncias morfogênese e do crescimento de plan- a temperatura e o regime de luz utili-
de crescimento. Temperatura baixa no tas (Figueiredo-Ribeiro et al., 2004). Es- zados na maioria dos laboratórios de
início do processo seguida de dias lon- ses fatores regulam não só as taxas de cultura de tecidos de plantas são padro-
gos têm sido relatados como favoráveis crescimento, mas também a transição nizados em função de trabalhos com va-
à bulbificação, enquanto dias curtos entre diversas fases vegetativas e repro- riado número de espécies, normalmen-
com temperaturas elevadas retardam dutivas do desenvolvimento das plantas te abrangendo temperatura de 25 ± 1oC

Recebido em 8/2/2013. Aceito para publicação em 23/7/2013.


1
Engenheiro-agrônomo, Dr., Epagri/ Estação Experimental de Caçador, C.P. 591, 89500‑000 Caçador, SC, fone: (49) 3561-2019, e‑mail: revieira@epagri.sc.gov.br.
2
Engenheiro-agrônomo, Dr., Universidade Federal de Santa Catarina, C.P. 476, 88040‑900 Florianópolis, SC, fone: (48) 9619-3405, e-mail: alsilva@cca.ufsc.br.
3
Engenheiro-agrônomo, Dr., Epagri/ Estação Experimental de Itajaí, C.P. 277, 88318-112 Itajaí, SC, fone: (47) 3341-5244, e-mail: gzaffari@epagri.sc.gov.br.
4
Engenheiro-agrônomo, M.Sc., Epagri/ Estação Experimental de Caçador, fone: (49) 3561-2000.
5
Engenheiro-agrônomo, M.Sc., Epagri/ Estação Experimental de Caçador, fone: (49) 3561-2000.

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e fotoperíodo de 16 horas. Dessa forma, bulbos de alho in vitro. experimental foi constituída de um fras-
para que ocorra o desenvolvimento de co de vidro de 240ml com três plantas,
plantas de alho nessa condição ambien- Material e métodos repetida dez vezes.
tal, é imperativo que se faça a vernaliza- Dados de número de bulbos por
ção dos bulbilhos fornecedores de me- Bulbilhos de alho (Allium sativum planta, diâmetro de bulbo, massa fresca
ristemas para estimular a bulbificação. L.) do cultivar Jonas, provenientes do de bulbo, altura de plantas, número de
Entre os primeiros trabalhos que ci- Banco Ativo de Germoplasma de alho raízes por planta e número de folhas por
tam o uso da vernalização de bulbilhos da Epagri, foram utilizados para a extra- planta foram coletados após 70 dias de
de alho no pré-plantio in vivo, Ferreira ção dos meristemas. O experimento foi cultivo em meio de bulbificação e foram
et al. (1986) e Biasi & Mueller (1999) conduzido no Laboratório de Cultura de submetidos a análise de variância (tes-
constataram que bulbilhos armazena- Tecidos de Plantas da Epagri/ Estação te F) e análise de regressão, de acordo
dos sob temperatura de 5 a 10oC pro- Experimental de Caçador, SC, no perío- com Compton (1994). Os dados de por-
duziram plantas com crescimento inicial do entre 30/6/2011 e 15/12/2011. centagem de bulbificação foram subme-
mais rápido, bulbificação antecipada e Bulbilhos vernalizados por diferen- tidos a análise não paramétrica (teste
produção de maior número de bulbos. tes períodos em câmara frigorífica a 4oC Kruskal-Wallis) por não terem apresen-
Nos sistemas de micropropagação do foram desinfetados em álcool 70% por tado distribuição normal para os fatores
alho, essas respostas podem ser rele- um 1 minuto e hipoclorito de sódio 1,5% testados. Para as análises foi utilizado o
vantes, visto que a baixa taxa de multi- por 20 minutos, seguido de tríplice lava- programa SAS (versão 9.0).
plicação dos explantes, o tamanho e o gem em água destilada autoclavada. Os valores de razão bulbar foram
peso reduzido do bulbo produzido estão Em câmara de fluxo laminar, meris- calculados a partir de plantas subme-
entre os fatores mais limitantes. temas com até dois primórdios foliares tidas aos dois regimes de fotoperíodo
Outro importante aspecto da bulbi- foram excisados e submetidos a duas fa- zero, 10, 20, 30, 40, 50 e 70 dias após
