SANTO EXPEDITO

Características demográficas e territoriais:

Cidade de porte médio-grande; 500 mil habitantes; município com 50 km2; APA (Área de
Preservação Ambiental) localizada na Serra do Beija-Flor representa 5% da área do
município;
Características socioeconômicas:
Economia baseada na indústria; possui uma Universidade Pública e quatro
Universidades Privadas; 100 mil pessoas vivem em cerca de 100 núcleos de moradias
subnormais; 90% dos moradores dispõem de abastecimento de água; 70% de coleta de
esgoto; 20% de tratamento de esgoto; 80% das vias públicas urbanas pavimentadas;
100% dos bairros atendidos por transporte coletivo (ônibus urbano ou lotações); 5
estações de integração de ônibus urbanos / lotações, 2 estações de integração ônibus
urbano-trem metropolitano; 1 Hospital Municipal; 25 UBS´s (Unidades Básicas de
Saúde); 30 Escolas Municipais de Ensino Fundamental e Infantil; 3 mil crianças estão
fora das creches; Possui Secretaria Municipal de Habitação e Departamento de Água e
Esgoto;

Principais bairros:
Morro da Vila Escondida, Morro do Beija-Flor, Morro do Gravataí, Cohab Santo Expedito
I, II e III, Bairro do Rio Gravataí, Bairro do Félix e Centro.

Finanças Públicas:
Orçamento Público anual é estimado em R$ 400 milhões;
Orçamento Público per capta de R$ 800,00;
5% dos recursos orçamentários são destinados a novos investimentos;
A área da Saúde responde por 30% da receita de impostos;
A Educação responde por 24% da receita de impostos;
Divisão por áreas do gasto total com novos investimentos no ano anterior: Saúde (40%),
Educação (20%), Obras e Pavimentação (20%), Habitação (10%), Água e Esgoto (5%),
Assistência Social, Trabalho e Renda (2,5%) e Cultura, Esporte e Lazer (2,5%).

Personagens:
Gestores: Baltazar (prefeito), Sergio (Secretario Planejamento);
Sociedade Civil: Rosemeire, Matheus, Edson e Diandra.
RURÓPOLIS

Características demográficas e territoriais:

Cidade de porte pequeno; 50 mil habitantes; município com 100 km2; 50% da população
residente na área rural, que responde por 80% da área total do município; território
remanescente da Mata Atlântica ocupa 10% da área total do município;
Características socioeconômicas:
Economia baseada na agricultura; possui algumas indústrias de pequeno porte,
localizadas no Distrito Industrial; possui um aeroporto regional de pequeno porte; 5 mil
pessoas vivem em condições de moradias subnormais; 100% do moradores dispõem de
abastecimento de água; 75% de coleta e tratamento de esgoto; 100% das vias públicas
urbanas pavimentadas; 2 UBS´s (Unidades Básicas de Saúde); 8 Escolas Municipais de
Ensino Fundamental e Infantil; todas as crianças atendidas no ensino fundamental e
infantil; Possui Secretaria de Meio Ambiente; Não possui Secretaria própria para questões
de Saneamento e Habitação;

Principais bairros:
Área Rural, Fazenda Santa Elina, Cohab Rurópolis, Aeroporto e Distrito Industrial, Bairro
Persa e Centro.

Finanças Públicas:
Orçamento Público anual é estimado em R$ 35 milhões;
Orçamento Público per capta de R$ 700,00;
3% dos recursos orçamentários são destinados a novos investimentos;
A área da Saúde responde por 16% da receita de impostos;
A Educação responde por 25% da receita de impostos;
Divisão por áreas do gasto total com novos investimentos no ano anterior: Educação
(30%), Saúde (20%); Obras e Serviços Públicos (25%), Assistência Social (10%), Habitação
(5%), Meio Ambiente (5%), Cultura, Esporte e Lazer (5%).

Personagens:
Gestores: Juarez (prefeito), Maria Miaki (Secretaria de Planejamento);
Sociedade Civil: Marco, André, Dalva e Maria Lourdes.
TESOURO DE AREIA

Características demográficas e territoriais:

