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A re.dacçStô recebe qualquer artigo de As communicaçOes e reclamações, que
interesse publico religioso, sendo porém houverem de ser feitas a redacçao, recebem-
publicado o que estiver concebido de accòrdo se na typographia em que se imprime o
com o programma deste periódico. Apóstolo.

PERIÓDICO RELIGIOSO, mORAL E DOUTRINÁRIO- CCNSJ.GRA00 AOS INTERESSES DA RELIGIÃO E DA SOCIEDADE.


Dum lucem habelis, credite
'Mo in luerm.
S. 12.30.

Publica-se aos domingos. Assigna-se na Typographia de N. L. Vianna & Filhos, rua cVAjiida n. 79.
Anno I. DOJIlaGO, 4 de Fevereiro de 1866. N. 5.

vosso coração, o dahi oxpellom o santo temor morada e permaneça, qual vigilanto sontinél-
l)omiiiga (Ba ^cuLEigesIma. Ia, para repellir os assaltos dos inimigos de
de Deus, consequentemente, Ioda a idéia do;
S. Luc. Cap. 8. bem, lodo o sentimento da virtude ?l Qüán-f; vossa salvação, o vencedores pela cfiicacia
tas vozes eila cabe sobre o pedregulho, isto é. dossa palavra, procurai guardal-a sempre com
k. Ecomojiouvcsso concorrido um cresci- não se enraisa cm vosso coração, porque pou- vosco, certos do que possuis o mais precioso
do numero do povo, o acudissem solícitos á co depois é esquecida com tanla preslesa, com dos thesouros.
ello das cidades, lhes disso Jesus por somo- quanto praser foi á principio ouvida?! Quan-
Ihanca.
* tas vezes entre os espinhos, isto é, é sòffoÇa-
5. Sábio o que semea, a semear o seu grão: da em vosso coração pela concupisccncia,
e ao sémeal-o, uma parlo cabio junto ao ca- amor desordenado das riquesas, ambição das O APÓSTOLO.
minho, e foi pisada, ca comerão as aves do honras c dignidades, c finalmente pela tosa-
céo. ciabilidade dos gosos o deleites momentâneos
6. E outra cabio sobro pédregullío: o quão- de uma existência precária, c que bem como A toleraaieSa Kcliàâosa.
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ilo foi nascida se seccou, porque não linha hu- a luz quo so cxlinguo ao sopro da mais sua-
veo ligeira brisa, assim lambem cila se ex- lü
niidatlo.
m 7. 12 a outra cahio ontre espinhos, o lifgo lingue ao sopro da morto ; c quo se não foi
modelada pebs dictames da palavra divina ! .Temos acompanhado com lodo o interesso
os espinhos quo nascerão com ella a affo- vós arrojará sem remédio nasprofumlesas dos as discussões do grande c patriótico pensamen-
gárâo, inferna.es abysmos, onde uma eternidade do to que ha reunido os nossos concidadãos para
8. E a outra cahio em-boa torra; o depois o projecto do uma associação colonisadora.
penas será o justo castigo do vossos delidos Applaudimos do lodo o coração que os ho-
do nascer deo frueto, cento por um. Oito isto, quando uma eternidade do gosos devia n po-
começou a dizer cm alta voz: Quem lem ou- dia ser, senão a herança de vosso Pao Ceies- pie tis do diversas classes o posições levem as
vidos de ouvir, ouça. liai, quo despedaçando os vergonhosos gri- luzes de seu saber é do sua experiência á um
9. E cnlào os seus discípulos lhe pergun- IhÕcs da culpa, abrio-vos as portas do reino foco do esperanças bom lisongeiras para o
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larão, que queria dizer esla parábola. do céo que cslavào feixadas desde o crime do paiz; o seja-nos licito, á nós, que lambem
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fazemos parle delle, c quo representamos na
primeiro dcliquento, a recompensa ao menos
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10. Ello lhos respondeo: a vós foi vos con- imprensa um dos maiores elementos, cm que
cedido conhecer o mysterio do reino de Deus,¦ do vossa virtude?! .
Ah! Calholicos! assim como o lavrador re- devem assentar as bases desse projecto, jiycn-
mas aos outros se lhes falia por parábolas: lurarmos algumas considerações, como Brasi-
volvendo o seio da terra, humedecendo-a com
para que vendo não vejão, e ouvindo não cn- leiros o como Sacerdotes.
