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Roos, Stynes
Autor: Pedro Henrique Antunes de Oliveira
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Sumário
1 Nomes e abreviações 3
2 Capítulo 1 4
2.1 Certos tipos de EDP . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Operadores diferenciais lineares de segunda ordem . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Problema bem posto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.4 Equação Característica de Primeira ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.5 Obtenção de soluções exatas, método de Fourier e transformadas integrais 12
2.6 Princípio do Máximo, solução fundamental, função de Green e domínios
de dependência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2
1 Nomes e abreviações
3
SPG sem perda de generalidade
SUBSEQ subsequência
2 Capítulo 1
Exemplo 1. (Equação do calor) Temos uma temperatura T = T (x, t) distribuida, não
uniformemente, ao longo de um espaço x ∈ Ω e através do tempo t. Neste caso, como a
distribuição da temperatura é não uniforme, há um fluxo de energia J = J(x, t) que tenta
balancear a temperatura. Assuma:
• Não há conveccção.
sendo que σ é uma constante que depende do material. Em cada subdomínio Ω̃ ⊂ Ω, vale
a lei de conservação de energia:
Z Z Z
d
γρT = − ⃗n · J = σ⃗n · ∇T,
dt Ω̃ ∂ Ω̃ ∂ Ω̃
∂T
γρ = div(σ∇T )
∂t
Observação 1. A equação do calor (sem fonte, sem dreno, sem conveccção) é deduzida
com um combinado, então, de:
• Lei de Fourier.
4
• Conservação de energia em cada subdomínio.
• ut − ∆u = f (Equação do Calor).
n
X ∂ 2u
Lu := ai,j (x)
i,j=1
∂xi ∂xj
5
sendo que ai,j = aj,i , ou seja, se colocarmos A(x) = (ai,j (x))1≤i≤n,1≤j≤n (função matri-
cial n × n), temos
Lu = tr(A(x)T ∇2 u(x))
• O operador diferencial L é dito ser parabólico num certo ponto x se A(x) admite
um, único, auto-valor nulo e todos os demais do mesmo sinal (ou seja, o autovalor
0 deve existir e com multiplicidade 1; os demais autovalores devem ser de um certo
mesmo sinal).
• O operador diferencial L é dito ser hiperbólico num certo ponto x se A(x) for
invertível, mas o sinal de um, único, autovalor é o contrário do sinal dos outros
demais autovalores. Ou seja, há um certo autovalor λ ̸= 0 de multiplicidade 1 cujo
sinal é σ e todos os demais autovalores de A(x) tem sinal −σ.
(Cu)(x) := c(x)u(x).
e são classificadas, em cada ponto, de acordo com a classificação de L como feito acima.
Tais EDPs são as EDPs lineares de ordem 2 (ou menos caso L seja nulo por exemplo).
6
Exemplo 2. (Equação de Tricomi)
∂ 2u ∂ 2u
x2 2 + 2 = 0
∂ x1 ∂ x2
Aqui
x2 0
A=
0 1
• É parabólica para x2 = 0.
u − ∆u = f
ut − ∆u = f.
Aqui
0
−1
−1
A=
−1
...
−1
7
Exemplo 5. (Equação da Onda)
utt − ∆u = f.
Aqui,
1
−1
−1
A=
−1
...
−1
Exemplo 6.
∂ 2u
= f.
∂x1 ∂x2
Aqui,
1
0 2
A= .
1
2 0
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Definição 2. (informal) O problema acima está bem posto se tem solução e se pequenas
variações em f levam a pequenas variações na solução x.
n X
n
X ∂w ∂w
ai,j = 0. (1)
i=1 j=1
∂xi ∂xj
Se w é uma solução de (1), C ∈ w(G) e Γ é uma superfície que cumpre w(x) = C para
todo x ∈ Γ, então Γ é chamada de característica de L. Aqui, G é um aberto qualquer
subconjunto do domínio dos ai,j .
⟨A∇w | ∇w⟩ = 0.
Observação 6. O termo “característica”, às vezes, parece ser usado para falar da superfí-
cie, mas também para ser usado para falar de uma parametrização de uma superfície.
