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RELAÇÕES INTERNACIONAIS E ECONOMIA POLÍTICA

Resenha 2
Aula 8: Neoliberalismo
Carlos Sanchez
Lívia Marques RA00314340 Turma MA4
Rafael Lorenzo M. Barretti RA00328914 Prof. Bruno Huberman
Nathalia Diaz RA00328250

O neoliberalismo reconhece principalmente que o bem-estar humano pode ser melhor


promovido pela liberdade individual e empreendedorismo, dentro de um quadro institucional
caracterizado por fortes direitos humanos, propriedade privada, livre mercado e comércio
livre. Esta é uma teoria prática da economia política.

É também a posição contrária a qualquer ideia de organização social de coletividade, é


o oposto do comunismo e do socialismo, ou seja, um conjunto de ideias onde o privado se
sobrepõe ao público, o individual sobre o coletivo, a riqueza de um sobre os outros.

Nesta parte, o papel do Estado cria e mantém estruturas institucionais apropriadas para
estas atividades de proteção e rigor do mandato, pelo que as empresas estatais mantêm o
objetivo de exercer uma influência dominante na sua participação financeira ou nas regras e
direção que as regem.

Podemos dizer que todo o movimento neoliberal começa com as revoluções do final
do século XVIII, por exemplo a Revolução Francesa, a independência dos Estados Unidos, as
independências no continente americano, e concomitantemente a isso é possível identificar
também a expansão dos direitos civis e políticos.

Anterior ao neoliberalismo, o liberalismo embutido, era a forma de organização


político-econômica em que o Estado focava nos atributos econômicos, procurando manter um
crescimento econômico e abrindo as portas para o livre mercado. Utilizando ideais do
keynesianismo, o Estado busca o bem-estar dos cidadãos, mantendo um “compromisso de
classe”, assegurando um nível estável de empregabilidade para a população.

Sem dúvida, esse processo levou a altos crescimentos econômicos depois do fim da
Segunda Guerra Mundial até o final dos anos 60, para os países desenvolvidos. No entanto,
carregar o déficit dos países de Terceiro Mundo se tornou uma prática inviável em pouco
tempo, e assim, no começo da década de 1970, o liberalismo embutido trouxe o arrasamento
das economias internacionais. Crises fiscais, inflação e desemprego se tonaram uma constante
em diversos Estados, deixando claro que as políticas keynesianas eram obsoletas. Como
forma de remediar estas consequências, foi necessária uma retomada de acumulação ativa do
capital por meio do neoliberalismo, que manteve certos ideais do liberalismo embutido, como
o foco no crescimento econômico e o livre mercado.

Contudo, o processo neoliberal envolveu muita "destruição criativa", não só das velhas
forças e estruturas institucionais, mas também da divisão do trabalho e das relações sociais, da
promoção do bem-estar social e do reforço da segurança social.

É importante salientar que os princípios neoliberais se mostram somente como uma


série de ideias e conceitos que formam a atualidade, visto que isto não é tangível, e sim algo
que é percebido nas políticas públicas. Sendo assim o neoliberalismo pode ser entendido
como um projeto utópico destinado a implementar um plano teórico para a reorganização do
capitalismo mundial e um projeto político destinado a restaurar o capitalismo global, além de
propiciar as condições para que as elites econômicas continuem acumulando capital.

Bibliografía
harvey, D. (1983). O neoliberalismo liberalismo História e implicações. São Paulo: Edições
Loyola.

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