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As gravuras talhadas em madeira (imburana, cedro ou pinho) possibilitaram aos artistas populares o domínio de todo o
processo de edição dos folhetos. Os desenhos acompanham o conteúdo do folheto. A simplicidade das formas, as cores
chapadas, a presença de motivos, paisagens e personagens nordestinas, transportam os leitores para o mundo da fantasia,
imprimindo aos reis e rainhas, criaturas fantásticas e sobrenaturais, características que se aproximam do universo de
experiências dos leitores.
MARINHO, Ana Cristina; PINHEIRO, Hélder. O Cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez. 2012, 47-47.
De acordo com a Xilogravura, isto é, gravura talhada em madeira assinale a alternativa correta:
a) Esta arte, o cordel, não se configura como literatura, pois trata-se de uma manifestação oral;
b) O Cordel, arte em xilogravura, não se configura como expressão literária;
c) A arte da xilogravura antecipa a escrita literária e, ainda, faz parte do conjunto que se denomina de literatura de
cordel;
d) A arte pode ser encantadora, faz parte da cultura popular nordestina, mas não se reconhece como arte literária;
e) Nenhuma das alternativas.
Nascido em 1935, José Francisco Borges ou J. Borges, como prefere ser chamado, é um dos mais expressivos artistas populares do
Brasil. Considerado por Ariano Suassuna o maior gravador popular do país, o artista foi um dos ilustradores do calendário da ONU do
ano de 2002. Autodidata, J. Borges publicou seu primeiro cordel em 1964, intitulado O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de
Petrolina, seguido de O Verdadeiro Aviso de Frei Damião Sobre os Castigos que Vêm, cuja publicação deu início à sua carreira de
gravador. Na década de 1970, artistas plásticos, intelectuais e marchands passaram a encomendar suas xilogravuras, o que levou as
imagens a ganharem cada vez mais autonomia em relação ao cordel. Desde então, o itinerário do artista vem se fortalecendo pela
transmissão dos conhecimentos da xilogravura às novas gerações de sua família, com quem mantém a Casa de Cultura Serra Negra, no
sertão pernambucano.
Rua: Josefa Albuquerque dos Santos, 831 – Jardim Morumbi Cep: 12236.670 – Fone: (12) 3931.1908
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A xilogravura é um meio de expressão de grande força artística e literária no Brasil, especialmente no Nordeste brasileiro,
onde os artistas populares talham a madeira, transformando-a em verdadeiras obras de arte. Com total liberdade artística,
hoje já conquistaram espaço entre os diversos setores culturais do país, retratando cenas:
a) com temas de personagens do folclore popular, crenças e futilidades dos mais necessitados.
b) das grandes cidades, com a preocupação de uma representação realista da figura humana nordestina.
c) com personagens fantasiosos, beatos e cangaceiros presentes nas crenças da população nordestina.
d) de conteúdo histórico e político do Nordeste brasileiro, com a intenção de valorizar as diferenças sociais.
e) do seu próprio universo, revelando personagens com aparência humilde em vestes requintadas.
O Cariri mantém uma das mais ricas tradições da cultura popular. É a literatura de cordel, que atravessa os séculos sem
ser destruída pela avalanche de modernidade que invade o sertão lírico e telúrico. Na contramão do progresso, que
informatizou a indústria gráfica, a Lira Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam,
em suas oficinas, velhas máquinas para impressão dos seus cordéis.
A chapa para impressão do cordel é feita à mão, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para
confecção de uma página. Em seguida, a chapa é levada para a impressora, também manual, para imprimir. A manutenção
desse sistema antigo de impressão faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa é a confecção da xilogravura para a
capa do cordel.
As xilogravuras são ilustrações populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordestina
até hoje é ignorada. Acredita-se que os missionários portugueses tenham ensinado sua técnica aos índios, como uma
atividade extra-catequese, partindo do princípio religioso que defende a necessidade de ocupar as mãos para que a mente
não fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clichê, placa fotomecanicamente
gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos jornais impressos em rotoplanas.
(VICELMO, A.)
