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Regina Garcia
Rita de Cássia Bonadio Inácio
2
SUMÁRIO
1 Apresentação, 4
1.2 Como usar este Guia, 5
2. Sobre a Biblioteca do IEB, 6
3 A música em palavras, 8
5 Considerações Finais, 29
6 Referências, 30
1 Apresentação
1
Disponível em: http://dedalus.usp.br:4500/ALEPH/POR/USP/USP/USP
5
2
No Portal do Instituto de Estudos Brasileiros, disponível em: http://www.ieb.usp.br/, onde há
inclusive possibilidade de acesso a obras raras digitalizadas.
7
3 A música em palavras
3
O “Madrigal” era uma música de câmara vocal destinados ao desempenho com uma cantora de
uma parte, porém, dobrado na música instrumental. Não era uma prática da música sujeita às
restrições da igreja. Contudo, fora dela, os madrigais tinham caráter sentimental ou erótico, baseados
na poesia pastoral poetas como Petrarca, Ariosto e Tasso, sendo cantados em todos os tipos de
encontros sociais da Corte. Na Itália, no século 15, eles eram cantado principalmente em reuniões de
academias – sociedades organizadas, para o estudo e discussão da ciência e das artes.
11
De acordo a análise de Toni (1990, p. 58), François Michel afirma que desde
o século XIX a fórmula mais empregada para dicionários de música é a
enciclopédica. Uma explicação para isso é dada por Josette Rey-Debove:
4
Muitas destas primeiras obras atualmente pertencem aos acervos da Biblioteca do IEB,
incorporadas com as coleções pessoais organizadas e preservadas por esta instituição. A lista
completa destes antigos dicionários de música brasileiros se encontra ao final deste trabalho, na
parte ANEXO.
14
3.728 verbetes ordenados nas 26 letras do alfabeto e, no final, apresenta uma tabela
de classificação dos instrumentos de orquestra. Apresenta poucos (58) vocábulos de
formas e instrumentos populares brasileiros, e o restante são vocábulos empregados
nas formas e gêneros da chamada música universal:
Uma outra obra histórica deste gênero no país, publicado em 1921 pela
editora Sampaio, Araújo e Cia, do Rio de Janeiro, é o Vocabulário Musical, de J. B.
Ferreira da Silva, um músico diplomado pelo Conservatório de Música de Leipzig.
Seu texto, ainda de acordo com Toni (1990, p. 77) contém “em ordem alfabética
cerca de doze mil palavras [...] empregadas na literatura musical e vertidas para a
língua portuguesa no seu significado especial”, colhidas em partituras e livros de
música, privilegiando vocábulos do idioma alemão.
E por fim há a obra publica em 1941, pela editora G. Ricordi, denominada
Terminologia musical, escrita pelo italiano Savino de Benedictis, um músico
contratado pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo onde era
professor. Publicou várias obras didáticas voltadas para o ensino de canto coral e da
harmonia. É uma pequena obra com 644 vocábulos considerados como os mais
usados e necessários para orientação do ensino da música. A obra traz um
apêndice dedicado à organologia ameríndia, considerando que são “instrumentos
primitivos”:
Na terminologia de Benedictis há vários termos populares das formas
musicais brasileiras, mas apresenta descrições vagas destes vocábulos,
como por exemplo: “cateretê: dança coreográfica popular brasileira de
origem indígena, em movimento binário moderato” (TONI, 1990, p. 78)
Referência:
SINZIG, Frei Pedro. Pelo mundo do som: dicionário musical. Rio de Janeiro:
Identificação
Apresenta: Nota prévia explicativa do conteúdo coberto pela publicação e do público a que se destina;
Nota de impressão; Nota explicativa, sob a designação de “Justificação”, sobre características especiais
de uma tiragem limitada de 206 exemplares; “Aprovações eclesiásticas sobre a publicação da obra”,
uma vez que o autor era um clérigo católico (Frei Pedro Sinzig); Lista de abreviações usadas, não
constando nenhuma explicação a respeito; Lista de obras consultadas para a elaboração do dicionário,
nomeando autores e títulos das fontes utilizadas; Inclui ilustração de Notas musicais para cegos pelo
sistema Braille.