9
característica Γ, prescrever condições iniciais arbitrárias:
∂u
u|Γ = ϕ, = ψ,
∂λ Γ
sendo que λ(p ∈ Γ) é um campo de direções não tangenciais com relação à superfícia Γ
(i.e. ∀p ∈ Γ, λ(p) ∈
/ Tp Γ). Sabe-se que é necessário que estas condições iniciais cumpram
mais condições.
ut − uxx = 0.
Aqui
0 0
A= .
0 −1
10
Observação 7. Aqui, vale ressaltar, dentro deste examplo, que eu não me lembro
bem da teoria das características. Uma forma de por é que elas são superfícies
de dimensão exatamente n − 1, sendo n = 2 neste caso. O que acontece aqui é
que w ≡ 4 é solução da equação característica aqui. Assim, podemos ter que Ω
inteiro é uma característica da equação, de acordo com esta definição dada pelo
livro. Talvez o livro tenha em mente, implicitamente, que a ideia de superfície é
algo de dimensão n − 1 sendo n a dimensão do espaço que ela está. Pensando em
superfícies de dimensão n − 1, de fato, pode-se provar que as características são
exatamente as retas verticais. Isso é feito usando, essencialmente falando, o fato de
que f : (s, r) → IR diferenciável que cumpre f ′ (x) ̸= 0 pra todo x ∈ (s, r), então f
é estritamente crescente ou estritamente decrescente.
utt − uxx = 0.
Aqui:
1 0
A=
0 −1
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como se prova isso. E também não me lembro (ou mesmo não sei) como se resolve esta
equação acima. Aqui, t ≡ cte não é uma característica. Por isso (afirma o livro) podemos
∂w
prescrever condições iniciais u|t=0 = ϕ e ∂ λ t=0 = ψ que isso não será, por este motivo,
impedimento para termos um problema bem posto.
Estas considerações servem para indicar que a resposta sobre se um problema de EDP
está bem posto ou não deve ser dada levando em consideração o tipo de equação de acordo
com a classificação acima, quando cabível.
Fato 2. É sabido que a seguinte combinação de tipos são as que dão origens a problemas
bem postos.
Observação 9. O que segue é, no nível deste livro, algo informal, mas com respaudo
teórico (no sentido de ser possível estudar melhor, isto que segue, em outros cursos). Não
só isso, o que segue são procedimentos primariamente simbólicos que fazem sentido de
acordo com a teoria vigente. Estes procedimentos, por mais que façam sentido, são não-
rigorosos. Eles usam teorias vigentes como indicadores para certas deduções plausíveis,
mas que precisam ser justificadas de algum outro modo alternativo (em muitos casos,
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diferentes de teoria usada como indicador para a dedução feita). Isso ficará mais claro
depois.
Observação 10. O que está sendo feito aqui é algo parecido com o que foi feito no curso
de EDP para a obtenção de soluções. Uma coisa legal é que, já tendo feito as coisas do
curso de EDP, dá para entender um pouco melhor o que está acontecendo. Este livro
coloca o procedimento em chãos mais formais, por mais que ainda seja tudo simbólico
e não-rigoroso, estritamente falando. Lendo esta seção, entendi algumas coisas que não
estavam claras para mim no curso de EDP.
u|∂Ω = 0.
Quando se quer resolver uma EDP com tais condições de contorno, estas costumam
entrar como parte da definição de um espaço. Por exemplo:
F = {u : Ω → IR : u ∈ C 2 (Ω), u ≡ 0 em ∂Ω}.
Observação 11. Vale observar aqui que isso é apenas um exemplo de um F possível.
Abaixo, vou usar o termo F , mas não necessariamente estarei falando deste daqui. A
13
ideia é apenas que existe um certo espaço de funções apropriados que está por trás das
contas. Este espaço será o domínio do meu operador diferencial (espacial) em questão e
estou interessado em decomposições espectrais deste meu operador neste domínio.
f = Lu
sendo L um certo operador diferencial e f uma certa função, talvez C 0 , talvez L2 , etc. No
caso de uma equação parabólica:
ut = Lu + f.