tendâo. • as bagas do seu suor, a prepara para quo a
11. E' pois este o senlido da parábola: a semente não se perca; mas pelo contrario lho j Concluindo o sen luminoso discurso, disso
semente c a palavra do Deus. dê bons fruclos que compensom seus esforços,, o Sr. Conselheiro Paula c Souza que «so a
correspondüb aos seus: sacrifícios, o levem a associação formular os estatutos com o fim do
12. A que cabe á borda do caminho sào fartura, e abastança ao seio do sua familia : pôr o emigrante em relação com o paiz, c o
aquelles quo a ouvem: mas depois vem o dia- assim lambem preparai o vosso coração, para -relação
paiz em com ello, lera prehenchido a
bo e tira a palavra do coração delles, porque que, a. palavra divina, que é a semente, quan- sua missão, satisfazendo uma das mais delli-
não sé salvem crendo. do ahi semeada, crie profundas raízes, e re- ceis exigências da emigração.» Folgamos com
13. Quantoáquocahoem pedregulho: seg- gada pelas lagrimas de vosso arrependimen- ler esla propoziçâo emittida por uai illustre
niíica os que recebem com gosto a palavra, to, produsa fruclos do penitencia c salvação. estadista, quo tem cm suas mãos as rédeas do
quando a ouvirão*, oestes nào tem raízes, quo não só eorrespomião ao ardonlo desejo governo, o sobretudo quo ella merecesse os
porque até certo tempo crêem, c no tempo da que eleveis nutrir, do serdes felises no amor apoiados o applausosdos conspicuoseircums-
tentação«
voltão atras. o posse do summo bem, so não* tambom aos tantos, quo a ouvirão: folgamos, sim, porquo
1 h. E a quo cahio entre espinhos: estes são generosos.sacrifícios de um Deus, que oceul- antes de ludo aconselhão o bom sonso, o de-
os que a ouvirão, porém indo por dianto, fieão lando a sua gloria, escondendo a sua magos- sejo sincero de fazer alguma cousa, allcnder
soíTocadòs dos cuidados o das riquesas e de- tado, e abalendo-sealó ao homem, reveslio-so as circumslancias do paiz, sua índole, sua na-
leites desta vida, e nâo dão frueto. < de vossa carne, fez-se homem a yússii ima- lurcza, seus usos, seus costumes, stôjjs ideas.
gem e semelhança, sendo ao mesmo tempo A colonisação é uma íransplanlação, per mil-
4 5. Mas a que cahio em boa terra; estes lâo verdadeiro Deus quanto era verdadeiro la-sc-nos o termo, de homens acostumados a
sào os quo ouvindo a palavra com coração homem, o quo se como Deus não podia expi- outros climas, a outros usos, a outros hábitos,
bom, o muito são, a relocm, e dão frueto pela rar no meio dos horrores do um patibulo para para uma região diversa daquellà cm que nas-
paciência. j c. nsummar a regeneração da humanidade, ceiâo e habilão.
A parábola do presente Evangelho, Calho- como homem, sujeita-se a morte mais affron- Não basta, cremos nós, excitar-lhes o pru-
licos, acha-se ahi mesmo explicada com toda tosa para satisfazer á justiça de seu Eterno rido da emigração, estabelecer a corrente
a claresa pela Sabedoria Eterna : resta vos Pae. delia, em maior ou menor escala; convém an-
pois, que do tão lilil quão proveitoso ensino Purificai a vossa alma de todas as impuro- tes de tudo allcnder:
saibaes tirar todo o partido em ordem a pre- sas que a corrompem, e a piivâo de produzir- Io A maior somma do benefícios queim-
parar o vosso coração para que nelle frueti- sasonados fruclos, desafiando sobro vós a co-
portarão os CuJonos;
fique a .semente, que é a palavra divina. lera divina: feiehai vossos ouvidos á lingua-
Porém quantas vezes por enfelieidado vos- gem seduclora, e mentirosa do século que vos 2o Os que se lhes pôde promover c ga-
sa, essa palavra destinada a produzir em ?os- arraslra muitas vezes á preferir seus falsos ranlir.
so coração os copiosos fruclos dos dons do dictames ós máximas da moral christã, e dos No primeiro caso parece-nos quo os beno-
Espirito Santo, é calcada sob vossos pés pelo. prcceitos^vangelicos. Abri as portas da .vo*- ficios, que nos podem trazer os Colono?, so
vosso dCaSpreso; devorada das aves do céo que so coração: permelti nello livre engrosso á reduzem a Ires espécies seguintes—* o bem
são as paixões viciosas que se apoderâo de palavra divina, quo cila ahi estabeleça sua material, o bem social, e o bem moral.
O APÓSTOLO.
IV Pequenos cidadãos republicanos meios a empregar para favorecer esta ou
Quanto ao bom material» é fora do duvida, A pátria apresentar? Como ha do em Roma aquella coloniaçâo.
<f Crear vassallos, que apresentem á César Nâo é possível, nâo é racionavel, não é pa-
quo sendo o Brasil u;u paiz agrícola, o sendo a Um sovero Calão ? Como creal-os
agricultura a fonlo principal de sua riqueza, triotico, quo não só lancemos de parte esta
ó esta a primeira qualidade a considerar no Um povo inteiro, á cujos pés cem vozes circumslancia, como até que para f jvorecer
Colono; incontestávelmeijlo virão desenvol- So abaterão no pó leclorios feixes a emigração rompa mo3 com os princípios da
vor os immensos recursos naturaos do nosso E altas cervis os Cônsules dobrarão?» nossa fé. Isto revelaria ou demasiada impre-
uberriuiò solo homens atTeilos aos trabalhos videncia do nossa parto no quo o homem,
do campo, e que pelos esforços do sua indus- fi como o povo tom do mais essencial, ou que
Iria aproveitem igualmente todos esses tlio- Passemos á terceira espécie de bonolicio querendo do propósito acabar com a religião
souros, quo jazem inuitimcnle no seio da ler- quo nos pôde prometler a colonisação, por catholica no paiz, promovemos a subsliluiçiio
ra. Com esse desenvolvimento d'arto o dá que acreditamos quo o beneficio do Brasil é do outra que nos pároco melhor. Neste caso
experiência; com essa intoljigçnto aclividade, que antes de tudo temos em vista, quando sev digamos francamente a verdade; não enga-
(juo nos falta, que nâo tomos mesmo aprendi- traia de abrir as nossas portas á emigração liemos o povo, disfarçando nossas tendências
do, porquo nascemos odiando o trabalho, estrangeira. com protestos que sâô por demais transpa-
como próprio só nènle do escravo, esto paiz De todos os bens tanto para o indivíduo, rentes.
pólo attiogir á proporções gigantescas, para como para as nações o mais precioso é sem So nutrimos estes ro cios, ellos nos são
quo a Providencia o preparou. duvida a moralidade dos costumes, sem inspirados por esses discursos, em que so
E tanto mais urge a satisfação dessa impe- moral nâo ha socie Jade possível, sem re- fazem tio ardentes votos por se abaler os
ri os a necessidade, quanto nos faltará cm épo- lijião não ha moral. Esta vontade foi conhe- obsla ulos da religião, que encontra no Brasil
ca não remota o infeliz recurso dos braços cuia cm todos os tempos. o colomno protestante.
Africanos. Mas para conseguir-se esso bom será in- U.u illustre orador, na reunião da praça do
Porem por muito allendivel que seja o bom dilTerento esta ou aquella religião? Aquillo commercio, cxprimio-se do scguinlo modo.
material, nío 6 esse o único noni o principal quo é necessário ao individuo será indiíTo- « Alom disso a lei devia tratar do tirar
a merecer os cuidados de quem arca do veras rente á nacâo ? os obstáculos religiosos. O pinlcslanto quo
o sou paiz natal, com aquelle estremecimento E esta uma questão de Iodas a mais séria o qiiizer casar, terá de pedir licença, a quaí
com que amamos as nossas mães. impjrlanle, quando so trata de introduzir no não lho c concedida sem o juramento de edu-
paiz elementos novos de uma população car seus filhos na religião catholica, hade
futura. passar por uma humilhação; o que é da mais
Ila outra espécie do bem quo puzenios cm tíeixemos fallar á esto respeito um grande alta inconveniência, porque o homem do bem-
segundo lugar na ordem deslas nossas reflo- politico do século presente. não abjura de sua religião.» (2)
xõos humildes, mas que nom por issosjo mo- «OindilTcrenlismodc individuo cm matéria Estamos certos que estas proposições es-
nos dignas do uma meditação profunda; 0 o de religião, diz Balmcs, isto ó, o completo caparam no calor da discussio, porque nâo
Lem social. abandono do negocio mais importante para é criveL, que estas inexaclidões fossem reflec-
Não o desligamos do primeiro, sabemos até cada uni de nós, o esquecimento destas ver- tidamenle proferidas.
quanto esle deponde daquelie, mas não os de- dados incontestáveis que a morte virá emíiin Nâoécxaclo quo o protestante picciscde
vemos confundir. recordar, é uma cousa reprovada pela razão pedir licença á Igreja Catholica para sc casar;
O Brasil começou a sua existência sob a o o bom senso; um systema fatal que so podo elle pode casar-se livremente; c só sc exige
influencia (Ia .Monarchia; viveo colono e sob seguir, mas nào approvar, o cujo erro o lou- a dispensa, quanlo o cagamcnlo é mixto,
o jugo de uma Mòharciiiá absoluta; cros- cura o próprio indiííerenle rec nihecc. E' por isto é, do um conjugo catholico co;n a pro-
cèb; desenvolveo-so como o menino ao sahir isso que lt indifferença do individuo nào po- testante que isto so impõe, ó ao conjugo ca-
das faixas quo prendem seus naturaos movi- deria ser sustentada cm Iheoria, so bem que tliolicò com a protestante ou vice-versa.
mentos; respirou um ar mais livre, quando seja muito seguida na pratica; c quando sc Mas não ó ao protestante que isto se impõe,
os tufões de uma liberdade tempestuosa áinca- lança em rosto aos indilTeronlcs a cegueira e é ao cônjuge catholico. O juramento ó uma
earào desmoronar todos os Ihronos da velha a loucura do seu procedimento, elles não tem garantia cm favor da parto catholica, que a
Europa. Encipou se emfim, ou fosse por ha- outra defesa senão essas vagas respostas, nio renunciou desde que persevera no calho-
biio, ou fosse por instinoto, ou fosso por sa- com que o homom procura cobrir siias incer- licismo, podendo aliás fazer so lambem pro-
bedoria, constituindo sua existência social e tezás e fragilidades. testante.
