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PERSPETIVAS
ECONÓMICAS
REGIONAIS
ÁFRICA SUBSARIANA
Viver no limiar
OUT
2022
Estudos económicos e financeiros
África Subsariana
Viver no limiar
22
OUT
F U N D O M O N E T Á R I O I N T E R N A C I O N A L
©2022 Cataloging-in-Publication Data
IMF Library
Edição portuguesa
Departamento de serviços e equipamentos integrados do FMI
Divisão de serviços linguísticos, secção portuguesa
Identifiers:
9798400221910 (English, Paper)
9798400221941 (English, ePub)
9798400221989 (English, Web PDF
9798400222016 (paper)
9798400222108 (ePub)
9798400222139 (Web PDF)
Subjects: LCSH: Africa, Sub-Saharan -- Economic conditions. | Economic forecasting -- Africa, Sub-Saharan. |
Economic development -- Africa, Sub-Saharan. | Africa, Sub-Saharan -- Economic policy.
Classification: LCC HC800.R4456 2022
O relatório Perspetivas económicas regionais: África Subsariana é publicado duas vezes ao ano, em
abril e em outubro, e passa em revista a evolução económica da região. As projeções e considerações
de política económica nele apresentadas são as do corpo técnico do FMI e não representam
necessariamente os pontos de vista do FMI, do seu Conselho de Administração
ou da sua Direção.
Todas as edições de Perspetivas económicas regionais: África Subsariana podem ser acedidas em:
https://www.imf.org/en/Publications/REO/SSA
Gráficos
Figura 1. África Subsariana: Fluxos de carteira���������������������������������������������������������������������������������������������������������� 1
Figura 2. Mundo: Preços das matérias-primas����������������������������������������������������������������������������������������������������������� 1
Figura 3. África Subsariana: Composição da dívida pública, 2000–2020������������������������������������������������������������������� 2
Figura 4. África Subsariana: Inflação do IPC, 2010–2022������������������������������������������������������������������������������������������ 2
Figura 5. África Subsariana: Crescimento do PIB, 2022��������������������������������������������������������������������������������������������� 3
Figura 6. África Subsariana: Inflação�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������� 3
Figura 7. Economias de mercados emergentes e de fronteira: Taxa de câmbio, moeda nacional por USD ������������� 7
Figura 8. África Subsariana: Variação das taxas de juro diretoras����������������������������������������������������������������������������� 8
Figura 9. África Subsariana: Variação do rácio juros/receitas, 2019–2025����������������������������������������������������������������� 8
Figura 10. África Subsariana: Necessidade de ajustamento orçamental para estabilizar
a dívida abaixo de 70% do PIB������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 9
A equipa foi composta por Hany Abdel-Latif, Marijn Bolhuis, Wenjie Chen, Habtamu Fuje, Cleary Haines,
Shushanik Hakobyan, Peter Kovacs, Saad Quayyum, Henry Rawlings, Ivanova Reyes, e Qianqian Zhang.
Charlotte Vazquez foi responsável pela produção do relatório, com a assistência de Erick Trejo Guevara.
A edição final e produção foram supervisionadas por Cheryl Toksoz, do Departamento de Comunicação.
• Nas tabelas, uma célula em branco indica “não se aplica”; a elipse (. . .) indica “dados não disponíveis”
e 0 ou 0,0 indicam “zero” ou “negligenciável”. Pequenas discrepâncias entre os totais e a soma das suas
componentes devem-se a arredondamentos.
• O sinal (–) entre anos ou meses (por exemplo, 2019–20 ou janeiro–junho) indica o período coberto,
do primeiro ao último ano ou mês; o sinal (/) entre anos ou meses (por exemplo, 2005/06) indica um
exercício orçamental ou financeiro, assim como a abreviatura EF (por exemplo, EF 2006).
• “Ponto base” significa um centésimo de 1 ponto percentual (por exemplo, 25 pontos base equivalem a
um quarto de 1 ponto percentual).
1
Embora a maioria das moedas se tenha depreciado face ao dólar americano no primeiro semestre de 2022, as taxas de câmbio efetivas
reais registaram uma apreciação em mais de metade dos países da África Subsariana, em parte devido à elevada inflação.
9,0
40 África Subsariana
7,0 (mediana)
20 5,0
3,0 Composta
0
global
2000 05 10 15 20
1,0
Interna Obrigações externas Multilateral Jan. 10 Jan. 12 Jan. 14 Jan. 16 Jan. 18 Jan. 20 Jan. 22
Bilateral Outra Fonte: Haver Analytics; autoridades nacionais e cálculos do corpo
Fontes: Banco Mundial, International Debt Statistics; e FMI, base de técnico do FMI.
dados do World Economic Outlook. Nota: composta global pela Haver Analytics.