∞
X
Lu = λi ⟨u | ei ⟩ ei
i=1
de L e {λn }∞
n=1 são todos os autovalores não-nulos de L.
e
fi (t) = ⟨f (t) | ei ⟩ .
A separação de variável espacial versus temporal é importante aqui. Existe uma premissa
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que possa se fazer
∞
X
f (t) = fi (t)ei .
i=1
Observação 12. Isso é curioso. Não sei se faz sempre sentido isso. Acho que não. Por
exemplo, no caso de F já incorporar as condições de contorno, como fiz no exemplo
acima, estas autofunções, todas, cumprirão as condições de contorno. Daí f também
terá de cumprir as condições de contorno. No curso de EDP do Roberto, acho que isso
acontecia também. Era necessário que f pudesse ser expandido na BON em questão, e
ela tinha as condições de contorno
∞
X ∞
X
λi ui ei = fi e i .
i=1 i=1
ui = λi −1 fi .
∞
X ⟨f | ei ⟩
u= ei
i=1
λ i
∞
X ∞
X ∞
X
u′i (t)ei = λi ui (t)ei + fi (t)ei ,
i=1 i=1 i=1
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Ponha ϕi = ⟨ϕ | ei ⟩. Precisamos então resolver as EDOs:
u′ (t) = λui (t) + fi (t)
i
ui (0) = ϕi
(usando ψi = ⟨ψ | ei ⟩).
ut − ∆u = f, t ∈ (0, Tf ), x ∈ Ω;
u|t=0 = ϕ(x), x ∈ Ω;
u|∂Ω = 0, ∀t.
Observação 13. O livro afirma ser comum, em vários casos, conseguir λn ≥ 0, ∀n.
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Daí −∆un = Lun = λn . Suponha que consiga:
∞
X
f (x, t) = ⟨ft | un ⟩ un .
i=1
Observação 14. Esta expansão será de interesse para uma avaliação ponto-a-ponto para
gente, mas a princípio de conversa, estamos falando de convergência em L2 acima. Lem-
brando que estamos interessando neste procedimento como fonte de soluções candida-
tas.
∞
X
u(x, t) = cn (t)un (x).
n=1
Observação 15. Mais uma vez, a teoria aqui em questão nos permite falar de convergên-
cia dessa série em L2 . De modo um pouco mais formal, deveríamos fazer algo como
∞
X
u(t) = cn (t)un
n=1
cn (0) = ⟨ϕ | un ⟩ .
∞
X ∞
X Z t
−λi t
u(x, t) = ⟨ϕ | ui ⟩ ui (x)e + ui (x) e−λi (t−s) fi (s)ds.
i=1 i=1 0
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O que pode ser feito agora é tentar mostrar a convergência via outros métodos, talvez uma
convergência uniforme aconteça em cada compacto, por exemplo. Coisas como o teste-
M de Weierstrass pode ser usado aqui. Talvez possa ser aplicado algo dentro de teorias
mais avançadas também. A ideia, no geral, é usar as técnicas espectrais para obtenção de
soluções candidatas. A prova de que a candidata obtida de fato é uma solução é feita de
outra forma.
−∆u = f, u|∂Ω = 0
∞
X
f= ⟨f | ui ⟩ ui (L2 )
i=1
∞
X
u= ci ui (L2 )
i=1
∞
X
−∆u = λi ci ui (L2 ).
i=1
∞
X ⟨f | ui ⟩
u(x) = ui (x).
i=1
λ i
utt − ∆u = f, u|∂Ω = 0,
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Temos a mesma premissa de conseguirmos um sistema de autofunções {un }∞
n=1 ON para
o operador L = −∆, num certo espaço apropriado, com autovalores associados {λn }∞
n=1 .
