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ORAÇÕES

As frases podem ser simples ou complexas.


As frases simples são constituídas apenas por um verbo principal ou
copulativo. Podem, também, ser constituídas apenas por uma expressão.

Exs.:
- “Parabéns!”
- “O Pedro está feliz.”
- “O Pedro comeu um gelado.”

As frases complexas são compostas por dois ou mais verbos principais


ou copulativos e podem ter uma conjunção.

Exs.:
- “A Maria foi ao cinema e comprou pipocas.”
- “O João foi à praia porque está calor.”

As orações podem ser coordenadas ou subordinadas


As orações coordenadas podem ser sindéticas ou assindéticas. As sindéticas
são as orações em que está presente uma CONJUNÇÃO; as assindéticas
são as orações que não têm conjunção e são separadas por VÍRGULAS ou
PONTO FINAL.

EXS.:
ORAÇÕES ASSINDÉTICAS:

- “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”

ORAÇÕES SINDÉTICAS:

- “O João foi ao cinema e comeu pipocas.”

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UMA FRASE TEM TANTAS ORAÇÕES QUANTOS VERBOS TIVER!!!!

Exs.:
- “ A Maria comprou pipocas e viu um filme”. (A frase tem dois verbos principais
logo tem DUAS ORAÇÕES)
- “ A Maria comeu pipocas e bebeu um sumo mas não gostou do filme.”. (A frase
tem três verbos logo tem TRÊS ORAÇÕES)

Qual a diferença entre orações coordenadas e subordinadas?


As coordenadas são compostas por duas orações principais. Se a
conjunção for retirada a frase não deixa de fazer sentido, pois mais não são
do que duas orações principais ligadas por uma CONJUNÇÃO.
Exs.: - “Fui ao cinema”.
- “Comprei pipocas”.

Podemos juntar as duas frases simples e adicionar uma conjunção,


obtendo dessa forma uma frase complexa.
- “Fui ao cinema e comprei pipocas.”

AS ORAÇÕES COORDENADAS NÃO PODEM ALTERAR A SUA


POSIÇÃO NA FRASE POIS DEIXAM DE FAZER SENTIDO

Exs.: “Fui ao cinema e comi pipocas”.


NÃO PODEMOS DIZER:
“E comi pipocas, fui ao cinema”

As orações coordenadas podem ser:

- Copulativas – tem valor de adição


( e; nem; também; não só…mas também….; …)
- Adversativa – tem valor de contraste
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( mas; porém; todavia; contudo; no entanto….)

- Disjuntiva – tem valor de alternativa


( ou; quer….quer; seja….seja; ou….ou;…..)

- Conclusiva – tem valor de conclusão


( logo; portanto; por conseguinte; por isso;….)

- Explicativa – tem valor de explicação

( pois; porquanto; ….)

As subordinadas são compostas por duas orações e criam uma


relação de dependência sintática entre a subordinante ( a oração principal
que não tem conjunção) e a subordinada ( a oração onde está inserida a
conjunção).

As orações subordinadas dividem-se em TRÊS tipos:


ADVERBIAIS

As orações adverbiais desempenha a função sintática de modificador,


ou seja, podem ser retiradas da frase ou alterar a posição sem alterar o sentido
da frase. Tendo a função de modificador fornece informação extra a qual não é
necessária para entender o significado da frase.
Exs.:
- “Eu vou à praia quando está sol”.:

Pode-se dizer sem alterar o sentido da frase:

“Quando está sol, eu vou à praia”

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“Eu vou à praia” - não necessita da oração subordinada para fazer
sentido, por essa razão “quando vou à praia é considerada uma “informação
extra”.
Como se classificam as orações subordinadas adverbiais?

Eu vou à praia I quando está sol

Eu vou à praia – oração subordinante (pois não tem conjunção e a oração


não precisa de uma oração subordinada para fazer sentido)
Quando está sol – oração subordinada adverbial temporal (pois para além
de ter valor temporal, está a dar uma “informação extra”.)

As orações subordinadas adverbiais podem ser:

- Temporal – limita temporalmente a oração subordinante


( quando; mal; enquanto; desde que; sempre que; logo que; …)

- Causal – justifica a ação da oração subordinante


(porque; como; já que; uma vez que;….)

- Final – expressa a finalidade da ação subordinante


(para; para que; com vista a ; a fim de ;….)