2
Trata-se dos 35 países da África Subsariana cobertos pelo Quadro Conjunto de Sustentabilidade da Dívida do Banco Mundial e do
FMI para os países de baixo rendimento.
terminado. Com apenas 21% da população totalmente cortes de energia e greves, entre outros). Dito isto,
vacinada, as taxas de vacinação na África Subsariana 33 dos restantes 44 países reviram as suas projeções em
situam-se ainda num nível muito inferior ao das taxas baixa à luz das perspetivas mundiais menos favoráveis e
de vacinação de outras regiões, deixando muitos países das pressões do custo de vida sobre a atividade interna.
expostos à doença e ao possível surgimento de novas
variantes. As revisões da inflação projetada foram mais
significativas, tendo a mediana para a região
No entanto, conforme mencionado no relatório (em termos homólogos) aumentado quase 2 pontos
Perspetivas Económicas Regionais: África Subsariana percentuais, elevando a previsão para o final de 2022
publicado em abril de 2022, a região teve uma para 8,7%. Mais uma vez, as expectativas divergem
recuperação surpreendentemente sólida no final de entre os países (Figura 6). A mediana projetada para as
2021. Com a disponibilização de dados finais do PIB economias com uma taxa de câmbio fixa é de 6% (um
relativos a mais países, a taxa de crescimento para 2021 aumento de 2%), mas para as economias com regimes
foi revista em alta para 4,7%. mais flexíveis atinge os 12,6% (um aumento de 3,6%).
Uma exceção notável é Angola, onde a inflação relativa
Porém, esses progressos foram interrompidos pelas a 2022 foi revista em baixa em mais de 3 pontos
recentes perturbações mundiais. A nível regional, o percentuais devido à rápida apreciação do kwanza
crescimento deverá abrandar para 3,6% em 2022 e decorrente da subida dos preços do petróleo.
3,7% em 2023, devido a um investimento moderado
e à deterioração global da balança comercial (em ... num contexto de riscos significativos
termos de volume). Os países exportadores de petróleo em sentido descendente.
crescerão 3,3%, enquanto outros países ricos em
recursos naturais crescerão 3,1%. Mesmo com uma Em termos prospetivos, as perspetivas da África
queda dos seus termos de troca, os países pobres em Subsariana para 2022 e 2023 são extremamente
recursos naturais diversificados continuarão a estar incertas, na medida em que estão intrinsecamente
entre as economias mais dinâmicas e resilientes da
região, com um crescimento de 4,6% (Figura 5). Figura 6. África Subsariana: Inflação
(em percentagem, em termos homólogos, em julho de 2022)
Para 2022, a nova projeção de crescimento para a ETH
África Subsariana representa uma descida relativamente GHA
30
modesta de 0,2% comparativamente ao relatório SLE MWI
Perspetivas Económicas Regionais: África Subsariana de
abril de 2022, um valor consideravelmente inferior 20 AGO
à revisão de -0,9% apresentada para as economias STP
avançadas. Mas a revisão modesta oculta alguma ERI
10
heterogeneidade regional. A projeção de crescimento
da África do Sul para 2022, por exemplo, foi revista
em alta depois de uma recuperação sólida do setor 0
dos serviços, impulsionada pelo baixo número de Regime Taxa de
novos casos de COVID-19. Isto permitiu compensar flexível câmbio fixa
o impacto causado por eventos adversos (inundações, Fontes: autoridades nacionais e cálculos do corpo técnico do FMI.
ligadas à evolução da economia mundial. Neste preços abordáveis para as camadas mais vulneráveis
contexto, são três os fatores fundamentais que irão da população e fomentando as tensões sociais.
determinar a trajetória da região no curto prazo: Além disso, uma escalada das tensões geopolíticas
1) a resposta da política monetária das maiores entre a Rússia e os países ocidentais poderá
economias do mundo ao aumento da inflação; 2) a também aumentar a aversão ao risco a nível
guerra na Ucrânia; e 3) as sequelas dos confinamentos mundial e os custos de financiamento para a
relacionados com a COVID-19 e as perturbações da região, especialmente para os países com posições
cadeia de abastecimento. orçamentais mais frágeis.
Atualmente, a projeção de base para a África A nível interno, o contexto sociopolítico para
Subsariana pressupõe que a restritividade monetária muitos países é difícil. Sete países realizarão eleições
mundial não provoque uma recessão generalizada nem presidenciais e parlamentares nos próximos 12 meses
uma alteração desordenada das condições financeiras e muitos outros enfrentam uma crescente insatisfação
mundiais. Além disso, pressupõe que não haverá popular. Nestas circunstâncias, pode ser mais difícil
um agravamento do conflito na Ucrânia nem novas responder rapidamente a novos choques ou prosseguir
perturbações da atividade mundial relacionadas com a as reformas há muito necessárias. Vários países
pandemia. continuam também a enfrentar grandes preocupações
em matéria de segurança (nomeadamente o Burquina
É evidente que todos estes fatores mundiais estão Faso, Camarões, Chade, Etiópia, Mali, Moçambique,
sujeitos a riscos consideráveis em sentido descendente. República Centro-Africana). As projeções atuais
pressupõem um alívio gradual das tensões políticas
• Talvez mais importante seja o facto de as e militares. No entanto, se os riscos de segurança
autoridades monetárias de todo o mundo estarem persistirem ou se se intensificarem, as perspetivas
confrontadas com o contexto político mais económicas para estes países e para os seus vizinhos
difícil em muitos anos. Se a inflação mundial poderão deteriorar-se consideravelmente.