Segue a norma ortográfica da época, que apresentava basicamente diferenças no uso de acentos em
relação à atual norma vigente. Ortografia inclui k, w e y. Os verbetes possuem indicação da classe
gramatical das palavras.
Aborda termos técnicos musicais, gêneros e formas tanto eruditas quanto aquelas sob a designação
geral de popular ou folclórica; cabe destacar que, principalmente em relação ao Brasil, são abordados
Observações
temas relativos a instrumentos, cantos, danças, costumes com um grau de tratamento igual àquele
dispensado aos termos técnicos ou as formas ditas eruditas. Não há entrada para biografias.
Consta que o autor foi fundador da Escola de Música Sacra no país.
Há entradas em outros idiomas (italiano, francês, latim, grego, alemão, inglês).
O exemplar desta obra no IEB apresenta sinais de deterioração, com páginas amareladas e ressequidas
e a capa descosturada e já rasgando. Pertence à “Coleção JB” organizada pelo IEB/USP.
Localização IEB /JB^r780.3^S618p
17
Referência:
Identificação
Na “nota explicativa”, o autor afirma que por não haver uma obra de igual gênero no Brasil propôs-se a
escrevê-la já que havia interesse pelo tema. Seu objetivo era dar algumas indicações sobre os músicos
para que os interessados prosseguissem seus estudos sobre o personagem em questão. O autor
também explica como fez a escolha dos artistas que seriam incluídos na obra (“somente aqueles de
grande mérito e popularidade indiscutíveis”). Explica que houve a inclusão de músicos latino-americanos
e portugueses, tão pouco conhecidos no Brasil. O autor traz informações sobre o roteiro seguido para a
elaboração da obra. Em um “apêndice” há uma lista de termos e fatos musicais para esclarecimento de
palavras escolhidas para a obra. Por fim, há uma lista das obras de Vasco Mariz.
Segue a norma ortográfica da época, que apresentava poucas diferenças em relação à atual norma
vigente. Ortografia inclui k, w e y. As entradas são feitas pelo sobrenome do autor (ex: ENGEL, Carl). Os
verbetes trazem ano e local de nascimento dos músicos (e ano e local da morte quando já falecidos).
Por não haver remissivas, não há a possibilidade de acesso pelo nome conhecido e sim somente pelo
Observações
sobrenome.
Traz em alguns verbetes informações sobre a carreira dos músicos e nomes de algumas obras.
O exemplar desta obra no IEB apresenta sinais de deterioração, as páginas encontram-se amareladas e
com manchas, algumas delas também estão se soltando da encadernação. O item examinado pertence
à “Coleção GR” (Guimarães Rosa) organizada pelo IEB
Localização IEB / GR^R780.9203^M343d
18
Referência:
v. 1. [A a H]
informações sobre a publicação da obra e sobre atualizações feitas quando necessárias a verbetes
redigidos por Tomás Borba.
Há lista das principais abreviaturas usadas em ambos os volumes e também abreviaturas dos nomes
dos colaboradores de ambos os volumes
Há também em cada volume um “quadro”, sob a designação “Colocação das estampas” referentes às
ilustrações presentes na obra e as respectivas páginas onde aparecem.
No final do segundo volume há uma errata sob a designação de Adendas e Correções principais, de
difícil compreensão, não há nenhuma nota explicativa a respeito.
Existência de nota de impressão no fim de cada tomo.
Segue a norma ortográfica da época, mas esta não possuía grandes diferenças em relação a atual
norma vigente. Ortografia inclui k, w e y. Os verbetes possuem indicação de classe gramatical das
palavras.
Embora se trate de um dicionário em língua portuguesa, editado em Portugal, há numerosas entradas
em vernáculo estrangeiro (latim: Te Deum; francês: Opéra Comique; italiano: presto; apenas para
exemplificar).
Observações
Informações relativas à música de países possuem entrada pelo adjetivo pátrio do país, assim, por
exemplo, a produção musical brasileira é vista sob a entrada “brasileiro” e não sob Brasil, que sequer
existe.
O exemplar desta obra no IEB apresenta-se ainda em bom estado de conservação, mas as páginas
estão amareladas e ressequidas, no segundo volume há duas soltas.
IEB /R780.3^B726d^v.1
Localização
IEB /R780.3^B726d^v.2
19
Referência:
Identificação
neste tema.
