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FACULDADE VALE DO AÇO

ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

JALDA LUCIANA DOS SANTOS RIBEIRO

TRABALHO AVALIATIVO: Cálculo II

Açailândia
2023
JALDA LUCIANA DOS SANTOS RIBEIRO

TRABALHO AVALIATIVO: Cálculo II

Trabalho apresentado à disciplina de


Cálculo II da Faculdade Vale do Aço
como requisito principal para a obtenção
de nota.

Açailândia
2023
Sumário

1 SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA......................................................................4
2 FUNÇÕES HIPERBÓLICAS.....................................................................................6
2.1 Hipérbole Definição..............................................................................................6
3 INTEGRAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS..................................................................7
4 INTEGRAÇÃO IMPRÓPRIA.....................................................................................8
4.1 Definição de Integral Imprópria do Tipo 1...........................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................10
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1 SUBSTITUIÇÃO TRIGONOMÉTRICA

Há meios diferentes para integrar uma função e para cada integral, devemos
identificar qual o melhor dos métodos a aplicar. Somente resolvendo diversos
exemplos para podermos nos familiarizar com cada um desses métodos. No caso de
integração por substituição trigonométrica, um integrante que contenha uma das
formas:

Sendo a uma constante positiva e não tendo nenhum outro fator irracional,


pode ser transformado numa integral trigonométrica mais familiar, utilizando
substituições trigonométricas ou com o emprego de uma nova variável. Para os três
casos acima, utilizamos as identidades trigonométricas:

Ao analisar cada um desses casos separadamente é possível obter no caso

I: Para uma integral que envolva um radical do tipo  , fazemos a mudança de


variável de x para θ. A substituição deve ser apropriada e fica melhor observada no
triângulo retângulo:

Assim,   substitui   por  , pois:


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E pela identidade trigonométrica dada em (1):

Extraindo a raiz de ambos os membros da equação acima:

Justificando a substituição.

No caso II: Para uma integral que envolva um radical do tipo  , fazemos a

mudança de variável de x para θ. Observando o triângulo retângulo:

Temos que:

Assim,   substitui   por  , pois:

E pela identidade trigonométrica dada em (2):

Extraindo a raiz de ambos os membros da equação acima:

No caso III: Para uma integral que envolva um radical do tipo  , é preciso


fazer a mudança de variável de x para θ. Observando o triângulo retângulo:
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Assim,   substitui   por  , pois:

E pela identidade trigonométrica dada em (3):

Extraindo a raiz de ambos os membros da equação acima:

2 FUNÇÕES HIPERBÓLICAS

Análogas de muitas formas às funções trigonométricas relacionam-se com as


hipérboles, ao passo que as funções trigonométricas se relacionam com o círculo.
As funções hiperbólicas simplificam muitas expressões matemáticas e são
importantes em aplicações práticas. São usadas, por exemplo, em problemas tais
como calcular a tensão em um cabo suspenso pelas extremidades, no caso de uma
linha de transmissão elétrica, por exemplo.
Na análise complexa, as funções hiperbólicas surgem como as partes
imaginárias das funções trigonométricas seno e cosseno. Quando são consideradas
como definidas por uma variável complexa, as funções hiperbólicas são funções
racionais de exponenciais e, portanto, holomórficas. A hipérbole é uma figura de
linguagem muito comum utilizada para passar uma ideia de intensidade por meio de
expressões exageradas intencionalmente. Seu uso é muito frequente em obras
artísticas, como em músicas, poesias e filmes, já que é, também, muito vista na
linguagem informal.

