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Ausência do registro contábil da Provisão


Matemática Previdenciária, em desacordo ao disposto no art. 85 da
Lei Federal nº 4.320/64, c/c o art. 9º, II, da Lei Federal nº 9.717/1998,
bem como o art. 2º, da Portaria MPS nº 916/2003, na redação dada
pelo art. 3º, da Portaria 183/2006.

Da análise dos autos, retira-se que a Unidade Gestora,


durante o exercício de 2009, não apresentou em seu Balanço Patrimonial
a “Provisão Matemática Previdenciária”, o que vai de encontro com o
disposto nos seguintes dispositivos legais:

Lei nº 4.320/64
Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a
permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o
conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos
dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a
análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros.
Lei nº 9.717/98
Art. 9º Compete à União, por intermédio do Ministério da Previdência
e Assistência Social:
II - o estabelecimento e a publicação dos parâmetros e das diretrizes
gerais previstos nesta Lei.
Bem ressalta a Diretoria de Controle dos Municípios sobre
a importância da provisão matemática previdenciária quando aduz que é
fundamental o seu registro, sob pena de se terem feridos os Princípios
da Contabilidade, em especial o Princípio da Oportunidade, pela falta do
registro e relato das variações sofridas no patrimônio da entidade.

Em sua defesa, o responsável reconheceu a ausência da


contabilização da Provisão Matemática Previdenciária, relatando, ainda,
que somente em junho de 2011 foi realizada a primeira contabilização
destas contribuições, já que o responsável pelos lançamentos não tinha
o conhecimento de como realiza-los até então.

Em que pese o alegado, com a criação de um regime


previdenciário próprio, fazia-se necessário, concomitantemente, que
houvesse a estrutura suficiente para atender ao exigido pela nossa
legislação e normas técnicas complementares, o que, comprovadamente,
pela leitura dos autos, não ocorreu.

Assim sendo, não alegando, o responsável, nada que


afastasse a restrição apontada, impõe-se que se considerem irregulares
as contas ora em exame pela ausência do registro das provisões
matemáticas previdenciárias, que são exigidos desde 2007 (Portaria
MPS 183/2005).

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