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Brasília, 2019
Série de Fourier e suas Aplicações
Cálculo IV
DISCIPLINA: Cálculo IV
PROF.: Newton Nóbrega.
Turma: 7º A Noturno.
Aluno: Luiz Felipe
Brasília, 2019
Aplicação da série de Fourier
1 Introdução
Uma função ƒ é dita periódica se existe um número real positivo P, chamado período
de ƒ, tal que
( )= ( +P),
para todo x no domínio de ƒ. O gráfico de uma função periódica é obtido pela
repetição de qualquer intervalo de comprimento P.
( )= ( + P)
Exemplo 1.1
Exemplo 1.2
Proposição 1.1
Seja uma função periódica de período , então:
I. ( ), ≠ 0, é periódica de período ;
II. ( ), ≠ 0, é periódica de período .
Provas:
I. Suponha que ∗ é o período de ( ), de modo que = +
∗ ).
∗
= ( + Fazendo = = ( + ∗ ).
=
, obtemos Logo
∗
pela hipótese de que é periódica de período , concluímos que
onde ∗ = .
é o período de ( ), de modo que = + =
∗ 1 ∗
II. Suponha que
[ + ] . Fazendo = , obtemos = ( + ). Logo pela hipótese
∗ ∗
= =
∗
∗
de que é periódica de período , concluímos que onde .
Proposição 1.2
Sejam 1 e 2 duas funções periódicas de mesmo período 1 2
constantes reais quaisquer. A função ℎ definida por
; e duas
ℎ = 1 1 + 2 2( ),
ℎ + = 1 1 + + 2 2 + = 1 1 + 2 2 = ℎ( )
2 2
∞
+ cos + ( )
0
2 =1
2 2
∞
( )~ + ( )+ ( )
0
2 =1
onde os coeficientes 0, e ( ℤ+
∗ ) são chamados Coeficientes de Fourier.
Como a função possui período fundamental , sua frequência fundamental é
=
2
0 . Assim reescrevemos a série na forma mais conveniente
∞
( )~ + ( )+ ( )
0
2 =1
0 0
e frequência fundamental 0 = 2
Raciocinando no sentido inverso, seja uma função periódica de período
fundamental . Surgem duas questões:
∞
= + ( ) + ( )
0
0 2 =1
0
0
0
0
∞
= + ( ) − ( )
0
2 0 0
0
0 0
0
0
=1
∞
= + ( )− (0) − ( )− ( )
0
2 =1 0
0
∞
= + (2 ) − 0 − (2 )−1 =
0 0
2 =1 0 0 2
•Determinação de an
( 0 ) e integrar
sobre o intervalo [0, ]:
Multiplicar ambos os membros da Série de Fourier por
( ) ( 0 )
0
= ( )
0
∞
2 0
+ ( 0 ) ( 0 )
=1
+ ( 0 ) ( 0 )
= ( )
0
0 2 0
∞
+ ( 0 ) ( 0 )
=1
+ ( 0 ) ( 0 )
0
( ) ( ) = ( ) +
0
0
0
2 0
0
0 2
= − 0 +
0
2 0
0
2
= 2 − 0 + =
0
2 0 2 2
( )e integramos sobre o
• Determinação de bn
0
intervalo [0, ]. Verifica-se que
Multiplicando ambos os membros da série por
2
= ( ) ( 0 )
0
, ( 0 ) ( 0 )
=
2
Onde 0 , são todas periódicas de mesmo período . Assim para o cálculo
dos coeficientes a0, an e bn podem integrar sobre qualquer intervalo de comprimento
.
2.3.2 Exemplos da Série de Fourier
∞
( )~ + ( )+ ( )
0
2 =1
0 0
= ( ) ,
2 0
0
= ( ) ( )
2 0
0 , n= 1, 2, ...
= ( ) ( )
2 0
0 , n= 1, 2, ...