Cobrir lacunas de publicações do gênero em língua portuguesa, em
Objetivo
especial, no Brasil.
A música em geral, cobrindo conceitos técnicos musicais, instrumentos
Âmbito temático musicais, danças e gêneros musicais; compila mais propriamente termos
da nomenclatura musical brasileira.
Aspectos intrínsecos
Antes da apresentação dos conjuntos dos verbetes, há uma nota preliminar em que se indica o objetivo
da obra, a ordenação dos verbetes o sentido das expressões ver (“remissiva que remete o leitor ao
verbete onde se encontra definida a entrada” e ver também (“lembram ao leitor a existência de outros
verbetes, onde se trata de assuntos correlatos ou subordinados”). Também, nesta nota, o autor cita a
colaboração do maestro Florêncio de Almeida Lima e do prof. Silvio Batista Pereira.
Segue a norma ortográfica da época, mas não apresenta grandes diferenças em relação à atual norma
vigente. Ortografia inclui k, w e y. Os verbetes não possuem indicação de classe gramatical das
palavras.
Os verbetes de modo geral possuem um texto curto e simples; observa-se que as entradas não são
tratadas com o mesmo grau de profundidade; é difícil identificar algum critério norteador quanto à
prevalência de tratamento de uns verbetes em relação a outros, sendo que mesmo naqueles mais
Observações
longos (em geral, nos verbetes relativos a ritmos brasileiros) a informação é apresentada de forma
superficial.
Há entradas em outros idiomas com remissivas para a variante do termo em portuguesa.
O exemplar desta obra no IEB bom estado de conservação. O item examinado pertence à “Coleção JB”
organizada pelo IEB/USP.
Localização IEB /JB^R780.3^C834d
20
Referência:
Cobrir uma lacuna editorial pois não existia até aquele momento; sua
Objetivo intenção é constituir-se num “who’s who" de música popular nacional e
internacional.
Dados biográficos de cantores, grupos, compositores e letristas populares
Âmbito temático de diversos países e suas obras fonográficas (LPs representativos com
indicação dos nomes do álbum e da gravadora).
Músicos brasileiros, americanos, mexicanos, argentinos, ingleses,
Âmbito geográfico
franceses, italianos e espanhóis.
Os verbetes tratam de palavras e expressões relativas à música até início
Âmbito temporal
da década de 1960, momento da edição e publicação da obra.
Aspectos intrínsecos
Idiomas
Alcance/cobertura
Português (Br)
Sistemático (em duas partes denominadas: “Artistas Nacionais” e “Artistas
Organização Internacionais”). Em cada parte os nomes estão em ordem alfabética do
sobrenome do autor. Esta ordem, entretanto, não é consistente 5 .
Acesso Não apresenta remissivas e não tem índice.
Autoridade (s) /
Sylvio Tullio Cardoso (edição do autor).
Editora(s)
Aspectos extrínsecos – Extensão: 351 páginas, capa mole, brochura, uma coluna de texto em
características da impressão preto e branco, com reproduções de fotos em preto e branco.
Outras características
Apresenta introdução feita pelo próprio autor na qual se explicita a finalidade da obra: “cobrir uma lacuna
existente no gênero referência”. Esclarece que alguns artistas apareceram nesta primeira edição com
dados breves, mas essa forma pareceu-lhe mais conveniente que não incluí-los na obra que se
configuraria como um primeiro passo, “um trampolim” (nas próprias palavras do autor) para um futuro
Dicionário biográfico de música popular. O autor traz uma lista de obras consultadas para a elaboração
do dicionário (editadas de 1936 a 1964), bem como uma lista das abreviaturas usadas na obra.
5 Exemplo: As entradas entram na seguinte ordem Lenita Bruno, João de Barro, Mozart Brandão, Claude Bernie.
Notamos que são agrupados autores cujos sobrenomes começam com a letra “B”, mas a ordem desses
sobrenomes não é rigidamente alfabética como ocorre geralmente nos Dicionários.
21
Segue a norma ortográfica da época, mas não apresenta grandes diferenças em relação à atual norma
vigente. A ordenação alfabética inclui as letras k, w e y, respeitando a grafia do nome do artista na sua
língua de origem. As entradas são por nomes conhecidos, mas no verbete pode haver a indicação do
nome completo do artista.