2.1 Hipérbole Definição


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Uma hipérbole 𝐻 de focos 𝐹1 e 𝐹2 é o conjunto de todos os pontos 𝑃 do plano


para os quais o módulo da diferença de suas distâncias a 𝐹1 e 𝐹2 é igual a uma
constante 2𝑎 > 0, menor do que a distância entre os focos

2𝑐 > 0. 𝐻 = {|𝑑(𝑃, 𝐹1) − 𝑑(𝑃, 𝐹2)| = 2𝑎}, 0 < 𝑎 < 𝑐, 𝑑(𝐹1, 𝐹2) = 2

A função hiperbólica cosh(𝑥) é definida utilizando a função exponencial 𝑒 𝑥. A


definição começa a partir do cosh(𝑥) pela fórmula: cosh(𝑥) = 𝑒 𝑥 + 𝑒 −𝑥 2 (4.1)
Analisaremos os gráficos das funções 𝑒 𝑥 e 𝑒 −𝑥 , para esboçar o gráfico da função
cosh(𝑥). Quando 𝑥 = 0, temos 𝑒 𝑥 = 1 e 𝑒 −𝑥 = 1, portanto: cosh(0) = 𝑒 0 + 𝑒 −0 2 = 1
+ 1 2 = 1 Agora vamos ver o comportamento da função 𝑓(𝑥) = cosh(𝑥), quando 𝑥
cresce e descrece, isto é, limite de 𝑥 para ∞ e −∞. Vamos reescrever a equação
(4.1), como: cosh(𝑥) = 𝑒 𝑥 2 + 𝑒 −𝑥 2 Para ver como essa função se comporta
quando 𝑥 cresce, usaremos os gráficos das duas funções exponenciais 𝑒 𝑥 e 𝑒 −𝑥 .
Como 𝑥 cresce, 𝑒 𝑥 aumenta rapidamente, mas 𝑒 −𝑥 diminui rapidamente. Assim a
segunda parcela da soma do cosh(𝑥) = 𝑒 𝑥 2 + 𝑒 −𝑥 2 tende a zero, quando 𝑥 se
tornar grande. Portanto, quando 𝑥 fica maior, cos h(𝑥) se aproxima de 𝑒 𝑥 2. Nós
escrevemos isso como: cos h (𝑥) ≈ 𝑒 𝑥 2, quando 𝑥 tende para +∞.

3 INTEGRAIS POR FRAÇÕES PARCIAIS

O método de integração por frações parciais é utilizado para resolver integrais


quando o integrando não pode ser calculado diretamente, por substituição de
variável ou ainda por partes. O método das Frações Parciais é usado para decompor
funções racionais em formas mais simples, normalmente objetivando processos
mais simples de integração ou obtenção de transformadas inversas de Laplace.
Quanto ao método de frações parciais, sua
aplicação se dá mais por meio de manipulação algébrica do que aplicação de
propriedades de integrais em si, como se pode ver na solução da integral:

𝐼 = ∫ 𝑥 2 + 3𝑥 + 4 (𝑥 4 + 2𝑥 2 + 1)(𝑥 3 − 𝑥 2 − 𝑥 + 1) 𝑑𝑥

Para realizar a decomposição por frações parciais, primeiramente é


necessário fatorar o polinômio do denominador em fatores irredutíveis, ou seja,
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potências de polinômios do primeiro grau ou polinômios do segundo grau com raízes


complexas conjugadas:

𝐼 = ∫ 𝑥 2 + 3𝑥 + 4 (𝑥 2 + 1) 2(𝑥 − 1) 2(𝑥 + 1) 𝑑𝑥 Agora, como o grau do


polinômio do numerador é menor que o grau do polinômio do denominador faz-se:
𝐼 = ∫ 𝐴𝑥 + 𝐵 𝑥 2 + 1 𝑑𝑥 + ∫ 𝐶𝑥 + 𝐷 (𝑥 2 + 1) 2 𝑑𝑥 + ∫ 𝐸 𝑥 − 1 𝑑𝑥 + ∫ 𝐹 (𝑥 − 1) 2 𝑑𝑥
+ ∫ 𝐺 𝑥 + 1 𝑑𝑥

Para calcular os coeficientes é necessário ter em mente que as integrais são


a decomposição do integrando, então:

𝑥 2 + 3𝑥 + 4 (𝑥 2 + 1) 2(𝑥 − 1) 2(𝑥 + 1) = 𝐴𝑥 + 𝐵 𝑥 2 + 1 + 𝐶𝑥 + 𝐷 (𝑥 2 + 1) 2 +
𝐸 𝑥 − 1 + 𝐹 (𝑥 − 1) 2 + 𝐺 𝑥 + 1

Multiplicando os dois lados por (𝑥 2 + 1) 2 , cujas raízes são 𝑖 e −𝑖, tem-se: 𝑥 2


+ 3𝑥 + 4 (𝑥 − 1) 2(𝑥 + 1) = (𝑥 2 + 1)(𝐴𝑥 + 𝐵) + (𝐶𝑥 + 𝐷) + (𝑥 2 + 1) 2 ( 𝐸 𝑥 − 1 + 𝐹 (𝑥 −
1) 2 + 𝐺 𝑥 + 1 ).

4 INTEGRAÇÃO IMPRÓPRIA

Na definição de integral definida, consideramos a função integrada contínua


num intervalo fechado e limitado. Agora, estenderemos esta definição para os
seguintes casos: Funções definidas em intervalos do tipo [a, +∞), (−∞, b] ou (−∞,
+∞), ou seja, para todo x ≥ a ou x ≤ b ou para todo x ∈ R, respectivamente. A função
integrada é descontínua em um ponto c tal que c ∈ [a, b].
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As integrais destas funções são chamadas integrais impróprias. As integrais


impróprias são de grande utilidade em diversos ramos da Matemática como por
exemplo, na solução de equações diferenciais ordinárias via transformadas de
Laplace e no estudo das probabilidades, em Estatística.O estudo de integral
imprópria envolve o conceito de integral definida para dois casos: o caso em que o
intervalo é infinito e o caso em que f tem uma descontinuidade infinita em [a, b]. Tipo
1: Intervalos infinitos consideramos a região infinita S que está sob a curva y = 1/x 2,
acima do eixo do x e a direita da reta x = 1. Podemos pensar que como S tem
extensão infinita, sua área deve ser infinita. Entretanto, vamos calcular a área da
parte de S que está a esquerda de x = t.

4.1 Definição de Integral Imprópria do Tipo 1

(a) Se  t a f (x)dx existe para cada número t ≥ a, então:

     t a t a f (x)dx lim f (x)dx


Desde que o limite exista (como um número finito.

(b) Se  b t f (x)dx existe para cada número t ≤ b, então


     b t t b f (x)dx lim f (x)dx
Desde que o limite exista (como um número finito). As integrais impróprias   a f (x)dx e 
 b f (x)dx são chamadas convergentes se os limites correspondentes existem e

divergentes se os limites não existem.


(c) Se ambas   a f (x)dx e   a f (x)dx são convergentes, então definimos:
         a a f (x)dx f (x)dx f (x)dx
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Qualquer número real a pode ser usado. Qualquer uma das integrais
impróprias desta definição pode ser interpretada como uma área, desde que f seja
uma função positiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Boyer, C. B. (2012). História da Matemática. Blusher, São Paulo.

FLEMMING, Diva M.; GONÇALVES, Mirian B. Cálculo A: Funções, limite,


derivação e integração. 6 ed. [S.l.]: Pearson, 2007.

LDB (2011). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Edições Câmara,


Brasília.

Maor, E. (2008). e: A História de um Número. Editora Record, Rio de Janeiro, 5a


edition.

Robert E. Bradley, Lawrence A. D'Antonio, Charles Edward Sandifer. Euler at 300:


an appreciation. Mathematical Association of America, 2007. Página 100.

Stewart, J. (2009). Cálculo, volume 1. Cengage Learning, São Paulo, 6 ed edition.

Talavera, L. M. B. (2008). Parábola e catenária: História e aplicações. Master’s


thesis, Universidade de São Paulo, São Paulo.

VALLE, Marcos Eduardo. Aula 12: Aplicações de Integrais Duplas. 2014.


Disponível em: Acesso em: 18 abril de 2023.

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