Cidade de porte pequeno; 20 mil habitantes; no período de alta temporada (verão), a
população do município aumenta em cinco vezes; município com 30 km2; APA (Área de
Preservação Ambiental) localizada na Serra do Beija Flor representa 30% da área do
município;
Características socioeconômicas:
Economia baseada no turismo e na pesca; possui algumas indústrias de pequeno porte;
possui importante patrimônio histórico; 5 mil pessoas vivem em áreas de risco e moradias
subnormais; 75% dos moradores dispõem de abastecimento de água; 60% de coleta de
esgoto; 0% de tratamento de esgoto; 90% das vias públicas urbanas pavimentadas; 1
UBS´s (Unidades Básicas de Saúde); 4 Escolas Municipais de Ensino Fundamental e
Infantil; 300 crianças estão fora das creches; Possui Departamento de Meio Ambiente;
Possui Departamento de Cultura e Preservação do Patrimônio Histórico; Possui Secretaria
de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Trabalho e Renda; Não possui Secretaria
própria para questões de Saneamento e Habitação;
Principais bairros:
Prainha dos Pescadores, Bairro de Vila Tereza, Centro, Bairro do Porto e Morro da Serra
do Beija Flor.
Finanças Públicas:
Orçamento Público anual é estimado em R$ 60 milhões;
Orçamento Público per capta de R$ 3.000,00;
10% dos recursos orçamentários são destinados a novos investimentos;
A área da Saúde responde por 10% da receita de impostos;
A Educação responde por 20% da receita de impostos;
Divisão por áreas do gasto total com novos investimentos no ano anterior: Educação
(10%), Saúde (10%); Obras e Serviços Públicos (40%), Assistência Social (20%), Meio
Ambiente (5%), Cultura e Patrimônio Histórico (5%), Desenvolvimento Econômico,
Turismo, Trabalho e Renda (10%).

Personagens:
Gestores: Juntomar (prefeito), Júlia (futura diretora de planejamento);
Sociedade Civil: Pedrita, Zé do Peixe, Vilcemar e Ferdinanda.
1º. PASSO - CONFIGURAÇÃO INICIAL:
POSIÇÃO NO ORGANOGRAMA DE
GOVERNO E ESTRUTURA
O OP deve ocupar um espaço central na
estrutura de governo.
Ele pode estar vinculado diretamente ao
gabinete do Prefeito ou do vice-Prefeito.
Pode ainda estar vinculado às Secretarias de
Planejamento e Orçamento, de Participação
Popular, de Finanças ou ainda a outras
Secretarias.
De qualquer modo, na implantação do OP,
devem ser previstos os recursos orçamentários
próprios para o desenvolvimento das atividades,
bem como definida a estrutura composta por
equipamentos e funcionários.
Normalmente, além da coordenação, o OP conta
com agentes da participação popular e uma
secretaria executiva/administrativa. Pode
também contar com estrutura própria de
planejamento, comunicação e formação.
1º. PASSO - CONFIGURAÇÃO INICIAL:
TIPOS DE DEMANDAS
As ações ou projetos apresentados pela
população durante o processo do OP
recebem o nome de demandas.
Estas demandas serão analisadas e
priorizadas pela população e pelo governo
durante todo o processo do OP.
Os tipos de demandas a serem
apresentadas podem ser definidos
previamente pela Prefeitura.
As demandas podem ser ações referentes a
obras e/ou programas de natureza
continuada (programas sociais, por
exemplo).
As demandas aprovadas ao final do
processo do OP comporão o plano de
investimentos do Orçamento Municipal.
1º. PASSO - CONFIGURAÇÃO INICIAL:
FINANCIAMENTO DA CIDADE
Um dos aspectos mais importantes na
implantação do OP é a definição de qual a sua
abrangência orçamentária.
A Prefeitura pode aproveitar o OP para expor a
situação das finanças públicas da cidade,
analisando a composição das receitas públicas,
o gasto com o custeio e com a dívida pública,
bem como o orçamento disponível para os
investimentos.
O OP pode ser um espaço de discussão de todos
estes aspectos orçamentários e financeiros, bem
como deve deliberar sobre parte ou sobre a
totalidade do orçamento reservado para os
investimentos. Os recursos provenientes de
emendas parlamentares também podem ser
discutidos no OP.
A definição de qual percentual dos
investimentos o OP terá poder deliberativo,
portanto, é uma das questões mais importantes
na implantação do processo.
1º. PASSO - CONFIGURAÇÃO INICIAL:
PRIORIZAÇÃO DAS DEMANDAS
A priorização das demandas poderá ser feita
através de uma combinação de critérios políticos
e critérios/indicadores socioeconômicos.
A hierarquia de prioridades definida pela
população é um destes critérios políticos
fundamentais na definição das demandas.
A apresentação de indicadores oficiais e
estatísticas, por parte da Prefeitura, que
apontem as necessidades de infraestrutura e de
políticas sociais dos setores mais carentes,
também é importante para a definição final das
prioridades.
A priorização das demandas deverá também
passar por análise de viabilidade técnica e
financeira da Prefeitura.
Baseado nestes critérios, os recursos para
investimentos no OP podem ser previamente
distribuídos regionalmente e/ou por temas, ou
ainda podem ser distribuídos apenas ao final,
quando da definição do plano de investimentos
do OP.
 2º. PASSO – ESTRUTURA: 2º. PASSO – ESTRUTURA:
CARÁTER REGIONAL E/OU ASSEMBLÉIAS / PLENÁRIAS
TEMÁTICO
As Assembléias/Plenárias representam uma
O Orçamento Participativo/OP pode ter uma das etapas mais importantes na
estrutura de mobilização popular, discussão, mobilização e participação popular no
priorização e deliberação das demandas voltada Orçamento Participativo/OP.
para o território da cidade ou para temas de
interesse público. Estas Assembléias/Plenárias podem ser
Regionais ou Temáticas.
Se o processo do OP estiver voltado para a
priorização de demandas territoriais (bairros,
vilas, regiões), dizemos que o OP será regional. Nestas Assembléias são discutidas e
aprovadas as demandas apresentadas pela
A implantação do OP regional pressupõe uma população, bem como eleitos os
leitura territorial da cidade, bem como uma representantes no OP – delegados e/ou
subdivisão de seu espaço territorial. Conselheiros.