persistir, um aperto monetário mais rápido
e agressivo nas economias avançadas poderá Qualquer quantificação desses riscos deve ser tratada
abrandar a procura mundial e aumentar ainda com prudência. O impacto de mais um choque na
mais os custos dos empréstimos obtidos na África região pode ser particularmente difícil de prever, tendo
Subsariana – comprometendo a sustentabilidade em conta as margens de reservas limitadas, bem como
da dívida e limitando a capacidade de as a elevada pobreza, a insegurança alimentar e as tensões
autoridades locais protegerem os seus cidadãos sociais. Ainda assim, num cenário pessimista que
mais vulneráveis. Uma desaceleração mundial não considere as dificuldades políticas e de segurança
e condições financeiras mais restritivas poderão locais e tenha em conta apenas fatores mundiais
também reduzir ainda mais a oferta de ajuda (com sanções mais agressivas e menos exportações de
pública ao desenvolvimento da região. Além petróleo da Rússia, uma contração significativa do
disso, as crescentes pressões cambiais decorrentes setor imobiliário na China, perturbações persistentes
do fortalecimento do dólar americano podem do mercado de trabalho nas principais economias
aumentar a inflação importada para a região, e condições financeiras mundiais mais restritivas)
ao mesmo tempo que esgotam as reservas e o crescimento mundial abrandará mais 1,5%
comprometem a estabilidade financeira em países nos próximos dois anos (de acordo com o World
com vulnerabilidades nos balanços. Em casos Economic Outlook de outubro de 2022). Tal seria
extremos, os fluxos de saída de capital súbitos historicamente excecional e seria acompanhado por
podem provocar dificuldades nas economias com preços acentuadamente mais elevados do petróleo e do
grandes necessidades de financiamento externo. gás. Para além de uma projeção de base já pessimista, o
custo acumulado para a África Subsariana representaria
• Uma intensificação da guerra na Ucrânia ou a uma perda de 0,7% do PIB no período de 2023–2024,
aplicação de restrições prolongadas às exportações embora com um impacto ligeiramente diferente nos
russas poderão agravar a turbulência observada países exportadores de petróleo (ganhos de 1,1%)
no último ano, exercendo uma maior pressão por comparação com outros países ricos em recursos
ascendente sobre os preços dos produtos naturais (perda de 1,8%) e pobres em recursos naturais
alimentares e energéticos na África Subsariana, (perda de 1,4%).
agravando os problemas de oferta de alimentos a
UEMAC
As condições financeiras mundiais deverão tornar-se
4,50 (+1,00)
menos favoráveis. Grande parte da dívida atual
Tanzânia 5,00 (+0,00) foi contraída durante um período de taxas de juro
Namíbia 5,50 (+1,75)
historicamente baixas. Em termos prospetivos, as
condições financeiras tornar-se-ão mais restritivas
Ruanda 6,00 (+1,50) à medida que as taxas de juro diretoras mundiais
África do Sul se normalizam, o que aumentará os custos de
6,25 (+2,50)
financiamento externo e prejudicará a dinâmica da
Lesoto 6,25 (+2,50) dívida da África Subsariana. Com efeito, projeta-se que
Quénia 8,25 (+1,25)
os pagamentos de juros aumentem significativamente
nos próximos anos, enquanto percentagem das receitas,
Zâmbia 9,00 (+0,00) ultrapassando 50% em alguns casos e superando
Uganda 9,00 (+2,50) largamente os encargos observados noutras regiões
(Figura 9).
Nigéria 15,50 (+4,00)
África Subsariana
Consolidar as finanças públicas num contexto de
condições financeiras mais restritivas Economias de mercados
em desenvolvimento e
A dívida pública tem vindo a crescer de forma emergentes fora da África
Subsariana
constante na África Subsariana há mais de uma
década, tendo disparado nos últimos anos em razão
Economias avançadas
do aumento dos gastos e da queda das receitas na
0 10 20
sequência da crise provocada pela COVID-19.
Espera-se que cerca de metade dos países empreendam Fonte: FMI, base de dados do World Economic Outlook.
algum nível de consolidação este ano. Prevê-se uma Nota: médias regionais ponderadas pelo PIB a taxas de câmbio da
diminuição dos défices de toda a região de cerca de paridade do poder de compra.
financiamento constitui também uma preocupação • Um quadro orçamental de médio prazo credível e
para os países sem acesso ao mercado, uma vez que claramente articulado pode aumentar a confiança
as pressões inflacionistas promoveram uma maior na sustentabilidade orçamental, reduzir a
restritividade geral da política monetária em toda a exposição a mudanças no sentimento de risco e
região, com consequências diretas para as taxas de juro reduzir os custos de financiamento. Este quadro
internas e os custos do endividamento público. deve ser apoiado por instituições orçamentais
fortes, práticas de informação transparentes e
Por forma a preservar a sustentabilidade das finanças uma boa gestão dos riscos orçamentais. Os países
públicas, criar uma maior resiliência e absorver sem acesso ao mercado podem beneficiar da
o custo de uma fatura mais elevada dos juros, as credibilidade orçamental através de investimento
autoridades terão de prosseguir a consolidação privado suplementar, do reforço da estabilidade
orçamental. O aumento dos custos de financiamento, macroeconómica e da redução dos custos de
o crescimento moderado e os elevados choques da financiamento interno.
dívida prejudicaram a dinâmica da dívida em muitos
países, pelo que mesmo a estabilização da dívida num • A volatilidade das condições de concessão de
nível elevado exigirá esforços significativos (Figura 10). empréstimos representa um prémio adicional para
Para a maioria, o êxito da consolidação exigirá a gestão eficaz e transparente da dívida pública.
uma intensificação dos esforços para impulsionar a As estratégias de médio prazo implementadas
mobilização das receitas, dando prioridade às despesas por serviços de gestão da dívida eficientes
sempre que possível e aumentando a eficiência da e qualificados serão fundamentais para: 1)
despesa pública, tal como referido em relatórios diversificar as fontes de financiamento para
anteriores. Nos países exportadores de matérias-primas, colmatar os hiatos no financiamento externo,
a subida dos preços desses produtos pode gerar nomeadamente através do desenvolvimento
receitas extraordinárias, mas apenas se os gastos em dos mercados nacionais de obrigações e do
subsídios à energia forem contidos. A maioria destas alargamento da base de investidores, 2) fomentar
receitas deve ser usada para reconstituir as margens a confiança dos investidores, melhorando a
de reserva, sobretudo nos países onde existe uma comunicação com o mercado e definindo planos
forte vulnerabilidade das finanças públicas (Bellon e futuros para a emissão de dívida externa e interna,
Massetti, 2022a). e 3) antecipar melhor as necessidades e os riscos de
refinanciamento da dívida.
No entanto, para além desta estratégia geral,
as autoridades podem também tomar medidas Para alguns países, a restritividade das condições
especificamente orientadas para um ambiente de financeiras mundiais pode agravar consideravelmente
endividamento menos favorável: as vulnerabilidades da dívida, exigindo alguma
renegociação ou reestruturação. Neste contexto, o bom
Figura 10. África Subsariana: Necessidade de ajustamento funcionamento do mecanismo de resolução da dívida
orçamental para estabilizar a dívida abaixo de 70% do PIB é fundamental. O quadro comum do G20 constitui
(em percentagem do PIB, número de países)
um importante avanço, uma vez que reconhece que
o tratamento eficaz da dívida exige a participação de
Necessidades
todos os principais credores oficiais. Os progressos
Espaco
orçamental de ajustamento recentes na Zâmbia são muito bem-vindos, mas
são necessários mais esforços – o quadro deve ser
melhorado para permitir uma resolução rápida e justa
do sobre-endividamento, abrangendo um conjunto
mais vasto de países, permitindo uma suspensão dos
pagamentos durante as negociações e incentivando as
comissões de credores a reunir-se e a formular acordos
de forma rápida e transparente (Chabert, Cerisola e
-10 -5 0 5 10 15 Hakura, 2022).
Fontes: autoridades nacionais; e cálculos do corpo técnico do FMI.
Nota: o limiar de 70% representa o terço superior de países. Para os
países abaixo deste limiar, o ajustamento estabiliza a dívida no nível
de final de 2021. Para os países acima deste valor, o ajustamento
situa a dívida em 70% acima do horizonte de previsão.
Lançar as bases para um crescimento sustentável Esta situação tem implicações para quase todos os
e mais ecológico aspetos do desenvolvimento e, com recursos limitados,
poderá exigir a exploração de áreas em que o setor
Em última análise, a prosperidade e a resiliência privado possa implementar medidas de adaptação
futuras da África Subsariana exigirão um crescimento e mitigação de forma mais eficiente do que o setor
de elevada qualidade, em particular tendo em conta público.
que a população da região deverá duplicar nas
próximas três décadas. Dentro de 10 a 15 anos, mais Por exemplo, na África Subsariana a energia representa
de metade das pessoas que ingressarem no mercado um obstáculo fundamental ao crescimento – cerca
de trabalho a nível mundial será proveniente da África de metade da população da região não dispõe de
Subsariana. um fornecimento fiável de eletricidade, o que limita
a sua capacidade de criar e gerir uma empresa. É
Para os países com um espaço orçamental limitado, a evidente que, a nível mundial, o crescimento e a
oferta de novas oportunidades a essa força de trabalho industrialização têm estado historicamente associados
exigirá uma transição do crescimento (liderado ao aumento das necessidades energéticas. Assim,
pelo governo) para a inovação e a atividade do setor para a África Subsariana, uma transição energética
privado. A maioria destas reformas são prioridades de justa e limpa constituirá uma parte crítica para o
longa data anteriores à recente crise, nomeadamente: desenvolvimento da região. Acresce que o alargamento
reforçar a concorrência, eliminar os principais do acesso representa uma oportunidade fundamental
estrangulamentos à realização de negócios, melhorar para as autoridades desbloquearem o crescimento
a governação, promover a integração comercial e sustentável – com novos e melhores empregos para
alargar a inclusão financeira (Perspetivas Económicas todos, melhor saúde e uma resiliência acrescida.