política escolheo, apezar de todas as idéas Mas o que se diz cm relação ao individuo Mas o illustro orador deixou se tanto ar-
vertiginosas, quoabatavão seu berço, a Mo- nâo é o mesmo, quando se trata da socie- rcbalar do sua benevolência para com os-
narchia Constitucional para seu' regimen, dade. Esta, na opinião do alguns homens, protestantes, quo qualificou do humilhação
adoptou urna lei fundamental, em que a maior deve ser inteiramente indilTerenlecm matéria ess i exigência legal o prolectora da fé, quo a
somma de liberdade se conciliou com o prós- do religião, desde a primeira até á ultima cônjuge catholica guarda para si c implora
ligiõ necessário ao Sceplro, quo a protege. roda do systema governamental, tti io devo para seus filhos, conservando a sua religião,
Emquanto as decantadas republicas da trazer o cunho dessa indilTorença. E' nisto não obstante todas as vantagens do casa-
America estoreem-sc c morrem, nâo obstante quo os povos dão uma alta idéa de sua cul- mento.
todas as maravilhas de seu progresso mate- tura, o do seu progresso; elles tom attiugido Porquo tanlo favor ao protostantismo ao
ria!, e ensanguentão-so no medonho abysmo á perfeição, quando se lhos pólo appliear em mesmo tempo quo só sc vê danossa parteobs-
das guerras civis, o' Brasil cresce e vigora-se toda a verdade este famoso axioma: a lei é taculos religiosos ?
â sombra de uni systema, que, se nâo produz athéu. Nôs não mostraremos aqui o quo esta Se estes exi.slem, nào é sò da nossa parle;
mais copiosos fruclos, nâo é cerjámõnie por doutrina encerra de falso e perigoso cm re- provém da indifferença de nossas crenças.
defeito orgânico, mas porque é" falseado pela laçâo ao bem estar material das sociedades, Hemovão-se, se é possível, em beneücio da
corrupção, ante a qual todo o bom desappã- á paz c á estabilidade dos Estados; a quês- emigração protestante, mas porquo se ha de
YQC(\ tão, neste ponto do vista, tem sido muitas sómenle procurar remover, cariando pelas
E se como rnui judidosamente, diz o Con- vezes discutida. nossas ?
selheiro í*aula o Souza, convém pôr o emi- Mas a tolerância não é a indifferença: e E'porque as nossas são as únicas abusir
grante cm relação com o paiz c o paiz em re- assim como ura individuo pódc ser muito rc- vas, inaleis, prejudiciacs c errôneas ?
lacão com ollo; c se osta asserçao é uma ver- ligioso o muito tolerante, lambem a sociedade Logo preferis o prolestantismo.
dado, que mereceu o applauso de todos que o Mas sois vós mesmos que dizeis quo o lio-
pôde abrigar em seu seio homens de diversas mem de bem não abjura a sua religião (3)
ouvirão, o meio mais vantajoso e opportuno religiões, deixai-os viver em paz, não in-
para conseguir-se esse deòideratum será ras- Pois nós somos mais francos, mais liberaes,
quietal-os era suas convicções, sem todavia mais tolerantes. O homem de bem deveamar
gar o pacto futiiiamcnlal, á cuja sombra be- ser cila indiflerente. (1)»
ncíiea vivemos, em favor do colouo, ou favo- c >eguir a verdade, tem obrigação do a pro-
reòer a emigração daquelles, cujas idéas so- VII curare acceilala, onde quer quo a acho.
ciaes o políticas esl<\jào om relação com as dos Si ella estiver no catholicismo dove ser ca-
Brasileiros ? So quer como individuo;, so quer como tholico, so estivei no protestanlismo devo ser
Vem aqui muito á propósito os seguintes nação não podemos, nem devemos ser indif- protestante.
versos do um sábio porluguez: ferenlos ao elemento religioso, que ha de vir E' por isso que julgamos preferível um
influir no paiz com a torrente da emigração
Cada nação respeito que se pretende; cumpre antes de ludo e
Como melhor o seu governo antigo, sobretudo considerar esta circumslancia nos (2j Discurso do Dr. Furquim, publicado no I
Tem cada um seu gênio, seus princípios Correio Mercantil de 2ü de Janeiro.
Moral, virtudes muita vez opposlas; -pliilosa-
Como hade o velho á Monarchia affeilo (!) Balmes-mclanges religieures, («']) Discurso do Dr. Furquim, publicado no
i biques. Correio Mercantil de 26 de Janeiro.
