Você está na página 1de 3

Maria Helena Vieira da Silva (Lisboa, Portugal 1908 - Paris, França 1992)

Pintora, gravadora, desenhista, ilustradora e escultora.


Estuda desenho, dos 11 aos 19 anos, com Emília Santos Braga e pintura com Armando Lucena, além de frequentar
cursos de anatomia da Escola de Medicina de Lisboa e aprender música em casa. Em 1928, muda-se para Paris.
Prossegue os estudos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de escultura com Bourdelle e, na
Academia Escandinava, com Despiau. Abandona a escultura e passa a dedicar-se à pintura e à gravura, tendo
estudado com Dufresne, Waroquier, Friesz, Fernand Léger (1881 - 1955), Bissière e Hayter. Em 1930, casa-se com o
pintor húngaro Arpad Szenes (1897 - 1985). Em 1933, faz ilustrações para um livro infantil e as apresenta em sua
primeira individual. Em 1939, a artista deixa Paris e volta à Lisboa devido a 2ª Guerra Mundial, confiando suas obras
e ateliê à galerista Jeanne Bucher. No ano seguinte, parte para o Brasil e instala-se, inicialmente, no Hotel
Internacional, no Rio de Janeiro, onde convive com outros artistas europeus que se exilaram no país. Conhece os
poetas Murilo Mendes (1901 - 1975) e Cecília Meireles (1901 - 1964) e o pintor Carlos Scliar (1920 - 2001). No
mesmo ano, Vieira e Arpad fazem, para a Escola Nacional de Agronomia, painéis de azulejos e retratos de cientistas,
nomeando esse conjunto de Quilômetro 44, referência ao endereço da Escola. Em 1947, retorna a Paris, onde realiza
muitas exposições. Em 1949, Pierre Descargues publica a primeira monografia sobre a artista e, em 1954, o crítico
Guy Weelen passa a organizar e divulgar a sua obra e a de seu marido, tendo escrito uma série de estudos e
organizado diversas exposições. Naturaliza-se francesa em 1956. Em 1963, realiza em Reims, França, seu primeiro
vitral, no Ateliê Jacques Simon. Em 1968, inicia com Charles Marq uma série de vitrais para a Igreja Saint-Jacques,
concluídos apenas em 1976. Recebe diversos prêmios e títulos e torna-se membro de associações artísticas como a
Académie des Sciences, des Arts et des Lettres de Paris e a Royal Academy of Art de Londres. No Brasil, recebe
prêmios na 2ª e 6ª Bienais Internacionais de São Paulo. Em 1990 é fundada em Lisboa a Fundação Arpad Szenes-
Vieira da Silva.

Algumas obras
As Bandeiras Vermelhas (1939, 80 × 140 cm)
História Trágico-Marítima (1944, 81,5 × 100 cm)

A Partida de Xadrez (1943, 81x100 cm)

O Passeante Invisível (1949-1951, 132 × 168 cm)


O Quarto Cinzento (1950, Tate Gallery, Londres, 65 × 92 cm)

L'Allée Urichante (1955, 81 × 100 cm)

Les Grandes Constructions (1956, 136 × 156,5 cm)

Londres (1959, 162 × 146 cm)


Landgrave (1966, 113,6 × 161 cm)

Biblioteca em fogo (Bibliothéque en Feu) (1974, 158 × 178 cm)

Você também pode gostar