Regionais: África Subsariana, abril de 2021; e nota
analítica intitulada “Inovações em matéria de moeda A este respeito, tirar partido da considerável dotação
digital na África Subsariana”). da região em termos de fontes de energia renováveis
e, potencialmente, eliminar os modelos baseados em
Todavia o contexto das reformas favoráveis ao combustíveis fósseis, exigirá um financiamento privado
crescimento está a mudar drasticamente. Se o mundo e uma reforma de políticas.
pretende limitar o aquecimento global em 1,5 °C,
deve também limitar a quantidade total acumulada de • No tocante ao financiamento, o acesso aos
gases com efeito de estufa libertados para a atmosfera, recursos de energias renováveis da região exigirá
o que implica que a economia mundial enfrenta agora um investimento inicial significativo em produção
um “orçamento de carbono” vinculativo. Tendo em flexível, novas tecnologias de armazenamento,
conta as emissões entre 1850–2020, as estimativas interconetividade regional e sistemas de energia
sugerem que resta apenas 15% deste orçamento total fora da rede. No entanto, o custo desta nova
de carbono (IPCC, 2021, Tabela SPM.2). Assim, infraestrutura estará, provavelmente, fora do
em termos prospetivos, a atividade económica alcance da maioria dos governos, pelo que terão
mundial terá de se tornar significativamente de explorar soluções inovadoras, com o apoio dos
mais hipocarbónica. Tendo em conta as pressões parceiros de desenvolvimento, que melhorem o
demográficas que a África Subsariana terá de enfrentar, perfil de risco/retorno do financiamento privado
tal sugere que qualquer solução mundial duradoura para projetos no domínio das energias limpas.
para as alterações climáticas tem de ter em conta os As potenciais medidas incluem o financiamento
interesses e os condicionalismos da região. misto, garantias e melhorias do crédito, em
conjunto com outras ações para preparar projetos
Além disso, a África Subsariana destaca-se suscetíveis de financiamento bancário e custos
desproporcionadamente como a região mais vulnerável iniciais mais baixos para os potenciais investidores.
do mundo, afetada por catástrofes naturais cada vez
mais intensas e frequentes. Para as autoridades, a • No que diz respeito às políticas, a reforma dos
integração da adaptação na política do governo será subsídios pode ajudar a reforçar os sinais dos
fundamental (Aligishiev, Masseti e Bellon (2022), preços e a reequilibrar os incentivos no sentido
e Bellon e Massetti (2022a, 2022b)). Mas de um do abandono da utilização de combustíveis fósseis
ponto de vista geral, um investimento abrangente em tradicionais de maior intensidade carbónica. Do
infraestruturas resilientes e verdes será fundamental. mesmo modo, uma melhor governação do setor da
eletricidade (com a reforma das tarifas e a redução Para a região, um maior financiamento em
dos obstáculos regulamentares) pode incentivar condições concessionais para a África – para além
a introdução e a adoção de novas tecnologias, dos compromissos existentes — será fundamental
proporcionando um ambiente de investimento para apoiar a conservação e a adaptação às alterações
mais produtivo e competitivo. climáticas. A este respeito, o FMI está a ajudar a
catalisar novos fluxos de entrada de capitais, reforçando
a capacidade local em questões relacionadas com a
A SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL ação climática, nomeadamente através do Programa de
CONTINUA A SER ESSENCIAL Avaliação Macroeconómica do Clima e de programas-
piloto de Avaliação da Gestão do Investimento Público
no Clima.
À medida que se afastam do limiar, muitos países da
África Subsariana terão dificuldade em satisfazer as Sobre as necessidades de desenvolvimento mais
necessidades básicas das suas populações sem uma abrangentes
assistência financeira adicional significativa.
A assistência internacional é também fundamental para
Sobre o clima dar resposta às necessidades de emergência da região
relacionadas com a segurança alimentar, a vacinação e
Garantir uma transição energética justa não deve ser a pandemia, bem como para ajudar os países a manter
da responsabilidade exclusiva das autoridades da África a estabilidade económica à medida que encontram o
Subsariana. Tendo contribuído pouco para as emissões seu caminho para se afastar do limiar. Importa salientar
mundiais, a região é desproporcionadamente afetada que o apoio orçamental à África Subsariana está em
pelas alterações climáticas. E embora uma trajetória declínio — enquanto fração do PIB beneficiário, a
de crescimento hipocarbónica e resiliente às alterações ajuda oficial ao desenvolvimento da Organização
climáticas ofereça à região uma oportunidade para para a Cooperação e Desenvolvimento Económico
avançar de forma a cumprir simultaneamente as metas diminuiu de cerca de 4,5% na década de 1990 para
de desenvolvimento e climáticas da região, a África menos de 3% mais recentemente.3 Ademais, a ajuda
Subsariana não será capaz de financiar o investimento humanitária também foi reduzida, não obstante as
necessário sem um aumento drástico do apoio necessidades prementes no domínio da segurança
internacional, nomeadamente através da concessão de alimentar.
