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Prestamos solidariedade, ainda, aos camponeses do Norte, que também são afetados
diretamente pelo modelo político-econômico vigente em nosso país.
A Amazônia vem sendo destruída e marcada por grandes projetos, violência e assassinatos,
desmatamento e trabalho escravo. Nos últimos vinte anos, somente no estado do Pará,
foram assassinadas mais de 800 lideranças em conflitos de terra, segundo dados da
Comissão Pastoral da Terra. Denunciamos os crimes que a Vale, antiga Companhia Vale do
Rio Doce, vem fazendo em terras paraenses, explorando de forma violenta e opressora
nosso povo e nosso chão.
A grande causa das ameaças contra os religiosos é, portanto, o fato de se colocarem contra
o modelo de política econômica capitalista para a Amazônia, que não leva em consideração
a vida dos povos Amazônidas e suas culturas. São projetos determinados de cima para
baixo, que dizimam culturas e povos.
Queremos fazer memória às mais de 300 crianças mortas em 2008 na Santa Casa de
Misericórdia, em Belém, devido à ausência covarde do Estado, que não leva em
consideração a vida daqueles e daquelas que não têm voz nem vez.
Manifestamos nossa solidariedade, ainda, aos mártires Amazônidas que, profeticamente, se
tornaram um marco referencial para nossa caminhada e nossa luta, recordando,
especialmente, os quatro anos do assassinato de Ir. Dorothy Stang, em Anapu-PA, a serem
celebrados no próximo dia 12 de fevereiro.
Continua sendo uma referência para nós também o profetismo revolucionário de Dom
Pedro Casaldáliga, nas águas do Araguaia. Inspirado no evangelho de Jesus Cristo e fiel à
Igreja, ele sempre se contrapôs à política do capital, do agronegócio e da monocultura em
nosso país. Animem-nos e fortaleçam-nos suas palavras: