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1. A acreditação feita para observar o processo de Considerando que a velhice é uma das modalidades fun-
registo eleitoral não é válida para observar as eleições. damentais da protecção social obrigatória, conforme vem
referido no artigo 18.º da Lei de Bases da Protecção Social
2. A Comissão Nacional Eleitoral e o Ministério da
e visa assegurar a estabilidade material e moral dos traba-
Administração do Território devem providenciar para que
lhadores desde o momento em que deixam de poder prestar
as credenciais sejam diferentes e façam menção expressa ao
a sua contribuição directa ao processo de desenvolvimento
objecto da observação.
económico e social do País, com a obtenção da sua reforma
ARTIGO 33.º ordinária ou antecipada;
(Convites e solicitações)
Havendo necessidade de se estabelecerem as normas
São aplicáveis aos convites formulados e às solicitações regulamentares e demais orientações tanto para a reforma
apresentadas para a observação do processo de registo elei- ordinária como para a antecipada, que garantem uma cor-
toral, com as necessárias adaptações, o disposto nos arti- recta e uniforme aplicação da Lei de Bases da Protecção
gos 21.º, 22.º e 23.º do presente Regulamento. Social;
2524 DIÁRIO DA REPÚBLICA
Nos termos das disposições combinadas do n.º 1 do arti- 5. O prazo de garantia para o abono de velhice é de no
go 59.º da Lei n.º 7/04, de 15 de Outubro, da alínea d) do mínimo 60 meses de entrada de contribuições seguidas ou
artigo 112 º e do artigo 113 º ambos da Lei Constitucional, interpoladas.
o Governo decreta o seguinte: ARTIGO 5.º
(Contagem do tempo de serviço)
ARTIGO 1.º
(Âmbito de aplicação) 1. Para efeitos deste decreto, considera-se como ano de
serviço cada período de 12 meses consecutivos ou interpo-
O presente diploma define e regulamenta a protecção na lados, de trabalho efectivamente prestado.
velhice concretizada através da atribuição de prestações por 2. No cômputo dos anos de serviço prestado, ter-se-á
reforma ordinária, antecipada e abono de velhice. em consideração as certificações de tempo de serviço e o
registo de contribuições que o trabalhador apresente.
ARTIGO 2.º
(Direito à pensão de reforma por velhice e antecipada)
3. A prova da existência da duração dos períodos de
Tem direito à pensão de reforma por velhice e antecipa- trabalho referidos no número anterior é feita por meio de
da todos os trabalhadores que se encontrem nas condições certificados de tempo de serviço emitidos pelas entidades
previstas no artigo 17.º da Lei n.º 7/04, de 15 de Outubro empregadoras.
e preencham as demais condições previstas no presente
ARTIGO 6.º
diploma.
(Períodos excluídos da contagem do tempo de serviço)
ARTIGO 3.º
(Condições para aquisição do direito à reforma) Não são considerados tempo de serviço e como tal
excluídos da respectiva contagem, os períodos correspon-
1. Todo o beneficiário que atinja a idade de 60 anos ou
dentes a:
35 anos de serviço, tem direito a uma pensão de reforma por
velhice.
a) faltas injustificadas;
b) ausências motivadas por condenação transitada
2. O beneficiário que tendo atingido a idade prevista no
em julgado e decretada por tribunal judicial que
número anterior, que cesse toda a actividade remunerada e
impeçam o trabalhador de prestar a sua activi-
não cumpra com o prazo de garantia constante no artigo
dade;
seguinte, tem direito à um abono de velhice.
c) ausências justificadas com perda de remuneração,
3. Têm igualmente direito à pensão de reforma por de duração superior a 30 dias de calendário, nos
velhice os trabalhadores estrangeiros inscritos no sistema termos do disposto no n.º 4 do artigo 152.º da
que se encontrem nas condições indicadas no número ante- Lei Geral do Trabalho e respectiva regulamen-
rior, desde que existam acordos internacionais. tação.
ARTIGO 7.º
ARTIGO 4.º
(Casos especiais a considerar na determinação do tempo
(Prazo de garantia)
de serviço e de limite de idade)
1. O prazo de garantia para aquisição do direito à refor-
ma por velhice é de 180 meses de entrada de contribuições 1. As mães trabalhadoras têm direito a que lhes seja
seguidas ou interpoladas. reduzido o limite de idade até 70 anos de idade, à razão de
um ano por cada filho que tenha dado à luz, até ao máximo
2. O trabalhador que, à data da inscrição tenha mais de de cinco.
50 anos, para efeito de alargamento do âmbito da protecção
2. Em todos os demais casos, os períodos de ausência
social obrigatória, beneficia de redução no prazo de garan-
na empresa ou instituição, mantenha-se ou não o direito à
tia para concessão de pensões.
remuneração, são considerados na contagem de tempo de
3. Para efeitos do número anterior, o trabalhador deve serviço.
ter seis meses de contribuições no decurso do primeiro ano
a seguir a data do alargamento do âmbito. 3. Igualmente, são considerados na contagem de tempo
de serviço os períodos em que o trabalhador esteja afastado
4. Por cada ano a mais sobre a idade referida no n.º 2 do da empresa ou instituição, por decisão da respectiva direc-
presente artigo completado à data da inscrição, o prazo de ção, quando seja ordenada, por órgão competente para o
garantia será reduzido em seis meses. efeito, a sua reintegração.
