EXPRESSIONISMO

O Expressionismo surgiu na
Alemanha em 1910. Ao contrário do
caráter agitador do Futurismo, essa
vanguarda preocupava-se com as
manifestações do mundo interior,
com a angústia e o sofrimento do
homem da época.
 O movimento buscou
expressar os horrores da
guerra, caracterizando a
arte como algo criado a
partir do sofrimento
humano.
 Os artistas expressionistas
buscam fazer da obra de arte
um reflexo do seu interior,
partindo da subjetividade para
o exterior.
As noções de belo e de
feio não tinham tanta
importância quanto o
registro da expressão
do mundo.
 Contrariando o ideal clássico nas
artes plásticas (que prescrevia a
beleza e a ‘mimesis’, a imitação do
real), o Expressionismo opta pelo
uso de imagens distorcidas e, em
grande parte das vezes, feias.
É uma forma de representar
a desarmonia e a
desesperança presentes no
mundo interior e exterior
dos pintores.
Características:
• Focaliza o lado obscuro da
humanidade;
• Revela angústia existencial e medo;
• Valoriza a intuição em vez da razão;
• Expressa uma percepção individual
da realidade;
• Valoriza a subjetividade em vez da
objetividade;
• Tem caráter pessimista e trata de
temas como a solidão;
• Realiza a distorção da realidade;
• Procura mostrar a miséria da espécie
humana;
Assim como o Futurismo teve
na literatura sua forma
artística por excelência, o
Expressionismo teve na
pintura sua forma de
expressão mais importante.
 A tela O GRITO (1893), de
Edvard Munch , atesta
bem o fazer expressionista:
mais do que a
representação do homem,
o pintor tenta expressar
sua angústia, sua solidão e
seu desamparo diante de
um mundo que parece não
se importar com ele.
 A obra mais famosa de Edvard
Munch traz a angústia
existencial estampada no rosto e
no grito de um personagem
disforme. Como plano de fundo,
um pôr do sol em Oslo, na
Noruega. É possível observar, na
tela, os traços distorcidos e
agressivos, com cores fortes e
irreais, de maneira a expressar,
emotivamente, a visão
individual do artista em relação
à realidade.
Principais artistas:

• Vincent Van Gogh

• Edvard Munch
NOITE ESTRELADA (1889)
O quadro de Van Gogh reflete a percepção do artista relativamente ao que ele via através da
janela do seu quarto quando esteve internado no manicômio Saint-Rémy-de-Provence.
Nem todos os componentes da obra realmente podiam ser vistos pela janela. Algumas
imagens acrescentadas por Van Gogh, como a vila, eram imaginárias e subjetivas, ou seja,
estavam relacionadas com elementos referenciais do próprio artista.
Alguns estudiosos consideram que a vila retratada no quadro representa o local onde Van
Gogh passou a infância.
 Campo de Trigo
com Corvos (1890).
De Vincent Van
Gogh.

Muitos têm várias suposições sobre obra ''Trigal com Corvos'‘. Uns dizem que foi a última de Van
Gogh, outros dizem que se suicidou logo depois de fazê-la, outros que morreu durante a pintura.
 Certo mesmo é que esta foi uma das últimas obras do artista e representa seu estado emocional no
momento. Nela, notam-se pinceladas bem visíveis, cores que não se misturam, e a sugestão ao
observador dos elementos que compõem a paisagem: os pés de trigo, o céu, os corvos e os
caminhos de terra. Estes elementos transmitem a ideia de medo e desesperança. O céu pesado,
carregado e ameaçador, os caminhos, no qual o mais visível não tem saída, e os corvos, símbolos de
pessimismo, demonstram a tristeza e a melancolia de Van Gogh quando pintou essa obra.
 "O Escolar" ou "O Filho do
Carteiro" consiste em uma obra
de Vincent Van Gogh feita em
óleo sobre tela no ano de 1888. O
retratado é Camille Roulin, filho
de um carteiro chamado Joseph,
que foi amigo próximo de Van
Gogh durante o tempo que o
pintor passou em Arles (França),
local em que teve sua primeira
crise psicológica.
Os principais artistas expressionistas brasileiros foram: 

ANITA MALFATTI LASAR SEGALL CÂNDIDO PORTINARI

TROPICAL (1917)
(Anita Malfatti)
MORRO VERMELHO
(1926)
(Lasar Segall)
RETIRANTES (1944)
(Cândido Portinari)
 Na literatura, o Expressionismo
geralmente apresenta estas
características:
* linguagem fragmentada elíptica,
constituída por frases nominais
(basicamente aglomerados de
substantivos e adjetivos), às vezes
até sem sujeito;
 * despreocupação quanto à
organização do texto em
estrofes, ao emprego de rimas
ou à musicalidade;

* combate à fome, à inércia e

aos valores do mundo burguês.
 * despreocupação quanto à
organização do texto em
estrofes, ao emprego de rimas
ou à musicalidade;

* combate à fome, à inércia e

aos valores do mundo burguês.

O MEU TEMPO - Wilheim Klem
Cantos e metrópoles, lavinas febris,
Terras descoradas, polos sem glória,
Miséria, heróis e mulheres da escória,
Sobrolhos espectrais, tumulto em carris.
Soam ventoinhas em nuvens perdidas.
Os livros são bruxas. Povos desconexos.
A alma reduz-se a mínimos complexos.
A arte está morta. As horas reduzidas.
VOCABULÁRIO
* lavina (Lavínia – significado:
aquela que é pura)
* escória – classe social
considerada a mais desprezível
* sobrolho – sobrancelha
* espectral – que tem o caráter de
um espectro, um fantasma
* carril – caminho estreito
* ventoinha – pequeno ventilador
que ventila ou refrigera um motor.
 Oh, esse tempo, de anônima violência,
Sem estrela, sem saber da existência!
Haverá noutro uma tal conjuntura?

Nunca a cabeça da esfinge andou tão alto!

Mas tu cego de dor, vês o asfalto
Chocar-se à volta o abismo da loucura.
 Na literatura, os principais nomes
são Herwarth Walden, Frank Pfemfert e
Georg Trakl. Os brasileiros Mário de
Andrade e Oswald de Andrade também
receberam influências da estética
expressionista.