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Concluido A Formação Do Leitor
Concluido A Formação Do Leitor
com/group/digitalsource
Jason Prado e Paulo Condini
Organizadores
A FORMAÇÃO DO LEITOR
Pontos de Vista
Rio de Janeiro
Argus
1999
Projeto Gráfico: Eduardo Machado e Renata Vidal
Composição: Argus
Revisão: Paulo Corga
Edição
1999
Apresentação
Affonso Romano de Sant’Anna
Arnaldo Niskier
Bartolomeu Campos Queirós
Carlos Jacchieri
Edmir Perrotti
Eliana Yunes
Elizabeth D’angelo Serra
Elza Lucia Dufrayer de Medeiros
Ezequiel Theodoro da Silva
Fanny Abramovich
Francisco Weffort
Guiomar de Grammont
Guiomar Namo de Mello
Iara Glória Areias Prado
Jason Prado
Joel Rufino dos Santos
Jorge Werthein
Luiz Percival Leme Britto
Maria Alice Barroso
Maria Thereza Fraga Rocco
Ottaviano De Fiore
Paulo Condini
Paulo Renato Souza
Pedro Bandeira
Regina Zilberman
Rui de Oliveira
Ruth Rocha
Sônia Rodrigues
Tânia Dauster
Walda de Andrade Antunes
PREFÁCIO À 1a EDIÇÃO
Os organizadores
[9]
APRESENTAÇÃO
Os organizadores
[12]
1 — AFFONSO ROMANO DE
SANT’ANNA
Leitura: das armadilhas do óbvio
ao discurso duplo
Mineiro, poeta, cronista, professor universitário.
Doutor pela Universidade Federal de Minas
Gerais, foi presidente da Biblioteca Nacional de
1990 a 1996, onde criou o Sistema Nacional de
Bibliotecas e o PROLER. Foi Secretário das
Bibliotecas Nacionais Ibero-Americanas e
Presidente do Conselho do Centro Regional para o
Fomento do Livro na América Latina e no Caribe
(CERLALC).
LÍNGUA PORTUGUESA
HORA DA LEITURA
1(Bertrand Russell, O conhecimento humano. Vol. 1o, p. 15, Cia. Ed. Nacional,
1958.) [29]
5 — EDMIR PERROTTI
Vista de um ponto
Eliana Yunes — que concorda com Borges e se
orgulha mais das páginas que leu do que das que
escreveu —, é professora de Letras e aprendeu
que elas são mortas se o homem não as vivifica.
Pesquisadora, criadora do PROLER, professora de
Teoria na PUC-Rio, com atuação em
universidades públicas de vários Estados, tem
extensa bibliografia teórica e metodológica sobre
leitura. É, também, consultora de organismos
internacionais.
Excelentíssimas crianças
Se eu fosse vocês, a primeira coisa que pediria à professora
ao entrar na sala de aula, pela manhã, seria:
“Professora, leia uma história para nós.”
Não existe melhor maneira de começar um dia de trabalho!
E no final do dia, quando a noite chega, meu pedido ao adulto
mais próximo seria:
“Por favor, conte uma história para mim.”
Não existe melhor maneira para escorregar nos “lençóis da
noite.”
Mais tarde, quando vocês já forem grandes, lerão para outras
crianças aquelas mesmas histórias.
Desde que o mundo é mundo e que as crianças crescem,
todas estas histórias escritas e lidas têm um nome muito bonito:
literatura.
Bibliografia;
— LAJOLO, Marisa & ZILBERMAN, Regina. A formação da
leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 1996.
— LEITE, Paulo Moreira & DE MARI, Juliana. Andando para
cima. Revista Veja. São Paulo: Abril (1.602), 68-71, jun. 1999 [50]
8 — ELZA LUCIA DUFRAYER
DE MEDEIROS
NOTAS
(1) A expressão “O livro é livresco, mas sem livros” é de João
[58] Wanderley Geraldi, servindo como título do prefácio do meu
livro Elementos de Pedagogia da Leitura (SP: Martins Fontes,
1988, p. IX-XIII). Ele assim a caracteriza: “Sem livros, pratica-se no
Brasil um ensino livresco. (...) o ensino livresco é autoritário,
mistificador da palavra escrita, a que se atribui uma só leitura,
obedecendo cegamente aos referenciais dos autores e reproduzindo
mecanicamente as idéias capitadas nos textos tomados como fins
em si mesmos. A ausência do livro é compensada pelas máquinas
de xerox, pelos mimeógrafos, pelas apostilas e pelos livros
didáticos. Produtos de consumo rápido, disponíveis, descartáveis;
nunca o livro por inteiro porque seria trabalho estudá-lo para extrair
dele o que se busca: não há busca, engolem-se informações pré-
fixadas como conteúdos; não se degustam conquistas, as sopas
pré-silábicas das respostas a repetir não exigem o trabalho de
cortar, mastigar, degustar — a papa está pronta”.
Difusão cultural
Ingenuidade e inconseqüência
Publicitário, jornalista. Professor Convidado da
cadeira de Promoções e Merchandising da Escola
de Comunicação da UFRJ e Diretor Geral do
Programa Leia Brasil — Programa de Leitura da
Petrobras.
Máximas impertinentes
Se o leitor possui alguma riqueza e vida bem acomodada, sairá de si
para ver como é às vezes o outro. Se é pobre, não estará me lendo
porque ler-me é supérfluo para quem tem uma leve fome
permanente. Faço aqui o papel de vossa válvula de escape e da vida
massacrante da média burguesia.
(Rodrigo S. M. — na verdade Clarice Lispector — A Hora da Estrela)
O leitor de X é leitor de X
Reflexões Iniciais
Leitor — texto — leitura, termos fundadores de uma relação
aparentemente imutável, revelam, no entanto, que entre o traçado
da escrita, do texto — mais fixo e menos sujeito a modificações —,
e as leituras que dele se fazem, instaura-se, conforme M. de
CERTEAU, uma nova ordem em que prevalecem “o efêmero, a
pluralidade e a invenção”. E por quê? Porque, segundo o autor,
“nossa sociedade hoje mede a realidade por sua capacidade de
mostrar, de se mostrar e de transformar as comunicações em
viagens do olhar.”2
O leitor agora busca nos textos uma reapropriação de si
mesmo. Nesses textos, a partir da própria experiência prévia de
vida, o leitor, o espectador se tornam plurais. No programa de
atualidades da TV, no texto do livro ou do jornal,
leitores/espectadores enxergam paisagens do [109] próprio
passado que acabam por integrar às visões, às leituras do
presente.
Desse modo, os textos, enquanto espécies de “reservatórios
de formas”, esperam que o leitor lhes dê vida, modificando-os
enquanto objetos de leitura, aos quais são atribuídas “múltiplas
significações”.3
Mas nem sempre as “coisas” foram assim. Pelo menos,
oficialmente. Houve um momento em que se acreditava numa
ordem fixa mais ou menos secreta — inerente à natureza dos
textos — e inacessível aos não iniciados.
O livro, os textos escritos, sacralizados e inatingíveis, só
poderiam ser objeto de estudo dos privilegiados que
transformavam a leitura feita (também legítima, claro!) em um
produto ortodoxo de interpretação única. Assim, textos, livros,
lidos por vozes uníssonas, prendiam-se a um poder social
fortemente elitizado e amplamente propagado.
Foi preciso o tempo passar. Foi preciso questionar a
estaticidade e a rigidez de certas instituições (igreja, escola,
partidos). Foi preciso surgir um Roland Barthes para que se
começasse a mostrar, sem nevoeiros, a relação de reciprocidade,
antes velada, que sempre existiu entre leitor, leitura e texto. Uma
vez desvendada, tornou-se possível, então, enxergar com nitidez a
“pluralidade indefinida das ‘escrituras’ produzidas pelas diversas
leituras”.4
Em nossos dias, esse tipo de poder citado ainda pretende ser
exercido, por exemplo, em vários produtos da mídia e na própria
escola. Na medida em que procuram, por vezes, isolar os textos de
seus leitores e receptores, algumas matrizes tentam inutilmente
deter a posse e estabelecer uma “verdade” única dos textos, seja
por parte dos produtores, seja por parte dos próprios professores.
Inutilmente, sim. Pois como ensina ainda de CERTEAU, “por
trás do cenário teatral dessa nova ortodoxia, se esconde hoje,
como também no passado, a atividade silenciosa, transgressora,
irônica ou poética de leitores (ou espectadores) que sabem
resguardar boa parte da própria privacidade e manter a distância
necessária dos ‘mestres’”.5
Referências
1. CAVALLO, G. e CHARTIER, R., História da leitura no
mundo ocidental, São Paulo, Ática, 1998, v. 1, p. 9.
Os fatores da leitura
O livro na família
Nossas livrarias
Nossas bibliotecas
Que fazer?
Um ponto de vista
Economista pela UFRS. Mestre em Economia pela
Universidade do Chile e Doutor em Economia
pela Universidade de Campinas. Professor Titular
da UNICAMP. Foi técnico do BID em Washington,
Reitor da UNICAMP. Secretário Estadual de
Educação em São Paulo, Diretor da OIT no Chile,
Economista da Cepal. Professor da PUC — São
Paulo, UFRJ, Universidade do Chile e da
Universidade Católica do Chile. Atualmente é
Ministro da Educação.
Livros X Computador
Paulista, socióloga, orientadora pedagógica e
editora. Escritora premiada de extensa obra de
literatura infantil e juvenil. Membro do Comitê
Estratégico do Leia Brasil — Programa de Leitura
da Petrobras.
Espaços de Sociabilidade:
ouvindo escritores e editores sobre a
formação do leitor e políticas públicas de
leitura no final do século XX
Doutora em Antropologia Social (UFRJ) e Mestre
em Educação (PUC-RJ). Leciona a disciplina de
Antropologia e Educação nos cursos de
graduação e pós-graduação do Departamento de
Educação da PUC-RJ. Coordena o escritório da
UNESCO no Rio de Janeiro. Membro do Comitê
Estratégico do Leia Brasil — Programa de Leitura
da Petrobras.
Postura teórico-metodológica
Referências Bibliográficas
Leitura e biblioteca
Bibliotecária, Mestra em Planejamento
Bibliotecário. Doutora em Educação, Professora
do CID — Departamento de Ciência da
Informação e Documentação da Universidade de
Brasília, Diretora Técnica da WA-CORBI. Membro
do Comitê Estratégico do Leia Brasil — Programa
de Leitura da Petrobras.
Nota da revisora: Páginas em branco: 10, 30, 44, 54, 60, 70, 74, 80,
108, 116, 128, 144, 162, 170, 184
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1 Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a intenção de
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Visuais a oportunidade de conhecerem novas obras.
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