Você está na página 1de 9

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA

COMPORTAMENTO TÉRMICO DE
EDIFÍCIOS:
Verificação regulamentar

António Moret Rodrigues

RCCTE - REGULAMENTO DAS CARACTERÍSTICAS


DE COMPORTAMENTO TÉRMICO DOS EDIFÍCIOS

„ ÂMBITO DE APLICAÇÃ
APLICAÇÃO
O
¾ Aplica-se a todas as zonas independentes dos edifí
edifícios
sujeitos a licenciamento

„ OBJECTO
¾ Assegurar as exigê
exigências de conforto té
térmico sem
dispê
dispêndio excessivo de energia (aquecimento e
arrefecimento)
¾ Precaver a construçã
construçãoo dos efeitos patoló
patológicos derivados
das condensaçõ
condensaçõeses (Artº
Artº 7)

1
NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

„ VERIFICAÇÃ
VERIFICAÇÃO
O AUTOMÁ
AUTOMÁTICA
¾ Soluções da envolvente c/ K≤ Kref (Quadro II.1)
Soluções

¾ Soluções de fachada c/ fc ≤ 1.3


Soluções
∑ K iAi
fc =
K cr ∑ A i
¾ Envidraçados c/ Aenv ≤ 0.15 Ap
Envidraç
Kv Kcr
Av
¾ Área útil Ap ≤ 300 m2 Acr

„ CASO GERAL: Limitaçã


Limitação
o das Necessidades Nominais
de energia / m2 de área de pavimento (A
(Ap)
¾ Nic ≤ Ni
Índice de referência
Valor de cálculo

NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

„ CÁLCULO DE Nic
∫ (∑ Q1 + Q 2 − ∑ Q3 )dt
Nic =
Ap

¾ Q1 - Perdas de calor pela envolvente (paredes,


coberturas,pavimentos sobre caixa de ar, envidraç
envidraçados)

Q1 = K t A (Ti − Ta )

Ti - Temperatura ambiente interior


Ta - Temperatura ambiente exterior
Kt - Coef.
Coef. de transmissão térmica do elemento

2
NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

Ti

Tatm Ti Tatm<T<Ti
>VALORES DE Kt E Ta
Q1=Kt (Ti-Ta)

1- Envolvente em contacto com o ar atmosférico


Ta=Tatm Kt=fc K
2 - Envolvente em contacto com o ar interior
Ta = Ti Ti-Ta=0
3 - Envolvente em contacto com ar não aquecido
Ta=Tatm+0.25(T
+0.25(Ti-Tatm) Kt=0.75 fc K

NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

¾ Q2 - Perdas de calor por renovações do ar


& (T − T )
Q 2 = ρc p V - Caudal (m3/s)
i a
&
Q 2 = 0.34 n A p pd (Ti − Ta ) n - número de renovações/hora
¾ Q3 - Ganhos solares
Ganhos solares úteis
Q3 = A env . f . Esul . Sv . φ . η
Ganhos solares brutos

Aenv - Área de envidraçados incluindo caixilharia


Esul - Intensidade da radiação incidente a Sul (quadro
(quadro III.2)
Sv - Factor solar do vidro (quadro
(quadro VI.9)
∅ - Factor de obstruçã
obstrução
o (0.7 nos casos correntes)
correntes)
f - Factor de orientaçã
orientação
o

3
NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

¾ Factor solar (S
(Sv) ¾ Factor de utilização
¾ Factor de obstrução (∅) dos ganhos solares (η)

E=Esul.f
30º

Ganhos Solares
Asomb

Autil=∅.Aenv
Sv.E

O N D J F M
Mês
- Q3=Ganhos úteis
+ - Ganhos brutos
Ganhos úteis
η=
Ganhos brutos

NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

¾ INÉ
INÉRCIA TÉ
TÉRMICA
¾ Está relacionada com a capacidade da construção em
desfasar a onda de calor que se lhe transmite do exterior
T
Ambiente exterior

Construção leve

Construção pesada
t
¾ A inércia térmica depende da massa interior da construção
disponível para armazenar calor

∑ MiSi Mi= massa superficial do elemento i (Kg/m2)


It = Si= superfície do elemento i (m2)
Ap Ap= área útil de pavimento (m2)

¾ Nas construções correntes de edifícios de habitação a


inércia térmica é forte

4
NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

¾ CÁLCULO DO FACTOR DE UTILIZAÇÃO η


UTILIZAÇÃO
¾ depende da relação entre os ganhos solares brutos e as
necessidades brutas de aquecimento (GLR);
¾ depende da inércia térmica da construção.
construção.

η Inércia Forte
η = 1 − e −k / GLR 1.0 Inércia Média
Inércia Fraca
k = 0.7 Inércia fraca
1.0 Inércia média
1.3 Inércia forte
GLR= Ganhos solares brutos
GLR
Nec. brutas de aquec.

NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

N
¾ FACTOR DE ORIENTAÇÃ
ORIENTAÇÃO
O
O RCCTE só contabiliza os ganhos
solares dos envidraçados situados E
W
no quadrante Sul :

ORIENT AÇÃO f SW SE
S
SE ------------ 0.7
S -------------- 1.0
SW ----------- 0.7
Horiz.
Horiz. -------- 0.85
Outras -------- 0.0

5
NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

„ EXPRESSÃ
EXPRESSÃO FINAL DE Nic
Nic = Necessidades brutas de aquecimento

Perdas através da envolvente Ren. do ar


 
 ∑ f c Kf Af + ∑ f c K h Ah + ∑ KenvAenv + 0.75∑ fc Kint Aint + 0.34Ap pd 0.024GD
 
i j l r 
Ap

Ganhos solares úteis


Ganhos brutos
∑ Aenv.Esul.Sv .φ.f .η
l
Ap

NECESSIDADES NOMINAIS DE AQUECIMENTO

„ CÁLCULO DE Ni

1.3K A + K A + K A 
Ni =  fr f hr h env env + 0.34p  0.024 GD
d
 Ap 

¾ Kfr, Khr, Kenv - Valores de referência dos coef.


coef. de
transmissão térmica (fachadas, elem.
elem. horizontais,
envidraçados)
¾ Ap - Área útil de pavimento
¾ pd - Pé-direito
¾ GD - Graus-dia aquecimento (quadro III.2)
¾ Aenv - Área de envidraçados (A
(Aenv> 0.15 Ap ⇒ Aenv=0.15
Aenv=0.15 Ap)

6
NECESSIDADES NOMINAIS DE ARREFECIMENTO

„ VERIFICAÇÃ
VERIFICAÇÃO
O AUTOMÁ
AUTOMÁTICA
¾ Soluçõ
Soluções
es da envolvente que satisfaç
satisfaçam as condiçõ
condições
es
de Inverno

¾ Coberturas de cor clara (quadro


(quadro V.3)
¾ Iné
Inércia mé
média ou forte (quadro
(quadro VI.7)
Envidraçados com factor solar S ≤ 0.15
¾ Envidraç

S'×Sv Sv - Factor solar do vidro (=0.85 em vidro 6 mm incolor)


S=
0.85 S’- Factor solar da protecção aplicada sobre vidro
com Sv= 0.85 (quadro VI.8)

NECESSIDADES NOMINAIS DE ARREFECIMENTO

„ CASO GERAL: Limitação das Necessidades Nominais


(Ap)
de energia / m2 de área de pavimento (A

¾ Nvc ≤Nv
Índice de referência
Valor de cálculo

7
NECESSIDADES NOMINAIS DE ARREFECIMENTO

„ CÁLCULO DE Nv

0.36(1.3 ∆Tf K fr A f + ∆Th K hr A h ) + G ref A env


Nv = ×M
Ap

¾ Kfr, Khr - Valores de referência (quadro


(quadro II.1)
¾ Gref - Ganhos solares de referência (Folha
(Folha FCV.2)
¾ ∆Tf, ∆Th - Diferenç
Diferenças efectivas de temperatura na estaçã
estação
o de
arrefecimento (Folha
(Folha FCV.2)
¾ M - Duraçã
Duração
o mé
média da insolaçã
insolação
o local na estaçã
estação
o de
arrefecimento (anexo
(anexo III)

NECESSIDADES NOMINAIS DE ARREFECIMENTO

„ CÁLCULO DE Nvc
¾ GANHOS POR CONDUÇÃ
CONDUÇÃO O ATRAVÉ
ATRAVÉS DA ENVOLVENTE
OPACA EXTERIOR (paredes e coberturas)
coberturas)

E = ∑ f c . Ai . K i (∆Te )i . I .360. M
i
¾ ∆Te - Diferenç
Diferença efectiva de temperatura (engloba
(engloba os efeitos da
temperatura ambiente e radiaçã
radiação
o solar) (quadros
(quadros V.1.2.3)
¾ M - Duraçã
Duração
o mé
média de insolaçã
insolação
o durante uma estaçã
estação
o de
arrefecimento (anexo
(anexo III)
¾ I - Factor de Iné
Inércia do edifí
edifício = 1.2 Inércia Fraca
= 1.0 Inércia Média
= 0.9 Inércia Forte

8
NECESSIDADES NOMINAIS DE ARREFECIMENTO

¾ GANHOS SOLARES ATRAVÉ


ATRAVÉS DOS ENVIDRAÇ
ENVIDRAÇADOS

E = ∑ A j .G j .S j .I.M
j

¾ Gj - Ganhos solares mensais médios,


médios, para cada orientação e
para S=1 (quadro
(quadro V.4)
¾ Sj - Factor solar de cada envidraçado

¾ EXPRESSÃ
EXPRESSÃO FINAL DE Nvc
0.36∑ f c . K i . A i (∆Te )i + ∑ A j .G j .S j
i j
N vc = × I.M
Ap

Exemplo de aplicação

Edifí
Edifício de habitaçã
habitação
o

- edifício de três pisos


- edificado em banda
- localizado no Porto
- construção tradicional
- estrutura resistente em pórticos
de betão armado e pavimentos
prefabricados de vigotas e
blocos de cofragem com
complemento de betonagem

Você também pode gostar