incentivos à participação do setor privado (Mitra et al.,
no prelo). Como sempre, o FMI está pronto a ajudar. Para
além da assistência técnica, o FMI dispõe de acordos
Para o setor oficial, no contexto dos compromissos com 23 países na região e disponibilizou quase 27
assumidos no Acordo de Copenhaga, no Acordo de mil milhões de dólares em assistência sob a forma
Paris e no Pacto Climático de Glasgow, as economias de financiamento e programas de emergência e de
avançadas prometeram 100 mil milhões de dólares alívio da dívida desde o início da crise provocada
americanos por ano em ajuda climática aos países pela COVID-19. Além disso, os direitos especiais de
em desenvolvimento. No período de 2016-2019, foi saque no valor de 23 mil milhões de dólares alocados
desembolsada uma média de 73 mil milhões de dólares à região no ano passado também ajudaram a reforçar
por ano, mas apenas um quarto foi para a África as posições externas e financiaram o orçamento para
Subsaariana, tendo parte deste montante substituído apoiar as despesas sociais num momento tão crítico,
o financiamento já garantido de atividades de entre outros. O FMI está também a alargar as suas
desenvolvimento. É preciso fazer mais. Neste contexto, facilidades de cedência de liquidez para responder
a próxima Conferência das Nações Unidas sobre as melhor às questões climáticas. Criou recentemente o
Alterações Climáticas (COP‑27), a realizar no Egito, Fundo Fiduciário para a Resiliência e Sustentabilidade,
constituirá uma boa oportunidade para a comunidade que complementará o atual conjunto de facilidades de
mundial reafirmar o seu compromisso para com uma cedência de liquidez, proporcionando financiamento
ação climática eficaz e uma transição justa. acessível para dar resposta aos desafios estruturais de
3
A ajuda oficial ao desenvolvimento aumentou significativamente em 2020 (para 3,8% do PIB da África Subsariana), refletindo o
financiamento de emergência concedido durante a crise provocada pela COVID-19, mas os dados preliminares sugerem que a ajuda
voltou aos níveis pré-pandémicos em 2021.
mais longo prazo, incluindo as alterações climáticas. Por forma a apoiar estes esforços, e tendo em conta
Em resposta ao mais recente desafio em matéria de a crescente necessidade de financiamento em termos
segurança alimentar, o FMI criou uma nova vertente concessionais, será essencial garantir compromissos
para choques alimentares integrada nas suas facilidades adicionais por parte da comunidade internacional
de cedência de liquidez de emergência, que permitirá para reforçar o Fundo Fiduciário para a Redução da
mitigar o impacto desses choques nos países membros Pobreza e o Crescimento e o Fundo Fiduciário para a
elegíveis com necessidades urgentes da balança de Resiliência e a Sustentabilidade do FMI.
pagamentos. Por último, para os Estados frágeis e
afetados por conflitos, o FMI está a trabalhar em Em suma, na sequência de um novo choque, as
estreita colaboração com a região para adaptar o autoridades da África Subsariana estão mais uma vez a
apoio e reforçar a colaboração com outros parceiros avançar, ponderando as várias exigências concorrentes
de desenvolvimento, incluindo o Banco Mundial e as num contexto de menores recursos. O caminho não
Nações Unidas. será fácil. Mas o potencial último da região permanece
inalterado. Com ajuda, a África Subsariana estará em
posição de cumprir finalmente a promessa do século
africano, contribuindo para um futuro mais verde e
mais próspero para o continente e para o mundo.
VIVER NO LIMIAR
Um ambiente mundial mais turbulento e uma perspetiva mais
ensombrada ....
4,7
Espaco Necessidades
orçamental de ajustamento
Crescimento
da África
Subsariana
3,6
para 2021–2022
–5 0 5 10
Fontes: autoridades nacionais; e cálculos do corpo técnico
do FMI
2 INTERNATIONAL MONETARY FUND | OCTOBER 2022 FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL | OUTUBRO 2022 13
PERSPETIVAS ECONÓMICAS REGIONAIS: ÁFRICA SUBSARIANA
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Note 2022/01, Fundo Monetário Internacional,
Washington, DC.
1
Países frágeis e afetados por conflitos com base na classificação do Banco Mundial, Classification of Fragile and Conflict-Affected Situations, FY2023.
