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2. Introdução ........................................................................................................................... 1
2.1. Objectivos.................................................................................................................... 1
4. Conclusão ......................................................................................................................... 21
1.1.Objectivos
1
"Deus! Não há mais divindade além d'Ele, Vivente, Subsistente, a Quem jamais alcança a
inactividade ou o sono; d'Ele é tudo quanto existe nos céus e na terra. Quem poderá
interceder junto a Ele, sem a sua anuência? Ele conhece tanto o passado como o futuro, e
eles (humanos) nada conhecem a Sua ciência, senão o que Ele permite. O Seu trono
abrange os céus e a terra, cuja preservacão não o abate, porque é o indulgente, o
Altísiimo."
(Acorão Sagrado: Suratul Al baqara: Versículo 255)
2
2. Transformada de Pierre - Simon Laplace
2.1.Definição de transformada de Laplace
∞ 𝑀
𝐹(𝑧) = ∫ 𝑓(𝑡)𝑒 −𝑧𝑡 𝑑𝑡 = lim [ ∫ 𝑓(𝑡)𝑒 −𝑧𝑡 𝑑𝑡] (2.1)
0 𝑀→∞ 0
então a função 𝐹 = 𝐹(𝑧) definida pela integral acima, recebe o nome de transformada de
Laplace da função 𝑓 = 𝑓(𝑡). Se o parâmetro 𝑧 é um número real, isto é, a parte imaginária
𝑣 = 0, usamos 𝑧 = 𝑠 > 0 e a definição fica simplesmente na forma
∞
𝐹(𝑠) = 𝓛[𝒇(𝒕)] = ∫𝟎 𝒆−𝒔𝒕 𝒇(𝒕) 𝐝𝐭 (2.2)
para todos os valores de s para os quais a integral imprópria seja convergente. Ocorre a
convergência quando o limite
𝑹
𝓛[𝒇(𝒕)] = 𝐥𝐢𝐦 ∫𝟎 𝒆−𝒔𝒕 𝒇(𝒕) 𝐝𝐭 (2.3)
𝑹→∞
existe. Se este limite não existe, a integral imprópria diverge e 𝑓(𝑡) não admite transformada
de Laplace.
A integral imprópria em (2.2) nos fornece uma função de s e, por este motivo, usa - se
também as seguintes notações: ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹(𝑠) ou ainda ℒ[𝑓(𝑡)](𝑠).
(i) f é contínua em todos os pontos de qualquer intervalo [a, b] ⊂ [0, +∞) exceto num
número finito pontos deste subintervalo.
3
(ii) Os limites
𝒇𝒙+
𝟎 = 𝐥𝐢𝐦+ (𝒙𝟎 + 𝒉) e 𝒇𝒙−
𝟎 = 𝐥𝐢𝐦+ (𝒙𝟎 − 𝒉) (2.4)
𝒉→𝟎 𝒉→𝟎
Teorema 2.1 Se f: [0, ∞) → ℝ é uma função contínua por partes e de ordem exponencial,
∞
então existe um número α tal que ∫0 e−st f(t) = ℒ [f(t)] dt converge para todos os
valores s > α.