- Condicional – mostra a condição da ação subordinante


( se; caso; salvo se; exceto se; a não ser que; ….)

- Concessiva – contrasta o enunciado da subordinante


(embora; malgrado; apesar de ; se bem que; ….)

- Consecutiva – exprime a consequência da subordinante


(que ( precedido de tão; tanto; tal; de tal modo….)

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- Comparativa – compara as ações das orações
(como; conforme; tão/tanto……quanto/como…)

SUBSTANTIVAS
Podem ser:

COMPLETIVAS
As orações substantivas completivas desempenham diferentes funções
sintáticas tais como : sujeito; complemento direto ( mais frequentemente);
complemento do nome e complemento do adjetivo

Identifica-se pela suas conjunções: QUE; SE; PARA

Enquanto que nas orações subordinadas adverbiais, a oração


subordinada pode ser retirada da frase sem alterar o seu sentido,
pois funciona como adição de informação extra, as orações
subordinadas substantivas completivas, OBRIGATORIAMENTE,
necessitam da subordinada para fazer sentido.
As orações subordinadas substantivas completivas EXIGEM
complemento direto, o verbo exige complemento direto.

Exs.:

- “A Maria disse I que gostava de chocolates.”

Se dissermos “A Maria disse …..” a frase não faz sentido; a questão que
imediatamente é colocada é “O QUÊ?”, ora esta é a questão que responde ao
COMPLEMENTO DIRETO.
Por essa razão, são completivas pois completam o sentido da frase.
A Maria disse….
Disse o quê?
Que gostava de chocolates.

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- “ A Maria perguntou se tinham feito o TPC”

A Maria perguntou….
Perguntou o quê?
Se tinham feito os TPC”

- “A Maria disse para ficarem em silêncio”.


A Maria disse….
A Maria disse o quê?
Para ficarem em silêncio

Classificando as orações:

A Maria disse – oração subordinante

Para ficarem em silêncio – oração subordinada substantiva completiva

RELATIVAS

As orações subordinadas substantivas relativas desempenham diferentes


funções sintáticas tais como: sujeito (mais frequentemente); complemento
direto; complemento indireto; complemento oblíquo e modificador)
As conjunções mais utilizadas nas orações subordinadas substantivas
relativas são quem; onde…

Exs.;
- “Quem aplica os conteúdos, compreendê-los -á”
- “O professor elogiou quem entregou o trabalho”
- “Escondi a prenda onde disseste”.

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Classificando as orações:

Quem aplica os conteúdos – oração subordinada substantiva relativa


Compreendê-los-á – oração subordinante

ADJETIVAS RELATIVAS

As orações adjetivas cumprem a função de modificador do nome.


São denominadas “adjetivas” pois podem ser substituídas por um adjetivo;
são relativas pois está presente um pronome relativo.
As orações ADJETIVAS RELATIVAS podem ser de dois tipos:

ADJETIVA RELATIVA RESTRITIVA que corresponde à função sintática


de MODIFICADOR DE NOME RESTRITIVO, ou seja, retoma o antecedente,
restringindo o mesmo.
Pronomes relativos – que; o/a qual; os/as quais; cujo (s); cuja(s);
onde…

Exs.:
“O homem que fuma vive menos.”
Neste caso, estamos a restringir/limitar a informação, ou seja, todos os
homens que fumam vivem menos.
Podemos substituir a oração “que fuma” por um adjetivo:
O homem fumador vive menos.

Por esta razão são denominadas orações adjetivas, pois podem ser
substituídas por um adjetivo.

Classificando a oração:
“O homem que fuma vive menos”.

Que fuma – oração subordinada adjetiva relativa restritiva

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ADJETIVA RELATIVA EXPLICATIVA que corresponde à função sintática
de MODIFICADOR DE NOME APOSITIVO, ou seja, retoma o antecedente,
acrescentando informação extra.

A ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA RELATIVA


EXPLICATIVA ESTÁ SEMPRE ENTRE VÍRGULAS!!!!

Pronomes relativos – que; o/a qual; os/as quais; cujo (s); cuja(s);
onde…

Exs.:
“O homem, que fuma, vive menos.”
Neste caso, estamos a adicionar uma informação extra que está
delimitada por vírgulas; ou seja, o homem especificamente que fuma, vive
menos.
Classificando a oração:

Que fuma – oração subordinada adjetiva relativa explicativa

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