Países exportadores de petróleo 3,5 1,7 –2,4 3,0 3,3 3,1 11,4 11,0 13,0 15,9 17,2 14,5
Excl. a Nigéria 2,4 0,6 –3,8 1,3 3,5 3,5 10,3 10,2 12,4 13,4 12,9 7,8
Países importadores de petróleo 4,5 4,0 –1,3 5,6 3,8 4,0 6,5 6,6 8,6 8,5 13,0 10,5
Excl. a África do Sul 6,0 5,6 0,9 5,9 4,4 5,1 7,3 7,7 11,0 10,2 15,6 12,6
Países de rendimento médio 3,6 2,2 –2,9 4,5 3,3 3,1 8,3 7,3 8,5 10,5 12,9 10,5
Excl. África do Sul e Nigéria 4,4 3,5 –1,7 4,9 4,3 4,5 7,4 6,0 7,9 9,1 11,9 8,2
Países de baixo rendimento 6,2 6,1 2,0 5,3 4,2 5,3 8,6 10,7 15,0 12,7 18,8 15,8
Excl. países de baixo rendimento em situação frágil e
afetados por conflitos 5,5 6,6 1,0 5,4 4,3 5,3 8,0 4,7 4,9 4,7 7,8 7,7
Países frágeis e afetados por conflitos 4,8 3,4 –0,2 4,2 3,6 3,9 10,3 12,0 15,7 16,5 20,8 17,9
Zona do franco CFA 4,4 4,4 0,6 4,4 4,5 5,4 1,7 0,2 2,4 2,8 6,1 3,1
UEMAC 2,6 2,0 –1,5 1,5 3,8 3,4 2,2 1,6 2,7 1,5 4,5 3,3
UEMOA 5,6 5,7 1,8 5,9 4,9 6,4 1,4 –0,6 2,2 3,5 7,0 3,1
COMESA (membros da ASS) 6,2 5,7 0,5 6,4 4,5 5,2 8,8 12,3 17,3 14,7 20,1 17,2
CAO-5 5,6 6,4 0,9 6,7 4,9 5,3 7,3 3,9 4,4 4,4 6,4 6,3
CEDEAO 4,7 3,5 –0,6 4,4 3,7 3,9 9,6 8,1 10,2 12,7 16,6 13,9
SACU 2,1 0,4 –6,4 5,2 2,2 1,3 5,3 4,0 3,2 4,6 6,9 5,2
SADC 3,1 1,3 –4,3 4,5 3,0 2,8 7,5 8,6 10,8 9,6 12,1 9,3
Ver nota de rodapé na página 17.
Países exportadores de petróleo –2,5 –3,3 –4,6 –4,0 –3,5 -3,6 27,2 43,9 48,6 46,3 42,5 41,8
Excl. a Nigéria –1,5 0,3 –1,7 1,1 2,3 1,3 42,8 80,2 88,5 69,7 53,3 49,0
Países importadores de petróleo –3,8 –4,3 –7,3 –5,7 –5,1 -4,7 40,5 53,5 62,4 62,3 63,0 61,1
Excl. a África do Sul –3,6 –4,1 –6,3 –5,5 –5,2 -4,4 39,4 52,1 59,4 59,0 60,7 56,7
Países de rendimento médio –3,4 –4,4 –7,3 –5,6 –4,8 -4,6 34,4 50,9 59,5 59,0 57,0 56,4
Excl. África do Sul e Nigéria –3,2 –4,0 –7,3 –4,9 –3,6 -3,1 41,6 66,0 75,5 69,5 65,8 63,1
Países de baixo rendimento –2,7 –2,3 –3,5 –3,7 –3,6 -3,2 37,7 47,4 51,8 51,0 51,2 45,9
Excl. países de baixo rendimento em situação frágil e
afetados por conflitos –2,8 –2,7 –4,9 –4,9 –4,4 -4,1 34,0 42,0 48,3 50,1 49,9 48,5
Países frágeis e afetados por conflitos –2,8 –3,6 –4,3 –4,6 –4,6 -4,2 26,4 38,0 43,0 43,6 43,8 41,3
Zona do franco CFA –2,6 –1,5 –4,4 –3,9 –2,8 -1,7 33,1 47,4 54,4 56,4 56,2 54,6
UEMAC –2,4 –0,1 –2,0 –1,2 1,7 2,8 33,3 52,3 60,0 57,3 49,6 46,2
UEMOA –2,9 –2,4 –5,7 –5,5 –5,7 -4,4 33,6 44,3 51,3 55,9 60,4 59,6
COMESA (membros da ASS) –3,3 –4,6 –5,5 –5,1 –5,0 -4,2 40,1 54,6 61,3 58,6 59,4 53,8
CAO-5 –4,2 –5,3 –6,4 –6,4 –5,5 -4,6 37,0 49,1 55,9 56,8 57,1 55,3
CEDEAO –3,3 –4,3 –6,5 –6,4 –6,3 -5,6 25,6 36,7 44,0 47,2 48,4 47,7
SACU –3,9 –4,9 –9,6 –6,0 –4,9 -5,1 40,8 54,5 66,5 66,8 65,9 68,3
SADC –3,1 –3,7 –7,1 –4,2 –3,5 -3,9 42,0 61,1 71,0 64,9 62,0 60,5
Ver nota de rodapé na página 17.