I SÉRIE — N.º 122 — DE 12 DE OUTUBRO DE 2005 2525
1. Têm direito à pensão de reforma antecipada por 1. O montante de abono de velhice é correspondente à
velhice os trabalhadores com 50 anos de idade desde que 30% do salário ilíquido médio que o trabalhador auferiu no
tenham cumprido o período de garantia estabelecido no arti- último ano anterior a da cessação de actividade laboral não
go 4.º e tenham prestado serviço em actividades profissio- podendo, em caso algum, exceder o montante a que o
nais consideradas penosas e desgastantes. trabalhador teria direito se houvesse completado o prazo
mínimo de garantia.
2. Para efeitos do número anterior são consideradas acti-
2. O subsídio é concedido enquanto o beneficiário não
vidades profissionais penosas e desgastantes as constantes
voltar a exercer qualquer actividade remunerada.
do anexo deste diploma.
ARTIGO 14.º
ARTIGO 9.º (Documentação)
(Contagem de tempo de serviço para a reforma antecipada)
1. As prestações previstas no presente diploma são
1. Para efeitos de contagem de tempo de serviço para a requeridas e acompanhadas dos seguintes documentos:
reforma antecipada, por cada ano de serviço até ao limite
de 10, será acrescido de seis meses. a) certidão de nascimento ou fotocópia do bilhete de
identidade;
2. Em tudo o que não esteja prejudicado pelas disposi- b) certificado do tempo de serviço;
ções precedentes é aplicável aos pensionistas reformados ao c) certificado de remunerações recebidas no último
abrigo deste diploma a legislação de segurança social em ano.
geral.
2. Os documentos referidos nas alíneas b) e c) do
ARTIGO 10.º número anterior são emitidos pelas entidades emprega-
(Actualização da lista das actividades profissionais)
doras.
Sempre que as circunstâncias o justifiquem a lista das
actividades profissionais penosas e desgastantes são actua- ARTIGO 15.º
lizadas por despacho conjunto dos Ministros da tutela, da (Organização do processo de reforma)
Saúde e da protecção social obrigatória. 1. Os beneficiários referidos no artigo 2.º deste decreto
ARTIGO 11.º
apresentarão a documentação referida no artigo anterior na
(Cálculo da pensão de reforma)
sede do órgão gestor da protecção social obrigatória ou seus
serviços locais ou junto da empresa ou instituição em que
1. A pensão de reforma calcula-se através da fórmula trabalham.
P = (SxN/35) sendo P o valor da pensão, S o salário médio
ilíquido mensal do trabalhador do último ano, N o número 2. Se a apresentação da documentação for feita junto da
de anos de serviço, 35 o coeficiente do limite de anos de empresa ou instituição, os responsáveis dos respectivos
serviço contados nos termos previstos neste diploma. departamentos ou sectores de recursos humanos ou de pes-
soal, ficam incumbidos de apresentar o processo do traba-
2. Transitoriamente, para efeitos de cálculo da pensão de lhador, devidamente organizado, junto do órgão gestor da
reforma para os funcionários públicos, o S referido no
protecção social obrigatória.
número anterior é equivalente ao último salário auferido à
data da reforma.
ARTIGO 16.º
(Modificação, suspensão ou extinção da pensão de reforma)
3. Em nenhum caso o valor da pensão pode ser superior
ao salário ilíquido que seria pago ao trabalhador se estivesse 1. As prestações previstas no presente diploma podem
no activo à data da reforma. ser modificadas ou extintas quando se comprovar que na
sua concessão houve erro, simulação ou fraude.
ARTIGO 12.º
(Ajustamento da pensão ao nível do salário mínimo)
2. No caso de erro, simulação ou de fraude serem impu-
O valor da pensão resultante da aplicação da fórmula tadas ao empregador ou ao trabalhador, haverá lugar à res-
prevista no artigo anterior, é ajustado para 90% do salário tituição das somas que indevidamente hajam sido pagas,
mínimo nacional nos casos em que o montante apurado for independentemente da responsabilidade criminal em que o
inferior a este valor. infractor incorrerá.
2526 DIÁRIO DA REPÚBLICA
ARTIGO 22.º
ARTIGO 17.º
(Data da efectivação do direito) (Revogação)
3. As contribuições feitas após a reforma não geram Promulgado aos 30 de Setembro de 2005.
direito a novas prestações.