Fazemos a expansão:
∞
X
f (t) = ⟨f (t) | ui ⟩ ui (L2 ),
i=1
∞
X
u(t) = ci (t)ui (L2 ),
i=1
∞
X
−∆u(t) = λi ci (t)ui (L2 ),
i=1
e
∞
X
utt (t) = λi c′′i (t)ui (L2 ).
i=1
Ponha ⟨f (t) | ui ⟩ = fi (t). Isso nos dá a seguinte equação que queremos que seja verdade:
∞
X
[c′′i (t) + λi ci (t) − fi (t)] ui = 0.
i=1
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Isso nos dá a seguinte solução candidata:
∞ ∞
X p X ψi p
u(x, t) = ϕi cos( λi t)ui (x) + √ sin( λi t)ui (x)
i=1 i=1
λi
∞ Z t
X 1 p
+ √ sin( λi (t − s))fi (s)dsui (x)
i=1
λi 0
Observação 16. Acho que isso é uma versão generalizada do que aprendi sob o nome de
“separação de variáveis”.
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mπ 2 nπ 2
Exemplo 13. Ω = (0, a) × (0, b), a, b > 0, u|∂Ω = 0; λm,n = a + b , um,n (x) =
√2 sin mπx1 sin nπx2 .
ab a b
Observação 19. Obtidas as soluções candidatas, queremos ver condições para que estas
sejam de fato soluções clássicas ou generalizadas.
• Algo a se ter em mente, no entanto, é que certos operadores podem virar de coefi-
cientes constantes após algum tipo de mudança de variáveis.
Exemplo 14. Problema de Cauchy para a equação do calor - exemplo com a aplica-
ção da transformada de Fourier
e vale
∂jk g (ξ) = (iξj )k ĝ(ξ).
\
21
Obtemos, aplicando a transformada de Fourier:
∂t û − ∥ξ∥2 û = 0,
û|
= ϕ̂.
t=0
2
A solução então fica sendo û(ξ, t) = ϕ(ξ)e−∥ξ∥ t . Via transformada inversa de Fourier,
obtemos a solução candidata, conhecida como Fórmula de Poisson:
!
− ∥x − y∥2
Z
1
u(x, t) = √ m ϕ(y) exp dy.
4πt IRm 4t
Observação 21. Ainda precisamos estudar as condições para que esta solução candidata
seja de fato uma solução (clássica ou generalizada) da equação. O livro dá uma referência
sobre essas condições (referência rotulada como [Mic78] no livro – que parece ser algo
em Alemão).
tem uma característica curiosa. Ela diz que, não importa o quão próximo é t(> 0) de 0,
a temperatura u(x, t) sofrerá influência de todo ϕ não importando x. É como se, instan-
taneamente, as condições iniciais dadas por ϕ surtissem efeito no espaço inteiro. Claro,
para t ≈ 0, o efeito é negligenciável pois
!
− ∥x − y∥2
exp ≈0
4t
para x longe de y e t ≈ 0.
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2.6 Princípio do Máximo, solução fundamental, função de Green e
domínios de dependência
X ∂ 2u X ∂u
(Lu)(x) := − ai,j (x) + bi (x) + c(x)u(x).
i,j
∂xi ∂xj i
∂x i
Pondo A(x) = (ai,j (x)), b(x) = (bi (x)), assumimos A, b, c limitadas, assumimos A(x) =
A(x)T (simetria do operador) e assumimos que existe λ > 0 tal que para todo v ∈ IRn ,
⟨Av | v⟩ ≥ λ ∥v∥2 (elipticidade do operador).
com
A(x) = A(x)T , ∀x ∈ Ω;
2
∃λ > 0 : ⟨A(x)ξ | ξ⟩ ≥ λ ∥ξ∥ , ∀ξ ∈ IRn , ∀x ∈ Ω;
A, b, c ∈ L∞ .
Observação 24. Eu estava com dúvida se o livro está assumindo continuidade das fun-
ções coeficientes, ai,j , bi , c. O livro não pede. Ele apenas diz que assume coeficientes
limitados. Olhando a demonstração do princípio do máximo do Evans, vejo que não
precisa da continuidade mesmo.