Resolução
4
∞
∞ 𝑅
−𝑠𝑡 2)
=∫𝑒 (3 + 2𝑡 dt = lim ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 (3 + 2𝑡 2 ) dt
𝑅→∞
0 0
𝑅 𝑅
𝐹(𝑠) = ℒ[𝑓(𝑡)] = lim ∫0 3𝑒 −𝑠𝑡 dt + lim ∫0 2𝑡 2 𝑒 −𝑠𝑡 dt
𝑅→∞ 𝑅→∞
𝑅 𝑅
i) 𝐹1 (𝑠) = ℒ (3) = lim ∫0 3𝑒 −𝑠𝑡 dt = 3 lim ∫0 3𝑒 −𝑠𝑡 dt
𝑅→∞ 𝑅→∞
Para 𝑠 = 0, teremos:
𝑅 𝑅 𝑅
𝑅
3 lim ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 dt = 3 lim ∫ 𝑒 −(0)(𝑡) dt = 3 lim ∫(1) dt = 3 lim t| = 3 lim R = ∞
𝑅→∞ 𝑅→∞ 𝑅→∞ 𝑅→∞ 0 𝑅→∞
0 0 0
Para 𝑠 ≠ 0, teremos:
∞ 𝑅 𝑅
1
𝐹1 (𝑠) = ℒ (3) = ∫ 3𝑒 −𝑠𝑡 dt = 3 lim ∫ 𝑒 −𝑠𝑡 dt = 3 lim ∫ (− 𝑒 −𝑠𝑡 ) d(−𝑠𝑡)
𝑅→∞ 𝑅→∞ 𝑠
0 0 0
1 𝑅
= 3 lim [− 𝑒 −𝑠𝑡 ]
𝑅→∞ 𝑠 0
−1 −𝑠𝑅 1
= 3 lim ( 𝑒 +𝑠)
𝑅→∞ 𝑠
Quando 𝑠 < 0, −𝑠𝑅 > 0; logo o limite é ∞ e o integral diverge. Quando 𝑠 > 0, −𝑠𝑅 < 0;
1
logo, o limite é 𝑠 e o integral converge, então ,
∞ 3
𝐹1 (𝑠) = ℒ (3) = ∫0 3𝑒 −𝑠𝑡 dt =
𝑠
𝑅
ii) lim ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 2𝑡 2 dt
𝑅→∞
5
2 ∞ ∞
𝐹2 (𝑠) = ℒ (2𝑡 ) = ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 2𝑡 2 𝑑𝑡 = 2 lim ∫0 𝑒 −𝑠𝑡 𝑡 2 𝑑𝑡
𝑅→∞
Seja: 𝑢 = 𝑡 2 ⟺ 𝑑𝑢 = 2𝑡𝑑𝑡
1
d𝑣 = 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡 ⟺ 𝑣 = − 𝑠 𝑒 −𝑠𝑡
Então , temos
𝑅
2 1 −𝑠𝑡 𝑅 1
𝐹2 (𝑠) = ℒ (2𝑡 ) = 2 𝑙𝑖𝑚 {[𝑡 ∙ (− 𝑒 )] − ∫ − 𝑒 −𝑠𝑡 2𝑡𝑑𝑡}
2
𝑅→∞ 𝑠 0 0 𝑠
2 1 −𝑠𝑡 𝑅 1 𝑅
𝐹2 (𝑠) = ℒ (2𝑡 ) = 2 𝑙𝑖𝑚 {[−𝑡 𝑒 ] + ∫ 2𝑡𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡} 2
𝑅→∞ 𝑠 0 𝑠 0
Seja: 𝑢 = 2𝑡 ⇔ 𝑑𝑢 = 2𝑑𝑡
1
𝑑𝑣 = 𝑒 −𝑠𝑡 ⟺ 𝑣 = − 𝑠 𝑒 −𝑠𝑡
2 1 −𝑠𝑡 𝑅 1 1 −𝑠𝑡 𝑅 1 𝑅 1
𝐹2 (𝑠) = ℒ (2𝑡 ) = 2 𝑙𝑖𝑚 {[−𝑡 𝑒 ] + [−2𝑡 𝑒 ] − ∫ −2 𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡}
2
𝑅→∞ 𝑠 0 𝑠 𝑠 0 𝑠 0 𝑠
𝑅
−𝑅2 −𝑠𝑅
2𝑅 −𝑠𝑅
2
= 2 𝑙𝑖𝑚 { 𝑒 − 𝑒 + ∫ 𝑒−𝑠𝑡 𝑑𝑡}
𝑅→∞ 𝑠 𝑠2 𝑠2 0
−𝑅2 2𝑅 2 −1 1
= 2 𝑙𝑖𝑚 { 𝑒−𝑠𝑅 − 𝑒−𝑠𝑅 + ( 𝑒−𝑠𝑅 + )}
𝑅→∞ 𝑠 𝑠2 𝑠2 𝑠 𝑠
𝑅2 2𝑅 2 2
= 2 𝑙𝑖𝑚 {− 𝑒−𝑠𝑅 − 𝑒−𝑠𝑅 − 𝑒−𝑠𝑅 + }
𝑅→∞ 𝑠 𝑠2 𝑠3 𝑠3
𝑅2
Para 𝑠 < 0, 2 lim (− 𝑒 −𝑠𝑅 ) = ∞, a integral imprópria diverge.
𝑅→∞ 𝑠
Para 𝑠 > 0, decorre da aplicação iterada de L´Hospital (para cada fracção, derivamos o
numerador e o denominador em função de R para achar o limite do integral), que
𝑅2 −𝑅2 −2𝑅
➢ 2 𝑙𝑖𝑚 (− 𝑒−𝑠𝑅 ) = 2 𝑙𝑖𝑚 ( ) = 2 𝑙𝑖𝑚 (𝑠2 𝑒𝑠𝑅 )
𝑅→∞ 𝑠 𝑅→∞ 𝑠𝑒𝑠𝑅 𝑅→∞
−2
= 2 𝑙𝑖𝑚 (𝑠3 𝑒 𝑠𝑅 ) = 0
𝑅→∞
6
2𝑅 −𝑠𝑅 −2𝑅 −2
➢ 2 𝑙𝑖𝑚 (− 𝑒 ) = 2 𝑙𝑖𝑚 (𝑠𝑒𝑠𝑅 ) = 2 𝑙𝑖𝑚 (𝑠2𝑒𝑠𝑅 ) = 0
𝑅→∞ 𝑠2 𝑅→∞ 𝑅→∞
2
Também, 2 𝑙𝑖𝑚 (− 𝑒−𝑠𝑅 ) = 0 directamente; logo, a integral convergr, e
𝑅→∞ 𝑠3
2 4
2 𝑙𝑖𝑚 ( 3) =
𝑅→∞ 𝑠 𝑠3
4
𝐹2 (𝑠) = ℒ (2𝑡 2 ) = 𝑠3 , para 𝑠 > 0
Finalmente,
3 4
𝐹(𝑠) = ℒ[𝑓(𝑡)] = 𝐹1 (𝑠) + 𝐹2 (𝑠) = 𝑠 + 𝑠3 (Para 𝑠 > 0)
Na prática acha ̶ se a transformada de Laplace de uma função 𝑓(𝑡) por meio da Tabela de
transformada de Laplace.
Onde:
t - é a variável da função, (t ≥ 0)
7
s, a (são constantes) ∈ ℝ com, s > 0 e s > a
Considere – se agora o problema inverso, isto é, dada uma função F(s), determinar uma
função f(t) cuja transformada de Laplace é F(s).
Definição 2.4 (Transformada inversa de Laplace), Segundo Prof. Josemar dos Santos:
Pelo que,
Nestas condições, f(t) designa –se transformada inversa de Laplace da função F(s). A este
respeito a que ter em conta:
▪ Há funções que têm transformada inversa de Laplace, enquanto que outras não são a
transformada de Laplace de nenhuma função.
▪ Se assumirmos que a transformada inversa de Laplace existe, podemos afirmar que a
transformada inversa é única, se verificar –se o seguinte teorema:
Teorema 2.2. Sejam f(t) e g(t) duas funções contínuas para t ≥ 0 que têm a mesma
transformada de Laplace F(s). Então f(t) = g(t) para todo t ≥ 0. Ou seja, se sabemos que
uma dada função F(s) tem transformada inversa contínua f(t), então f(t) é a única função
contínua que é a transformada inversa de Laplace de F(s), isto é, não existe mais nenhuma
função contínua cuja transformada de Laplace seja F(s).
8
Se uma transformada 𝐅(𝐬) não puder ser encontrada na tabela, então deve –se expandir em
frações parciais e escrever 𝐅(𝐬) em termos de funções simples de “s” nas quais as
transformadas são conhecidas.
é conveniente decompor F(s) em frações o mais simples possível. Fazemos isto usando o
método das frações parciais.
𝐐(𝐬) = (𝐬 − 𝐚𝟏 ) ∙ (𝐬 − 𝐚𝟐 ) ∙ ∙ ∙ (𝐬 − 𝐚𝐧 ),
A A
F(s) = s−a1 + ⋯ + s−an .
