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Realizadores
Jacinta Laissone
Geógrafa - Técnica do Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental e
Coordenadora do estudo
Maria Angelica Manhenje
Agrónoma - Técnica da Faculdade de Agronomia
José R. Matola
Eng. Civil - Técnico da Direcção Nacional de Águas
Colaboradores
Marcelino M. Foloma
Eng. Florestal - Técnico da Direcção Provincial de Agricultura e Pesca de Tete
Helena Nhaca Magaia
AMA - Agente do Meio Ambiente em Tete
1. Introdução
A região da albufeira parece ser terra sem ninguém, as comunidades locais perderam a
posse das terras das margens da albufeira. As licenças para a exploração do peixe
Limnothrissa miodom vulgarmente conhecido por kapenta, não são somente passada
pelo sector de administração pesqueira na DPAP de Tete, que simultaneamente devia
ser o principal fiscalizador.
Os pescadores saem de Maputo para a albufeira de Cahora Bassa, dando início das suas
actividades sem se apresentarem às estruturas provinciais e tão pouco às distritais." Isto
faz com que haja desmandos na região. Quando queremos exigir o mínimo de
comprimento do regulamento estabelecido, eles simplesmente desprezam-nos"
lamentou um técnico de SPAP em Tete.
………………………………….
4.2 Pesca
Tabela 2.
Quem chega a noite e pela primeira vez na albufeira de Cahora Bassa pode pensar que
está diante de uma bela e grande cidade moderna e bem iluminada. E no dia seguinte,
durante o dia poderá não ver nada! É a iluminação de uma centena de barcos de pesca
em intensa actividade de captura do peixe kapenta.
São cerca de 122 embarcações legais que realizam a captura do peixe kapenta. Segundo
o Chefe dos Serviços Provinciais de Administração Pesqueira de Tete, para a
fiscalização eficiente dessas embarcações seriam necessários 122 fiscais na razão de um
para cada embarcação.
Tabela 3
1994
Os pescadores artesenais não constituem grande perigo na gestão desta espécie, tendo
em conta que a população nativa viveu sempre desse recurso. Nesses últimos dias
começam a conflitos entre os artesenais e os semi-industriais. A população sente-se
ameaçada porque está certa de que um esse recurso vai esgotar. Os pescadores locais
não necessitam de licença porque a comunidade é a primeira beneficiária dos seus
recursos locais, segundo afirma o projecto Tchuma Tchato. Mas o importante é que
eduquemos de modo a melhorar a sua capacidade de conservação e gestão.
O peixe kapenta tem um período de gestação de 7 dias e entre 6 a 7 meses de vida e com
uma capacidade de reprodução muito elevada. Findo este período o peixe morre.
O peixe de Cahora Bassa é um importante recurso natural que com regulamentos pode
ser sustentavelmente utilizado. O pequeno kapenta é o único que pode ser facilmente
conservado e vendido.
Tebala 4
PRODUÇÃO DE KAPENTA
Tabela 5
1994 4 9
Fonte: Tabela 5
Nesta região verificamos que apesar de todo o esforço feito pelo governo no âmbito de
zoneamento, os acampamentos informais estão a ser estabelecidos por alguns
pescadores em lugares sensíveis acompanhado de intensiva destruição da flora e por
corte indiscriminado das árvores e limpeza da área.
Esta afirmação suscitou dúvidas: Será que realmente o kapenta não poderá esgotar a
médio prazo à semelhança do que aconteceu no lago karibe?
A produção por cada empresário não é definida na licença, apenas se fazem referências
aos 25ha que cada pescador deve ocupar para construção do acampamento. A licença
tem a duração de um ano, com possibilidades de se renovar. A produção de kapenta
varia de acordo com as épocas do ano. As produções são elevadas no verão que no
inverno. Em média explora-se entre 1 a 5 toneladas por dia.
Organizações Kapenta
Esta empresa foi fundada em 1994 após a separação com empresa SAFARI'S, com a
qual estava associada desde 1993.
A organizações kapenta tem a sua representação na cidade de Tete, chefiada pelo sr,
Frank. A empresa possui 40 trabalhadores efectivos e 100 eventuais.
Em 1994 operava com um barco apenas, tendo adquirido dois em 1995 e outros
totalizando cinco barcos. Este número viera a diminuir em 1997 com o afundamento de
um barco, que segundo o gerente da empresa não ouve vítimas humanas.