ficação diz respeito à taxa de crescimen- ses de cultivo in vitro: a primeira para o a transferência das plantas para o meio
to e formação do bulbo em plantas de desenvolvimento inicial da planta (fase de bulbificação. O cálculo foi efetuado
alho. Nos sistemas de cultivo de espé- de iniciação), em meio de cultura com a partir da relação entre o diâmetro
cies bulbosas, a formação do bulbo é base na formulação salina MS (Murashi- da base do pseudocaule e o maior di-
expressa pela razão bulbar (RB), ou seja, ge & Skoog, 1962), com redução de dois âmetro da base das plantas, utilizando
quanto menor for essa razão, melhor terços da concentração salina (MS/3), a média de cinco plantas. No presente
será a conformação do bulbo. Alguns adicionando-se vitaminas (tiamina, trabalho, optou-se por considerar o
autores consideram o valor de razão piridoxina, glicina e ácido nicotínico), valor de razão bulbar 0,5 como ponto
bulbar de 0,5 como referência para indi- mio-inositol (100mg/L) e 6-benzilami- de referência para identificar o início
car o início do processo de bulbificação, nopurina (0,1mg/L); na segunda fase, do processo de formação de bulbos de
tal como os relatados para obtenção de para o enraizamento das plantas e a in- alho in vitro.
bulbos de cebola (Tesfay et al., 2011) e dução de bulbos (fase de bulbificação),
em alho (Burba, 1983). Segundo Brews- as plantas foram transferidas para meio Resultados e discussão
ter (2008), a relação bulbar inferior a MS, adicionado de vitaminas, mio-inosi-
0,5 indica intensificação na formação do tol (100mg/L) e ácido naftalenoacético Constatou-se efeito simples da ver-
bulbo e valores inferiores a 0,2 indicam (0,2mg/L). Em ambos os meios de cul- nalização sobre o número de bulbos por
final da bulbificação. tura foram adicionados sacarose (3%) e planta e sobre o diâmetro de bulbos (Ta-
A indução de bulbos in vitro tem ágar (0,6%) e o pH foi ajustado para 5,9 bela 1). O comportamento quadrático
sido amplamente descrita com sucesso, antes da autoclavagem a 1,5atm por 15 (p ≤ 0,05), revelado pela regressão po-
principalmente para espécies do gênero minutos. linomial, mostra que o número máximo
Allium. Os protocolos de micropropaga- As culturas foram mantidas sob con- de bulbos por planta (1,8) foi estimado
ção de alho, atualmente utilizados para dições de fotoperíodo curto (11h) ou com a aplicação de aproximadamente
obter plantas livres de vírus, devem longo (16h), ambos sob intensidade lu- 73 dias de vernalização dos bulbilhos
permitir o crescimento e a subsequente minosa de 60 a 70µmol de fótons/m2/s fornecedores de meristemas (Figura
bulbificação in vitro, por meio de forma- de lâmpadas fluorescentes brancas, em 1, A), e o diâmetro máximo de bulbo
ção de estruturas de reserva na base. sala de crescimento com temperatura (6,6mm) foi estimado com a aplicação
Desse modo, a microbulbificação in vi- de 25 ± 2oC. de 45 dias de vernalização dos bulbilhos
tro constitui um avanço tecnológico im- O experimento foi conduzido em um (Figura 1, B).
portante na micropropagação do alho, delineamento experimental inteiramen- Esses resultados diferem dos apre-
além de ser útil em programas de inter- te casualisado, em arranjo fatorial 2 x 4 sentados por Yuri et al. (2005) com o
câmbio de germoplasma. Diante disso, com oito tratamentos: dois regimes de cultivar de alho Roxo Pérola de Caçador.
o objetivo deste trabalho foi avaliar os fotoperíodo, curto (11h) e longo (16h), Esses autores observaram um compor-
efeitos do período de vernalização de combinados com quatro períodos de tamento linear para número de bulbos
bulbilhos doadores de meristemas e do vernalização (zero, 30, 60 e 90 dias) em por planta em função do tempo de ver-
fotoperíodo no processo de indução de câmara frigorífica a 4oC. Cada unidade nalização, sendo 90 dias o período que