= =
2
O período desta onda quadrada é T = 2π e sua frequência fundamental 0
1. Sua forma analítica pode ser dada por:
−1, ≤ <0
( ) = , (2 + )= ( )
1, 0 ≤ <
2 1 0 1 0 +1
= ( ) = − + = −
0
2 − − 0 − 0
1 1
=− 0+ + − 0 =− 1 + 1 = 0
0 = 1,
2
• Cálculo de an: com
= ( ) ( )
2 −
1 0
= − ( ) + ( )
− 0
1 1
=− ( ) 0 + ( )
− 0
1 1
=− (0) − (− ) + ( ) − (0)
1 1
= 0+ ( ) + ( )−0 = 0
2
= ( ) ( )
2 −
1 0
= − ( ) + ( )
− 0
1 1
= ( ) 0 − ( )
− 0
1 1
= (0) − ( ) − ( ) − (0)
1 1 2
= 1− ( ) − ( ) − 1 = 1 − ( )
∞
( )~ ( )
=1
2
∞
podemos escrever:
( )~ 1 − ( ) ( )
=1
0, é
Deste modo podemos reescrever bn como:
= 4
, éí
Isto é, temos apenas termos para valores ímpares de n. Assim, utilizando os valores
de bn dados pela equação que escreve bn a expansão da Série fica
4 4 4 4
( )~ ( ) + (3 ) + (5 ) + (7 )
3 5 7
+ ...
4 1
∞
Ou, reescrevend0 na forma de somatório
( )~ (2 + 1)
2 + 1
=0
2.4 Aplicações da Série de Fourier
" + ' + = ( ),
Em que c e k são constantes positivas que caracterizam o amortecimento do sistema
e a rigidez da mola, respectivamente. Se f é uma força periódica sinusoidal (isto é, f(t)
= a cos ωt + b sen ωt, em que a e b são constantes e ω é a pulsação da força), a
solução geral da equação diferencial é dada por:
( ) = ℎ( ) + ( )
2.4.1.1Exemplo
− − − ≤ < 0
( ) = 2
− 0≤ <
2
Pretende-se determinar a resposta do sistema em regime permanente.
4 (2 + 1)
∞
( ) − , ∀ ∈ ℝ
2 =1
( 2 + 1)²
Notando que ( ) = ( ) − 2
vem
4 1 1
( ) = − + 3 + 5 + ...
3² 5²
Consideremos então a equação diferencial
4
" + 0,02 ' + 25 = − ( = 1,3,5, . . . )
²
Cujo lado direito é o termo geral da série de Fourier. Atendendo a solução desta
equação em regime permanente é da forma
( ) = +
A série de Fourier cujos termos são dados pela equação da fórmula em regime
'2 +1 ( ) "2 +1 ( )
permanente. O critério de Weierstrass (teorema 1) conclui-se que esta série bem
∞ ∞
=0 =0
como as séries são uniformemente
'2 +1 ( ) =
∞
=0
convergentes. Consequentemente, pelo teorema 4,
'( ) "2 = "( ) .Então, substituindo em " + 0,02 ' + 25 =
∞
=0 +1
( ), x(t), x’(t) e x”(t) pelas respectivas séries de Fourier obtém-se uma proposição
verdadeira concluindo-se, portanto, que a primeira daquelas séries é solução da
equação anterior em regime permanente.
( ) = 1( ) + 3( ) + 5 ( ) + . . . = ( ) é solução da
De referir finalmente que o procedimento utilizado no exemplo anterior para mostrar
∞
=0 2 +1
que
equação " + 0,02 ' + 25 = ( ). onstitui uma aplicação do importante
princípio da sobreposição que, para este caso, se enuncia como segue: Se x1 e x2
são soluções da equação inicial com f = f1 e f = f2, respectivamente, então x = x1 + x2
é solução da mesma equação com f = f1 + f2.
Dem. Seja
( ) = ( ).
mínimo quando An = an, n = 0, 1,...,n e Bn = bn, n = 1, 2, . . . , n, isto
é, quando
Dem. Como o erro quadrático total é não negativo, segue-se da fórmula que
Teorema 15
Seja f uma função periódica de período 2π contínua em ℝ. Então para cada ∈ > 0
existe um polinómio trigonométrico
3 Conclusão
http://ltodi.est.ips.pt/matapl/material/sebentasDMAT/series_fourier4.pdf
http://www.matematica.pucminas.br/profs/web_fabiano/calculo4/sf.pdf