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Instituto Superior de Transportes e Comunicações

TPC I
C31
LECT
Projeto concepção de um sistema de drenagem I-FASE

Discente:
Henriques Dipuve Jr.

Docentes:
Eng. Belzénia Matsimbe
Eng. Fernando Leite

Maputo, Agosto de 2021


Introdução

Neste presente trabalho se pretende conceber um projeto de drenagem de uma extensão de estrada.
Far-se-á uma análise da estrada para dar uma proposta de órgão de drenagem, desta forma se
dividirá a estrada em trechos como for de analisar cada situação em cada trecho, uma analise
geométrica como forma de perceber o caminho natural da estrada num determinado trecho
caminho este provocado pela topografia do tereno e geometria da estrada. Os órgãos de drenagem
são importantes para as estradas pois eles dão um devido destino a água caída na estrada e como
também nas suas proximidades, águas estas que são a principal causa de degradação das estradas.
A estrada em análise localiza-se na província de Inhambane no distrito de Panda.

Objetivo geral

 Conceber o sistema de drenagem de um trecho de 2,5 km de estrada.

Objetivos especifico

 Propor os órgãos de drenagem superficial e de proteção do trecho de estrada com base nas
condicionantes geométricas, socioeconómicas e ambientais;
 Dimensionar uma passagem hidráulica;
 Propor uma solução de drenagem subterrânea para o trecho de estrada.
Memória descritiva

Divisão da estrada em trechos

Trecho1: escavação (inclinação descendente) – ponto “90 até o ponto 101” equivalente a 275m
de distancia;

Trecho2: aterro (inclinação descendente) – ponto “101 até o ponto 114” equivalente a 325m de
distancia;

Trecho3: nível do terreno (inclinação descendente) – ponto “144 até o ponto 119” equivalente a
125m de distancia;

Trecho4: aterro (inclinação descendente) – ponto “119 até o ponto 133” equivalente a 350m de
distancia;

Trecho5: aterro (inclinação ascendente) – ponto “133 até o ponto 153” equivalente a 500m de
distancia;

Trecho6: aterro (inclinação descendente) – ponto “153 até o ponto 190” equivalente a 925m de
distancia.

Total = 275 + 325 + 125 + 350 + 500 + 925 = 2500m =2.5km.

Indicação e descrição dos órgãos de drenagem e de proteção

Trecho1: os órgãos de drenagem que serão adotados no trecho são a valeta de plataforma lateral
(com sanjas), vala de crista, dique de crista e drenos.

O trecho está em escavação com uma inclinação longitudinal considerável auxiliando dessa forma
o escoamento nas valas de plataforma lateral. A estrada tem uma inclinação transversal do eixo
para as duas vias (lados) assim sendo a água que cai sobre a estrada desloca-se em direção das
valetas de plataforma lateral que é existente nos dois lados, que de seguida é direcionada para a
sanja (pois a sanja está em um dos lados da estrada pois o trecho seguinte encontra-se á meia
encosta e a vala de plataforma lateral só terá um lado para poder descarregar a água pelas sanja,
em um trecho que parte do ponto 90 até o ponto 101, ou seja, aproveitado desta forma a passagem
da estrada em escavação para em aterro) de onde é afastada da estrada por gravidade não
oferecendo assim um perigo para estrada. A água que cai sobre os taludes e que se direciona a
estrada, de um lado é intercetada por uma vala de crista e dique de crista pois o talude tem uma
extensão considerável visto que ele continua no trecho seguinte daí a escolha de construção de um
dique de crista junto a vala de crista como forma de aumentar a capacidade da vala de crista.

Do outro lado da estrada a água vinda do talude em direção da estrada será intercetada por uma
vala de crista que irá escoar a água até encontrar um escape seguro para a água (escape este que
será o mesmo que a sanja da vala de plataforma lateral em um dos lados que estará em aterro no
trecho seguinte), os taludes terão revestimento de material vegetal local. Visto que é uma zona de
águas subterrâneas daí a colocação de drenos de intersecção de nível freático como forma de
afastar o escoamento de águas subterrâneas do pavimento da estrada, interrompendo assim o
escoamento subterrâneo.

Legenda:

1. valeta de plataforma lateral;


2. sanjas;
3. vala e diques de crista;
4. dreno;
5. proteção vegetal.

Trecho2: estrada á meia encosta – os órgãos de drenagem que serão adotados são a valeta de
plataforma lateral (com sanjas), lancil de bordadura em aterro, dispositivo de descida de água, vala
de crista e valeta de pé de talude.

O trecho da estrada encontra-se á meia encosta, isto é, um dos lados está em escavação e outro em
aterro. A estrada tem uma inclinação transversal do eixo para as duas vias (lados) assim sendo a
água que cai sobre a estrada desloca-se em direção da valeta de plataforma lateral que é existente
do lado em que a estrada se encontra em escavação e de seguida é direcionada para a sanja de onde
é afastada da estrada por gravidade não oferecendo assim um perigo para estrada, sanja esta que
aproveita a transição da estrada em escavação para estrada em aterro, ainda no lado da estrada que
se encontra em escavação, a água que cai fora da estrada nesse caso no talude e que se direciona
para estrada será intercetada por uma vala de crista que irá escoar a água até encontrar um lugar
seguro para a água (lugar este que será o mesmo que a sanja da vala de plataforma lateral).

