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A tua pertensão, trabalha embora Sem que molhe o papel amargo pranto,
Por fazer imortal a tua fama. Sem que rompa a leitura alguns suspiros.
Levanta um edifício em tudo grande,
Um soberbo edifício, que desperte 30 — Chegou à nossa Chile a doce nova
345 — A dura emulação na própria Roma. De que real infante recebera,
Em cima das janelas e das portas Bem digna de seu leito, casta esposa.
Põe sábias inscrições, põe grandes bustos, Reveste-se o baxá de um gênio alegre
Que eu lhes porei, por baixo, os tristes nomes E, para bem fartar os seus desejos,
Dos pobres inocentes, que gemeram 35 — Quer que, a despesas do senado e povo,
350 — Ao peso dos grilhões, porei os ossos Arda em grandes festins a terra toda.
Daqueles que os seus dias acabaram, Escreve-se ao senado extensa carta
Sem Cristo e sem remédios, no trabalho. Em ar de majestade, em frase moura,
E nós, indigno chefe, e nós veremos E nela se lhe ordena que prepare,
A quais destes padrões não gasta o tempo. 40 — Ao gosto das Espanhas, bravos touros;
Ordena-se, também que, nos teatros,
Os três mais belos dramas se estropiem
Repetidos por bocas de mulatos;
Não esquecem, enfim, as cavalhadas.
CARTA 5ª 45 — Só fica, Doroteu, no livre-arbítrio
Em que se contam as desordens feitas nas festas que se celebraram nos desposórios Dos pobres camaristas, repartirem
do nosso sereníssimo infante com a sereníssima infanta de Portugal. Bilhetes de convites, pelas damas.