1 n
s2 + 3s − 6
F(s) =
s(s − 1)(s − 2)
s2 + 3s − 6 A B C
= + +
s(s − 1)(s − 2) s s−1 s−2
9
s 2 + 3s − 6 3 3 2
= − + +
s(s − 1)(s − 2) s s−1 s−2
Segundo Caso: Factores Lineares Repetidos: Se Q(s) tem factores lineares repetidos, a
cada factor linear repetido ax + b que aparece n vezes no denominador, corresponde uma
soma de n fracções parciais da forma
𝐀𝟏 𝐀𝟐 𝐀𝐧
+ ⋯ +
𝐚𝐱 + 𝐛 (𝐚𝐱 + 𝐛)𝟐 (𝐚𝐱 + 𝐛)𝐧
Por simplicidade vamos supor que Q(s) tem um único factor linear (s − a) repetido m = 2
vezes, isto é, em Q(s) aparece o factor (s − a)m . Neste caso Q(s) tem a forma
𝐐(𝐬) = (𝐬 − 𝐚)𝐦 (𝐬 − 𝐛𝟏 ) ⋯ (𝐬 − 𝐛𝐧 )
Se existem mais termos lineares repetidos devemos incluir termos como os dois primeiros da
igualdade acima.
s
F(s) =
(s − 1)2
Como o denominador tem factores lineares repetidos, Q(s) = (s − 1)2 , vamos determinar A
e B,
s A B
= +
(s − 1)2 s − 1 (s − 1)2
s = As − A + B
A =1
−A+B = 0
s 1 1
2
= +
(s − 1) s − 1 (s − 1)2
10
Terceiro caso: Factores distintos do segundo Grau: A cada factor do segundo grau
irredutível ax 2 + bx + c que aparece uma vez no denominador, corresponde uma função da
forma
𝐀𝐱 + 𝐁
𝐚𝐱 𝟐+ 𝐛𝐱 + 𝐜
Quarto caso: Factores repetidos de segundo grau: A cada factor do segundo grau
irredutível ax 2 + bx + c que aparece n vezes no denominador, corresponde uma soma de n
fracções parciais da forma
𝐀 𝟏 𝐱 + 𝐁𝟏 𝐀 𝟐 𝐱 + 𝐁𝟐 𝐀 𝐧 𝐱 + 𝐁𝐧
𝟐
+ 𝟐 𝟐
+ ⋯+
𝐚𝐱 + 𝐛𝐱 + 𝐜 (𝐚𝐱 + 𝐛𝐱 + 𝐜) (𝐚𝐱 𝟐 + 𝐛𝐱 + 𝐜)𝐧
Sejam 𝐹(𝑠) e 𝐺(𝑠) resultados da aplicação do operador ℒ sobre as funções 𝑓(𝑡) e 𝑔(𝑡)
respectivamente e 𝐾, 𝛼, 𝛽 são constantes arbitrárias então:
11
ℒ −1 [𝐹 (𝑛) (𝑠)] = (−𝑡)𝑛 𝑓(𝑡)
𝐹(𝑠) 𝑡
▪ Propriedade (Integral): ℒ −1 [ ] = ∫0 𝑓(𝑢)𝑑𝑢; onde: 𝑢 = 𝑡 − 𝜉; e 0 ≤ 𝜉 ≤ 𝑡.
𝑠
1
ℒ −1 = { }
𝑠(𝑠 2 + 1)
Resolução:
1
ℒ −1 = { }
𝑠(𝑠 2 + 1)
1 𝐴 𝐵𝑠 + 𝐶
= +
𝑠(𝑠2 +1) 𝑠 𝑠2 +1
1 = A𝑠 2 + 𝐴 + B𝑠 2 + 𝐶𝑠
A=1 A=1
{A + 𝐵 = 0 ⇒ {𝐵 = −1
𝐶=0 𝐶=0
1 1 𝑠 1 𝑠
ℒ −1 { } = ℒ −1 { − 2 } = ℒ −1 { } − ℒ −1 { 2 } = 1 − cos t
𝑠(𝑠 2+ 1) 𝑠 𝑠 +1 𝑠 𝑠 +1
1
Logo, ℒ −1 {𝑠(𝑠2 +1)} = 1 − cos t .