O APÓSTOLO. S
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protestante de boa fé, do quo um ealholico querendo fazer som contumelia do Creador. principio sujeitos á dissolução, ou por divor-
sómcnle no nome. Este caso de dissolução é um pinga de água cio jurídico, ou por divorcio convencional, ou
O illustre orador, a cuja robustez de intel- no oceano cm comparação das vicissitudes a por morto civil, até perde o animo de lhes
ligencia tributamos o devido- apreço, declara que está exposto o vinculo do matrimônio fora chamar casamento; isto parece que é corífun-
ser catholico; 'o nós cremos que o é como do Catholicismo. Porém isto mesmo não se dir um vidro com um diamante. (2)
homem instruído, o de reflexão, quo reco- dá com os herejes aptos pelo baptismo para a A questão no seu ponto do vista utilitário
nhecena sua religiãoaduzc a verdade, e nâo recepção dos sacramentos. cesta. Nós dizemos: Os casamentos dos dis-
como quem seguo obstinadamente um erro e Nâo é verdade que deste modo sem prdfa- sidenles quando nada so pessa conseguir da
as^trevas, temendo abjural-as sob o principio nar o matrimônio vem-se a obter o fim dose- Santa Sé para a revalidado in radice matri-
do que o homem de bem nâo abjura a sua rc- jado do consolidar eivilmente a familia entre monii, ou para remediar o impedimento de
ligião. aquollés^ quo infelizmente nâo pertencem ao clandestinidade, tem «ido e -são verdadeiros
Também nào pensamos que todos tom odi- grêmio da verdadeira Igreja de Jestis--Cbri»lo ? matrimônios pulativos, c em tal caso esta
rcito de adorar a Deos como lhe convier Nâo é então c só então que estas uniões podem uniSo produz todos os effeitós civis, até que um
Adorar a Deos é uma obrigação do toda a ficar verdadeiramente consolidadas? Qucga- dos cônjuges converlendo-se á Religião Ca-
crealura; é uma homenagem, devida aoCrea- ranlia podo offcrccer a loi á um pequeno nu- tholiea sujeito ao juizo da Igreja a legitimidi-
dor, e nào*um direito quo cada um podo mero do protestantes dissominados na grando do do seu-contraclo. Legitimo o contraclo con-
exercer a seu arbilrio. massa Catholica, tanto de Portugal como do tinúa indissolúvel e o conjugo protestante cm-
Alé onde iriâo as conseqüências desse Brasil quando a opinião publica disperlada contra depois nesta Religião, que ello nâo se-
principio ? Não haverião absurdos e aberra- pelo sentimento religioso dismenlir continua- gue,uma«garanlia para perpeluidade do sou
ções da idolatria que nio ficassem justifica- mento a lei? Tolos sabem o que é uma lei consórcio, como não lhe dá a sua seila, nem
das. E fazendo justiça ao dislinclo orador; quo nâo tem apoio na opinião publica: é um nenhum poder humano, lllegilimo porém so
não cremos quo quererá ir tâo longe. incentivo de discórdias o de fraudes. De mais o matrimônio fui celebrado sem ser coram
Esto artigo já vai por demais longo, resor- nós nio podemos fallar ás nossas convicções,
próprio parocho (conforme as decisões da Sa-
vamos mais algumas observações para o se- haja o que houver, havemos- do dizer sempre
grada Congregação da Concilio de 19 de Ja-
guinte numero; a imporiancia da matéria que o matrimônio puramente civil é uma man- neiro do Hi05, c 2 de Março de 1(570), enlâo
assim o exige. cebia privilegiada. Nunca nos será possivel unicamente elle pódc vêr uma mulher que no
concorrer com a nossa parle de influencia para seio do protestantismo podia por tantos moli-
autorisar a lei: antes á vista dns perigos de vos de divorcio deixar de ser sua, agora se-
I3cflex&es sobre a ca Ha <1;> ftr» uma immoralidade que a lei protege, os nos-
sos esforços devem tresdobrar. Que esperan- parar-sc só porque nio é sua mulher. Caso
A!exnii«!reIIt*rculawo. este que raras vezes se dará debaixo da logís-
ca vos resta ? Uma, perseguir o cloro c cor- laçáoccclcsiasticii, porque o cônjuge converti-
romper o.povo. do vivia cm harmonia com o outro conjugai,
(Continuação do n. 4 ) - Esla legislação civil, do matrimônio é um não fará quo pedir á Igreja esta legalisaçüo que
No Brasil e em Portugal, onde a verdadeira engodo lançado aos prole"slanlcs d uma pro- deslinguo pela indissolubilidade absoluta o
•Religião é a Religião do Estado, nada seria mossa que não lem mais garantia do que o ca- matrimônio cathoüco de qualquer outro ma-
tào fácil como prestar forca aos matrimônios samento dos padres durante a revolução fran- triotonio; so porém não vivem cm boa bar-
das dilícrenlos communhõos sem mesmo of- ce/.a: a sua. força é a fraqueza de um partido monia ha muito que as doutrinas c as legis-
fetider os hábitos das outras seitas, nem rc- c de um partido quo tradições nJo gerarão c laçõos protestantes lho lerião facilitado uma
bcllar-sc contra a autoridade religiosa. Por que apenas conglomcrão momentâneos into- aborta para se separar deslo cônjuge do ou-
ventura entendeu nunca a Igreja negar asou- ('.esses. Que lei importante se vai fazer, cuja tro c de outro ainda, c do quantos quizesse.
trás communhõcs o direito ao matrimônio? garantia para o futuro c a discrença popular! Será islo uma calumnia! Lede os escripto-
Em vez de sujeitar a uma legislação Olha Desejào os protestantes este subsidio? pensão res protestantes c ahi vereis que ao passo que
das circumslancias aquèlles que lhe não per- elles que a libertinagem de uma nação discri- a Igreja Calholicâ não reconhece para a dis-
tencem pelo baptismo; sobre esses elle só co- da scr-lhesha muito favorável? So os pro- solução do vinculo nem o motivo de adultério,
nhece o domínio da lei natural Sc os legisla- lestanles quizessem pensar um pouco dirião a o proleslaniis.no sempre tem entendido que o
dores temem sinceramente que a proponde- estes seus insignificantes aliados: «Nós esta- adultério é apenas o motivo mais forte entre
rancia do Catholicismo oceasione molostia aos mos om paiz catholico, sequercis merecer-nos outros muitos para legitimar a dissolução do
hábitos religiosos dos que infelizmente inda alguma cousa recorrei a Roma: c rccommen- vinculo. Veja-so Lulhero (De Miiíriiií.' Tom.