Quadro AE3. Moeda em sentido lato e conta corrente externa, incl. donativos
Países exportadores de petróleo 23,7 24,9 27,0 24,9 24,5 25,3 1,4 –2,0 –3,6 0,7 2,0 0,3
Excl. a Nigéria 27,4 27,4 31,5 25,0 21,6 22,4 0,3 1,2 –2,5 3,2 6,6 2,6
Países importadores de petróleo 41,8 41,4 45,0 43,8 43,1 42,9 –5,2 –4,0 –2,5 –1,9 –3,8 –4,3
Excl. a África do Sul 27,9 30,0 32,9 32,9 32,5 32,3 –6,5 –4,7 –4,5 –4,7 –6,2 –5,8
Países de rendimento médio 37,8 38,4 42,1 39,9 39,1 39,6 –1,2 –2,6 –2,0 0,2 –0,2 –1,3
Excl. África do Sul e Nigéria 30,6 31,7 36,1 33,1 31,4 31,7 –2,0 –2,0 –3,1 –1,9 –1,2 –2,1
Países de baixo rendimento 24,2 27,0 28,8 29,7 29,6 29,4 –8,3 –5,4 –5,5 –4,9 –6,1 –6,1
Excl. países de baixo rendimento em situação frágil e
afetados por conflitos 21,6 22,3 24,7 25,0 25,3 25,1 –8,1 –6,1 –6,6 –6,0 –7,0 –7,3
Países frágeis e afetados por conflitos 23,3 26,1 27,7 28,1 28,5 29,0 –1,3 –3,8 –4,2 –1,8 –1,9 –2,2
Zona do franco CFA 21,6 24,5 28,0 29,7 29,5 30,1 –3,8 –4,3 –4,2 –4,9 –4,2 –4,5
UEMAC 20,4 22,2 26,0 26,2 25,6 27,1 –3,7 –3,4 –4,5 –2,5 0,8 –1,0
UEMOA 22,4 25,7 29,1 31,6 31,4 31,6 –4,1 –4,9 –4,1 –6,3 –7,5 –6,6
COMESA (membros da ASS) 29,7 32,0 34,6 33,9 33,5 33,0 –5,9 –4,3 –4,1 –3,8 –4,6 –4,8
CAO-5 27,3 27,0 29,3 28,5 28,3 28,4 –7,1 –5,1 –5,1 –5,6 –6,3 –6,4
CEDEAO 22,5 24,8 27,1 27,3 27,7 28,3 –0,5 –3,9 –4,2 –2,4 –2,7 –2,6
SACU 64,8 65,5 72,4 68,7 67,9 68,6 –3,3 –2,6 1,5 3,1 0,9 –1,0
SADC 50,0 49,4 54,8 51,1 49,9 50,0 –3,3 –1,9 –0,1 1,9 0,3 –1,4
Ver nota de rodapé na página 17.
Países exportadores de petróleo 9,9 17,1 20,0 19,5 17,8 17,0 6,0 6,9 6,3 5,8 6,1 6,3
Excl. a Nigéria 24,6 43,6 55,5 45,2 36,2 35,2 6,3 8,3 5,5 4,7 5,2 5,3
Países importadores de petróleo 19,0 25,9 29,9 27,1 27,7 27,9 4,2 5,6 4,4 4,1 3,5 3,4
Excl. a África do Sul 22,7 28,9 32,8 31,4 31,4 31,1 3,4 4,1 3,5 3,5 2,9 2,9
Países de rendimento médio 13,3 21,3 25,0 23,0 22,8 22,7 5,5 7,0 5,8 5,3 5,2 5,3
Excl. África do Sul e Nigéria 22,6 34,9 41,5 37,5 36,0 36,5 5,3 6,5 4,8 4,6 4,4 4,5
Países de baixo rendimento 24,0 27,8 30,9 29,5 28,1 26,8 2,8 3,0 2,8 2,7 2,3 2,2
Excl. países de baixo rendimento em situação frágil e
afetados por conflitos 21,5 27,3 32,2 31,4 31,2 30,9 3,8 4,3 4,3 4,0 3,6 3,6
Países frágeis e afetados por conflitos 10,2 15,5 17,3 17,5 16,5 15,6 4,7 4,9 4,8 4,6 4,6 4,7
Zona do franco CFA 19,9 29,4 34,1 31,1 31,9 32,1 4,7 4,8 4,6 4,7 4,3 4,3
UEMAC 19,1 29,1 33,1 28,2 26,3 26,7 4,2 3,6 3,1 2,7 3,1 3,8
UEMOA 20,8 29,5 34,6 32,8 35,5 35,3 5,0 5,6 5,4 5,8 5,0 4,6
COMESA (membros da ASS) 21,4 27,1 30,5 29,4 27,9 27,0 3,1 3,9 3,1 3,0 2,5 2,5
CAO-5 21,8 28,6 31,6 31,1 31,2 31,4 4,4 5,5 4,8 4,4 4,0 4,0
CEDEAO 9,0 15,0 18,2 18,9 19,1 19,0 5,0 5,4 5,4 5,3 5,3 5,5
SACU 13,7 19,9 23,0 18,3 19,7 20,3 5,5 8,3 6,3 5,2 4,8 4,5
SADC 18,8 27,4 32,4 27,1 26,3 25,9 5,4 7,7 5,6 4,8 4,5 4,3
Ver nota de rodapé na página 17.