A estratégia gráfica constituída pela união entre as técnicas da impressão manual e da confecção da xilogravura na
produção de folhetos de cordel:
A literatura de cordel é ainda considerada, por muitos, uma literatura menor. A alma do homem não é mensurável e —
desde que o cordel possa exprimir a história, a ideologia e os sentimentos de qualquer homem — vai ser sempre o gênero
literário preferido de quem procura apreender o espírito nordestino. Os costumes, a língua, os sonhos, os medos e as
alegrias do povo estão no cordel. Na nossa época, apesar dos jornais e da TV — que poderiam ter feito diminuir o interesse
neste tipo de literatura — e da falta de apoio econômico, o cordel continua vivo no interior e em cenáculos acadêmicos.
A literatura de cordel, as xilogravuras e o repente não foram apenas um divertimento do povo. Cordéis e cantorias foram o
professor que ensinava as primeiras letras e o médico que falava para inculcar comportamentos sanitários. O cordel e o
repente fazem, muitas vezes, de um candidato o ganhador da banca de deputado. E assim, lendo e ouvindo, foi-se
formando a memória coletiva desse povo alegre e trabalhador, que embora calmo, enfrenta o mar e o sertão com a mesma
valentia.
O gênero textual cordel, também conhecido como folheto, tem origem em relatos orais e constitui uma forma literária
popular no Brasil. A leitura do texto sobre a literatura de cordel permite:
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Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas
como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já
reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial,
dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física,
fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e
moderação, é altamente recomendável.
ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009.
As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito,
identifica-se, no fragmento, que
O aumento de dióxido de carbono na atmosfera, resultante do uso de combustíveis fósseis e das queimadas, pode ter
consequências calamitosas para o clima mundial, mas também pode afetar diretamente o crescimento das plantas.
Cientistas da Universidade de Basel, na Suíça, mostraram que, embora o dióxido de carbono seja essencial para o
crescimento dos vegetais, quantidades excessivas desse gás prejudicam a saúde das plantas e têm efeitos incalculáveis na
agricultura de vários países.
O Estado de São Paulo, 20 set. 1992, p.32.
O texto acima possui elementos coesivos que promovem sua manutenção temática. A partir dessa perspectiva, conclui-se
que
Os textos fazem uso constante de recurso que permitem a articulação entre suas partes. Quanto à construção do
fragmento, o elemento
a) “nisso” introduz o fragmento “botar a cara na janela em crônica de jornal”.
b) “assim” é uma paráfrase de “é como me botarem no colo”.
c) “isso” remete a “escondia em poesia e ficção”.
d) “alguns” antecipa a informação “É isso que digo para meus pais”.
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O Flamengo começou a partida no ataque, enquanto o Botafogo procurava fazer uma forte marcação no meio campo e
tentar lançamentos para Victor Simões, isolado entre os zagueiros rubro-negros. Mesmo com mais posse de bola, o time
dirigido por Cuca tinha grande dificuldade de chegar à área alvinegra por causa do bloqueio montado pelo Botafogo na
frente da sua área.
No entanto, na primeira chance rubro-negra, saiu o gol. Apóscruzamento da direita de Ibson, a zaga alvinegra rebateu a
bola de cabeça para o meio da área. Kléberson apareceu na jogada e cabeceou por cima do goleiro Renan. Ronaldo
Angelim apareceu nas costas da defesa e empurrou para o fundo da rede quase que em cima da linha: Flamengo 1 a 0.
Disponível em: http://momentodofutebol.blogspot.com (adaptado).
O texto, que narra uma parte do jogo final do Campeonato Carioca de futebol, realizado em 2009, contém vários
conectivos, sendo que
a) após é conectivo de causa, já que apresenta o motivo de a zaga alvinegra ter rebatido a bola de cabeça.
b) enquanto tem um significado alternativo, porque conecta duas opções possíveis para serem aplicadas no jogo.
c) no entanto tem significado de tempo, porque ordena os fatos observados no jogo em ordem cronológica de ocorrência.
d) mesmo traz ideia de concessão, já que “com mais posse de bola”, ter dificuldade não é algo naturalmente esperado.
e) por causa de indica consequência, porque as tentativas de ataque do Flamengo motivaram o Botafogo a fazer um
bloqueio.
Os filhos de Anna eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si, malcriados,
instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no
apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe
que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes
que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização,
estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas
a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.
b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas. Partiu da
Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o
italiano
influenza
e o francês
grippe
. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava “influência dos astros sobre os homens”. O
segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper, isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento
como o vírus se apossa do organismo infectado.
RODRIGUES. S. Sobre palavras. Veja, São Paulo, 30 nov. 2011.
Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus elementos.
Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo uso da elipse. O
fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
a) “[…] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe […]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper […]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”
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