Definição 2.5 (Transformada de Laplace de derivadas de funções): Seja, uma função 𝑓(𝑡)
e a sua derivada 𝑓′(𝑡), a transformada de Laplace de 𝑓′(𝑡) segundo a definição será:
12
∞ 𝑅
′ (𝑡) −𝑠𝑡
ℒ[𝑓′(𝑡)] = ∫ 𝑓 𝑒 𝑑𝑡 = lim ∫ 𝑓 ′ (𝑡)𝑒 −𝑠𝑡 𝑑𝑡
0 𝑅→∞ 0
= 𝑠 𝐹(𝑠) − 𝑓(0)
Sendo que lim [𝑓(𝑅)𝑒 −𝑠𝑅 ] = 0 pois a função 𝑓 = 𝑓(𝑡) é de ordem exponencial quando 𝑡 →
𝑅→∞
∞, assim
𝓛[𝒇(𝒕)′ ] = 𝒔 𝑭(𝒔) − 𝒇(𝟎), 𝑠>𝛼 (2.8)
Ora, 𝐹(𝑠) existe por hipótese para 𝑠 > 𝛼 (𝑠𝑒 𝛼 = 0, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑠 > 0 ).
Teorema 2.3. Seja 𝑓(𝑡) uma função real contínua para 𝑡 ≥ 0 e de ordem exponencial 𝑒 𝛼𝑡 .
Seja 𝑓(𝑡)′ uma função seccionalmente contínua em todo intervalo 0 ≤ 𝑡 ≤ 𝑏. Então,
𝓛[𝒇(𝒕)′ ] = 𝒔𝓛[𝑓(𝑡)] − 𝒇(𝟎), 𝑠 > 𝛼.
𝓛[𝒇(𝒕)′ ] = 𝒔 𝑭(𝒔) − 𝒇(𝟎)
Denotamos ℒ{𝑓(𝑡)} por 𝐹(𝑡) . Então, sob condições muito amplas, a transformação de
Laplace da n-ésima, derivada (n=1, 2, 3, ...) de 𝑓(𝑡) é
𝒅𝒏 𝒇
𝓛 { 𝒅𝒕𝒏 } = 𝒔𝒏 𝑭(𝒔) − 𝒔𝒏−𝟏 𝒇(𝟎) − 𝒔𝒏−𝟐 𝒇′ (𝟎) − ⋯ − 𝒔𝒇(𝒏−𝟐) (𝟎) − 𝒇(𝒏−𝟏) (𝟎) (2.9)
𝒅𝒏 𝒚
𝓛 {𝒅𝒙𝒏 } = 𝒔𝒏 𝑭(𝒔) − 𝒄𝟎 𝒔𝒏−𝟏 𝒇(𝟎) − 𝒄𝟏 𝒔𝒏−𝟐 𝒇′ (𝟎) − ⋯ − 𝒄𝒏−𝟐 𝒔 − 𝒄𝒏−𝟏 (2.11)
13
𝓛{ 𝒇′ (𝒕)} = 𝒔𝑭(𝒔) − 𝒄𝟎 (2.12)
𝒅𝒏
𝓛[𝒕𝒏 𝒇(𝒕)] = (−𝟏)𝒏 𝑭(𝒔) (2.15)
𝒅𝒔𝒏
Definição 2.6 (Convolução de funções): sejam f e g duas funções que são seccionalmente
contínuas para todo intervalo fechado limitado 0 ≤ t ≤ b . A função h(t) = f(t) ∗ g(t) é