É divido em duas partes que contempla os artistas nacionais e os internacionais, mas não há uma
subdivisão entre os internacionais, o que seria interessante visto que há diferentes nacionalidades.
Apesar de ser chamado “Dicionário”, o próprio autor coloca “entre aspas” esta denominação. De fato a
Observações
obra parece constituir-se numa listagem de nomes com dados biográficos diversos, às vezes o verbete
apresenta informações da vida do artista, outras vezes não; às vezes apresenta o nome de obra e
outras não. Também há falhas no que parece ser uma tentativa de ordenação alfabética por sobrenome.
O exemplar desta obra no IEB encontra-se encadernado com capa dura, em bom estado de
conservação.
Localização IEB /R780.9203^C268d
22
Referência:
Informações complementares:
Título original: The New Penguin Dictionary of Music
Copyright Arthur Jacobs, 1958…1977); Editor original: Penguin Books Ltda.
Estudiosos da música e demais interessados neste tema (“para o amador
Público
musical curioso, tanto para o simples ouvinte como para o executante”,
Propósito
publicação da obra.
Idiomas Português (Pt)
Organização Arranjo alfabético
Acesso Remissivas (Ver e Ver também)
Arthur Jacobs / Penguin Books Ltda.
Autoridade (s) /
Hélder Rodrigues; Manuel Palmerin (tradutores) ; Maestro António Vittorino
Editora(s)
d’Almeida (revisão técnica e adaptação) / Publicações Dom Quixote.
Extensão: 615 páginas; dimensão 14X21cm; capa mole, brochura; texto
Aspectos extrínsecos –
dividido em duas colunas por página e impresso em preto; não há
características da impressão
ilustrações.
Nas páginas iniciais do dicionário há informações diversas. Há nota sobre a coleção editorial de que a
obra faz parte em se diz que o objetivo da coleção é fornecer obras sobre diversos setores da cultura em
Outras características
Referência:
Informações complementares:
Título original: Dictionary of Music
Copyright: The Hamlyn Publishing Group Limited, England, UK, 1982.
Copyright parte brasileira: Zahar editores e Luiz Paulo Horta, 1985.
Estudiosos da música e demais interessado neste tema (está registrado no
Público
Propósito
publicação da obra.
Idiomas Português (Br)
Organização Arranjo alfabético
Acesso Remissivas (Ver e ver também)
The Hamlyn Publishing Group Limited.
Autoridade (s) /
Luiz Paulo Horta (editor responsável) / Zahar editores.
Editora(s)
Alan Isaacs e Elizabeth Martin (Organizadores) ; Álvaro Martim (tradução)
Extensão: 424 páginas, dimensão 16X24 cm; ilustrações desenhadas em
Aspectos extrínsecos –
preto e branco, capa dura, brochura; texto impresso em preto dividido em
características da impressão
duas colunas por página.
Outras características
Segue a norma ortográfica da época, mas não apresenta grandes diferenças em relação à atual norma
vigente. Ortografia inclui k, w e y. Os verbetes não possuem indicação de classe gramatical das
palavras. Os verbetes cobrem os mais diversos aspectos da música (compositores e intérpretes, formas
e instrumentos musicais, termos técnicos e obras célebres) de forma variada, ora de modo mais
Observações
exaustivo, ora de modo mais breve, em linguagem são claras sempre fazendo remissivas a outros
verbetes de modo a tornar a explicação a cerca de um dado mais completa.
Apresenta possibilidade de uso exaustivo de remissivas, com bastantes relacionamentos entre verbetes.
Há entradas de palavras e expressões em idiomas italiano, francês, inglês.
O exemplar desta obra no IEB apresenta bom estado de conservação.
Localização IEB /r780.3^J17nP
24
Referência:
Público
Estudiosos da música brasileira e demais público interessado neste tema.
Servir como referência para os estudos de música brasileira. No entanto,
Propósito
como afirma Telê Porto Ancona Lopez na apresentação: “Este seu inédito
Objetivo não vai servir unicamente para os estudos musicais. As parcelas do
folclore, da antropologia, da histórica despertarão, sem dúvida, o interesse
de muitos outros leitores”
Música brasileira, mas contempla verbetes sobre a música ocidental em
Âmbito temático
geral, música africana e música oriental.