No lado da estrada que se encontra em aterro água que cai sobre a estrada desloca-se em direção
ao lancil de bordadura em aterro e de seguida é direcionada para um dispositivo de descida de água
de secção aberta com dissipadores de energia, que direciona a água até a valeta de pé de talude
como forma de proteção a erosão e também para dar um destino regular a água vinda da estrada.
Os taludes terão revestimento de material vegetal local.

Legenda:

1. valeta de plataforma lateral e lancil de bordadura em aterro;


2. sanjas;
3. dispositivo de descida de água;
4. valeta de pé de talude;
5. vala de crista;
6. proteção vegetal.

Trecho3: a estrada encontra-se ao nível do terreno – o órgão de drenagem que será adotado é a
valeta de plataforma lateral (com sanja).

O trecho da estrada encontra-se ao nível do terreno, isto é, praticamente têm a mesma altura. A
estrada tem uma inclinação transversal do eixo para as duas vias (lados) assim sendo a água que
cai sobre a estrada desloca-se em direção das valetas de plataforma lateral que são existentes nos
dois lados da estrada que de seguida é direcionada para as sanjas de onde é afastada da estrada não
oferecendo perigo para a mesma (a água vinda das sanjas é direcionada até a linha de água
pertencente ao trecho seguinte). A inclinação da estrada nesse trecho ajuda no escoamento de água
dando desta forma uma inclinação considerável para a valeta de plataforma lateral. A água que cai
fora da estrada não se direciona para a estrada devido a sua altura baixa e também devido a
inclinação da estrada, não oferecendo perigo para estrada.
Legenda:

1. valeta de plataforma lateral;


2. sanjas.

Trecho4 e Trecho5: os trechos têm inclinações com sentidos diferentes, mas os trechos se
encontram em aterro e entre eles atravessa uma linha de água, devendo desta forma, ser analisado
em conjunto como forma de explicar melhor a situação. A estrada encontra-se em aterro – os
órgãos de drenagem que serão adotados são lancil de bordadura em aterro, dispositivo de descida
de água, passagem molhada, vala de pé de talude e um aqueduto.

Os trechos encontram-se em aterro e entre eles atravessa uma linha de água temporária. A estrada
tem uma inclinação transversal do eixo para as duas vias (lados) assim sendo a água que cai sobre
a estrada desloca-se em direção aos lancis de bordadura em aterro presente nos dois lados da
estrada e de seguida a água é direcionada para as descidas de água com secção aberta até as valas
de pé de talude que irá direcionar a água em segurança e em um movimento ordenado até ao
aqueduto. A á que cai fora da estrada não se direcionam a estrada, estas serão recolhidas pelas
descidas de água em direção as valas de pé de talude que encaminhará a agua para o aqueduto.

O aqueduto será instalado no curso da linha de água para que a água escoe sem atravessar e nem
afetar as condições da estrada e também como auxílio no alivio da água que vem do trecho anterior.
Na entrada e na saída do aqueduto será colocada pedra arrumada a mão como forma de prevenir
contra a erosão. Os taludes terão revestimento de material vegetal local como vista de minimizar
o risco de erosão.

No troço entre os pontos “151 á 152” do trecho há uma intersecção com estrada secundária, para
não interromper o curso de águas, para não danificar o lancil de bordadura em aterro e para garantir
o acesso a aldeia/ zona residencial irá se colocar uma passagem molhada. A passagem molhada
será revestida de betão.

Legenda:

1. lancil de bordadura em aterro;


2. aqueduto;
3. valeta de pé de talude;
4. dispositivo de descida de água;
5. proteção vegetal;
6. passagem molada;
7. pedra arrumada a mão.

Trecho6: o trecho da estrada encontra-se em aterro e durante o seu comprimento contem uma
curva, por se tratar de um aterro ligeiro não serão instalados dispositivos de drenagem, os taludes
serão revestidos com pedra argamassada como forma de evitar erosão pois a estrada encontra-se
em um distrito em que o solo predominante é arenoso (distrito de Panda, Inhambane) e estes solos
são vulneráveis a erosão. Desta forma a água que cai na estrada, devido á sua inclinação transversal
irá escoar em direção aos taludes e se afastar da plataforma. A água que cai fora da estrada não
traz nenhuma influência negativa para a estrada. Esta solução não será para todo percurso pois será
interrompida na zona da curva. Na zona em que há a curva irá se aproveitar a sobreelevação da
estrada para direcionar a água que cai sobre ela, e deste moo água irá se direcionar para um só lado
que por sua vez também terá a mesma solução de drenagem (a água irá escoar em direção aos
taludes e se afastar da plataforma) taludes estes revestidos com pedra argamassada.

 trecho reto – pontos “153 á T=168`”;


 trecho em curva – pontos “T=168` á 181”;
 trecho reto – pontos “181 á 190”.

Legenda:

1. proteção vegetal.

Nota: o material para o revestimento de valetas de plataforma lateral, lancis de bordadura em aterro
e vala de crista serão revestidos de betão. Já os diques serão revestidos de material natural local.

Parte desenhada

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