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Maria Eduarda Carvalho Bezerra, tenho 20 anos, natural de Caruaru, Pernambuco a 137 km de
Recife, capital pernambucana. Atualmente estou residindo em Camocim de São Felix, cidade
pequena de pouco mais de 20k de habitantes e é localizada no agreste central pernambucano
e a 120 km de distancia de Recife.
Sempre fui mais aventureira, um fato sobre mim é como eu sempre gostei de conhecer coisas
novas e viver experiencias que me tirem da zona de conforto, e por mais difícil que seja viver
essas experiencias e estar fora da sua zona de conforto, sempre dou meu máximo para me
adaptar situações, a me adaptar ao ambiente em que eu estou e a tudo que eu estou vivendo
q que é diferente do que eu costumo viver, sempre tento me adaptar a essas situações e
costumo me sair muito bem. Algo bem negativo e que tenho tentado trabalhado pra tentar
melhorar é como eu costumo ser insegura e não confio muito na minha capacidade. Tenho
muita facilidade em resolver conflitos porque cresci com 3 primos que foram criados comigo e
temos uma relação muito forte de irmandade, quem tem irmãos sabe como é difícil de se
conviver, e que não tem outra opção a não ser se sair bem resolvendo conflitos.
Nos meus tempos livres eu costumo assistir ou ouvir musicas, principalmente para ajudar no
meu segundo idioma que é o inglês. Geralmente, costumo começar livros novos mas não dura
por muito tempo porque acabo lendo muito rápido, sempre que gosto de alguma coisa eu me
foco naquilo e acabo terminando muito rápido. Além disso, gosto de acompanhar as noticias
ao redor do mundo e ficar atenta as novidades isso foi algo que ingressar na faculdade trouxe
pra minha vida, esse hábito de estar sempre atenta ao mundo porque estudar relações
internacionais é como assistir a uma partida de xadrez, é importante se manter atento aos
nosso redor e principalmente o mundo e se indagar como podemos mudar essa realidade pra
um futuro.
Como eu mencionei, viajar pra fora sempre foi um sonho meu desde de muito pequena. Assim
que tive conhecimento desse programa, fiquei bem ansiosa pra conhecer mais dele e poder
participar e lembro da ansiedade que foi fazer a prova e ficar à espera do resultado. Essa foi a
minha primeira superação, conseguir passar na prova e ter o nome homologado. Por mais que
eu sonhasse com isso, eu nunca acreditei que realmente ia acontecer até chegar no destino
final e as vezes parecia um sonho.
Lembro da sensação de ficar completamente em êxtase no primeiro dia, mas depois a
realidade bateu e os problemas começaram a bater. Superar a falta da minha família e
começar a me adaptar com uma família “nova” foi bem difícil, acho que deve ter durado pelo
menos 1 semana e meia. Era difícil não conseguir falar com meus familiares sempre que eu
queria pela diferença de fuso e eu chorei horrores durante a primeira semana.
Também teve a barreira do idioma, eu já falava inglês quando fiz o intercâmbio, mas pra você
trocar do português automático pro inglês é muito difícil. Essa fase deve ter durado 1 mês e
meio, mais ou menos e foi bem difícil superar essa dificuldade quando você está “sozinha”
num país que você não conhece e convivendo com pessoas que você nunca viu na vida.
O intercâmbio foi pago pelo governo estadual e recebíamos uma bolsa mensal que
correspondia ao salário mínimo do Brasil convertido a moeda de lá, a família australiana cedia
a casa e recebia uma ajuda do governo também. No meu ano, viajaram 40 alunos pra Austrália
(ficamos todos na Tasmânia) e ao todo, mais de 6.000 alunos da rede estadual pernambucana
foram beneficiados por esse projeto.