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Tabela 1. Níveis de significância na análise da variância e na análise não paramétrica da variável bulbificação para os fatores fotoperíodo e
tempo de vernalização de bulbilhos de alho cultivar Jonas após 70 dias em cultivo in vitro em meio de cultura de bulbificação

Número de Bulbificação Diâmetro de Altura das Número de


Massa fresca de
Nível dos fatores bulbos por bulbo planta folhas por
(%) bulbo (mg)
planta (mm) (cm) planta

Fotoperíodo (FP) 2,68ns(1) - 3,24ns 6,37ns 4,53ns 0,06ns


Vernalização (V) 30,02(2) - 440,64ns 136,93ns 120,75ns 0,51ns
FP x V 0,10ns - 1,75 ns 4,75ns 7,06ns 0,82ns
Kruskal-Wallis - 38,26(3) - - - -
CV (%) 28,9 17,7 3,3 3,2 2,7 14,9
(1) ns
= Teste F não significativo (p > 0,05).
(2)
Teste F significativo (p ≤ 0,05).
(3)
Teste x2 significativo (p ≤ 0,01).

(A) (B)

Figura 1. (A) Número de bulbos por planta e (B) diâmetro de bulbo de alho cultivar Jonas em função do período de vernalização dos
bulbilhos fontes de meristemas, após 70 dias em cultivo in vitro em meio de cultura de bulbificação. Os valores são médias dos dois
fotoperíodos utilizados.
PM = período de máxima eficiência.
Teste F significativo (p ≤ 0,05).

promoveu o maior incremento (1,81 cluíram que 90 dias de vernalização a em 100% das plantas, independente-
bulbo). O número máximo de bulbos 5°C ± 2°C, além de ter proporcionado o mente do fotoperíodo utilizado, quando
por planta observado no presente tra- maior número de bulbos por ápice cau- comparado com tratamento zero. Não
balho também foi inferior ao observado linar, foi o tratamento mais eficaz para houve, portanto, variância que justifi-
no trabalho de Rossi et al. (1995), que aumentar o peso de massa fresca total casse uma análise de regressão.
obtiveram uma taxa de proliferação no de bulbos. No entanto, esses autores Os resultados do presente estudo
número de bulbos de 1:4 para o cultivar utilizaram temperatura maior que a uti- demonstram que a vernalização de bul-
de alho Piacentino Bianco. No entanto, lizada neste trabalho, fator que, prova- bilhos fornecedores de explantes para
ressalta-se que no presente trabalho foi velmente, influenciou o maior período o cultivo de plantas de alho in vitro é
utilizado outro cultivar, o que pode ter de vernalização além da diferença gené- indispensável para promover a indução
influenciado os dados obtidos. tica entre os dois cultivares testados. e o crescimento de bulbos, visto que
Houve interação entre fotoperíodo e O aumento do tempo de vernali- as condições climáticas em ambientes
vernalização para massa fresca de bulbo zação dos bulbos reduziu a altura das de laboratório fogem do padrão exigi-
e altura de plantas (Tabela 1), indicando plantas nos dois regimes de fotoperío- do pela cultura do alho. Contudo, tais
interdependência entre esses fatores do (Figura 2, B). Observou-se também resultados podem ser comparáveis a
ambientais. As massas frescas máximas que, em fotoperíodo curto, a redução resultados de pesquisas realizadas em
estimadas de bulbo para dias curtos e do tamanho das plantas estabilizou-se a condições de campo.
dias longos (223,6 e 220,4mg, respecti- partir dos 63 dias de vernalização, en- No que se refere ao tamanho de bul-
vamente) foram obtidas com aproxima- quanto em fotoperíodo longo não foi bos produzidos, Carvalho et al. (1980)
damente 45 dias de vernalização (Figura observada essa estabilização. Quanto à e Silva et al. (2002) relatam que a ver-
2, A), com resposta mais sensível em fo- bulbificação, todos os períodos de ver- nalização de bulbilhos-sementes por
toperíodo curto. Yuri et al. (2005) con- nalização proporcionaram bulbificação períodos acima de 40 dias reduz o peso

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Figura 2. (A) Massa fresca de bulbo e (B) altura de plantas de alho cultivar Jonas, em função do fotoperíodo e do período de vernalização
dos bulbilhos doadores de meristemas, após 70 dias em cultivo in vitro em meio de cultura de bulbificação. Dias curtos = 11h de luz; dias
longos = 16h de luz.
PM = período de máxima eficiência.
Teste F significativo (p ≤ 0,05).

médio de bulbos produzidos no campo, oriundas de bulbilhos vernalizados por fatores podem contribuir para afetar
além de proporcionar a redução no ciclo 60 e 90 dias, cultivadas em fotoperíodo a conformação do bulbo, tal como a
de vários cultivares. curto, mostraram maior sensibilidade à adição de carboidratos. O aumento da
Na Figura 3 são apresentados os vernalização, apresentando RB abaixo oferta desse componente também pro-
efeitos dos tratamentos de vernalização de 0,20 no final do ciclo. Por outro lado, move o aumento da RB em níveis que
na razão bulbar (RB), nas duas condi- em fotoperíodo longo as plantas atingi- podem comprometer a qualidade dos
ções de fotoperíodo. Nota-se que, in- ram RB 0,5 apenas aos 27 dias após a bulbos (Longo, 2009).
dependentemente do fotoperíodo, nas transferência para meio de cultura de
plantas provenientes de bulbilhos não bulbificação (Figura 4). Conclusões
vernalizados, os bulbos não atingiram Os resultados observados são con-
o valor referência de RB. Em fotoperí- cordantes com os de Silva et al. (2002), Plantas de alho cultivadas in vitro
odo curto verificou-se redução da RB à que observaram resposta linear à inten- apresentam respostas morfogenéticas
medida que se intensificou o tempo de sidade de vernalização com redução da na indução e no desenvolvimento de
vernalização dos bulbilhos. Aproxima- RB à medida que se intensificou o tem- bulbos do tipo termodependente, con-
damente aos 23 dias após a transferên- po. Esses resultados, porém, devem ser siderando-se o diâmetro do bulbo e o
cia para meio de bulbificação, as plantas tomados com cautela, visto que outros número de bulbos por planta, e termo-

(A) (B)

Figura 3. Razão bulbar observada em plantas de alho cultivar Jonas durante o cultivo in vitro, em (A) dias curtos e (B) dias longos, a partir
de meristemas extraídos de bulbilhos vernalizados por períodos de 0, 30, 60 e 90 dias em câmara fria a 4°C. Observações realizadas após
a transferência das plantas para o meio de bulbificação. A linha horizontal, tracejada na altura do valor 0,5, sugere o ponto de início da
bulbificação.

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crescimento do bulbo, aos 6, 27 e 70 dias após a transferência das plantas para meio de Physiologia Plantarum, v.15, p.473-
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