definida por
14
𝒕
𝒉(𝒕) = 𝒇(𝒕) ∗ 𝒈(𝒕) = ∫ 𝒇(𝝉) ∗ 𝒈(𝒕 − 𝝉)𝒅𝝉 (2.16)
𝟎
1. 𝑓 ∗ 𝑔 = 𝑔 ∗ 𝑓
2. 𝑓 ∗ (𝑔 + ℎ) = 𝑓 ∗ 𝑔 + 𝑓 ∗ ℎ
3. 𝑓 ∗ (𝑘𝑔), ∀𝑘 ∈ ℝ
𝑡
4. 1 ∗ 𝑓 = ∫0 𝑓(𝜏)𝑑𝜏
5. 1 ∗ 𝑓 ′ = 𝑓(𝑡) − 𝑓(0)𝑑𝜏
Nota-se que o resultado da convolução de duas funções é ainda uma função. Por outro lado,
𝑡
se no integral ∫0 𝑓(𝜏) ∗ 𝑔(𝑡 − 𝜏)𝑑𝜏, Realizarmos a mudança de variável,
𝑢 = 𝑡 − 𝜏 ⇒ 𝜏 = 𝑡 − 𝑢 ⇒ 𝑑𝜏 = −𝑑𝑢
𝟎 𝒕
𝒇(𝒕) ∗ 𝒈(𝒕) = − ∫ 𝒇(𝒕 − 𝒖)𝒈(𝒖)𝒅𝒖 = ∫ 𝒈(𝒖)𝒇(𝒕 − 𝒖)𝒅𝒖 = 𝒈(𝒕) ∗ 𝒇(𝒕) (2.17)
𝒕 𝟎
Teorema 2.4 (Teorema da convolução): sejam f e g duas funções que são seccionalmente
contínuas para todo intervalo fechado limitado 0 ≤ t ≤ b e ambas de ordem exponencial eαt .
Nestas condições a transformada de Laplace
ℒ{𝑓(𝑡) ∗ 𝑔(𝑡)}
15
Existe para 𝑠 > 𝛼. Por outro lado,
Usando a notação
Permitindo escrever,
1 1
Exemplo 2.3 : Considere 𝐹(𝑠) = 𝑠2 𝑒 𝐺(𝑠) = 𝑠2 +1 𝑒 𝐻(𝑠) = 𝐹(𝑠) ∗ 𝐺(𝑠),
Resolução:
1 1
ℎ(𝑡) = ℒ −1 { 2
∗ 2 }
𝑠 𝑠 +1
𝑡
= ∫(𝑡 − 𝜏) sin(𝜏) 𝑑𝜏 =
0
𝑡
= [−(𝑡 − 𝜏) cos(𝜏) − sin(𝜏)]| = − sin(𝑡) + 𝑡
0
16
2.4.Resolução de equações diferencias ordinária através da transformada de
Laplace
𝑑𝑛 𝑓 𝑑𝑛−1 𝑓 𝑑𝑓
𝑏𝑛 𝑑𝑡 𝑛 + 𝑏𝑛−1 + ... + 𝑏1 𝑑𝑡 + 𝑏0 𝑓 = 𝑔(𝑡) (2.19)
𝑑𝑡 𝑛
Exemplo 2.4
𝑓 ′ − 5𝑓 = 0; 𝑓(0) = 2.
2
[𝑠𝐹(𝑠) − 2] − 5𝐹(𝑠) = 0 Onde 𝐹(𝑠) = 𝑠−5
17
2 1
𝑓(𝑡)= ℒ −1 { 𝐹(𝑠)} = ℒ −1 { } = 2ℒ −1 { } = 2𝑒 5𝑡
𝑠−5 𝑠−5
Exemplo 2.5
𝑓 ′ − 5 = 𝑒 5𝑡 ; 𝑓(0) = 0.