estão sentados nas trevas c á sombra da dai a nossa causa ao Summo Pontifico: porque 5, Edil Wil.,pag. 112.)
morte: pcrcâocssefiivolo receio; porque nào se o espirito religioso que no Brasil c em Por-
é possivel haver cm cabeça humana idéas tão lugal c pela força das cousas o espirito calho- « Será licito á mulher tomar dez maridos
moderadas como as da Igreja Galli ijica sobre lico, tem de ir â mais ou a monos, nào osa- ou muitos, os quaes Iodos a lenhão aban^
o casamento dos infiéis. Quanto aos herejes, bemos; mas que vos não haveis de ser sempre donado? Respondo : nio podemos tapar a
siibdilos da Igreja pelo baptismo, a dilioulda- o que sois, disto lemos toda a certeza Rocor- hoca a S. Paulo, nem lutar cem aquèlles
de pôde parecer maior; por já eslarom sujei- rei a Roma, porque esta legislação civil oppos- que querem aproveitar-se da sua doutrina
tos a muitas disposições da Igreja, a respeito ta á Religião só podo ler por garantia a dis- quantas vozes fòr necessário. As palavras
das quaes a desobediência pôde parecer a ai crença do povo, c com esta nunca se ha do do S Paulo são claras. O irmão ou irmã a
entender o homem honesto.» eslâo Rtr.es da lei do casamento se um dos
guns até um dever de Religião; e para outros cônjuges seafFaslarou nâo consista habitar
será u.n habito de tal modo inveterado, que Estamos certos quo a Santa Sé nâo se rc-
lhes seja impossivcl vencer-se. Mas quem ig- cusaria, nem mesmo a uma dispensa in radice com elle. Nem elle disse que se fizesse islo
nora a facilidade eom que a Santa Sé procura malrimonii,, porque disso já lemos para pro- uma vez só; mas deixou a cada um senhor
obviar a esses males dispensando os dissi- va o que praticou Bento XIV na Bélgica, o Pio do si: que caminho ou pare sempre que o
dentes das obrigações a que. estão sujeitos os Vil na França. Porém demos que isso mes- negocio o pedir.»
Catholicos ? ¦(!)¦ mo não se desse; receio chimerico! iMas ainda Nem c esle o único texto cm que o celebre
Nada mais fácil do quo obter do Papa uma assim.... E'para consolidar o laço matri-
monial de quem quer que seja, ou mahomo- pregador da reforma reformou o enorme ahi-
dispensa para a validade de seus casamentos. so da indissolubilidade matrimonial. Agora
Que necessidade ha pois desta secularisação lano ou judeu, ou protestante, que se quer ouçamos Mclanchton mais decente na lingua-
que é uma verdadeira profanação do matri- secularisar o matrimônio ? Som duvida que
aqui anda equivoco. Os partidários do ma- gem, mas na doutrina tâo sjnicò como o seu
monio? Dado este passo , legalisado o casa- amigo, consultado cm 1531 sobre o casamentj
mento dos protestantes pela autoridade que trimonio civil entendem ao contrario que o de Henrique Vlll com Catharina de Aragão,
sempre se mostrou tão disposta a esta medida \inculo no scnlido catholico c aportado de ello respondo (Cone. Theolog.) Se o Rei quer
conciliatória: a posição dos protestantes inda mais para a debilidade humana: e querem allender ás vantagens de uma suecessão é
se tornaria então mais vantajosa que a dos desdalo um pouco: elles enganarão-se. Veja- muito melhor fazel-o sem infamar o primeiro
infiéis; porquo para estes ainda pôde haver mos se nâo e as-sim. casamento: com efleito por meio da polygamia
por direito divino um motivo de dissolução: e O caracter mais saliente do matrimônio é isto pôde se dar sem nenhum perigo de cons-
o indicada por S. Paulo na Epístola i' aos a duração do vinculo, porque ha mais amor,
Catholicos. Isto é no caso de conversão de fidelidade, e todos os prin ipios moraes do
algum dos cônjuges o outro nâo querendo co- matrimônio são segredos da consciência, que (í) Si vull rcx suecossioni períkore quanto
habitar com o cônjuge convertido ou nâo o só Deus conhece, e que só por algum escan- sal.tasesl idfaeero sme infâmia prioris conjnpii;
dalo ou impru lencia poderão checar ao nosso ac polest id fieri sine ullopericulo conscieniiai
conhecimento. Quom está acostumado ao ma- cujus quam auj famae per poligamiam qua
(t) Basta indicarmob o seu procedimento com poligamia non est rcs.omnino inasitaia. Ha-
os protestantes das províncias unidas, onde já trimonio absolutamente indissolúvel do Ca- buernnt multas cônjuges ILibraliam, David ei
tinha aliás sido promulgado o Concilio Treden- thoiicismo, c olha para essas espécies de ca- ulii saneti \iri ti mie ap-jard poli gani'iam non,
tino. (Vide Bento XIV (De Syno ]o Diceee^ana) samentos feitos debaixo de qualquer outro esse contra jüs divinum.