Se o processo do OP estiver voltado para a Nestas Assembléias também são

priorização de demandas setoriais, dizemos que apresentadas pela Prefeitura informações
o OP será temático.
de interesse geral, tais como a situação das
Os mais diversos temas podem ser discutidos no
finanças do município, os recursos
OP, tais como Educação, Saúde, Habitação, disponíveis para investimentos, os recursos
Cidadania, Políticas para a Juventude, para as para o OP e a metodologia do OP.
Mulheres, OP Criança, etc. Isso dependerá das
áreas de interesse e mobilização da população
que vive no município. O OP pode combinar
uma estrutura regional e temática.

2º. PASSO – ESTRUTURA: 2º. PASSO – ESTRUTURA:

FÓRUNS DE DELEGADOS CONSELHO

Nos municípios maiores, os Fóruns de O Conselho representa a etapa final e a

Delegados (Regionais/Temáticos) instância máxima de discussão e deliberação do
representam uma etapa intermediária de Orçamento Participativo.
mobilização e uma instância de discussão e
deliberação mais ampla e mais próxima da Este Conselho pode ser composto
exclusivamente por representantes da
população.
população eleitos nas Assembléias ou nos
Fóruns de Delegados (conselheiros), mas pode
Os Fóruns de Delegados podem assumir a apresentar também representantes indicados
tarefa de indicar e deliberar sobre as pelo poder público.
demandas prioritárias, eleger os
Conselheiros (Regionais/Temáticos) e Este Conselho pode ser responsável pela
devolver à população as decisões e demais aprovação do Plano de Investimentos do OP e
informações obtidas a partir dos suas alterações.
conselheiros.
Este Conselho deve acompanhar a execução
orçamentária e física das demandas definidas
Por este motivo, as reuniões dos Fóruns de
no OP, realizando para tanto reuniões com
Delegados podem se tornar sistemática, representantes da Prefeitura.
adquirindo um papel importante no
acompanhamento da execução das Este Conselho deve discutir e aprovar um
demandas prioritárias definidas no OP. regimento interno, bem como a metodologia do
OP.
 3º. PASSO - CONTROLE SOCIAL:
ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO
DAS DEMANDAS
Uma das principais etapas do OP, a partir do
segundo ano de seu funcionamento, é o
acompanhamento da execução das demandas
aprovadas e incluídas no Plano de Investimentos
do Orçamento Municipal.
Este acompanhamento pode ser feito através de
relatórios de execução orçamentária e/ou física
das demandas, apresentados pela Prefeitura
durante as reuniões do Conselho ou ainda nos
Fóruns de Delegados.
O acompanhamento das demandas também
pode ser feito através de fiscalizações sobre o
processo licitatório ou ainda visitas aos locais
das obras por parte dos conselheiros e
delegados.
Este acompanhamento pode ser realizado por
comissões específicas criadas durante o
processo do OP.
4º. PASSO - COMUNICAÇÃO:
PLANO DE COMUNICAÇÃO
As estratégias e os mecanismos de comunicação
e de produção de informações são fundamentais
para o processo do OP.
É preciso identificar e envolver os setores mais
articulados da sociedade, mas também buscar
ampliar o seu alcance. Para tanto é preciso
saber utilizar os instrumentos mais adequados
para mobilizar cada grupo social.
Para mobilizar de forma ampla é preciso que
toda a cidade saiba, com a mais completa
transparência, onde, como e quando pode
participar das assembléias e reuniões, bem
como quais as regras para participar. A
produção de informações quanto ao orçamento
disponível, critérios para a escolha de
prioridades, demandas aprovadas e execução
delas também são fundamentais.
Os mecanismos de divulgação mais comuns são
os impressos (cartazes, folhetos, folders, jornais,
revistas), as faixas e os outdoors, os carros de
som, os vídeos, o rádio e a televisão.
3º. PASSO - CONTROLE SOCIAL:
CARAVANA DA CIDADANIA
As Caravanas da Cidadania, ou Caravanas de
Prioridades, representam importante etapa de
articulação e mobilização da participação
popular no OP.
Elas são realizadas através de visitas dos
delegados ou conselheiros às diversas regiões da
cidade, buscando conhecer melhor as diversas
demandas prioritárias apontadas pela
população nas Assembléias ou Reuniões.
Nas Caravanas da Cidadania, os participantes
podem ter uma visão da cidade como um todo,
conhecendo as diversas regiões da cidade, suas
potencialidades e desafios, seus problemas e
soluções, podendo comparar a urgência e
relevância de cada obra ou serviço proposto.
As Caravanas podem contribuir para que as
prioridades sejam mais bem definidas. Podem
também confirmar as decisões tomadas por
delegados e conselheiros em outras etapas do
processo.
5º. PASSO - ARTICULAÇÃO:
COORDENAÇÃO DA GESTÃO
PARTICIPATIVA