Brasil mais propriamente, mas aborda também a produção musical do
Âmbito geográfico
Ocidente e Oriente.
Os verbetes tratam de palavras e expressões relativas à música até
Âmbito temporal
metade da década de 1980, momento da edição e publicação da obra.
Idiomas Português (Br)
Aspectos intrínsecos
se o projeto do dicionário idealizado pelo autor e elenca dicionários, glossários, índices musicais que ele
possuía em seu acervo pessoal. Flávia Camargo Toni, na “Introdução” à obra, traz informações sobre os
textos escritos por Mário de Andrade sobre música, sobre suas viagens nas quais pesquisou sobre a
música popular brasileira, qual metodologia adotou para a preparação do dicionário, com base em fichas
e anotações do próprio autor, e em consultas de fontes diversas, que são apresentadas em listas:
Bibliografia citada nos verbetes, Bibliografia de Na pancada do ganzá e do Dicionário musical brasileiro
(ordenação original de Mário de Andrade) e Bibliografia de apoio.
Há uma lista de abreviaturas e siglas convencionadas para a obra, uma lista das siglas dos acervos
consultados, quadros remissivos sobre instrumentos e danças.
25
Segue a norma ortográfica da época, mas não apresenta grandes diferenças em relação à atual norma
vigente. Ortografia inclui k, w e y. Os verbetes possuem indicação de classe gramatical das palavras.
Telê Porto Ancona Lopez relata que Mário de Andrade dá início em 1929 à pesquisa para seu dicionário
e tem como preocupações principais o nacionalismo e a cultura musical. Pesquisou durante 16 anos
para a elaboração do dicionário, mas não pode concluí-lo. Uma equipe de pesquisadores, dirigida
primeiramente por Oneyda Alvarenga e, depois do falecimento dela, por Flávia Camargo Toni,
transformou em verbetes as notas deixadas para 3.500 vocábulos. O projeto foi desenvolvido no Instituto
de estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo e contou com o apoio da Funarte, do Ministério da
Cultura e da Fundação Vitae.
No texto dos verbetes o autor mostra flutuação na grafia de palavras como dansa, dança, busio – búzio
etc., mas na entrada é adotada ortográfica a norma vigente até o momento da publicação. Foram
mantidas, entretanto, “todas as formas estropiadas e dicções populares porque entendemos que a
intenção do autor de registrar a fala do caipira e do homem do povo”.
Todas as entradas de palavras e expressões estrangeiras (italiano, francês, alemão, inglês, etc.) foram
traduzidas ou adaptadas por Mário de Andrade para a “fala brasileira”, inclusive vocábulos africanos,
mas foram mantidos todos os registros alertando o consulente sobre a grafia na língua original.
A obra foi publicada como parte da Coleção “Reconquista do Brasil” (Nova Série), dirigida por Antonio
Observações
Referência:
Informações complementares:
Título original: The Oxford Dictionary of Music
Copyright Oxford University Press, 1985.
Âmbito temporal
da década de 1990, momento da edição e publicação da obra.
Alcance/cobertura
Apresenta nota da tradução portuguesa em que se traz informações sobre o autor e sobre
características de conteúdo da tradução e se indica algumas dificuldades especialmente referentes a
lexicografia musical portuguesa.
Há lista de abreviaturas usadas, havendo a explicação de que as abreviaturas usadas são de uso
comum ou sentido evidente.
Segue a norma ortográfica da época, mas não apresenta grandes diferenças em relação à atual norma
vigente. Ortografia inclui k, w e y. Os verbetes não possuem indicação de classe gramatical das
Observações
palavras.
Os verbetes, de um modo geral, são concisos; a obras foi concebida para ser um referencial de consulta
rápida. No entanto, não há notas de uso.
Há um grande número de entradas em outros idiomas.
O exemplar desta obra no IEB apresenta bom estado de conservação.
Localização IEB /R780.3^K36dp
27
Referência:
Informações complementares:
Título original: The Grove concise dictionary of music.
Copyright Stanley Sadie, 1988 / MacMillan Press.
neste tema.
Busca atender às exigências de um público amplo trazendo informações
Objetivo sobre temas relacionados à música nas suas diferentes expressões e
formas de produção.