O APÓSTOLO.
ssaaass*"'

ciência ou da reputação do alguém, porquo a TRANSCE1PÇÃ0. Jornalistas catholicos, quo so oííendorião do


poíygamia nâo ó cousa inteiramente nova. vèr suspeita a sua orlhodoxia, quo vão a mis-
Abraham, David o outros Santos varões tive- sa, ouvem a.explicação do evangelho da boca
nio muitas mulheres, pelo que parece nüo ser 1 iistriicç&o pastoral dos ministros da Igreja, e lomão parto cm nos-
ella contra o direito divino, sas augustas.solemnidades; que, ainda não
(Continua). SOBRE A ENCYCMCA DE 8 DE DEZEMBRO UL- praticando certos doveres religiosos, guardão
TIMO , E O JUBILEU UNIVERSAL CONCEDIDO no fundo do coração o .respeito delles o por
POR S. SANTIDADE O PAPA PIO IX. nada noslo mundo renuncia hão á esperança
EXPEDIENTE DQ BISPADO. do morrer abraçados com o Crucifixo o con-
foi lados com a.absolvição do Sacerdote; esses
D. Antonit-v de Macedo Costa, por. graça do
Expedirão-se as seguintes provisões: homens que, cm summa, sâo homens de fé,
Deus o da Santa Só Apostólica, Bispo do não cscrupulisào copiar o Siécle, a Opinion
DIA 23 DE JANEIRO. Grani-Pará, do Conselho do S. M. o Im- Natíonale, a Vrem o outras folhas como cs-
da Costa peiador, etc. tas que fazem publica profissão do guerrear o
Para o Padre Joaquim Guimarães,
Brasileiro, servir por tompo de um anão a Ao Clero e povo fiel do Pará e Amazonas Cathólicismo-; folhas quo assalariadas pelos
necupação de Coadjuelor da Freguezia de saúde e benção em Jcsm-Chrísto Saíra- inimigos da Igreja tom levantado bem alto o
S. foié desta corte. dor nosso.. estandarte do raeionalismo, isto é, a negação
07 de lodo dogma, do toda moral revelada; fo-
[Continuação do n. A) lhas que escrevem em faço da Europa: «Toda
Para o Padre Diniz Affonso de Mendonça Religião positiva é, por isso mesmo, falsa, o
o Silvo, Brasileiro, servir por tompo do um Ah! e quo a verdade catholica acha seu
echo no fundo de todas as consciências; do todo o homom quo vos vier impor uma dou-
aiinâ a occupaçâo de Vigário da Vara da Co- trina em nomo de Deus, rcpelli-o como um
marca de llaguahy. fundo de todas as almas deste tempo, se
eleva uma queslão até Jesus Christo ; uns se imposlor! (2)» Esses escriptores, pois, ini-
29. migos (igadaos da Igreja de Deus, assim como
inclináo, outros se debatem debaixo de sua •':>,
Para o Padre Albino Pinto Ferreira, Portu- mão divina. File é daquolles quo se odeia, ou do toda a revelação; quo não admittem a di-
.vindade do Jesus-Chrislo; qno applaudirâo o
giiez, continuar a servir por tempo de um anno, so adora; é amado, ou detestado; ninguém,
livro impio do Renan, reprehcndcndo-o ami- __
;i occupaçâo de Vigário encommendado da porém, já o ignora? Seu nome, como dizia
Freguezia do Espirito Santo da Barra Mansa. oulr'ora S. Pauto, é acima de todo o nome: gavclmenle de nüo ter sido ainda mais impio,
30. Super omne.nomen, o seu Evangelho é a pri- àchão complacente echo no nosso jornalismo
meira necessidade das almas. catholico para repetir suas dcclamaçõcs o
Para o Padre Manoel Joaquim da Paixão, calumnias.
Portuguez, servir por tempo do um anno a ; Não, não, pobres inimigos, poderes de um E' o quo aconteceu por oceasião da pu-
occupaçâo do Vigário encommendado da momento, concluo o grande Bispo, quando li-
vesseis dado em terra com oihrono do Papa, blicação dá Encyclica.
Freguezia do Nossa Senhora do Uozario dos Nós gememos do \êr esses ataques feitos á
não lereis acabado* com a Igreja nem com o
Qnatis. nossa Santa Religião no meio de um povo emi-
Para o Padro Benjamin Carvalho do Oii- Papa ! .
nenlemenlc calholuo, por escriptores que pro-
veira, servir por tempo de um anno a oceu- ; O ódio dos inimigos da Religião, rebentou,
fessão a Religião Calholica. Como Bispo sen-
pação do Vigário da Vara da Comarca da pois, violento por oceasião da Éneydiea Pon- limos no coração as feridas que se vào fazen-
cidade de Nossa Senhora da Graça do Rio de liíieia do 8 de Dezembro.