São diversos os instrumentos de gestão e
planejamento participativo desenvolvido no
âmbito local.
O Plano Plurianual (PPA), o Plano Diretor e os
diversos Conselhos Setoriais, Planos e Fundos
ajudam na definição das políticas públicas do
município. A participação popular na definição
destes instrumentos de planejamento tem sido
cada vez mais recorrente.
O OP pode dialogar e se articular com todos
estes outros instrumentos, evitando a definição
de demandas de forma desarticulada do
planejamento global.
A articulação pode se dar através de
Congressos, Conferências e Fóruns, que reúnam
representantes dos diversos Conselhos Gestores
e Consultivos.
 5º. PASSO - ARTICULAÇÃO:
ENVOLVIMENTO DO GOVERNO
O sucesso do processo do OP depende, e muito,
da capacidade de mobilização interna do
governo. A sensibilização e o envolvimento das
diversas Secretarias tornam-se fundamentais,
sobretudo nas fases em que a interação de
representantes do governo e representantes da
sociedade (conselheiros e delegados) é mais
aguda, principalmente no momento de
priorização das demandas.
Para esta mobilização, é importante a criação de
espaços internos de discussão e definição de
estratégias do Governo para o OP, que podem
ser feitas por meio de reuniões periódicas com
representantes dos diversos órgãos. A
participação de representantes de todos os
órgãos nas Assembléias do OP também é muito
importante para o envolvimento e entendimento
por parte de todo o Governo com a dinâmica.
Finalmente, a implementação de cursos de
formação para os servidores públicos sobre
gestão participativa e a divulgação interna das
ações do OP podem ajudar e muito nesta
mobilização.
6º. PASSO - FORMAÇÃO
PLANO DE FORMAÇÃO
No ciclo de participação do OP, podem ser
desenvolvidas diversas ações formativas, que
possibilitam a socialização dos conhecimentos e
experiências. Estas ações qualificam a
participação dos representantes da sociedade
(conselheiros e delegados) e dos técnicos da
Prefeitura que se envolvem no processo.
As Prefeituras tem investido recursos na
produção de materiais pedagógicos de ampla
difusão (cartilhas, folhetos, etc.), na utilização
de recursos de exposição que facilitem a
apropriação de informações por parte dos
participantes (vídeos, data shows), além de
buscar outras linguagens para maior
sensibilização no trabalho de mobilização social
(TV de rua, teatro, música, poesia, etc.).
As ações formativas mais sistemáticas são
dirigidas, em especial, aos representantes da
sociedade e aos técnicos da Prefeitura, através
de seminários, cursos de capacitação e trocas de
experiências com outros municípios.
Os temas abordados podem ser relacionados à
administração pública (orçamento, licitações,
projetos), à implantação de políticas públicas e a
outros temas de interesse geral.
5º. PASSO - ARTICULAÇÃO:
ENVOLVIMENTO DO LEGISLATIVO
O OP é um processo em que o Poder Executivo
chama a população a participar da elaboração do
orçamento municipal até o final de setembro de cada
ano, quando o Projeto de Lei Orçamentária deve ser
encaminhado ao Legislativo. Nestes três últimos
meses do ano é o Poder Legislativo que deve debater,
emendar e aprovar o Projeto de Lei do Orçamento.
De qualquer modo, a relação do OP com o Poder
Legislativo é sempre tensa, uma vez que alguns
vereadores colocam-se contrários a esta experiência,
acreditando que ela diminui seu papel de
representantes nos moldes tradicionais.
Para evitar uma oposição direta entre a democracia
participativa e a democracia representativa, os
responsáveis pelo OP devem buscar envolver o Poder
Legislativo, tornando-os parceiros desta iniciativa.
7º. PASSO - INSTITUCIONAL:
AUTOREGULAMENTAÇÃO
O processo do OP baseia-se, no Brasil, na
chamada auto-regulamentação e na
institucionalização parcial.
Por auto-regulamentação entende-se que seus
próprios participantes definem o Regimento
Interno do Conselho e a metodologia de
participação popular, sobretudo a partir do
segundo ano, podendo alterá-la a cada ciclo
anual. Por institucionalização parcial entende-se
que suas regras são aceitas pelos participantes
e pelo governo municipal que o implantou.
A discussão sobre uma plena institucionalização
jurídica do OP tem ocupado cada vez mais
espaço nos últimos anos. Neste caso, o OP
deveria ser regulamentado através de lei
municipal (orgânica, ordinária, etc.), aprovada
no legislativo, garantindo sua continuidade
mesmo com mudanças de governo.
Esta plena institucionalização jurídica, porém,
deve ser muito equilibrada: de um lado, não
pode engessar demais o processo, eliminando a
auto-regulamentação; de outro, não pode ser
muito genérica, descaracterizando e fragilizando
a participação popular.
 PROVOCAÇÃO 1 PROVOCAÇÃO 2