A música em geral, com informações sobre compositores, conceitos,
instrumentos, instituições, intérpretes, figuras de destaque no âmbito
musical, títulos de obras musicais, listas de obras de grandes compositores,
verbetes sobre musicologia, estilos e gêneros musicais, acústica e música
Âmbito temático
não-ocidental (tanto em verbetes sobre importantes instrumentos não-
ocidentais quanto em outros mais genéricos referentes a tradições musicais
de caráter nacional ou regional), edição e impressão de música, vertentes
contemporâneas, além de verbetes relativos ao mundo musical brasileiro
Aspectos intrínsecos
hífens, apóstrofes, acentos etc.); justifica-se a transliteração ortográfica para nomes já consagrados (por
exemplo, Tchaikovsky, Shostakovich); e, no caso de nomes mais recentes ou pouco conhecidos,
recorreu-se à ortografia em vigor na época (que não utilizava as letras k, w, y), exceto quando outra
versão, frequentemente de origem anglo-saxã, tornou-se corrente (por exemplo, para nomes japoneses);
optou-se por utilizar os nomes modernos de lugares, em vez de seus nomes históricos, respeitando
inclusive as recentes mudanças geopolíticas ocorridas com o desmembramento da União Soviética e a
unificação da Alemanha.
Apresenta quadro que mostra a correspondência entre o sistema de notação de alturas adotado no
Grove em inglês e sua correspondência entre o mais comumente adotado no Brasil.
28
O dicionário informa que há cerca de 10.500 verbetes, sendo: 4.500 compositores, 2.000 conceitos,
instrumentos e instituições, 1.100 intérpretes e outras figuras de destaque, 1.000 títulos de obras
musicais, 150 listas de obras de grandes compositores, 500 verbetes relativos ao mundo musical
brasileiro.
A obra segue a norma ortográfica da época, mas não apresenta grandes diferenças em relação à atual
norma vigente. Há entradas para k, w e y. Os verbetes não possuem indicação de classe gramatical das
palavras. Há entrada de termos em outras línguas (com indicação de que língua se trata).
Há exemplos de notação musical e, em alguns verbetes, ilustrações de instrumentos musicais (desenho
Observações
5 Considerações Finais
6 Referências
BATISTA, Marta Rossetti. O ABC do IEB: guia geral do acervo. São Paulo:
IEB/EDUP, 1997.
SADIE, Stanley. The new Grove dictionary of music and musicians. London:
MacMillan, 1980, 20v.
ANDRADE, Mário de. Dicionário musical brasileiro. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo:
EDUSP, 1989. 701.
______________________________________________________________________________p.24
BORBA, Tomás; GRAÇA, Fernando Lopes. Dicionário de música ilustrado. Lisboa: Edições
Cosmos, 1956. 674 p. v. 1. [A a H]
______________________________________________________________________________p.18
BORBA, Tomás; GRAÇA, Fernando Lopes. Dicionário de música ilustrado. Lisboa: Edições
Cosmos, 1958. 742 p. v. 2 [I a Z]
______________________________________________________________________________p.18
CARDOSO, Sylvio Tullio. Dicionário biográfico de música popular. Rio de Janeiro, 1965.
______________________________________________________________________________p.20
COSME, Luiz. Dicionário musical. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1957. 137 p.
______________________________________________________________________________p.19
HORTA, Luiz Paulo (Ed.). Dicionário de música Zahar. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro:
Zahar Editores, 1985. 424 p.
______________________________________________________________________________p.23
JACOBS, Arthur. Dicionário de música. Tradução Hélder Rodrigues; Manuel Palmerin. Lisboa:
Publicações Dom Quixote, 1978. 615 p.
______________________________________________________________________________p.22
KENNEDY, Michael (Ed.). Dicionário Oxford de música. Tradução Gabriel Gomes da Cruz; Rui
Vieira Nery. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1994. 810 p.
______________________________________________________________________________p.26
SANDIE, Stanley (Ed). Dicionário Grove de música: edição concisa. Tradução Eduardo Francisco
Alves. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.1048p.
______________________________________________________________________________p.27
SINZIG, Frei Pedro. Pelo mundo do som: dicionário musical. Rio de Janeiro: Livraria Kosmos
Editora, 1946. 614 p.
______________________________________________________________________________p.16
32
Dicionário biográfico de música popular / Sylvio Tullio Cardoso. Rio de Janeiro, 1965.