(Lu)(x) ≤ 0, ∀x ∈ Ω
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então
max u(x) ≤ max x ∈ ∂Ωu(x).
x∈Ω
Observação 26. Uma dúvida que eu tive que o livro não parece deixar claro, mas, ao
mesmo tempo, não parece ser importante. Os domínios de f e g são esses mesmos? Ou
é necessário ter g : Ω → IR? No caso de f eu sei, por causa de outros cursos que,
comumente, não assumimos f necessariamente definida no bordo. De todo modo, isso
não afeta em nada o que segue. Em certos casos, dependendo do teorema, vai ser pedido
que g esteja definido em todo o Ω. Neses casos, eu coloco isso explicitamente.
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entes). No entanto, nem sempre (3.2) tem solução. Se tem, é única. Na prática, alguns
motivos encontrados que impedem (3.2) de ter solução.
• O bordo Γ = ∂Ω de Ω pode não ser suave o suficiente (será definido o que é isso
logo a seguir).
• Os dados do problema não são suaves o suficiente (aqui não sei se o livro se refere
apenas às funções f, g ou se inclui, também, A, b, c).
Definição 5. Um domínio (i.e. aberto do IRn ) limitado é dito pertencer à classe C m,α
(α ∈ (0, 1], m ∈ N0 ) se existe um certo número k ∈ N de bolas K1 , K2 , ..., Kk abertas
tais que:
(ii) ∂Ω ⊂ ∪ki=1 Ki .
(iii) Para cada i ∈ {1, 2, ..., k} existe uma função fi : Ki → IRn de classe C m,α (Ki ) tal
que:
(a) fi é injetora em Ki ,
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Observação 29. Vale a pena lembrar a definição dos espaços C(Ω), C(Ω), C m,α (Ω)
aqui.
2. C(Ω) é o espaço das funções f ∈ C(Ω) que admitem uma extensão contínua para
o bordo.
3. Definimos indutivamente C 0 (Ω) = C(Ω) e C m+1 (Ω) com o o espaço das funções
f ∈ C m (Ω) tais que para todo i ∈ {1, 2, ..., n} ∂i f existe e está definida em todo o
Ω e, além disso, cumpre ∂i f ∈ C m (Ω).
4. Definimos indutivamente C 0 (Ω) = C(Ω) e C m+1 (Ω) como o espaço das funções
f ∈ C m (Ω) tais que, para todo i ∈ {1, 2, ..., n}, ∂i f está definida em todo Ω e
cumpre ∂i f ∈ C m (Ω).
Observação 30. Vale observar que sempre, não importa se em C m (Ω) ou em C m (Ω)
estamos falando de funções com domínio em Ω, a princípio de conversa. A possibilidade
de extensão, e suas características, que distingue C m (Ω) e C m (Ω).
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Banach com a norma ∥·∥m,α , dada por:
X
∥f ∥C m,α (Ω) = ∥f ∥C m (Ω) + Hα (∂I f )
|I|=m
sendo
X
∥f ∥C m (Ω) = ∥∂I f ∥L∞ (Ω)
|I|≤m
e
|g(x) − g(y)|
Hα (g) = sup
x,y∈Ω,x̸=y ∥x − y∥α
Observação 31. Domínios Ω de classe C 0,1 são comumente chamados de domínios com
bordo regular ou domínios lipschitzianos.
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Não vou tentar dar definições apropriadas para a medida de Lebesgue no bordo pois não
entendo o suficiente. A medida em questão quando se fala que o vetor normal unitário está
definido em quase todo ponto do bordo também é a de Lebesgue natural neste bordo.
Considere o problema
Lu = f, em Ω,
(3.2)
u = g, em ∂Ω.
Suponha:
(i) c ≥ 0.
Observação 33. (Dúvida) O livro pede regularidade C 0,α dos dados do problema de
contorno (3.2). Eu estou assumindo que isso inclui todos: ai,j , bi , c, f, g. Talvez inclua
somente f, g. Não parece que ai,j , bi e c entram no que se considera dados do problema.
Porém, não tenho certeza. Também estou assumindo que g precisa estar definida em todo
Ω. Fica como ponto de dúvida.
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de regularidade desejada. O livro exemplifica esse fenômeno. Antes de ir para o exemplo,
umas contas sobre o operador Laplaciano em coordenadas polares serão registradas.
vx = ur rx + uϕ ϕx , vy = ur ry + uϕ ϕy ,
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