Este acto providenlissimo do Pastor supre- do todos os dins á fé deslo povo; deploramos
S. Francisco, em Santa Catharina. o reprovamos a divulgação entro nós de prin*
mo, Irmãos e Filhos dilectissimos, acto cm
cipios subversivos, de idéas corruptoras, quo
que a misericórdia e a verdade so enconlrâo sâo para a sociedade, assim como para os in-
e se enlação na mais feliz harmonia: Miseri-
EOTICURIO. cordia ei\ veritas obviavmmt sibi, jmtitia et dividuos, origem fecunda do incalculáveis
desordens o infortúnios,
pux osculatai sunt: a misericórdia na conces-
No Bispado rosa-se hoje da Dominga da sào de um Jubileu universal, que alíraliirá (Continua.)
Sexngcsima. por.certo sobro a Santa Igreja uma torrente
copinsissiina de graças; a verdade pela decla-
A Irmandade do Glorioso Marlyr S. Braz ração das sans doutrinas c condemnacáo dos MÁXIMAS-
celebra hoje na Igreja do Mosteiro de S. erros perniciosíssimos que i meaçavão ínfcc-
Bento a festa do mesmo glorioso marlyr.J lar com seu veneno morlifero a moderna so- '.;

ciedade; esse acto, duplamente digno dos res- Máximas espirituaes fie 8.
A Caixa Pia do Bispado, bem rorresp;-n- peitos o.da gratidão dos verdadeiros fieis, v&„-<hiso doliiguori.
dendo aos Uns de sua instituição, lem nos excitou, devia excitar, todas as coloras da im-
Ires ul.in.os aunos destrebuido pelos pobres piedade revolucionaria. Quem ama a pobresa possuo tudo.
a quantia de 25:/í92$560 pela maneira se Sim, Irmãos e Filhos dilectissimos- aquel-
les quo jurarão um ódio elorno a Josus-Chris- Nas cousas do mundo devemos escolher o
gun.-e:
Anno de 18^3 6:394$ 180. to e á Sua Igreja, que nâo dizem mais sem peior, nas cousas do Deus escolher o melhor,
» de _3bA rebuço como seus Ímpios predecessores do
hôL<;$-OQ. Uma alma obediente é a alegria do Deus.
» de 1865 10:483$ 180. século passado : Esmaguemos o infame! mas
procurão por todos os meios, e o mais dissi-
<__¦-»' ¦'

muladamcnlo possível, affagulona deshon- A perfeição da caridade consisto cm fazer


Na Capella Imperial celebrou-se no dia 2 ra, como se exprimia a pouco um de seus bem aquém nos faz mal,eassiin ganhamol-o.
do corrente a festa da Purificação do Nossa mais affama los coripheus (!)¦; cí-scs homens
Senhora, lendo havido no dia Io Vésperas o De que servem a riqncza o-as.honras da
cujo fira é desacreditar o Papa antes de des-
Malinas Solcmnes por ser festa de primeira terra na hora da morte.
trutl-o; tornar odioso o cathólicismo como
ordem para o lllmo e IV"0 Cabido.
uma instituição caduca, retrograda, inimiga
do gênero humano para plantar em logar dello E' um grande favor do Deus o ser chamado
A Irmandade do Nossa Senhora da Candct- á seu Santo amor.
o indifferentismo em matéria de religião e a
lai ia celebrou no dia 2 do corrente om sua
descrença universal; lançárâo-se com sanha
Igreja com toda solemnidade a festa da mes- desabrida contra a Kncycjica, dcsíigurárão-na Deus não deixa sem paga um só bom desejo.
maSenhora. com as mais extravagantes interpretações, in-
verterào-lhccalumniosameníeo sentido, apro- Toda aííeição, ainda quo ao que é bom, sem
A Veneravel Ordem 3a tio Nossa Sonhora sentando-a aos povos corno a declaração do ser por Deus, não é boa.
d.) Carmo, depois do Te-Deum, cantado no
dia 2 do corrente cm acção de graças pela pro- guerra feita pelo Pontificado ao verdadeiro
progresso e á civilisaçâo. Sejamos reconhecidos em primeiro Jogar
fissão de novos irmãos, celebrou a festa do
i\ossa Senhora do Amor Divino.
Esses clamores repercutirão, ainda quo para com Deus. Rcsolvamo-nos a nada negar
frouxamente, entro nós. Devemos dizel-o a Deus, escolhendo sempre o que fôr do seu
com magoa; om geral o nosso jornalismo, maior agrado.
O Reverendo Abbado Janrard principia
na segunda-feira 5 do corrente o ensino da quo professa o Cathólicismo, não se precavê
doutrina para preparatório da Ia comunhão
bastante contra as insidias dos inimigos do- (2) Artigo de fundo do jornal Siécle.
clarados do nossa Santa Religião. É»
na Capella do asilo francez, continuando em E' fado tão anômalo, quanto verdadeiro.
todas as segundas e quintas-feiras das 8 ás 9 Typ. de N. L. Vianna & Filhos.
da manhã. (I) Eduardo Guine!. Rua d'Ajula n. 79. _;
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