______________________________________________________________________________p.20
Dicionário de música / Arthur Jacobs. Tradução Hélder Rodrigues; Manuel Palmerin. Lisboa:
Publicações Dom Quixote, 1978. 615 p.
______________________________________________________________________________p.22
Dicionário de música ilustrado / Tomás Borba; Fernando Lopes Graça. Lisboa: Edições Cosmos,
1956. 674 p. v. 1. [A a H]
______________________________________________________________________________p.18
Dicionário de música ilustrado / Tomás Borba; Fernando Lopes Graça. Lisboa: Edições Cosmos,
1958. 842 p. v. 2 [I a Z]
______________________________________________________________________________p.18
Dicionário de música Zahar / Luiz Paulo Horta (Ed.). Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1985. 424 p.
______________________________________________________________________________p.23
Dicionário Grove de música: edição concisa / Stanley Sandie (Ed). Tradução Eduardo Francisco
Alves. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994. 1048p.
______________________________________________________________________________p.27
Dicionário musical / Luiz Cosme. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1957. 137 p.
______________________________________________________________________________p.19
Dicionário musical brasileiro / Mário de Andrade. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo:
EDUSP, 1989. 701p.
______________________________________________________________________________p.24
Dicionário Oxford de música / Kennedy, Michael (Ed.). Tradução Gabriel Gomes da Cruz; Rui Vieira
Nery. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1994. 810 p.
______________________________________________________________________________p.26
Pelo mundo do som: dicionário musical / Frei Pedro Sinzig. Rio de Janeiro: Livraria Kosmos Editora,
1946. 614 p.
______________________________________________________________________________p.16
33
Anexo
Localização
Títulos encontrados
(destaque em vermelho aos itens pertencentes ao acervo
(ordem cronológica de publicação)
da Biblioteca do IEB/USP)
Publicações em português
( * destaque aos itens descritos neste Guia)
FÉTIS, François Joseph. Diccionario das
palavras que habitualmente se adoptão em
IEB /MA^780.2^F419m^3.ed.
1 musica. Tradução de José Ernesto
IEB /JFO^r780.3^F419d
d'Almeida. 3 ed.Porto : Cruz Coutinho, 1858,
128 p.
MACHADO, Rafael Coelho. Diccionario
2 musical. Rio de Janeiro : Typographia IEB /20^A^20
Franceza, 1842.
_______________________. Diccionario
musical. Rio de Janeiro : B. L. Garnier, 1909. IEB /MA^r780.3^M149d
280 p.
NEWTON, Isaac. Diccionario musical.
3 Maceió : Typographia Commercial, 1904, 313 IEB /MA^r780.3^N563d
p.
SILVA, J B Ferreira de. Vocabulário musical.
4 Rio de Janeiro : Sampaio, Araújo e Cia, IEB /MA^r780.3^S585v
1921, 216 p.
BENEDICTIS, Savino de. Terminologia
musical : vademecum indispensável a todos
5 IEB /MA^r780.3^B463t
os estudantes e amadores da música. São
Paulo : Ricordi, 1941, 73 p.
* SINZIG, Pedro. Pelo mundo do som:
6 dicionário musical. Rio de Janeiro : Erich IEB /JB^r780.3^S618p
Eichner, [1947], 613 p.
___________. Pelo mundo do som:
ECA /R780.3^S618p^e.1
dicionário musical. 2. ed. Rio de Janeiro :
FFLCH /R780.3^S625d^2.ed.
Kosmos, 1959, 612 p.
* BORBA, Tomas. Dicionário de música. ECA REF/r780.3^B726d^v.1 ^v.2
7
Lisboa : Cosmos, 1956. 2v. IEB /R780.3^B726d^v.1^v.2
_____________. Dicionário de música.
FFLCH /R780.3^B722d^v.1 ^v.2
Lisboa : Cosmos, 1962-63, 2v.
FUX, Robert. Dicionário enciclopédico da
MAE /AG142M^F996d
8 música e músicos. São Paulo : São Jose,
MP-REP R /780.3^F996d
1957.
IEB /JB^R780.3^C834d
* COSME, Luiz. Dicionário musical. Rio de
IEB /GRA^R780.3^C834d
9 Janeiro : Instituto Nacional do Livro, 1957,
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