O vereador da oposição entra no Secretário da base aliada acha

Ministério Público contra a que o OP é uma bobagem,
metodologia do OP, pedindo a sua boicotando as ações definidas ao
suspensão imediata. longo do processo.

Na alegação, o vereador
argumenta que o OP invade o
espaço de atuação do Legislativo.
 Roteiro de Definições para a Implantação do Orçamento
Participativo / OP:

1º. Passo: CONFIGURAÇÃO INICIAL DO OP:

POSIÇÃO NO ORGANOGRAMA DE GOVERNO E ESTRUTURA:

a) localização do OP no organograma de governo;
b) estrutura administrativa inicial e equipamentos;

FINANCIAMENTO DA CIDADE:
c) percentual dos recursos decididos no OP;

TIPOS DE DEMANDAS:
d) tipos de demandas que serão aceitos no processo do OP;

PRIORIZAÇÃO DAS DEMANDAS:

e) critérios políticos de priorização das demandas;
f) critérios socioeconômicos de priorização das demandas;

2º. Passo: ESTRUTURA DE PARTICIPAÇÃO DO OP:

CARÁTER REGIONAL E/OU TEMÁTICO

g) estrutura de participação regional – divisão territorial da cidade;
h) estrutura de participação temática – inclusão de temas a serem debatidos;

ASSEMBLÉIAS / PLENÁRIAS
i) quantidade de assembléias;
j) atribuições das assembléias (eleição de delegados ou conselheiros; priorização de
demandas, etc.)

FÓRUNS DE DELEGADOS
k) quantidade de Fóruns de Delegados
l) atribuições dos Fóruns de Delegados;

CONSELHO
m) composição do Conselho;
n) caráter deliberativo ou consultivo;
o) atribuições do Conselho;
p) periodicidade de reuniões;

3º. Passo: CONTROLE SOCIAL:

ACOMPANHAMENTO DA EXECUÇÃO DAS DEMANDAS

q) métodos de acompanhamento das demandas;

CARAVANA DA CIDADANIA
r) participantes das caravanas;
s) roteiro das caravanas;
t) objetivos da caravana;
 4º. Passo: COMUNICAÇÃO:

PLANO DE COMUNICAÇÃO
u) instrumentos de comunicação;

5º. Passo: ARTICULAÇÃO:

COORDENAÇÃO DA GESTÃO PARTICIPATIVA

v) instrumentos de articulação da gestão participativa;

ENVOLVIMENTO DO GOVERNO
w) instrumentos de articulação e envolvimento do governo;

ENVOLVIMENTO DO LEGISLATIVO
x) instrumentos de articulação e envolvimento do legislativo;

6º. PASSO – FORMAÇÃO

PLANO DE FORMAÇÃO
y) mecanismos de formação;
z) temas relacionados à formação;

7º. PASSO – INSTITUCIONAL

AUTOREGULAMENTAÇÃO
aa) instrumentos de regulamentação;