1 2
[𝑠𝐹(𝑠) − 0] − 5𝐹(𝑠) = Onde 𝐹(𝑠) = (𝑠−5)2
𝑠−5
1
𝑓(𝑡)= ℒ −1 { 𝐹(𝑠)} = ℒ −1 { (𝑠−5)2 } = 𝑡𝑒 5𝑡
Exemplo 2.6
𝑓 ′ + 𝑓 = 𝑠𝑒𝑛𝑡; 𝑓(0) = 1
1
ℒ{𝑓 ′ } + ℒ{𝑓} = ℒ{𝑠𝑒𝑛𝑡}. Ou [𝑠𝐹(𝑠) − 1] + 𝐹(𝑠) = 𝑠2 +1
1 1
𝐹(𝑠) = 2
+
(𝑠 + 1)(𝑠 + 1) 𝑠 + 1
1 1
𝑓(𝑡)= ℒ −1 { 𝐹(𝑠)} = ℒ −1 { (𝑠+1)(𝑠2 +1)} + ℒ −1 { (𝑠+1)}
1 1 1 3 1 1
= ( 𝑒 −𝑡 − 𝑐𝑜𝑠𝑡 + 𝑠𝑒𝑛𝑡) + 𝑒 −𝑡 = 𝑒 −𝑡 − 𝑐𝑜𝑠𝑡 + 𝑠𝑒𝑛𝑡
2 2 2 2 2 2
18
2.4.2. Apresentação dos 3 exemplos com valor inicial de equações
diferencial da segunda ordem
Exemplo 2.7
𝑓 ′′ + 4𝑓 = 0; 𝑓(0) = 2, 𝑓 ′ (0) = 2.
[𝑠 2 𝐹(𝑠) − 2𝑠 − 2] + 4𝐹(𝑠) = 0 Ou
2𝑠 + 2 2𝑠 2
𝐹(𝑠) = 2
= 2 + 2
(𝑠 + 4) (𝑠 + 4) (𝑠 + 4)
𝑠 2
𝑓(𝑡)= ℒ −1 { 𝐹(𝑠)} = 2ℒ −1 { 𝑠2 +4} + ℒ −1 { 𝑠2 +4} = 2𝑐𝑜𝑠2𝑡 + 𝑠𝑒𝑛2𝑡
Exemplo 2.8
𝑓 ′′ − 3𝑓 ′ + 4𝑓 = 0; 𝑓(0) = 1, 𝑓 ′ (0) = 5.
√7 √7
𝑓(𝑡) = 𝑒 (3/2)𝑡 𝑐𝑜𝑠 𝑡 + √7𝑒 (3/2)𝑡 𝑠𝑒𝑛 𝑡
2 2
Exemplo 2.9
𝑓 ′′ − 𝑓 ′ − 2𝑓 = 4𝑥 2 ; 𝑓(0) = 1, 𝑓 ′ (0) = 4.
Pelas transformadas de Laplace, temos ℒ{𝑓 ′′ } − ℒ{𝑓 ′ } − 2ℒ{𝑓} = 4ℒ{𝑥 2 }. Então, utilizando
ambas as equações (2.12) e (2.13) com 𝑐0 = 1 e 𝑐1 = 4, obtemos
8
[𝑠 2 𝐹(𝑠) − 𝑠 − 4] − [𝑠𝐹(𝑠) − 1] − 2𝐹(𝑠) = Ou
𝑠3
19
𝑠+3 8
𝐹(𝑠) = (𝑠2 +
−𝑠−2) 𝑠3 (𝑠2 −𝑠−2)
5 2 1 8
𝑓(𝑡) = ( 𝑒 2𝑡 − 𝑒 −𝑡 ) + (−3 + 2𝑡 − 2𝑡 2 + 𝑒 2𝑡 + 𝑒 −𝑡 )
3 3 3 3
= 2𝑒 2𝑡 + 2𝑒 −𝑡 − 2𝑡 2 + 2𝑡 − 3
20
3. Conclusão
Com realização deste trabalho ficou patente que conhecer a Transformada de Pierre ̵ Simon
Laplace constitui algo indispensável para os estudantes de ciências exactas bem como para os
estudantes de Engenharia, pois a Transformada de Laplace constitui um Operador Linear que
facilita a resolução de Problemas de Equações Diferenciais Ordinárias, estas Equações
modelam fenómenos Físicos e Biológicos. A Transformada de Laplace transforma uma
equação Diferencial Ordinária em uma Equação Algébrica que envolve condições iniciais.
21
4. Referências Bibliográficas
ANDRADE Doherty ̶ Cálculo Diferencial e Integral - Transformada de Laplace;
22